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Soldagem Difusão

(Diffusion Welding – DFW)

&
Brasagem por difusão
(Diffusion Brazing Welding – DBW)

Curso: Tecnologia de Soldagem


Disciplina: Processos e Aplicações Especiais
Profº: Valdir Weg
Aluno: Ian Januska, 061521-8
Aluno: Everton Macedo da Silva, 061514-5
Aluno: Francisco Vermecha Lopes, 041517-0
Data: 09 de Abril de 2009
Tópicos da Apresentação
• Difusão Atômica
• Definição do Processo
• Tipos de processo
• Variáveis do processo
• Equipamentos
• Materiais
• Aplicações
• Controle de Qualidade
• Vantagens e desvantagens
• Conclusão
Difusão Atômica
Durante o aumento de temperatura, enquanto os átomos
vibram mais energicamente, uma pequena fração deles se
recolocará no reticulado, a ocorrência desse fenômeno é
chamada difusão atômica.
Variáveis da Difusão Atômica
Além da temperatura é preciso levar em consideração
outras variáveis como:

• Energia de ativação (cal/mol ou J/átomo)

• Coeficiente de difusão (m²/s)


Tipos de Difusão Atômica

Difusão intersticial Difusão susbtitucional


Exemplos de Difusão Atômica
Formação de martensita
Exemplos de Difusão Atômica

Tratamento Térmico - Cementação


Definição do Processo
A união por difusão de materiais no estado sólido é um
processo para tornar uma junção monolítica através da
formação de uma ligação a nível atômico, como um
resultado da união final de duas superfícies devido à
deformação plástica à elevada temperatura que ajuda a
interdifusão nas camadas da superfície dos materiais que
estão sendo unidos.

Bond line

50 m
Tipos de Processos
Soldagem por Difusão
Brasagem por Difusão
Variáveis do Processo

• Temperatura
• Tempo
• Pressão
• Rugosidade
• Atmosfera
Temperatura
A Temperatura é a variável mais importante, pois processos
termicamente ativados como difusão e fluência variam
exponencialmente com a temperatura. Todos mecanismos que
estão presentes na difusão (deformação plástica, fluência,
transformação de fase), dependem da temperatura assim como as
propriedades mecânicas e físicas dos materiais. Geralmente a
temperatura para a união por difusão esta entre 50% à 90 % do
ponto de fusão do metal.
Tempo
O tempo de soldagem pode variar de minutos até várias
horas. Existe uma relação inversa entre tempo e temperatura:
quando a temperatura de soldagem aumenta, o tempo de
soldagem diminui, e vice-versa.
Pressão
É uma variável de grande importância para controlar a
primeira etapa de estabelecimento de contato intimo entre as
peças. Para evitar deformações macroscópicas, a pressão
aplicada deve ser uma pequena fração do limite de
escoamento do material na temperatura ambiente.
Normalmente os sistemas de aplicação de pressão são
hidráulicos ou pneumáticos.
Rugosidade
Como o processo de ligação finaliza no último estágio,
correspondente à eliminação de vazios interfaciais, as
condições iniciais de rugosidade superficial afetarão na
qualidade da junta. O grau de rugosidade na peça pode
impedir a união das peças por difusão e não pode ser
substituído por nenhuma outra variável a rugosidade
recomendável pode ser vista na figura abaixo.

Rt
Ra
Atmosfera
A presença de gases na interface pode ocasionar uma
retenção destes em cavidades dificultando o prosseguimento
da junção. Se estes gases aprisionados apresentam pequeno
raio atômico, podem se dissolver no cristal ou nos contornos
de grão resultando em fragilização. Para a soldagem por
difusão são usadas atmosferas com proteção de gases como
argônio e hélio porém a grande maioria das uniões são feitas
em câmaras de vácuo.
Equipamento
O equipamento usado na soldagem por difusão é um
forno a vácuo ou com proteção gasosa e um dispositivo
para aplicação de pressão. A aplicação de pressão pode
ser hidráulica ou pneumática.
Forma construtiva do Equipamento
Materiais
Normalmente a soldagem por difusão é feita em ligas de
titânio, ligas de níquel e ligas de alumínio, além de unir
materiais dissimilares com diferentes características
termofísicas, que não são possíveis por meio de outros
processos, podem ser realizadas pela ligação por difusão.
Metais, ligas, cerâmicas e produtos sintetizados podem ser
unidos pela ligação por difusão.
Materiais & Soldabilidade
Materiais com óxido estável
Materiais com óxido estável são aqueles cujo a temperatura
de fusão do filme de óxido são maiores que a temperatura de
fusão do próprio metal , como o alumínio e o aço inoxidavel.
Exemplos de materiais

Al–SiC metal matrix composite


Aluminium (Al6082)
Titanium alloy
Stainless steel (316)
Cobalt base superalloy

Nickel base superalloy (Inconel)


Nickel base single crystal superalloy
Nickel base single crystal superalloy
Aplicações
Trocador de calor de placas
Aplicações
União de componentes eletrônicos
Aplicações
União de aletas de turbina

DB/SPF
construction
Controle de Qualidade
Ensaios não destrutivos
Ultrasom: os equipamentos convencionais normalmente
não conseguem detectar falhas na união por difusão, por
isso são necessários equipamentos mais sofisticados de
alta freqüência acima 30 MHz.
Ensaios não destrutivos
Radiografia: ensaios radiográficos também só são possíveis
com equipamentos especiais para detecção de micro falhas
esse equipamentos dispõem de imagem digital.
Ensaios destrutivos
Os ensaios destrutivos são iguais aos utilizados na
soldagem convencional, como tração, torção e impacto.
Ensaios destrutivos
Exemplo de ensaio de torção.

Bond line
Bond line

Necking
point
Ensaios destrutivos
Exemplo de ensaio de tração.

Necking points

Bond line is in the


centre of sample
Ensaios destrutivos
Exemplo de ensaio de torção e dobramento na união entra
titânio e alumínio.

Al 6082

Ti alloy
Vantagens
o Juntas produzidas com propriedades mecânicas e
micro estrutura semelhantes ao metal base.
o União e componentes com o mínimo de distorção e
deformação, o que elimina trabalhos de acabamentos
subseqüente a soldagem
o Soldagem de ligas dissimilares que em alguns casos
não pode ser feita por nenhum outro processo.
o União simultânea de vários materiais de diferentes
espessuras e diferentes ligas.
o União de grandes juntas sem cuidados adicionas
como tratamentos térmicos anterior ou posterior a
soldagem.
Vantagens

o Descontinuidades normalmente associadas ao


processo de soldagem por fusão não são encontradas
na soldagem por difusão.
o Não produz ZTA.
Desvantagens
o O ciclo térmico normalmente é muito longo em
relação a soldagem convencional.
o Geralmente o investimento para aquisição do
equipamento é alto.
o Geralmente o processo de soldagem por difusão não
esta adaptado para alta produção.
o Dificuldade de inspeção não só pela geometria da
junta mais também pela necessidade de
equipamentos especiais.
o Cuidado na preparação da superfície das peças.
Desvantagens
o Requer soldagem em atmosfera controlada, o que limita o
tamanho do equipamento.
o È preciso aplicar calor e alta compressão simultaneamente
em um ambiente restrito a vácuo ou proteção gasosa, essa
é uma das maiores restrições da soldagem por difusão.
Conclusão
Cada processo tem sua aplicação, na soldagem por difusão
a sua principal característica é a união de ligas especiais
com aplicação na industria aeroespacial, que tem envolvida
além de altos custos a relação com vidas humanas. Hoje
timidamente esse processo vem sendo utilizado na industria.
Bibliografia
• AWS Handbook, Volume 8, Chapter 12 Diffusion Welding and Diffusion Brazing, pg. 422 até pg. 448.

• ASM Handbook, Volume 6, Welding Brazing and Soldering , pg. 2873.


• Dr Amir A. Shirzadi, University of Cambridge 2006.

• VAN VLACK, Lawrence H. Principio de Ciência e Tecnologia dos Materiais, 13ª edição 567p.

• PAVLOVA, Natalya (2005). Aplicação do processo de soldagem por difusão na união de componentes
inoxidáveis para uso espacial. Tese de mestrado – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos
Campos.

• BRACARENSE, Alexandre Queiroz; MODENESI, Paulo José; MARQUES, Paulo Villani, Soldagem:
Fundamentos e Tecnologia, Minas Gerais MG, 363p.

Internet
• http://www.msm.cam.ac.uk/phase-trans/2005/Amir/bond.html
Duvidas...???
Obrigado

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