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NÁDIA NEVES (8018512)

Licenciatura em Pedagogia

O USO DA DISCIPLINA POSITIVA EM SALA DE AULA COM


CRIANÇAS DE SEIS E SETE ANOS

Orientador: Profa. Maria Auxiliadora Bernabe De Freitas

Claretiano - Centro Universitário

SOROCABA
2017
O USO DA DISCIPLINA POSITIVA EM SALA DE AULA COM
CRIANÇAS DE SEIS E SETE ANOS

RESUMO
O presente estudo tem como objetivo interpretar e analisar a disciplina positiva e a sua
aplicação, para esclarecer e possibilitar a criação de futuros jovens e adultos responsáveis e
empáticos. Também apresenta as ferramentas mais recomendadas para a sala de aula, com
crianças nos primeiros anos do Ensino Fundamental, considerando as séries iniciais. A disciplina
positiva é uma filosofia abrangente, que ajuda a criança a desenvolver empatia e compaixão em
relação aos outros, além de desenvolver a cooperação e a responsabilidade. Após anos de uso da
disciplina tradicional, desenvolveu-se toda uma geração baseada no medo da autoridade e com
grandes consequências emocionais e comportamentais, e a disciplina positiva vem ao encontro
disso, com o objetivo de criar adultos amorosos, respeitosos e responsáveis. A primeira infância
é o momento em que as crianças têm um alto poder de absorção do que os cerca e também e o
momento onde o caráter e a personalidade começam a ser formados, sendo então, um excelente
momento para a aplicação da disciplina positiva efetivamente.

PALAVRAS CHAVE: disciplina positiva, educação, ferramentas, sala de aula.

INTRODUÇÃO

Muitos pais e professores sentem-se frustrados porque as crianças não se comportam como
antigamente e não obedecem cegamente o que lhes é dito. Muitas são as explicações possíveis
para tal, mas as mudanças no modelo de família e sociedade e a falta de exemplo dos pais
encabeçam a lista. Nelson, em “Disciplina Positiva” defende que esta é a chave para a criação de
crianças responsáveis e o desenvolvimento de pessoas capazes, ela identifica as percepções e
habilidades significativas que as crianças desenvolvem naturalmente quando lhes é permitido
trabalhar lado a lado com seus pais e educadores, e estas são essenciais para o desenvolvimento
da autodisciplina e a capacidade de resolver problemas.
Em paralelo com essa suposta falta de disciplina, um estudo conduzido em San Francisco,
EUA, pelo Lucille Packard Children’s Hospital divulgou que mais de dois terços das crianças e
jovens vivenciam níveis de estresse de moderado a alto, devido as suas obrigações e experiências
escolares. O diretor executivo da Discovery Chater Scholls, Dale Jonas, diz no prefacio de
“Disciplina Positiva em Sala de Aula” que quanto mais ele aplica a Disciplina Positiva mais ele a
vê como um antidoto para muito do que aflige a educação hoje em dia.
Mas do que se trata a disciplina positiva? No que ela acredita? Ela acredita que a educação
deve desenvolver paralelamente as capacidades acadêmicas e socioemocionais dos alunos, e para
isso ela utiliza métodos que convidam os alunos a focar em soluções em vez de trabalhar com
punições e recompensas.
Os professores treinados na disciplina positiva criam salas de aula onde os alunos são
tratados com respeito, são encorajados e tem prazer em aprender, assim eles desenvolvem as
habilidades que necessitam para toda uma vida bem sucedida. Essas crianças tem a oportunidade
de aprender pelos seus erros, sentem-se em um ambiente seguro para tentar e nunca
experimentam a humilhação (NELSON, LOTT, GLENN, 2017).

METODOLOGIA

Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, realizada entre julho de
2017 e novembro de 2017, no qual se realiza uma consulta a livros, artigos e periódicos
relacionados ao tema.
Os criterios de incusão das obras foram a riqueza de informações sobre a criança e o seu
comportamento, e a abordagem da disciplina positiva pelos autores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Dra. Jane Nelson diz que a filosofia da disciplina positiva origina-se de teorias
psicológicas humanistas, fundadas em princípios de dignidade e respeito mútuo. As ferramentas
práticas são usadas pelos pais e professores para ensinarem as crianças, efetivamente,
habilidades de vida como, por exemplo: respeito, autonomia, autodisciplina, empatia e resolução
de problemas.
A disciplina positiva defende e trabalha com a analogia do iceberg e o comportamento
humano, que diz o comportamento (ponta do iceberg) é um reflexo da parte submersa (aceitação
e importância). Como disse o psicólogo Rudolf Dreikurs, as crianças se comportam mal quando
estão desencorajadas, quando elas acreditam não serem aceitas, elas escolhem um caminho
inadequado para tentar alcançar a aceitação.
Conforme afirmam Nelson, Lott e Glenn, (2017, p.18):
Quando as crianças se sentem seguras – quando sentem que são aceitas e
importantes-, elas progridem. Elas se tornam pessoas capazes e com as características e
habilidades de vida que os professores querem que elas tenham. Quando as crianças
acreditam que não são aceitas e importantes, elas adotam o comportamento de
sobrevivência. O comportamento de sobrevivência, muitas vezes chamado de mau
comportamento, é baseado em ideias equivocadas sobre como encontrar aceitação e
importância.
Quando uma criança esta resistente, triste ou apresentando comportamentos inadequados, é
importante entender a motivação por trás desse ato. O quadro dos objetivos inadequados (figura
1) ajuda a entender a parte submersa do iceberg, e mostra também a forma correta de agir.

Figura 1: imagem do “Quadro dos Objetivos Equivocados”, retirada do livro “Disciplina


Positiva em Sala de Aula” (NELSON; LOTT; GLENN, 2017).

Levando em consideração as palavras dos atores acima, fica claro que a disciplina positiva
é o caminho para a construção de uma sociedade empática e responsável, daqui a alguns anos,
começando hoje com a educação das crianças. Para então aplicar a disciplina positiva
assertivamente, dispomos de algumas ferramentas, que serão citadas e comentadas a seguir.
Para começar a aplicação da disciplina positiva o adulto precisa ser respeitoso e
encorajador, gentil e firme ao mesmo tempo. Sendo gentil, leva-se em consideração os
sentimentos e necessidades da criança, e sendo firme, leva-se em consideração as necessidades,
avaliando o contexto e as outras pessoas envolvidas (NELSON, 2015).
A criança precisa sentir que pertence, que tem uma conexão estabelecida com o contexto,
precisa-se considerar o que a criança pensa, sente, aprende e decide sobre si mesma e sobre o
mundo, é responsabilidade do adulto interpretar os sinais da criança e ensinar as habilidades que
a criança usará durante toda a vida.
Então, o uso da firmeza com gentileza é a primeira ferramenta, e com ela, pode-se fazer a
aplicação das outras. Com firmeza se envia a mensagem à criança do que ela deve ou não fazer e
com a gentileza se expressa que ela esta sendo respeitada. A gentileza pode estar presente apenas
no tom de voz, com um discurso firme, porém respeitoso, gritar nunca é uma alternativa na
disciplina positiva (NELSON, 2015).
A próxima ferramenta que pode ser utilizada para lidar com birra ou comportamentos
inadequados é o uso de escolhas limitadas, que consiste em oferecer opções à criança ao invés de
impor o que ela deve fazer.
Na hora de fazer uma atividade em sala de aula, por exemplo, a criança não pode ter a
opção de não fazer, porém pode-se oferecer as seguintes opções: fazer a atividade com um amigo
ou sozinho. Na hora de colorir um desenho, pode-se deixar escolher entre usar lápis de cor ou giz
de cera. Assim, a criança se sente no controle da situação, e também se sente disposta a tomar
uma decisão e então agir (NELSON; LOTT; GLENN, 2017).
Se mesmo com o uso das escolhas limitadas a criança se manter resistente à atividade, é
importante validar o sentimento e explicar o quanto aquilo é importante, por exemplo: “Eu
entendo que esta atividade não é fácil e você quer continuar brincando, e a sua participação é
muito importante.” Deve-se ficar muito atento ao uso da conjunção e, e nunca mas, pois a
segunda nega o que foi dito anteriormente e a mensagem não atinge a criança (NELSON, 2015).
O uso de elogios sinceros e direcionados também é abordado na disciplina positiva e se
mostra muito eficiente. Quando a criança realiza algo que era desejado, ou então, consegue
resolver um problema sozinha, deve-se elogiar de forma direta, deixando claro o que foi feito
para merecer aquele elogio (NELSON, 2015).
Elogiar é diferente de dar recompensar materiais, as crianças começam a achar que o amor
está ligado ao material. O cérebro da criança assimila as situações que acontecem em sequência,
então se uma atitude boa for seguida de uma recompensa, ela pode se condicionar a fazer o certo
apenas para receber o premio, e não entende que aquilo é o correto e o que deve ser feito
(SIEGEL; BRYSON, 2015).
Deve-se elogiar o que a criança fizer de bom, e não focar no comportamento indesejado.
Isso também pode ser aplicado em grupos, quando se espera um comportamento da classe, e
apenas alguns o fazem, ao invés de chamar a atenção daqueles que não cumpriram com o
desejado, pode-se elogiar e agradecer aqueles que o realizaram, assim estes se sentem
valorizados e os que se comportaram mal começam a desejar a aprovação do professor
(NELSON; LOTT; GLENN, 2017).
A sala de aula deve ser um ambiente acolhedor e cooperativo, as crianças devem participar
ativamente das atividades do dia a dia e não apenas serem observadores. Uma forma de realizar
isso é atribuir funções aos alunos, não apenas um ajudante do professor, mas sim, cada um com a
sua função definida e que varia com frequência, assim, todos podem realizar todas as tarefas
(NELSON; LOTT; GLENN, 2017).
Distribuir tarefas faz com que a criança se sinta importante e pertencente. E esses aspectos
são muito importantes para a construção da autoimagem na criança e então o desenvolvimento
de um adulto confiante e responsável. Brafman (2012) afirma que somos o resultado da interação
entre a natureza e a criação, ou seja, nossos traços de personalidade podem ser natos, mas a
vivência e o ambiente influenciam diretamente no desenvolvimento ou na inibição dos traços já
presentes. Se quisermos criar adultos responsáveis, seguros e respeitosos, as atitudes com as
crianças são cruciais para o desenvolvimento dessas características, e as ferramentas aqui citadas
tem se mostrado eficientes.
Ainda com o proposito da sala de aula colaborativa, a disciplina positiva sugere que sejam
criadas regras ou combinados em conjunto. Bete Rodrigues lembra que os alunos devem discutir
as regras e a sua importância, com a liderança do professor, e assim eles tendem a segui-las com
mais vontade. As regras devem ser respeitosas com todos e servem para ajudar a manter a
harmonia na sala de aula.
A disciplina positiva ajuda professores a questionar o que realmente ensinam aos alunos
com tantas ordens e muita falação. O uso de perguntas curiosas vem para promover a reflexão da
criança e então convida a colaboração. Ao invés de citar o que o aluno fez de errado, o professor
pode questionar o que foi feito, e depois de ouvir, perguntar o porquê daquele ato. Isso levará a
criança a avaliar seu ato e muitas vezes recebe-se uma resposta inesperada, onde a criança
aproveita para expor algo que a estava incomodando e a fez agir daquela forma (NELSON;
LOTT; GLENN, 2017).
Rodrigues diz que falar ou mandar é desrespeitoso e provoca resistência, já perguntar
ensina os alunos a pensar, resolver problemas e tomar decisões, ajudando a criar um adulto
crítico, colaborativo e responsável pelos seus atos.
Agir sem falar é outra forma surpreendente de gerenciar uma situação em sala de aula.
Quando as atitudes dos alunos não correspondem com o esperado para o momento, alguns atos,
sem nenhuma palavra, funcionam. Com crianças é muito simples e importante cumprir com o
que foi dito, então ao invés de ameaçar e depois não cumprir, o professor pode apenas agir e
deixar as palavras para quando for realmente necessário.
Ao lidar com uma turma barulhenta, por exemplo, pode se apenas ficam em silencio e
aguardar que os alunos percebam que estão falando em um momento inadequado, apagar a luz
também pode funcionar. Levar um aluno para a hora do círculo apenas segurando gentilmente
em sua mão, ou então, apontar para os brinquedos que devem ser guardados antes de sair da sala
e aguardar em frente à porta até que os alunos o façam. Usar poucas palavras e algumas atitudes
é muito mais eficaz do que usar sermões, ameaças e punições.
Nelson, Lott e Glenn questionam “Quando vamos aprender que o único comportamento
que podemos controlar é o nosso? Os adultos podem ser capazes de fazer as crianças agirem de
forma respeitosa, mas não podem fazê-las sentirem respeito”. Assim, o professor pode controlar
as suas atitudes, decidir o que fará e então servir de modelo de respeito para si próprio e para os
outros. Adultos muitas vezes são desrespeitosos com as crianças e esperam respeito de volta, isso
não parece fazer muito sentido.
Essa ferramenta pode ser utilizada quando o professor está cansado de dar instruções
inúmeras vezes, e então ele diz à turma que explicará apenas uma vez e então escrevera um
roteiro do que deve ser feito na lousa. Se algum aluno questiona o que deve ser feito após isso
acontecer, o professor pode apenas sorrir e olhar para os outros que já estão realizando a
atividade, assim, automaticamente os alunos questionam uns aos outros e começam a se ajudar
(NELSON; LOTT; GLENN, 2017).
Em uma sala em que se pratica a disciplina positiva, as crianças já sabem como agir e o
que é esperado, mesmo assim, às vezes elas tentam manipular as situações, nestes casos é
importante saber dizer não com respeito. No meio de uma atividade, se um aluno sugerir parar e
fazer um jogo, e isto não é aceitável, o professor deve apenas dizer não, de forma clara e gentil,
não é necessário dar maiores justificativas, já que todos já sabem o que deve ser feito. Os alunos
podem insistir ou reclamar, mas eles sabem que aquilo não é possível naquele momento
(NELSON, 2015).
Caso a criança não compreenda a inadequação do seu ato, pode-se explicar o que deve ser
feito e a sua importância, mas depois do ato realizado. As crianças no fim da primeira infância
ainda não possuem a ideia de certo e errado totalmente formada, então tendem a testas os limites,
então quando uma instrução deve ser cumprida sem negociação, a criança precisa entender
(BRAFMAN, 2012).
Outro aspecto importante da disciplina positiva é colocar todos os alunos no mesmo barco,
trata-los como um grupo que são. Se alguns alunos estão cochichando e esta atrapalhando a aula,
Nelson, Lott e Glenn (2017) sugerem que o professor apenas diga: Está muito barulhento aqui.
Sem citar nomes e separar os alunos entre bons e ruins. Se existem papéis espalhados pela sala, o
professor apenas sugere que os alunos comecem a limpar, se alguém aluno tenta apontar um
culpado, o professor deve esclarecer que não estão tentando encontrar um culpado e sim uma
solução.
Esta ferramenta ajuda muito na resolução de problemas e no desenvolvimento da
cooperação. Se dois alunos estão brigando por um brinquedo, por exemplo, o professor deve
sugerir que estes conversem e decidam como vão dividi-lo, e que o brinquedo estará disponível
quando eles estiverem prontos. Caso a briga ocorra novamente, o brinquedo deve ser retirado e
outra atividade sugerida, e deve-se deixar claro que todos poderão brincar quando estiverem
prontos para dividir (NELSON; LOTT; GLENN, 2017).
Quando uma criança apresenta comportamentos inadequados em série e parece não ter
controle, é interessante sugerir uma pausa positiva, que é diferente de uma pausa punitiva, que
pede que a criança sente-se em um lugar específico e pense no que fez, isso causa culpa,
vergonha e até mesmo revolta, e não é isso que queremos.
Nelson (2015) diz que na pausa positiva as crianças são convidadas a criar um ambiente
confortável para que possam se acalmar quando necessário, e inclusive ajudam a nomear este
espaço. Quando o comportamento inadequado acontece, o professor pode questionar: o que
ajudaria agora, sair para tomar um copo de água ou ir para o nosso espaço para se acalmar? A
criança então é convidada a pensar e toma a sua decisão.
Fazer uma pausa positiva ensina as crianças uma importante habilidade para a vida, que é a
de parar e se acalmar até que a parte racional do cérebro assuma o comando novamente. Esta
experiência é empoderadora e encorajadora, e nos ajuda a ensinar as crianças a separar o que
sentimos do que fazemos, e assim mostra que o que sentimos nunca é inadequado, mas o que
fazemos pode ser. Fazer uma pausa ajuda a criança a se sentir melhor e como dizem Nelson, Lott
e Glenn (2017): “...as pessoas dão o seu melhor quando se sentem melhor.” O professor deve
deixar claro que o aluno pode voltar à atividade assim que se sentir preparado, e então continuar
com os outros alunos normalmente.
Nelson (2015) diz que as reuniões de sala são a melhor maneira de oferecer às crianças
oportunidades de desenvolver as habilidades esperadas, já citadas anteriormente. Eliminar ou
reduzir problemas de disciplina é um benefício adicional. As reuniões devem acontecer
frequentemente, de todo dia a três vezes por semana, assim como acontece o ensino da
matemática e da leitura, assim as crianças podem praticar e reter as habilidades desenvolvidas.
Deve-se disponibilizar, em local acessível para todos, uma folha de pauta, onde podem ser
acrescentados assuntos a serem discutidos na reunião. Quando um aluno tem um problema, o
professor pode sugerir: “você gostaria de adicionar esse problema na pauta da nossa reunião?”. E
então o aluno decide, e se desejar, vai até a pauta e escreve o problema. Nelson (2015) afirma
que, mesmo que chateados, os alunos voltam mais calmos à atividade, pois sabem que o seu
problema será discutido em breve.
É recomendado um período de tempo para se acalmar até que o problema seja discutido,
que pode ser de apenas uma hora na educação infantil, e um pouco maior com crianças mais
velhas, mas nunca mais do que três dias, pois é desencorajante esperar tanto. Então na reunião o
professor deve deixar os alunos discutirem as questões e focar nas soluções, sempre de forma
democrática, ajudando-os quando necessário (NELSON, 2015).
A técnica do abraço também é utilizada na disciplina positiva, porém ele deve ser natural, e
partir da criança. Ao invés de oferecer um abraço à criança em um momento de estresse, o
educador pode dizer que “precisa de um abraço”, e então a criança decidi se já esta pronta para
aquilo e toma a atitude.
Por fim, Nelson (2015) elenca três lembretes para manter a alegria e evitar desvios no uso
da disciplina positiva.
O primeiro é “O que fazemos nunca é tão importante quanto o modo como fazemos”, ou
seja, o sentimento por trás da atitude que tomamos é crucial. Não podemos conseguir atitudes
positivas e respeitosas agindo a partir do sentimento negativo. É preciso primeiro mudar a atitude
e os sentimentos e então há grandes chances de conseguir encontrar soluções e resultados
positivos.
O segundo é “Ver os erros como oportunidades para aprender”. Educadores também são
passiveis de erros, e não importa quantas vezes se esquece de usar os princípios da disciplina
positiva, pode-se sempre voltar e consertar o que foi feito.
E o terceiro é “Às vezes temos que aprender a mesma coisa muitas vezes”. Não só as
crianças, como também pais e professores precisam, algumas vezes, aprender a mesma coisa
seguidas vezes, cometer erros e aprender novamente é um processo importante e deve ser
valorizado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as ferramentas aqui apresentadas possuem grande potencial para lidar com atitudes
inadequadas e problemas de disciplina. Quando esses métodos são colocados junto com as
atitudes positivas, eles se tornam conceitos, e então criam uma atmosfera de amor e respeito.
O ponto principal da aplicação da disciplina positiva é sempre buscar o lado positivo de
uma situação, validar o sentimento da criança e ajuda-la a encontrar uma solução, sem traumas e
punições.
O amor e o respeito são a base da disciplina positiva, então, quando não souber como agir,
pode-se pensar em como gostaria que agissem com você.
REFERÊNCIAS

PRIMEIRA INFÂNCIA. Disponível em: <http://zeroaseis.org.br/o-instituto/primeira-infancia/>


Acesso em: 16/09/2017.

BRAFMAN, Abrahão H. A criança de cinco a dez anos: Um livro para pais e educadores.
Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. 150 p.

NELSON, Jane; LOTT, Lynn; GLENN, H. Stephen. Disciplina Positiva em Sala de Aula: Como
desenvolver o respeito mútuo, a cooperação e a responsabilidade em sua sala de aula. Tradução
de Bete P. Rodrigues e Fernanda Lee. 4 ed. Barueri, SP: Manole, 2017. 211 p

NELSON, Jane. Disciplina Positiva: O guia clássico para pais e professores que desejam ajudar
as crianças a desenvolver autodisciplina, responsabilidade, cooperação e habilidades para
resolver problemas. Tradução de Bernadette Pereira Rodrigues e Samantha Schreier Susyn. 3 ed.
Barueri, SP: Manole, 2015. 308 p.

RODRIGUES, Bete P. CINCO FERRAMENTAS BÁSICAS DE DISCIPLINA POSITIVA PARA A


SALA DE AULA. <http://www.oebi.com.br/index.php/cinco-ferramentas-basicas-de-disciplina-
positiva-para-a-sala-de-aula/> Acesso em: 10/10/2017.

SIEGEL, Daniel J; BRYSON, Tina P. O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para


nutrir a mente do seu filho e ajudar sua família a prosperar. Tradução de Cássia Zanon. 1ed. São
Paulo: nVersos, 2015. 237 p.

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