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Curso: Noções de Gestão Ambiental na

SUSTENTABILIDADE E GESTÃO
Amazônia

AS CONCEPÇÕES DE

AMBIENTAL
UNIDADE 1
Tema: Desequilíbrio Ambiental: o
ápice da entropia

Docente Conteudista: Eloisa Mendonça Gadelha


Olá Estudante, como vai?

Nesta Unidade 1 e terceira parte da aula 1, vamos estudar sobre


desequilíbrio ambiental: o ápice da entropia. Antes de compreendermos
sustentabilidade e gestão ambiental do tempo presente, seguimos com a
nossa síntese do mundo ambiental, enfatizando a relação humana x natureza.

A Amazônia do mundo moderno será o nosso principal espaço de estudo na


temática desta aula. Vamos conhecer as motivações para gestão ambiental a
partir do desencadeamento do ponto de desequilíbrio ambiental chamado de
entropia, no qual a prática predatória é dominante na relação civilizações
humanas x natureza.

Este curso tem como base fontes históricas, documentais, literaturas e


bibliografias as quais nos remeterão a percepções, raciocínios e sentimentos
que formam uma historiografia da sustentabilidade e gestão ambiental
amazônicas.
Desequilíbrio ambiental: o ápice da
entropia.

Cronologia:
Amazônia da modernidade, séculos
XX e XXI.

Fonte: http://wwwf.org.br, 2022.


1) Sintropia – indica o grau de previsibilidade dos elementos
de um sistema, o ecológico, por exemplo. A sintropia tem
reflexos em muitas atividades humanas. Os sistemas
agroflorestais, utilizados pelos indígenas da Amazônia
pretérita, amenizavam impactos na natureza, sem a
necessidade de desmatamento de áreas extensas e
consequente emissão de poluentes ao solo, às águas e ao ar.

2) Entropia – é a segunda lei da termodinâmica. Indica a


imprevisibilidade e a desordem de um sistema (ecológico).
Podemos relacionar a degradação ambiental com energia
residual (entropia) gerada pela intervenção do homem em
processos de produção imediatos e acelerados, tais como os
do modo capitalista.

Fontes: Leff (2006).


• O capitalismo industrial aumenta a
produtividade em menos tempo. A industrialização
foi um pontapé inicial de um processo lógico que se
estende até os dias de hoje.

• Para além de interesses capitalistas, a investida na


Amazônia era justificada pela ideologia de levar
uma “cultura de modernidade” aos países em
desenvolvimento. Tal preocupação estava alinhada
ao projeto de desenvolvimentismo e integração da
Amazônia almejado pelo governo militar a partir da
década de 1960, quando o governo buscou atrair
investimentos estrangeiros.

• Contudo, a modernização de um lugar


considerado atrasado passa a comprometer a
sintropia entre a biodiversidade e as sociedades
amazônicas. Iniciam-se os debates e críticas em
escala global sobre os projetos de desenvolvimento Campanha da política nacional “Integrar para
da Amazônia. não entregar”.
Fonte: http://historiamundi.blogsopot.com, 2022.
Fontes: Lima (2017); Leff (2006).
• Décadas de 1960-1970: início da devastação na Amazônia. Mesmo diante de uma
natureza imperiosa que estabelece um ritmo de tempo lento às atividades humanas, os
impactos da ação humana na Amazônia passam a ocorrer em tempos mais curtos.

• O par de imagens positivas e negativas (ora paradisíacas, ora infernais) continuam a ser
aplicadas para a Amazônia, e se observa que elas permanecem no imaginário daqueles que
procuram integrar a região aos ditames de novas formas de explorar suas riquezas.

• Os grandes projetos desenvolvimentistas no país e na Amazônia desencadeiam o declínio


de um território sintrópico e o ápice da entropia na região, a exemplo de outros lugares
no mundo, já que se instala uma crise civilizatória, de racionalidade civil no planeta.

Fontes: Lima (2017); Leff (2006).


Exemplos de grandes projetos desenvolvimentistas da Amazônia: entropia.

Hidrelétrica de Balbina Grande Carajás - Mineração BR-319

Fonte: http://pt.wikipedia.org, 2022.


Olá, estudante!

Nesta aula, estudamos sobre desequilíbrio ambiental: o ápice


da entropia, recorrendo à historiografia da relação humana com a
natureza.

A Amazônia do mundo moderno foi o nosso principal espaço de


estudo. Vimos que o progresso econômico considera, ao longo da
história, a conservação ambiental como um embargo ou atraso para
o objetivo da modernização da região.

Compreendemos que os grandes projetos para modernizar a


Amazônia resultaram mais em desequilíbrio ambiental do que
em progressos e melhorias socioeconômicas. Ao ápice do
estágio desse desequilíbrio damos o nome de entropia.
Principais Referências

GADELHA, Eloisa Mendonça. A morte social da natureza: do bom selvagem ao civilizado moderno da Amazônia
brasileira. Manaus: UFAM, 2018. Tese de doutorado.

LEFF, Enrique. Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2006.

LIMA, Carla Oileira. Historiografia social da Amazônia e história ambiental: um breve balanço. Revista do Lhiste,
Porto Alegre, num.6, vol.4, jan/dez. 2017, p.90-112.

THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural: mudanças de atitudes em relação às plantas e aos animais (1500-
1800). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

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