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Vemos que a Comedia é como uma imitação de caráteres inferiores, ou seja, personagens
viciosos que por este motivo se mostram ridículos. Por outro lado, as transformações da
comédia e os seus autores nos escapam por não receberem tanta atenção, enquanto a da
tragédia não são desconhecidos.
Já na tragédia a ênfase era sobre os personagens virtuosos, eles não eram perfeitos, mas tinham
qualidades. Aristóteles considerava a tragédia superior por conter música e espetáculo, o que
aumentava o prazer peculiar, havia muitas qualidades tanto na parte lida como na encenada.
Quem distingue uma boa e uma má tragédia sabe também fazer nas epopeias, todos elementos
que se encontram na epopeia tem na tragédia, mas nem todos da tragédia, tem na epopeia, a
epopeia não possui limite de tempo, algumas são comuns e outras são especificas da
tragédia, a diferença das suas se dá pela tragédia impor um limite de tempo, já a epopeia não
tem, a tragédia prende-se a um único espaço e na epopeia pode-se ter várias locações.
As tragédias devem ter seis partes: Elocução, Música, Enredo, Espetáculo, Pensamento e
Caráter. O pensamento e o caráter são as duas ações que determina vencerem ou
fracassarem, o enredo é a alma da tragédia para ele, é a estruturação dos acontecimentos, o
caráter é o que nos permite dizer que as personagens têm certa qualidade e o pensamento é
quando elas por meio da palavra, demonstram alguma coisa ou exprimem uma opinião, e a
elocução se dava através da fala que a ideia é expressa, é a comunicação do pensamento.
A poesia é mais filosófica e mais nobre que a História. A poesia tem caráter Universal, já a
História Particular. O Poeta se refere a eventos que poderiam acontecer e o Historiador se
refere a eventos que aconteceram.
Estruturação da Tragédia
O Enredo deve ser estruturado de tal forma que quem ouvir a sequência dos
acontecimentos, mesmo sem os ver, se arrepie.
Não se deve interpretar homens bons que passam da felicidade para infelicidade, pois isso
causa repulsa e não temor ou compaixão. Não representar os homens maus passarem da
infelicidade para a felicidade, pois é a forma mais contrária do trágico.
▪ Bons caracteres;
▪ Que eles sejam apropriados dentro da estrutura narrativa do autor.
▪ Que haja semelhança dos caracteres com o humano.
▪ Que haja coerência do caractere. Se imitar alguém incoerente e se
tradicionalmente lhe for atribuído esse tipo de caractere, também será
necessário que seja coerentemente incoerente.
Os mesmos princípios que regem a ação devem reger os personagens, o de necessidade e
de verossimilhança.