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Curso de Direito Civil

Teoria e Questões comentadas


Prof. Wangney Ilco

Professor: Wangney Ilco

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Responsabilidade Civil

Sumário
1- Responsabilidade civil: Introdução..............................................3
1.1- Responsabilidade civil e responsabilidade penal: independência e
ressalvas. ........................................................................................... 4
1.2- Responsabilidade objetiva e responsabilidade subjetiva. ................ 4
2- Atos ilícitos .................................................................................5
3- Reponsabilidade contratual e extracontratual .............................8
3.1- Causalidade Alternativa ............................................................. 9
3.2- Excludentes de responsabilidade civil ........................................ 10
3.3- Da obrigação de indenizar ....................................................... 12
3.4- Responsabilidade do incapaz (art. 928 do CC) ............................ 12
3.5- Responsabilidade dos empresários e empresas por vícios de produtos
(art. 931 do CC) ................................................................................ 13
3.6- Responsabilidade por fato de terceiros (arts 932 a 934 do CC)...... 14
3.7- Responsabilidade por fato de animal (art. 936 do CC).................. 15
3.8- Responsabilidade pelo fato de coisa inanimada (arts. 937 e 938 do
CC) 15
3.9- Responsabilidade Civil por Dívidas ............................................ 16
3.10- Responsabilidade Civil na Sucessão ........................................... 16
3.11- Dano estético ......................................................................... 17
3.12- Dano Coletivo e Dano Social .................................................... 17
3.13- Da indenização ....................................................................... 18
3.14- Responsabilidade civil no Direito do Trabalho ............................. 23
4- Questões Comentadas ...............................................................25
5- Lista de Exercícios ....................................................................52
6- Gabarito ....................................................................................67

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1- Responsabilidade civil: Introdução

Olá, pessoal! Antes de estudarmos a responsabilidade civil, precisamos


recordar um esquema que já estudamos anteriormente, referente aos fatos
jurídicos.

Fato jurídico

sentido estrito
("stricto sensu") sentido amplo
fato natural ato humano

ato jurídico
ordinário extraordinário lícito ato ilícito
(em sentido (involuntário)
amplo)

ato jurídico
negócio
em sentido
jurídico
estrito

Em síntese, o fato jurídico é aquele fato ou acontecimento que gera


consequências no mundo jurídico. O simples ato de dirigir um automóvel, por
exemplo, não gera consequências jurídicas. Porém, se essa mesma condução
do automóvel se der de forma contrária às normas de trânsito teremos aí um
fato jurídico, ok?
Ainda, os fatos jurídicos podem decorrer de eventos da natureza (fato
natural-tempestade, chuvas, etc.) ou de atos humanos (voluntários – ato
lícito ou ilícito). O ato lícito se divide em ato jurídico e negócio jurídico. Já o ato
ilícito pode ter consequências no âmbito civil e/ou penal.
Assim, a responsabilidade civil tem origem em um ato ilícito praticado,
que culmina em um dever de indenizar. Logo, a regra geral é a
responsabilidade civil por conta de um ato ilícito. Contudo, em situações
excepcionais poderá haver responsabilidade civil em decorrência de ato lícito.
Portanto, a responsabilidade civil é uma obrigação secundária, pois tem
origem no descumprimento de uma obrigação primária, originária.

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1.1-Responsabilidade civil e responsabilidade penal: independência e


ressalvas.

A responsabilidade, o dever de ressarcir, será penal quando a norma


infringida for de natureza penal (pública); e, será civil se a norma infringida for
de natureza civil (privada). Logo, são atos que violam um dever jurídico. No
entanto, há situações onde o ato ilícito poderá ter uma dupla repercussão: uma
na esfera civil e outra na esfera penal. Como num acidente de trânsito, onde
pode estar caracterizado um crime e também o dever de ressarcir os danos
materiais sofridos.
Portanto, este tema trata de uma dicotomia de nossa matéria:
responsabilidade civil x responsabilidade penal. A responsabilidade civil refere-
se ao aspecto indenizatório, à busca pela recomposição patrimonial da vítima.
Já a responsabilidade penal diz respeito ao direito público, à proteção da
sociedade, onde o que está em jogo é o direito fundamental à liberdade, como
regra. Portanto, a responsabilidade penal tem um caráter mais gravoso que a
civil.
Como o nosso tema é a responsabilidade civil, vale ressaltar que o art.
935 do CC aduz que a responsabilidade civil não depende da criminal.
Ainda, o art. 93, inciso I, do Código Penal dispõe que um dos efeitos da
condenação penal é a obrigação de indenizar o dano causado pelo cometimento
do crime.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja
o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal.

1.2-Responsabilidade objetiva e responsabilidade subjetiva.

Esta é outra dicotomia deste assunto: responsabilidade objetiva x


responsabilidade subjetiva.

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Subjetiva Objetiva

Ato culposo (dolo e culpa) Independente de culpa. Risco da


Prova da conduta culposa. atividade.
TEORIA DA CULPA TEORIA DO RISCO

• TEORIA DA CULPA (art. 186, CC): é a regra geral, por meio da qual o dever
de indenizar é decorrente da existência de culpa por parte do agente.
Relaciona-se ao elemento subjetivo. Portanto, faz-se necessária a
existência dos seguintes pressupostos: conduta humana (ação ou omissão),
nexo causal, dano e a culpa. Representa a culpa lato sensu: dolo e culpa
estricto sensu.
o Culpa lato sensu (dolo): conduta intencional do agente para
obtenção do resultado antijurídico;
o Culpa estricto sensu: negligência ou imprudência.

• TEORIA DO RISCO: não depende da demonstração da existência de ato


culposo, ou seja, qualquer dano poderá ser indenizável, bastando provar a
existência de um nexo de causalidade entre a conduta e o dano.

2- Atos ilícitos

O ato ilícito é aquele praticado em desacordo com a ordem jurídica,


gerando efeito involuntário, nas esferas penal, administrativa e civil. Na
esfera civil, a sanção é patrimonial e está associada ao dever de reparar o dano
causado.
É importante destacar que embora haja diferença entre os conceitos de
culpa e dolo, pois no dolo há intenção de causar dano e na culpa o agente
atua com negligência, imperícia ou imprudência; para o estudo da
responsabilidade civil, quando falarmos em culpa estaremos nos referindo a
culpa em sentido amplo, abrangendo também os casos de dolo (art. 186, CC).

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ainda que
exclusivamente
Aquele que, por ação moral
ou omissão violar direito e
voluntária, causar dano a
negligência ou outrem
imprudência comete ato
ilícito

Obs.: O ato ilícito absoluto (art. 186, CC) é também conhecido por stricto
sensu. O ato ilícito é absoluto pois viola direitos absolutos (direitos patrimoniais
e de personalidade), sendo oponíveis erga omnes. Como consequência, gera a
responsabilidade civil de indenizar. Já o ato ilícito relativo refere-se ao direito
obrigacional, ou seja, decorre da relação obrigacional firmada entre as partes.

Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,


excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes (art. 187 do CC). É o chamado abuso de
direito.

Enunciado 37 da Jornada de Direito Civil: Art. 187: A


responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de
culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico.

Obs.: Os atos emulativos são aqueles praticados com abuso de direito,


relacionando-se com o disposto no art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito
o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes”. A teoria dos atos emulativos foi construída na idade média,
representando o exercício de um direito objetivando prejudicar terceiros e
resultando no dever de indenizar o dano. Aí, está a origem do abuso de direito.

Nessa situação, em que ocorre abuso de direito, a responsabilidade é


objetiva, ou seja, independe da existência de culpa do agente.

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Não constituem atos ilícitos:

a deterioração ou destruição
os praticados em da coisa alheia, ou a lesão a
legítima defesa pessoa, a fim de remover
perigo iminente

o ato será legítimo somente quando


as circunstâncias o tornarem
ou no exercício regular de absolutamente necessário, não
um direito reconhecido excedendo os limites do
indispensável para a remoção do
perigo

Embora não constitua ato ilícito, se a pessoa lesada, ou o dono da coisa não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo
que sofreram.

E, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do


dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Portanto, se o dano ocorrer por culpa de terceiro o autor do dano fica obrigado
pela indenização, mas tem direito a ação regressiva contra o terceiro para
reaver a importância gasta para ressarcir o lesado pelo prejuízo.
E, o parágrafo único do art. 930 do CC dispõe que a mesma ação
competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano, se referindo à
situação em que o ato foi praticado em legítima defesa ou no exercício regular
de um direito reconhecido.

1. (FCC - Assessor Jurídico – TCE/PI - 2014) Igor, que


passa férias com seu filho Nicolas em Teresina, devidamente habilitado, pilota
um barco pelo Rio Parnaíba, quando é surpreendido pelo jet ski de Romeu −
por este mesmo pilotado, de modo imprudente − o que causa a Igor e a
Nicolas perigo iminente. Para que estes não se machuquem gravemente, Igor
colide seu barco numa embarcação de pesca, de propriedade de Arlindo,
tendo de ressarci-lo. A conduta de Igor, nas circunstâncias, foi

a) lícita, porque não houve ação ou omissão, culpa ou nexo de causalidade


entre o ato de Igor e o dano causado a Arlindo.
b) ilícita, porque praticada sem o devido dever de cautela.

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c) lícita, porque praticada em legítima defesa de outrem.


d) ilícita, porque praticada com abuso do direito.
e) lícita, uma vez que agiu de modo a afastar perigo iminente, podendo propor
ação de regresso contra o causador do perigo, no caso Romeu.
Comentários
Letra “e”. Conforme inciso II do art. 188 do CC, não constitui ato ilícito a
deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente. Portanto, a conduta foi lícita. E, conforme art. 930 do
CC, no caso do inciso II do art. 188 do CC, se o perigo ocorrer por culpa de
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
Gabarito1: E

3- Reponsabilidade contratual e extracontratual

Para que haja responsabilidade civil, e, consequentemente exista o dever


de indenizar, é necessário que estejam presentes os três elementos ilustrados
a seguir.
Responsabilidade Civil: Elementos essenciais

conduta do
dano
agente, seja
patrimonial
por ação ou
ou moral
omissão

nexo de
causalidade

Portanto, quando a conduta do agente, seja por ação ou omissão,


ocasinar um dano patrimonial ou extrapatrimonial (moral) e for comprovada a
existência do nexo de causalidade, ou seja, restar comprovado que a conduta
do agente foi a causa que provocou o dano, haverá o dever de indenizar.

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Enquanto que na responsabilidade contratual o agente possui vínculo


com a vítima do dano por meio de um contrato firmado entre as partes; na
responsabilidade extracontratual (também denominada aquiliana) não há
vínculo contratual, mas existe um vínculo legal (que decorre da lei).
Em relação à responsabilidade civil do Estado, o artigo 37, § 6º da
Constituição Federal de 1988 estabelece que “As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa”. E, conforme art. 43 do CC:

ressalvado direito
regressivo contra
são civilmente os causadores do
As pessoas responsáveis por dano
jurídicas de atos dos seus
direito público agentes que nessa
interno qualidade causem
danos a terceiros se houver, por
parte destes,
culpa ou dolo.

Portanto, concluímos que a responsabilidade civil do Estado é objetiva,


pois independe de comprovação de culpa do agente. No entanto, a
responsabilidade civil do agente é subjetiva, pois a existência de culpa (ou
dolo) será requisito para que possa haver direito de regresso contra o agente,
ou seja, de reaver o prejuízo da indenização contra o responsável que ocasionou
o dano.
Em relação à responsabilidade civil no Código Civil, temos em seu Título
IX (Da Responsabilidade Civil) o Capítulo I (Da Obrigação de Indenizar), que
compreende os arts. 927 a 943; e o Capítulo II (Da Indenização), que
compreende os arts. 944 a 954; que estuaremos na sequência.

3.1-Causalidade Alternativa

A chamada causalidade alternativa é utilizada quando há dificuldade em


identificar o autor do dano quando inserido dentro de um determinado grupo,
como nos casos de manifestações populares. Outro caso relacionado é quando
um objeto é lançado ou cai de um prédio atingindo uma pessoa. Neste caso,
aplica-se o art. 938 do CC:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar
indevido.

Portanto, tendo em vista que a vítima não poderia ficar desamparada por
conta da impossibilidade de se determinar o real autor da ofensa sofrida, tanto

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da doutrina quanto a jurisprudência entendem que a responsabilidade deve


recair de forma solidária sobre todos os integrantes do grupo. No caso de um
objeto caído ou lançado de prédio, a responsabilidade é do condomínio. A parte
final do caput do art. 942 do CC também caminha neste sentido: “...e, se a
ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela
reparação.”.
Assim sendo, a causalidade alternativa significa a responsabilização
solidária de possíveis autores (grupo) por ato lesivo quando não for possível a
identificação do real autor.

3.2-Excludentes de responsabilidade civil

As causas excludentes de responsabilidade civil são aquelas que afastam


a pretensão indenizatória ao romper o nexo de causalidade ou mesmo
descaracterizar a ilicitude da conduda do agente.
Assim, podemos enumerar as seguintes hipóteses excludentes da
responsabilidade civil:

1. Legítima defesa Contra agressão a um bem ou


interesse jurídico. O excesso é
Art. 188, I indenizável.

2. Exercício regular Direito positivo reconhecido.


de direito Violência em esporte de artes
Art. 188, I marciais.

3. Estrito
Normalmente aos agentes públicos.
cumprimento do
dever legal
Ex.: Polícia.
EXCLUDENTES

4. Estado de
Necessidade "Sacrifício" de um bem jurídico em
detrimento de outro de maior valor.
Art. 188, II

5. Caso fortuito e
força maior Fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir
Art. 393

6. Culpa exclusiva
da vítima Suicida se atira na frente de
automóvel
Art. 945

O agente causador do dano é mero


7. Fato de terceiro
instrumento

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Esquematizando o art. 188 temos:

Não constituem atos ilícitos:


ESTADO DE
NECESSIDADE

a deterioração ou destruição
os praticados em da coisa alheia, ou a lesão a
legítima defesa pessoa, a fim de remover
perigo iminente

o ato será legítimo somente quando


as circunstâncias o tornarem
ou no exercício regular de absolutamente necessário, não
um direito reconhecido excedendo os limites do
indispensável para a remoção do
perigo

Embora não constitua ato ilícito, se a pessoa lesada, ou o dono da coisa não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo
que sofreram.

Art. 188 do CC - Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito


reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a


fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando
as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo
os limites do indispensável para a remoção do perigo.

A legitima defesa pode ser empregada para


defender direito próprio ou de terceiro, tendo em vista que a proteção caíra ao
bem jurídico da vítima ameaçado pelo agressor. Sendo assim, a legítima
defesa de terceiro é causa de exclusão de ilicitude.

Legítima defesa putativa: De fato, na esfera


civil, a legítima defesa putativa não é considerada causa de excludente de
ilicitude. E o que vem a ser a legítima defesa putativa? Legítima defesa
putativa é a também denominada legítima defesa ficta. Ocorre quando a

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situação de perigo existe tão somente no imaginário daquele que supõe


repelir legitimamente um injusto. Portanto, o agente acredita e supõe que existe
uma ocorrência de excludente de criminalidade que, se existisse, tornaria sua
ação legítima. Ressalta-se, contudo, que na esfera penal, a legítima defesa é
tomada como excludente de ilicitude.

3.3-Da obrigação de indenizar

Art. 927 do CC:

Aquele que, por causar dano a fica obrigado a


ato ilícito outrem repará-lo

Quem pratica ato ilícito, causando dano a alguém, fica obrigado a reparar
o dano, na esfera civil, por meio da indenização.

nos casos
especificados em lei
OU
Haverá quando a atividade
obrigação independentemente normalmente
de reparar o de culpa desenvolvida pelo
dano autor do dano
implicar, por sua
natureza, risco
para os direitos de
outrem.

Essa situação traz as hipóteses em que haverá obrigação de reparar o


dano, independentemente da conduta do agente ter sido com culpa (em
sentido amplo, seja culpa ou dolo). Nesses casos, a responsabilidade civil é
objetiva, pois independe de culpa por parte do agente que praticou a conduta.
Quando a responsabilidade civil depender da existência de culpa por parte
do agente causador do dano, estaremos diante da responsabilidade subjetiva.
É importante ressaltar essa diferença: quando a responsabilidade for objetiva,
independe de culpa, e quando for subjetiva, dependerá da existência de culpa
por parte do agente.

3.4-Responsabilidade do incapaz (art. 928 do CC)

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Responsabilidade do incapaz por seus atos: é subsidiária, pois somente


responderão por seus atos SE as pessoas por ele responsáveis (pais, tutores e
curadores) não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes.

O incapaz responde pelos


prejuízos que causar

se as pessoas por ele responsáveis


não tiverem obrigação de fazê-lo ou
não dispuserem de meios suficientes.

Essa indenização, que deverá ser


eqüitativa, não terá lugar se privar
do necessário o incapaz ou as pessoas
que dele dependem

3.5-Responsabilidade dos empresários e empresas por vícios de produtos


(art. 931 do CC)

Outro caso de responsabilidade objetiva é o previsto no art. 931 do CC,


que dispõe que ressalvados outros casos previstos em lei especial, os
empresários individuais e as empresas respondem independentemente de
culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

Art. 931 do CC - Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os


empresários individuais e as empresas respondem independentemente de
culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

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3.6-Responsabilidade por fato de terceiros (arts 932 a 934 do CC)

pelos filhos menores que


os pais estiverem sob sua autoridade e
em sua companhia

o tutor e o pelos pupilos e curatelados, que


curador se acharem nas mesmas condições

por seus empregados, serviçais e


o empregador
São também prepostos, no exercício do trabalho
e o comitente
responsáveis que lhes competir, ou em razão dele
pela
reparação os donos de hotéis,
civil: hospedarias, casas ou
estabelecimentos pelos seus hóspedes,
onde se albergue por moradores e educandos
dinheiro, mesmo para
fins de educação

os que gratuitamente houverem até a concorrente


participado nos produtos do crime quantia

Essas pessoas (indicadas no esquema anterior), ainda que não haja culpa
de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Nesses casos, temos responsabilidade civil objetiva, pois independe de culpa.
Obs.: Esta responsabilidade acima é também conhecida como indireta ou por
atos de terceiros. Destaca-se a orientação doutrinária representada no
Enunciado nº 451 da V Jornada de Direito Civil: “A responsabilidade civil por ato
de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independentemente de
culpa, estando superado o modelo de culpa presumida”. Assim, tem-se uma
evolução no sentido de estar superada a culpa presumida (culpa in vigilando e
culpa in eligendo) nos casos dos arts. 932 e 933 do CC acima tratados. Por fim,
devemos ter em mente que a súmula 341 do STF (“É presumida a culpa do
patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto”) mostra-se
divergente desse entendimento doutrinário.
Enunciado 451 da Jornada de Direito Civil: A responsabilidade civil por
ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de
culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

Enunciado 449 da Jornada de Direito Civil: Considerando que a


responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos filhos menores
é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do
poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos,
ainda que estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de
culpa exclusiva de um dos genitores.

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Prosseguido, aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver
o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz (art. 934 do CC). Em regra
geral, quem ressarcir o prejuízo causado por um terceiro tem direito à ação
regressiva para reaver o que pagou da pessoa responsável pelo prejuízo
causado.
No mais, a responsabilidade civil é independente da criminal, não se
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu
autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal (art. 935
do CC). Ou seja, embora a responsabilidade civil seja independente da
responsabilidade criminal (cada uma será apurada em sua esfera), quando
houver decisão no juízo criminal sobre a existência do fato, ou sobre quem seja
o seu autor, essas questões não poderão ser mais discutidas na esfera civil.

3.7-Responsabilidade por fato de animal (art. 936 do CC)

O dono, ou se não provar


ressarcirá o dano
detentor, do culpa da vítima ou
por este causado
animal força maior

Enunciado 451: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é


objetiva, admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro.

3.8-Responsabilidade pelo fato de coisa inanimada (arts. 937 e 938 do CC)

responde pelos se esta provier de


O dono de
danos que falta de reparos,
edifício ou
resultarem de sua cuja necessidade
construção
ruína fosse manifesta

responde pelo
Aquele que
dano proveniente ou forem lançadas
habitar prédio, ou
das coisas que dele em lugar indevido
parte dele
caírem

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Tais situações são casos de responsabilidade objetiva, tendo em vista a


chamada teoria da guarda, pela qual a responsabilidade pertence ao dono da
coisa que deve ter o zelo da guarda.

3.9-Responsabilidade Civil por Dívidas

O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos


casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava
para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados,
e a pagar as custas em dobro (art. 939 do CC). Ou seja, esta ação de cobrança
indevida é considerada um ato ilícito, presumindo-se a culpa do agente.
Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado
a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no
segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição (art. 940
do CC).
As penas previstas nos artigos anteriores (arts. 939 e 940) não se
aplicarão quando o autor desistir da ação antes de contestada a lide, salvo ao
réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.
Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem
ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um
autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

3.10-Responsabilidade Civil na Sucessão

Conforme o art. 943 do CC:

e a obrigação de
prestá-la

O direito de exigir transmitem-se


reparação com a herança

A responsabilidade de indenizar é limitada pela que foi herdado.

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Obs.: Dano moral: o dano moral configura-se pela violação de um direito da


personalidade, onde a subjetividade da pessoa vitimada é afetada – o dano
moral não fica caracterizado por mero aborrecimento. No entanto, embora
personalíssimo, a jurisprudência do STJ reconhece que terceiros são partes
legítimas para requerer indenização por dano moral sofrido por outra pessoa, já
que em muitos casos os terceiros também sofrem de forma reflexa, indireta, os
danos sofridos pela vítima, como no caso dos pais e parentes. Então, nestes
casos, a integridade moral de terceiros poderá ser atingida indiretamente,
por ricochete (ou préjudice d’affection).

3.11-Dano estético

Apesar de certa doutrina entender que o dano estético é uma espécie do


dano moral, prevalece o entendimento de que o dano estético é diverso do dano
moral, podendo ser cumulativos. A Súmula nº 387 do STJ assim afirma: “É
lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.”.
Isso significa que um mesmo ato lesivo pode resultar na cumulação de
indenização de dano estético e dano moral. A justificativa é que o dano estético
seria uma manifestação externa, física e visível do ato lesivo. Já o dano moral
afetaria a subjetividade da pessoa humana, sendo interna a ela.

3.12-Dano Coletivo e Dano Social

De forma oposta ao dano sofrido individualmente, há também a


possibilidade de ocorrer um dano coletivo, quando mais de uma pessoa é
atingida pelo mesmo fato lesivo. Dentro deste conceito de dano coletivo, o dano
moral coletivo vem ganhando relevância. O dano moral coletivo pode ser
entendido como o dano sofrido por diversas pessoas em relação aos seus
direitos de personalidade. Há alguns julgados no sentido de reconhecer que a
coletividade pode sofre dano moral:

1. Caso “pílulas de farinha”: O STJ (3ª turma, REsp. 866.636/SP, DJ


06/12/2007) condenou determinada empresa à indenização milionária
por dano moral coletivo, em razão de gravidez indesejada por diversas
mulheres que consumiram pílulas anticoncepcionais.

2. Dano ambiental e dano moral coletivo: No REsp 1.328.753-MG, Rel.


Min. Herman Benjamin, julgado em 28/5/2013, a 2ª Turma do STJ
condenou o réu por infração ambiental ao pagamento de certa quantia
por compensação de dano moral coletivo. Portanto, quem comente crime

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ambiental poderá ser condenado à reparação integral do dano ambiental


cometido bem como à indenização por dano moral coletivo.

3. Direito do Consumidor, Banco e dano moral coletivo: No REsp


1.221.756-RJ, rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 02/02/2012, a 3ª
Turma do STJ condenou um banco à indenização por dano moral coletivo
em razão de atendimento inadequado aos portadores de deficiência física,
idosos e pessoas com dificuldades de locomoção. Segue trecho do
referido acórdão: “Não é razoável submeter aqueles que já possuem
dificuldades de locomoção, seja pela idade, seja por deficiência física, ou
por causa transitória, à situação desgastante de subir lances de escadas,
exatos 23 degraus, em agência bancária que possui plena capacidade e
condições de propiciar melhor forma de atendimento a tais
consumidores”.

Por fim, vale ressaltar que o Código de Defesa do Consumidor expressamente


prevê a indenização por dano moral coletivo aos consumidores:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,


individuais, coletivos e difusos;

Pois bem, outra modalidade de dano é o chamado dano social. O dano


social refere-se à conduta lesiva à sociedade, podendo resultar tanto em
prejuízo material quanto moral. Portanto, o dano social relaciona-se a valores
sociais ou difusos. São condutas socialmente reprováveis, como jogar lixo na
rua, atender telefone no avião, etc. Neste casos, o autor poderá ser condenado
a reparar os danos sociais causados por suas condutas socialmente reprováveis.

Uma diferença do dano social para o dano moral coletivo é com relação à
destinação da indenização. No dano social, a indenização deve ser revertida
para um fundo ou instituição de caridade. Já no dano moral coletivo, a
indenização é destinada às vítimas determinadas ou determináveis.

3.13-Da indenização

A indenização mede-se pela extensão do dano. Se houver excessiva


desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, o juiz poderá reduzir,
equitativamente, a indenização. Se a vítima tiver concorrido
culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se
em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano (art.
945 do CC).

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Responsabilidade
Ato ilícito Civil
INDENIZAÇÃO

Portanto, se a vítima também tiver concorrido com culpa para ocorrência


do dano, isso será levado em consideração para fixação da indenização. Mas,
caso haja culpa exclusiva da vítima, não haverá indenização.
Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato
disposição fixando a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor
das perdas e danos na forma que a lei processual determinar.
Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada,
substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente (art. 947 do CC).

no pagamento das despesas com o


No caso de tratamento da vítima, seu funeral e o luto
homicídio, a da família
indenização
consiste, sem na prestação de alimentos às pessoas a
excluir outras quem o morto os devia, levando-se em conta a
reparações: duração provável da vida da vítima

No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o


ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido
(art. 949 do CC).

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incluirá pensão
correspondente à
importância do
Se da ofensa resultar trabalho para que se
defeito pelo qual o a indenização, inabilitou, ou da
ofendido não possa além das despesas depreciação que ele
exercer o seu ofício do tratamento e sofreu
ou profissão, ou se lucros cessantes
lhe diminua a até ao fim da
capacidade de convalescença O prejudicado, se
trabalho preferir, poderá
exigir que a
indenização seja
arbitrada e paga de
uma só vez

As disposições anteriores (no caso de homicídio, lesão ou outra ofensa à


saúde) aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no
exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia,
causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo
para o trabalho.

Obs.: Conforme o art. 398 do CC, nas obrigações provenientes de ato ilícito,
considera-se o devedor em mora, desde o momento em que praticou o
ato ilícito. Então, os juros de mora são devidos desde o momento do ato
danoso praticado e não da citação. A súmula nº 54 do STJ também aborda o
tema: “Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual”. No entanto, essa súmula do STJ não seria
aplicável no caso de dano moral, sendo os juros moratórios devidos a partir do
arbitramento da indenização, de acordo com o previsto no Art. 407 (“Ainda que
se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão
assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez
que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou
acordo entre as partes”). Este é o entendimento de boa parte da doutrina.
Porém, vale ressaltar que há julgados em sentido contrário, pelo qual os juros
moratórios são devidos a partir do evento danoso mesmo em caso de dano
moral (R.Esp 1.132.866-SP, 2ª seção do STJ).

2. (CESPE - Auditor – TCE/RN - 2015) Considerando


determinada situação de agressão física de que tenha resultado incapacidade
laboral, julgue os itens subsequentes.
Para efeito de indenização por danos materiais, a vítima pode exigir o
pagamento dos lucros cessantes e das despesas com o tratamento médico
até o fim de sua convalescença, além de pensão correspondente à
remuneração pelo trabalho para o qual se inabilitou.
Comentários

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O item está Certo. Conforme art. 949 do CC, no caso de lesão ou outra ofensa
à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos
lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que
o ofendido prove haver sofrido. E, conforme art. 950 do CC, se da ofensa
resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão,
ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas
do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.
Gabarito2: Certo

Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa,


a indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a
título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu
equivalente ao prejudicado (art. 952 do CC).
Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa,
estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este
não se avantaje àquele.
A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na
reparação do dano que delas resulte ao ofendido. Se o ofendido não puder
provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da
indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento
das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar
prejuízo, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na
conformidade das circunstâncias do caso.

Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:

a prisão por
queixa ou
o cárcere a prisão
denúncia
privado ilegal
falsa e de
má-fé

Para encerrarmos a teoria desta aula, vamos relembrar o prazo de


prescrição da reparação civil e ver um último assunto, que também costuma ser
cobrado em prova: a responsabilidade civil em relação ao transporte de pessoas.
Vale ressaltar que no caso da reparação civil, conforme inciso V do § 3o
do art. 206 do CC, prescreve em 3 anos a pretensão de reparação civil. E,
o inciso I do art. 198 do CC acrescenta que não corre a prescrição contra os
incapazes de que trata o art. 3° do CC, que trata dos absolutamente incapazes.

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Em relação ao transporte de pessoas, conforme art. 734 do CC, o


transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas
bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula
excludente da responsabilidade, sendo lícito ao transportador exigir a
declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite da indenização.
A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o
passageiro não é elidida (excluída, eliminada) por culpa de terceiro, contra o
qual tem ação regressiva.
O CC dispõe ainda que não se subordina às normas do contrato de
transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia; e não se considera
gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração, o transportador
auferir vantagens indiretas.

Nota Final: Teoria da responsabilidade civil pela perda de uma chance: A


teoria da responsabilidade civil pela perda de uma chance tem origem na
França e não nos EUA. A doutrina enquadra a teoria da perda de uma chance
em categoria de dano específico, pela qual a perda da possibilidade de se buscar
uma posição mais vantajosa que muito provavelmente se alcançaria, não fosse
o ato ilícito praticado. Tal teoria não serve para que meras expectativas sejam
reparadas. De fato, a chance perdida deve ser concreta e claramente
perceptível. No entanto, é preciso que esteja caracterizado o nexo de
causalidade entre o ato ilícito e o dano, que representa a chance perdida
de obter uma vantagem ou de evitar um prejuízo. Assim, estaria
configurado o dever de indenizar. Ex.: Banco vende ações de investidor sem
autorização. O investidor intencionava a negociação das ações de forma mais
vantajosa. A perda desta chance enseja a reparação do dano sofrido pelo
investidor.

3.14-Dano moral

Acerca da responsabilidade civil por dano moral, é relevante atentarmos


para a jurisprudência do STJ, em especial no que tange à quantificação do valor
da indenização.
Jurisprudência em Teses do STJ – Edição nº 125
“1) A fixação do valor devido à título de indenização por danos morais
deve considerar o método bifásico, que conjuga os critérios da
valorização das circunstâncias do caso e do interesse jurídico
lesado, e minimiza eventual arbitrariedade ao se adotar critérios
unicamente subjetivos do julgador, além de afastar eventual tarifação do
dano”.
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO
MORAL. SÚMULA Nº 7/STJ. INOCORRÊNCIA. QUANTUM IRRISÓRIO. DEMORA

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EM PROCEDIMENTO MÉDICO. NECESSIDADE DE PARTO POR CESARIANA.


RECONHECIMENTO TARDIO. MORTE DA CRIANÇA NO VENTRE MATERNO.
QUANTUM INDENIZATÓRIO. CRITÉRIOS DE ARBITRAMENTO EQUITATIVO PELO
JUIZ. MÉTODO BIFÁSICO. VALORIZAÇÃO DO INTERESSE JURÍDICO LESADO
E CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO. DECISÃO MANTIDA.
1. Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, é possível a modificação
do quantum indenizatório quando os danos morais forem flagrantemente
irrisórios ou exorbitantes, hipótese verificada na espécie à luz do método
bifásico, inexistindo razão para aplicar a Súmula nº 7/STJ. Precedentes do STJ.
2. O método bifásico, como parâmetro para a aferição da indenização por
danos morais, atende às exigências de um arbitramento equitativo, pois,
além de minimizar eventuais arbitrariedades, evitando a adoção de critérios
unicamente subjetivos pelo julgador, afasta a tarifação do dano, trazendo
um ponto de equilíbrio pelo qual se consegue alcançar razoável correspondência
entre o valor da indenização e o interesse jurídico lesado, bem como
estabelecer montante que melhor corresponda às peculiaridades do caso.

3. Na primeira fase, o valor básico ou inicial da indenização é arbitrado


tendo-se em conta o interesse jurídico lesado, em conformidade com os
precedentes jurisprudenciais acerca da matéria (grupo de casos).
4. Na segunda fase, ajusta-se o valor às peculiaridades do caso com base
nas suas circunstâncias (gravidade do fato em si, culpabilidade do agente,
culpa concorrente da vítima, condição econômica das partes), procedendo-se
à fixação definitiva da indenização, por meio de arbitramento equitativo pelo juiz.

5. Irrisório, no caso, os danos morais em R$ 10 mil, devendo ser elevados


para R$ 90 mil, mantido o julgado de origem quanto à correção monetária,
juros de mora e honorários advocatícios. Recurso especial provido. 6. Agravo
interno não provido.

(AgInt no REsp 1608573/RJ AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL


2016/0046129-2, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, julg. 20/08/2019)

3.15-Responsabilidade civil no Direito do Trabalho

A responsabilidade civil também possui conexões com o Direito do


Trabalho, tendo em vista que as relações trabalhistas estão no âmbito do Direito
Privado, cujo caráter é obrigacional e contratual.
Vejamos alguns pontos neste sentido:
• Responsabilidade Civil Objetiva: tem a sua origem nas relações
trabalhistas no período da Revolução Industrial, por conta do grande número
de acidentes de trabalho. Passa-se a exigir somente o nexo causal e o dano,
então. A culpa do patrão mostrou-se irrelevante. Portanto, temos uma série
de fatos que ensejaram a criação da chamada teoria do risco, positivada no
art. 927, único do CC: “Haverá obrigação de reparar o dano,

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independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a


atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem”;
• Teoria do Risco: há diversas vertentes construídas em volta da teoria do
risco. Podemos destacar as seguintes: risco-proveito, risco criado, risco
profissional e risco integral;
• Risco proveito: aquele que tira proveito de determinado fato ou ação,
deve indenizar os danos causados dessa prática;
• Risco criado: a atividade é lícita, porém traz risco a saúde ou a integridade
do trabalhador. Relaciona-se às atividades consideradas perigosas;
• Risco profissional: semelhante à teoria do risco criado. Porém, a teoria do
risco profissional é mais ampla e abrange todo tipo de relação entre pregador
e empregado;
• Risco integral: a indenização cabe mesmo nas situações em que é
inexistência o nexo causal, por conta de certas situações, como a culpa
exclusiva da vítima, o fato de terceiro e caso fortuito ou força maior.

Então, é isso! Acabamos a nossa parte teórica da aula de hoje. A seguir temos
as nossas questões para aprimorar o nosso aprendizado!
Bons estudos!

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4- Questões Comentadas

3. (FCC - Assessor Jurídico - TCE/PI - 2014) No que se refere à


responsabilidade definida pelo Código Civil, considere:
I. Os absolutamente incapazes podem ser passíveis de responsabilização civil,
em determinadas circunstâncias previstas em lei.
II. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos
danos causados pelos produtos postos em circulação.
III. A indenização mede-se pela extensão do dano, mas se houver excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
equitativamente, a indenização.
IV. Vigora como regra a responsabilidade objetiva e, subsidiariamente, a
teoria do risco administrativo.
V. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem
com a herança.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
e) I, IV e V.
Comentários
Letra “d”.
O item I está certo. Conforme art. 928 do CC, o incapaz responde pelos prejuízos
que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-
lo ou não dispuserem de meios suficientes.
O item II está certo. Conforme art. 931 do CC, ressalvados outros casos
previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem
independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação.
O item III está certo. Conforme art. 944 do CC, a indenização mede-se pela
extensão do dano. E, conforme parágrafo único desse artigo, se houver
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz
reduzir, equitativamente, a indenização.
O item IV está errado. Em regra geral, vigora a responsabilidade subjetiva, que
depende da existência de culpa, e, como exceção, vigorará a responsabilidade
objetiva, conforme disposto no parágrafo único do art. 927 do CC, que

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estabelece que haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
O item V está errado. Conforme art. 943 do CC, o direito de exigir reparação e
a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito3: D

4. (CESPE - Delegado de Polícia - Polícia Civil - BA - 2013) Com relação à


responsabilidade civil e aos contratos em geral, julgue os itens que se
seguem.

No Código Civil, é prevista a possibilidade de as empresas responderem,


independentemente de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos
em circulação.
Comentários
O item está Certo. Conforme art. 931 do CC, ressalvados outros casos previstos
em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem
independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação.
Gabarito4: Certo

5. (CESPE - Auditor – TCE/RN - 2015) Considerando determinada situação


de agressão física de que tenha resultado incapacidade laboral, julgue os
itens subsequentes.

A vítima tem três anos para pleitear em juízo os danos de ordem material e
moral decorrentes do ato criminoso.
Comentários
O item está Certo. Conforme inciso V do § 3° do art. 206 do CC, prescreve em
3 anos a pretensão de reparação civil.
Gabarito5: Certo

6. (FCC - Juiz de Direito Substituto – TJAP/AP - 2014) O empregador


responde civilmente pelos atos praticados por seus empregados no exercício
dos trabalhos que lhes competir,
a) mesmo que o empregado tenha sido absolvido em processo criminal, no qual
tenha ficado provado não ser ele o autor do ato ilícito.

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b) apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou sobre ele não


exerceu vigilância.
c) ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância do
empregado.
d) em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do patrão é
sempre objetiva.
e) somente se o empregado for condenado em processo criminal.
Comentários
Letra “c”. Conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos incisos I a V do
artigo 932 do CC, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos
atos praticados pelos terceiros ali referidos; sendo que o inciso III do art. 932
do CC trata da responsabilidade pela reparação civil do empregador ou
comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele.
Gabarito6: C

7. (VUNESP - Juiz Leigo – TJRJ/RJ - 2014) Quanto à responsabilidade civil,


assinale a alternativa correta.
a) Os pais são responsáveis pelos atos praticados por seus filhos menores,
mesmo que não estejam sob a sua autoridade e companhia.
b) O empregador, por culpa ou dolo, é responsável pelos atos praticados por
seus empregados.
c) O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de
sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse
manifesta.
d) O dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, ainda que
a vítima tenha agido com culpa.
e) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmite
com a herança.
Comentários
Letra “c”. Conforme art. 937 do CC, o dono de edifício ou construção responde
pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos,
cuja necessidade fosse manifesta.
A letra “a” está errada, pois, conforme inciso I do art. 932, são responsáveis
pela reparação civil: os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua
autoridade e em sua companhia.
A letra “b” está errada, pois, conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos
incisos I a V do artigo 932 do CC, ainda que não haja culpa de sua parte,

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responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos; sendo que o
inciso III do art. 932 do CC trata da responsabilidade pela reparação civil do
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.
A letra “d” está errada, pois, conforme art. 936 do CC, o dono, ou detentor, do
animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou
força maior.
A letra “e” está errada, pois, conforme art. 943 do CC, o direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito7: C

8. (VUNESP - Juiz Leigo – TJRJ/RJ - 2014) Quanto à responsabilidade do


transportador de pessoas, assinale a alternativa correta.
a) É ilícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de
fixar o limite da indenização.
b) Responde pelos danos causados às pessoas transportadas, salvo motivo de
força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
c) A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o
passageiro é elidida por culpa de terceiro.
d) Subordina-se às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por
amizade ou cortesia.
e) A bagagem deverá estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e
quantidade para ser indenizada.
Comentários
Letra “b”. Conforme art. 734 do CC, o transportador responde pelos danos
causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força
maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
A letra “a” está errada, pois, conforme parágrafo único do art. 734 do CC, é
lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o
limite da indenização.
A letra “c” está errada, pois, conforme art. 735 do CC, a responsabilidade
contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por
culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.
A letra “d” está errada, pois, conforme art. 736 do CC, não se subordina às
normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou
cortesia.
A letra “e” está errada, pois, não há essa previsão no CC. O disposto no
parágrafo único do art. 734 do CC estabelece apenas que é lícito ao

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transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite da


indenização.
Gabarito8: B

9. (FCC - Técnico Judiciário - Área Administrativa – TRF 3ª – 2014)


Considere as seguintes situações hipotéticas:
I. Mario, dezessete anos de idade, escondido de seu pai, Golias, pegou a
chave do carro da família e atropelou Xisto.
II. Fabiana, dezesseis anos de idade, com a permissão de sua mãe, Maria,
que lhe entregou as chaves do veículo da família, dirigiu alcoolizada e colidiu
o referido veículo com a moto de Fabrício.
III. Carlos é dono do restaurante CC. Seu empregado, Matias, derrubou um
prato na cliente, Fátima, ferindo-a.
IV. Diogo é dono do hotel AA. Nesta madrugada um hóspede enfurecido
atirou pela janela do quarto, no qual estava hospedado, vasos, um abajur e
um lustre, ferindo Simone, uma transeunte.
De acordo com o Código Civil brasileiro, responderão pelos atos praticados
pelos terceiros mencionados nas situações hipotéticas,
a) Maria, Carlos e Diogo, apenas.
b) Maria e Diogo, apenas.
c) Golias, Maria, Carlos e Diogo.
d) Carlos e Diogo, apenas.
e) Golias, Maria e Carlos, apenas.
Comentários
Letra “c”. Golias (pai de Mario) e Maria (mãe de Fabiana) respondem com
fundamento no inciso I do art. 932 do CC, que estabelece que são também
responsáveis pela reparação civil: os pais, pelos filhos menores que estiverem
sob sua autoridade e em sua companhia. Carlos e Diogo respondem com
fundamento nos incisos III e IV, respectivamente, do art. 932 do CC, que
estabelece que são também responsáveis pela reparação civil: o empregador ou
comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele; os donos de hotéis, hospedarias, casas ou
estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação,
pelos seus hóspedes, moradores e educandos.
Gabarito9: C

10. (FCC - Assessor Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa - PB -


2013) No que diz respeito à responsabilidade civil, é correto afirmar:

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a) O direito de exigir reparação é personalíssimo e não se transmite com a


herança.
b) A responsabilidade civil depende da criminal, devendo o processo civil ser
sempre suspenso até a decisão da questão do fato no juízo criminal.
c) O tutor só é responsável pela reparação civil dos danos causados por seu
pupilo se tiver concorrido culposamente para a sua ocorrência.
d) Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-
se-á pelo seu valor, em moeda corrente.
e) Aquele que ressarcir dano causado por outrem, não pode, em nenhuma
hipótese, reaver o que houver pago daquele por quem pagou.
Comentários
Letra “d”. Conforme art. 947 do CC, se o devedor não puder cumprir a prestação
na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente.
A letra “a” está errada, pois, conforme art. 943 do CC, o direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
A letra “b” está errada, pois, conforme art. 935 do CC, a responsabilidade civil
é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
A letra “c” está errada, pois, conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos
incisos I a V do artigo 932 (o que inclui o tutor), ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
A letra “e” está errada, pois, conforme art. 934 do CC, aquele que ressarcir o
dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem
pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz.
Gabarito10: D

11. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 8ª - 2013) Caso


um indivíduo tenha se envolvido, no dia 30 de janeiro de 2013, quarta-feira,
em um acidente de trânsito que lhe causou danos materiais e morais, a data
da prescrição do direito de pedir indenização ao responsável pelo acidente
será
a) 30 de janeiro de 2018, ainda que feriado.
b) 31 de janeiro de 2023, ainda que domingo.
c) 31 de janeiro de 2014, ainda que sábado.
d) 30 de janeiro de 2015, se dia útil.
e) 1º de fevereiro de 2016, se dia útil.

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Comentários
Letra “e”. Apesar do ato relatado no enunciado poder ser considerado ilícito,
logo podendo ter como consequência a obrigação de reparar o dano, o tema
tem mais a ver com a Prescrição. Assim, conforme inciso V do § 3o do art. 206
do CC, prescreve em 3 anos a pretensão de reparação civil. Como o acidente
ocorreu no dia 30 de janeiro de 2013, a data da prescrição será dia 1º de
fevereiro de 2016, se dia útil. Ressalta-se que segundo a regra do art. 132 do
CC, exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento na contagem do
prazo. Assim, o prazo prescricional inicia-se no dia 31/01/2013 e termina no dia
31/01/2016. Logo, no dia 01/02/2016 opera-se a prescrição do direito de pedir
a indenização pelo acidente, se dia útil (art. 132, §1º).
Gabarito11: E

12. (FCC - Analista Ministerial - Área Direito – PGE/CE - 2013) O Código


Civil brasileiro atual
a) isenta o incapaz de responder pelos prejuízos que causar, sem nenhuma
ressalva.
b) aboliu a responsabilidade subjetiva.
c) impõe responsabilidade objetiva ao empregador ou comitente, por seus
empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele.
d) determina que o dono ou detentor do animal repare o dano por este
causado, se a vítima comprovar dolo.
e) dispõe que a obrigação de prestar a reparação não se transmite com a
herança.
Comentários
Letra “c”. Conforme inciso III do art. 932 do CC, são também responsáveis pela
reparação civil: o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele. E,
conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos
praticados pelos terceiros ali referidos. Portanto, nesse caso a responsabilidade
do empregador ou comitente é objetiva, independe de culpa.
A letra “a” está errada, pois, conforme art. 928 do CC, o incapaz responde pelos
prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
A letra “b” está errada, pois, em regra geral, vigora a responsabilidade
subjetiva, que depende da existência de culpa, e, como exceção, vigorará a
responsabilidade objetiva, conforme disposto no parágrafo único do art. 927 do
CC, que estabelece que haverá obrigação de reparar o dano,

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independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a


atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
A letra “d” está errada, pois, conforme art. 936 do CC, o dono, ou detentor, do
animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou
força maior.
A letra “e” está errada, pois, conforme art. 943 do CC, o direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito12: C

13. (FCC - Analista Ministerial - Área Direito – PGE/CE - 2013) A


indenização:
a) mede-se pela extensão da culpa.
b) deve ser fixada tendo-se em conta a gravidade da culpa da vítima, quando
esta tiver concorrido para a ocorrência do dano.
c) não pode ser reduzida equitativamente, nem no caso de desproporção entre
a gravidade da culpa e o dano.
d) no caso de homicídio, consiste na prestação de alimentos às pessoas a quem
o morto os devia, até a morte do alimentando, excluídas outras reparações.
e) é inexigível se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada.
Comentários
Letra “b”. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
A letra “a” está errada, pois, conforme art. 944 do CC, a indenização mede-se
pela extensão do dano.
A letra “c” está errada, pois, conforme parágrafo único do art. 944 do CC, se
houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o
juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
A letra “d” está errada, pois, conforme art. 948 do CC, no caso de homicídio, a
indenização consiste, sem excluir outras reparações: no pagamento das
despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; na
prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em
conta a duração provável da vida da vítima.
A letra “e” está errada, pois, conforme art. 947 do CC, se o devedor não puder
cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em
moeda corrente.
Gabarito13: B

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14. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 5ª - 2013) Maria


Clara, de quinze anos de idade, pega o carro de sua mãe, Sofia Vera, sem
autorização desta. Perto de Porto Seguro, colide culposamente o carro com
o veículo de Roberta Inês, que propõe ação contra mãe e filha, alegando a
responsabilidade civil de ambas. Esta conduta foi
a) correta, pois a responsabilidade de Sofia Vera e de sua filha Maria Clara é
solidária, na hipótese, sem quaisquer ressalvas quanto às indenizações
devidas.
b) correta, pois se Sofia Vera não dispuser de meios financeiros suficientes,
Maria Clara responderá subsidiariamente com seus próprios bens,
indenizando-se Roberta Inês equitativamente e sem que se possa privar do
necessário Maria Clara ou as pessoas que dela dependam.
c) incorreta, pois Maria Clara é incapaz e não responde com seu patrimônio
pessoal em nenhuma hipótese, pelo que a ação deveria ter sido proposta
somente contra Sofia Vera.
d) incorreta, pois se Maria Clara pegou o carro sem autorização de Sofia Vera,
somente ela deveria ter sido acionada, embora seja incapaz, já que causou
prejuízos a Roberta Inês.
e) incorreta, pois Maria Clara é absolutamente incapaz e somente os
relativamente incapazes respondem com seu patrimônio pessoal ao
causarem prejuízos a terceiros.
Comentários
Letra “b”. Conforme art. 928 do CC, o incapaz responde pelos prejuízos que
causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou
não dispuserem de meios suficientes. E, conforme parágrafo único, a
indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Gabarito14: B

15. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 15ª - 2013) Ernesto
envolveu-se em uma briga de bar na qual desferiu socos e pontapés em
todos a seu redor, incluindo José, dono do bar, que estava longe dos
contendores e nada tinha que ver com a briga. Machucado, José ajuizou
ação de indenização contra Ernesto, o qual se defendeu alegando legítima
defesa. O pedido deverá ser julgado
a) procedente, com a responsabilização subjetiva de Ernesto, que agiu em
abuso do direito.
b) improcedente, pois a legítima defesa autoriza a prática dos atos
indispensáveis à remoção do perigo.
c) procedente, com a responsabilização objetiva de Ernesto, que agiu com dolo.

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d) improcedente, pois José exerce atividade de risco.


e) procedente, com a responsabilização subjetiva de Ernesto, que agiu com
dolo.
Comentários
Letra “e”. O pedido de indenização ajuizado por José contra Ernesto deverá ser
julgado procedente, pois José “estava longe dos contendores e nada tinha que
ver com a briga”, conforme descrito no enunciado da questão. Portanto, haverá
responsabilização subjetiva de Ernesto, dado que houve dolo, dano e nexo de
causalidade.
Gabarito15: E

16. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 18ª - 2013) Acidente
de veículo vitimou criança de 10 anos de idade, causando-lhe danos
materiais e morais. Ao completar 18 anos, a vítima decidiu ajuizar ação de
reparação civil. Considerando-se que o acidente ocorreu sob a vigência do
Código Civil atual, tal pretensão
a) não está prescrita, pois o caso retrata hipótese de decadência.
b) está prescrita, pois já se passaram mais de 3 anos da data do fato.
c) está prescrita, pois já se passaram mais de 5 anos da data do fato.
d) não está prescrita, pois a vítima era absolutamente incapaz no momento do
fato.
e) não está prescrita, pois o fato é imprescritível.
Comentários
Letra “d”. Conforme inciso V do § 3o do art. 206 do CC, prescreve em 3 anos a
pretensão de reparação civil. No entanto, conforme inciso I do art. 198 do CC,
não corre a prescrição contra os incapazes de que trata o art. 3°. Portanto, não
está prescrita, pois a vítima era absolutamente incapaz no momento do fato.
Gabarito16: D

17. (CESPE - Auditor de Controle Externo - Área Direito – TCE/RO -


2013) A respeito dos atos ilícitos, dos contratos e da responsabilidade civil,
julgue os próximos itens.
Considere que um passageiro, durante uma briga com o cobrador de um
ônibus de transporte urbano, efetue um disparo de arma de fogo e que o
projétil atinja outro passageiro, que morra em decorrência do ferimento.
Nessa situação, embora a morte do passageiro tenha decorrido de culpa de
terceiro, não se configura hipótese de caso fortuito, que afastaria a
responsabilidade da transportadora.

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Comentários
O item está Certo. Conforme art. 735 do CC, a responsabilidade contratual do
transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de terceiro,
contra o qual tem ação regressiva.
Gabarito17: Certo

18. (CESPE - Procurador Federal – AGU - 2013) A respeito do negócio


jurídico, das obrigações, dos contratos e da responsabilidade civil, julgue os
itens a seguir.
De acordo com o STJ, as empresas concessionárias de energia elétrica
respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros, em suas
instalações, em virtude do risco excepcional que envolve o fornecimento de
energia elétrica.
Comentários
O item está Certo. Conforme parágrafo único do art. 927 do CC, haverá
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Essa
responsabilidade objetiva das empresas concessionárias de serviços públicos
decorre da responsabilidade civil da administração pública presente no art. 37,
§6º da Constituição Federal.
Gabarito18: Certo

19. (FCC - Técnico Judiciário - Área Administrativa – TRT 6ª - 2012)


Sendo o patrão responsável pela reparação civil dos danos causados
culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele,
a) é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa.
b) só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa.
c) não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo
ato, em processo criminal, por insuficiência de prova.
d) só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o
empregado for condenado no processo criminal.
e) a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano.
Comentários
Letra “a”. Conforme inciso III do art. 932 do CC, são também responsáveis pela
reparação civil: o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele. E,

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conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo


antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos
praticados pelos terceiros ali referidos.
Gabarito19: A

20. (CONSULPLAN/Estágio-Direito-TRT 3ª Região/2012) Alberto, menor


de idade, pessoa muito simples e sem renda, causa acidente de trânsito,
danificando veículo conduzido por Roberta, pessoa habilitada para dirigir. Os
pais de Alberto são também pessoas simples, possuindo renda insuficiente
para a própria manutenção de suas despesas ordinárias. De acordo com a
legislação prevista no Código Civil Brasileiro, marque a alternativa correta.
a) Roberta responderá pelos prejuízos causados a Alberto.
b) Os pais de Alberto responderão pelos prejuízos causados.
c) Nem os pais, nem Alberto responderão pelo prejuízo se a condenação os
privarem do necessário para sobreviver.
d) Em acidentes envolvendo menores, não é possível a propositura de ação
judicial de indenização.
e) Somente os pais de Alberto serão responsáveis pelos prejuízos.
Comentários
Letra “c”. Os incapazes possuem responsabilidade subsidiária por seus atos,
pois respondem somente se as pessoas por ele responsáveis (pais, tutores e
curadores) não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes, conforme o art. 928 do CC. Além disso, a referida indenização, que
deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as
pessoas que dele dependem.
Gabarito20: C

21. (VUNESP - Analista Administrativo – IAMSPE/SP - 2012) A teoria da


responsabilidade objetiva do Estado
a) independe de culpa ou dolo do agente público.
b) independe de a culpa ser exclusiva da vítima.
c) independe da existência de nexo causal.
d) depende de culpa ou dolo do Poder Público.
e) depende de culpa ou dolo dos agentes causadores do dano.
Comentários

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Letra “a”. Estudamos que, com fundamento no artigo 37, § 6º da Constituição


Federal de 1988, e no art. 43 do CC, a responsabilidade civil do Estado é
objetiva, pois independe de comprovação de culpa ou dolo do agente.
Gabarito21: A

22. (FCC - Analista Judiciário - Área Execução de Mandados – TRT 11ª -


2012) De acordo com o Código Civil brasileiro, no caso de homicídio, a
indenização consiste, sem excluir outras reparações, no pagamento
a) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família,
bem como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,
levando- se em conta a duração provável da vida da vítima.
b) apenas das despesas com o tratamento da vítima, bem como na prestação
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a
duração provável da vida da vítima.
c) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo de
dois anos.
d) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo de
dois anos.
e) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família,
bem como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia
pelo período máximo de dez anos.
Comentários
Letra “a”. Conforme art. 948 do CC, no caso de homicídio, a indenização
consiste, sem excluir outras reparações: no pagamento das despesas com o
tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; na prestação de alimentos
às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável
da vida da vítima.
Gabarito22: A

23. (FCC - Juiz do Trabalho Substituto – TRT 4ª - 2012) Ao arbitrar


indenização decorrente de responsabilidade civil,
a) no caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes, até ao fim da
convalescença, excluídos os demais prejuízos que tenha sofrido.
b) o grau de culpa jamais interfere no valor da indenização.
c) se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a

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indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes, incluirá


pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, a
qual deverá, necessariamente, ser paga mensal e periodicamente.
d) no caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações,
na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, a serem
pagos até a morte dos alimentados.
e) se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, o juiz
poderá reduzir o valor da indenização.
Comentários
Letra “e”. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
A letra “a” está errada, pois, conforme art. 949 do CC, no caso de lesão ou outra
ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e
dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.
A letra “b” está errada, pois, conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver
concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do
dano.
A letra “c” está errada, pois, conforme art. 950 do CC, se da ofensa resultar
defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se
lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu. Não há previsão acerca do pagamento ser
necessariamente mensal e periódico.
A letra “d” está errada, pois, conforme art. 948 do CC, no caso de homicídio, a
indenização consiste, sem excluir outras reparações: no pagamento das
despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; na
prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em
conta a duração provável da vida da vítima.
Gabarito23: E

24. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 20ª - 2011) José foi
acusado de, dirigindo um veículo automotor, ter atropelado um pedestre e
lhe causado ferimentos. No processo criminal relativo ao fato, foi decidido
que José não foi o autor do fato, tendo a sentença criminal transitado em
julgado. Nesse caso, na esfera civil, José

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a) só poderá vir a ser responsabilizado pelos danos morais decorrentes do


atropelamento.
b) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos materiais e morais decorrentes
do atropelamento porque a responsabilidade civil é independente da
criminal.
c) não mais poderá ser responsabilizado pelos danos materiais e morais
decorrentes do atropelamento.
d) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos materiais decorrentes do
atropelamento porque a sentença criminal não afastou a existência do fato.
e) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos morais decorrentes do
atropelamento porque a sentença criminal não afastou a existência do fato.
Comentários
Letra “c”. Conforme art. 935 do CC, a responsabilidade civil é independente da
criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal. Portanto, se foi decidido em sentença criminal transitado em julgado
que José não foi o autor do fato, não cabe questionamento e apuração da
responsabilidade de José na esfera civil.
Gabarito24: C

25. (CESPE - Analista de Empresa de Comunicação Pública - Área


Advocacia – EBC - 2011) Julgue os itens de 66 a 69 que versam sobre
direito civil.
O Código Civil adota fórmula expressa para definir abuso de direito,
colocando-o na categoria de ato ilícito, assim considerado quando o titular
de um direito, ao exercê-lo, excede os limites manifestamente impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes e, nessa
situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade do agente
pelos danos causados.
Comentários
O item está Certo. O abuso de direito está previsto no art. 187 do CC, em seu
Título III – Dos Atos Ilícitos. E, conforme art. 187 do CC, também comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes. E, conforme art. 927 do CC, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e
187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Gabarito25: Certo

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26. (FCC - Analista de Controle - Área Jurídica – TCE/PR - 2011) No


tocante à responsabilidade civil:
I. Há responsabilidade civil objetiva quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
II. O patrão não será responsabilizado pelos danos causados a terceiros por
seus empregados no exercício do trabalho, se provar que não teve culpa na
escolha ou na vigilância deles.
III. O direito de exigir reparação de dano e a obrigação de prestá-la
transmitem-se com a herança.
IV. O incapaz não responde, em nenhuma hipótese, pelos prejuízos que
causar a terceiros, mas seus responsáveis terão ação regressiva contra ele,
depois de cessada a causa da incapacidade.
V. A absolvição do réu, por sentença criminal transitada em julgado, que
reconhecer ter sido o ato praticado no exercício regular de direito, isenta-o
da responsabilidade civil.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e V.
b) II, III e V.
c) III, IV e V.
d) I, IV e V.
e) I, II e IV.
Comentários
Letra “a”.
O item I está certo. Conforme parágrafo único do art. 927 do CC, haverá
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
O item II está errado. Conforme inciso III do art. 932 do CC, são também
responsáveis pela reparação civil: o empregador ou comitente, por seus
empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir,
ou em razão dele. E, conforme art. 933 do CC, as pessoas indicadas nos incisos
I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão
pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos
O item III está certo. Conforme art. 943 do CC, o direito de exigir reparação e
a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. O item IV está errado.
Conforme art. 928 do CC, o incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as
pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes.

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O item V está certo. Conforme art. 935 do CC, a responsabilidade civil é


independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
Gabarito26: A

27. (CESPE - Promotor de Justiça Substituto – MPE/RO - 2010) O dano


causado a outrem, decorrente de ato ilícito, implica o dever de reparação
civil mediante indenização. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
a) O grau de culpa do ofensor não pode constituir critério para se fixar a
indenização patrimonial.
b) No que se refere a danos materiais, a obrigação de indenizar e o direito de
se obter indenização não se transmitem com a herança.
c) A obrigação de indenizar não pode decorrer da responsabilidade civil
objetiva.
d) Para se definir a indenização pelo evento danoso, deve-se considerar se a
vítima concorreu ou não, culposamente, para a ocorrência do dano.
e) A decisão, no juízo criminal, quanto à existência do fato ou quanto a sua
autoria é irrelevante para a indenização civil.
Comentários
Letra “d”. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
A letra “a” está errada, tendo em vista o disposto no art. 945 do CC.
A letra “b” está errada, pois, conforme art. 943 do CC, o direito de exigir
reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
A letra “c” está errada, pois, admite-se a responsabilidade civil objetiva, como
no caso do art. 933 do CC, ao dispor que as pessoas indicadas nos incisos I a V
do artigo 932, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos
praticados pelos terceiros ali referidos.
A letra “e” está errada, pois, conforme art. 935 do CC, a responsabilidade civil
é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
Gabarito27: D

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28. (CESGRANRIO - Médico do Trabalho Júnior – Petrobras - 2011) O


profissional médico que causar dano a um paciente, no exercício de sua
atividade profissional, pagará indenização correspondente a
I - despesas com o funeral e a prestação de alimentos à família no caso de
homicídio, independente de culpa;
II - despesas com o tratamento até o fim da convalescença por lesão ou
ofensa à saúde, quando comprovada a culpa;
III - pensão vitalícia no valor do trabalho para o qual se inabilitou, ou
diferença deste, quando comprovada a culpa;
IV - valor correspondente aos lucros cessantes que o lesado demonstre
haver sofrido, quando comprovada a culpa.
De acordo com o Código Civil, estão corretas APENAS
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Comentários
Letra “e”.
O item I está errado, pois a indenização não será devida caso não haja culpa do
profissional, pois sua responsabilidade é subjetiva.
Os itens II, III e IV estão certos, pois, conforme art. 949 do CC, no caso de
lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. E, conforme art. 950 do CC,
se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença,
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou,
ou da depreciação que ele sofreu.
Gabarito28: E

29. (FCC - Analista Judiciário - Área Administrativa – TRT 7ª - 2010) A


respeito da responsabilidade civil, considere:
I. A concorrência culposa da vítima para o evento danoso não altera o
montante da indenização devida, pois no Direito Civil não há compensação
de culpas.

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II. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
III. O direito de exigir a reparação é personalíssimo e, se não exercido em
vida, não se transmite com a herança.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.
Comentários
Letra “e”.
O item I está errado. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido
culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em
conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
O item II está certo. Conforme art. 934 do CC, aquele que ressarcir o dano
causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou,
salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz.
O item III está errado. Conforme art. 943 do CC, o direito de exigir reparação
e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
Gabarito29: E

30. (CESGRANRIO - Analista de Comercialização e Logística Júnior -


Área Transporte Marítimo – Petrobras - 2010) A responsabilidade civil,
nos casos de abalroamento concorrente ou decorrente de culpa recíproca ou
comum, será
a) sempre nula.
b) sempre igual para ambas as partes envolvidas.
c) proporcional à gravidade da culpa das partes envolvidas.
d) nula, quando não for possível determinar a gravidade da culpa.
e) nula, na hipótese de abalroamento causado por culpa dos práticos.
Comentários

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Letra “c”. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Gabarito30: C

31. (CONSULPLAN/Advogado-Pref. Santa Maria Madalena-RJ/2010)


Sobre o tema Responsabilidade Civil, marque a alternativa INCORRETA:
a) O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes. Esta indenização, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
b) A indenização mede-se pela extensão do dano e mesmo que haja excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, não poderá o juiz reduzir
a indenização.
c) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,
quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
d) O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
e) Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Comentários
b) Incorreta, pois havendo excessiva desproporção entre a gravidade da culpa
e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização, conforme a
previsão expressa no §único do art. 944 do CC.
a) Correta, conforme a literalidade do Art. 928 do CC.
c) Correta, conforme a literalidade do Art. 935 do CC. Portanto, se a existência
do fato ou sua autoria estiverem decididas no juízo criminal, não se poderá
questionar novamente a sua existência.
d) Correta, conforme a literalidade do Art. 936 do CC. Esta responsabilidade é
objetiva, admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro.
e) Correta, conforme a literalidade do Art. 938 do CC.
Gabarito31: B

32. (FCC - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de Entrância Final –


TJPI/PI - 2010) O credor que demandar o devedor antes de vencida a
dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a
a) pagar o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

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b) pagar ao devedor o dobro do que estiver cobrando.


c) esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
d) esperar o tempo que faltava para o vencimento acrescido do prazo
antecipado bem como pagar as custas.
e) pagar ao devedor o que estiver cobrando acrescido da multa de vinte por
cento do débito atualizado.
Comentários
Letra “c”. Conforme art. 939 do CC, o credor que demandar o devedor antes de
vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar
o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes,
embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
Gabarito32: C

33. (FGV - Técnico Superior Jurídico – DPRJ/RJ - 2014) Vânia se hospedou


em determinado hotel. Ocorre que seus pertences foram furtados por outro
hóspede, que em seguida deixou o estabelecimento. É correto afirmar que
a) não há responsabilidade civil do hotel, por se tratar de fato de terceiro.
b) haverá responsabilidade civil do hotel se ficar demonstrada culpa.
c) haverá responsabilidade civil do hotel se o contrato de hospedagem de
Vânia for por escrito.
d) há responsabilidade civil do hotel independentemente de culpa.
e) não há responsabilidade civil do hotel por se tratar de força maior.
Comentários
Letra “d”. Conforme inciso IV do art. 932 do CC, são também responsáveis pela
reparação civil: os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos
onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus
hóspedes, moradores e educandos. E, conforme art. 933, as pessoas indicadas
nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte,
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Gabarito33: D

34. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - GO - 2015) A


respeito da posse, da propriedade, da hipoteca e da responsabilidade civil,
julgue os itens seguintes.

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Em uma ação de indenização, o juiz pode, ao fixar o montante a ser pago


pelo autor do dano, levar em consideração eventual conduta culposa da
vítima.
Comentários
O item está Certo. Conforme art. 945 do CC, se a vítima tiver concorrido
culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em
conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Gabarito34: Certo

35. (CESPE - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado -


Especialidade: Administração – TRE - RJ - 2012) Acerca de capacidade,
negócio jurídico, obrigações, contratos e responsabilidade civil, julgue os
seguintes itens.
A responsabilidade civil não depende de apuração na esfera criminal.
Comentários
O item está Certo. Conforme art. 935 do CC, a responsabilidade civil é
independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal.
Gabarito35: Certo

36. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - BA - 2010)


Acerca do instituto da responsabilidade civil, julgue os itens seguintes.
O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas responsáveis
por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes para tal ação.
Comentários
O item está Certo. Conforme art. 928 do CC, o incapaz responde pelos prejuízos
que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-
lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Gabarito36: Certo

37. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - BA - 2010)


Acerca do instituto da responsabilidade civil, julgue os itens seguintes.
Comete ato ilícito e está sujeito à reparação civil a pessoa que, sendo titular
de um direito, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

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Comentários
O item está Certo. Conforme art. 187 do CC, também comete ato ilícito o titular
de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. E,
conforme art. 927 do CC, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Gabarito37: Certo

38. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária e Administrativa –


TJAP/AP – 2014) Caio, menor impúbere, sob autoridade e companhia de
Roberto, foi atingido por um veículo desgovernado enquanto andava de
bicicleta. Com o impacto, foi lançado sobre um ponto de ônibus, atingindo
Maria, que sofreu lesões corporais. Caio sobreviveu ao acidente. Em razão
dos danos que experimentou, Maria ajuizou ação contra Roberto, que no
caso concreto
a) possui responsabilidade objetiva, porque Caio estava sob sua autoridade
e companhia.
b) não possui responsabilidade, pois Caio não praticou o ato causador de
dano.
c) possui responsabilidade subjetiva, havendo presunção de culpa de
Roberto porque Caio estava sob sua autoridade e companhia.
d) somente possuirá responsabilidade se os bens de Caio forem insuficientes
para compensar Maria.
e) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria provar culpa de
Roberto pela falha na vigilância de Caio.
Comentários
Letra “b”. Em regra geral, vigora a responsabilidade subjetiva, que depende da
comprovação de culpa, além do dano e da existência do nexo de causalidade.
Na situação descrita, pretende-se a aplicação da responsabilidade objetiva
indireta ou por atos de terceiros. Na responsabilidade objetiva, é fundamental
a comprovação do nexo de causalidade entre a conduta do agente e o dano
causado. Portanto, deve ser comprovada a relação de causa e efeito, ou seja, o
ato ilícito cometido deve ser a causa do dano sofrido pela vítima. Ainda, há as
chamadas excludentes do nexo causal: fato exclusivo da vítima, fato de terceiro,
caso fortuito ou força maior. No caso em análise, observamos que Caio foi mero
instrumento causador do dano ao ser lançado contra Maria. Aqui, há a
excludente do nexo de causalidade fato de terceiro. Então, como não houve
culpa de Caio, portanto Roberto não possui reponsabilidade.
Gabarito38: B

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39. (FCC/ISS-Teresina/2016) A respeito da responsabilidade civil, é correto


afirmar:
a) Caso o ato ilícito seja causado por agente incapaz, este poderá responder
com o seu próprio patrimônio pelos danos que causou, de forma subsidiária
em relação aos seus pais, tutores ou curadores.

b) O dano moral tem natureza personalíssima, de modo que a legitimidade para


pleitear a sua reparação é exclusivamente daquele diretamente ofendido
pelo ato ilícito, vedado no ordenamento jurídico brasileiro o dano moral por
ricochete.

c) A jurisprudência predominante no Superior Tribunal de Justiça sustenta que


a quebra de um contrato gera dano moral presumido (in re ipsa).

d) Na responsabilidade civil subjetiva, o valor da indenização deve se medir


pela extensão do dano causado, de modo que é irrelevante o grau de culpa
para fins de fixação do montante da indenização.

e) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil


subjetiva, pois afastam a culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se
aplicam às hipóteses em que a lei impõe a responsabilidade civil objetiva.
Comentários
Letra “a”: Correta. Considera-se que os incapazes possuem responsabilidade
subsidiária por seus atos, já que eles respondem somente se as pessoas por
ele responsáveis (pais, tutores e curadores) não tiverem obrigação de fazê-lo
ou não dispuserem de meios suficientes, conforme o art. 928 do CC. Além disso,
a referida indenização, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do
necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Portanto, em
observância a tais condições, considera-se a responsabilidade dos incapazes
subsidiária.
Letra “b”: Incorreta. De fato, o dano moral configura-se pela violação de um
direito da personalidade, e não um mero aborrecimento - a subjetividade da
pessoa vitimada é afetada. No entanto, a jurisprudência do STJ reconhece que
terceiros são partes legítimas para requerer indenização por dano moral sofrido
por outra pessoa, já que em muitos casos os terceiros também sofrem de forma
reflexa, indireta, os danos sofridos pela vítima, como no caso dos pais e
parentes. Então, nestes casos, a integridade moral de terceiros poderá ser
atingida indiretamente, por ricochete (ou préjudice d’affection).
Letra “c”. Incorreta. O dano moral configura-se pela conduta, o dano e o nexo
causal. Esta é a regra.

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No entanto, há a possibilidade de dano moral presumido – dano in re


ipsa, ou seja, o fato falaria por si só gerando a responsabilidade civil – não
dependeria da demonstração do abalo sofrido pela vítima (provado o fato,
provado está o dano moral. Ex.: comprovada a perda de um filho, não se faz
necessário provar o sofrimento dos pais). No caso de quebra de contrato, o
entendimento predominante no STJ é que não geral dano moral, já que não
afetariam a dignidade humana (valores fundamentais) e os efeitos estariam
restritos ao dano material, havendo a possibilidade de cláusulas contratuais
reparatórias (multas, juros). Porém, no caso excepcional de quebra contratual
relacionada a valores fundamentais (constitucionais), como o direito à saúde,
pode haver dano moral presumido (custeio das despesas por plano de saúde).
O Enunciado nº 411 da V Jornada de Direito Civil fundamenta a questão: “O
descumprimento de um contrato pode gerar dano moral, quando envolver valor
fundamental protegido pela Constituição Federal de 1988”.
Letra “d”. Incorreta. O objetivo principal da responsabilidade civil é a reparação
do dano sofrido pelo vitimado (indenização). A mensuração da indenização tem
como regra o art. 944 do CC: “A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa
e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização”. Como na
responsabilidade objetiva não se indaga a culpa do agente, conclui-se
que o referido parágrafo único se refere à modalidade subjetiva da
responsabilidade civil. Portanto, ao contrário do que sugere a assertiva, o grau
de culpa é relevante para a fixação da indenização. Basta lembrarmos que há a
possibilidade de culpa concorrente entre o agente e a vítima, que resulta na
divisão da indenização.
Letra “e”. O caso fortuito e a força maior estão previstos no art. 393, CC: “O
devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo
único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir”. Embora inicialmente previsto para o
inadimplemento de obrigações, é uma regra geral de direito, sendo aplicado aos
casos extracontratuais. Tais excludentes (caso fortuito e força maior) são
aplicáveis tanto à responsabilidade subjetiva quanto à objetiva, visto
que a obrigação de indenizar é devida aquele que deu causa ao ato lesivo,

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mesmo na responsabilidade objetiva, que não depende da culpa. Portanto, o


erro desta assertiva está em dizer que o caso fortuito e a força maior não são
aplicáveis à responsabilidade objetiva.
Gabarito39: A

40. (CONSULPLAN/Analista Judiciário-Área Judiciário-TRE-RS/2008)


Quanto à responsabilidade pela reparação do dano causado por ato ilícito é
correto afirmar que:
a) O incapaz nunca responde pelos prejuízos que causar.
b) Aquele que ressarcir o dano causado por outrem poderá sempre reaver o
que houver pago daquele por quem pagou.
c) A responsabilidade civil é dependente da criminal.
d) O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos
em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para
o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados e
a pagar as custas em dobro.
e) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão subsidiariamente pela reparação.
Comentários
Letra “d”. Está correta nos termos literais do art. 939.
a) Incorreta, pois o incapaz poderá responder pelos prejuízos que causar de
forma subsidiária, de acordo com o previsto no art. 928.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas
por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não
dispuserem de meios suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser


eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas
que dele dependem.

b) Incorreta. O erro está no uso do termo “sempre”, pois caso o causador do


dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz, não haverá o
direito de regresso, conforme previsto no art. 934 do CC.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o
que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano
for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

c) Incorreta, pois a responsabilidade civil não depende da criminal, segundo


previsão do art. 935 do CC.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja

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o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo


criminal.

e) Incorreta. O erro está em “subsidiariamente”, quando o correto seria


“solidariamente”, conforme o art. 942 do CC.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de
outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver
mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-


autores e as pessoas designadas no art. 932.

Gabarito40: D

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5- Lista de Exercícios

1. (FCC - Assessor Jurídico – TCE/PI - 2014) Igor, que passa férias com
seu filho Nicolas em Teresina, devidamente habilitado, pilota um barco pelo Rio
Parnaíba, quando é surpreendido pelo jet ski de Romeu − por este mesmo
pilotado, de modo imprudente − o que causa a Igor e a Nicolas perigo iminente.
Para que estes não se machuquem gravemente, Igor colide seu barco numa
embarcação de pesca, de propriedade de Arlindo, tendo de ressarci-lo. A
conduta de Igor, nas circunstâncias, foi
a) lícita, porque não houve ação ou omissão, culpa ou nexo de causalidade
entre o ato de Igor e o dano causado a Arlindo.
b) ilícita, porque praticada sem o devido dever de cautela.
c) lícita, porque praticada em legítima defesa de outrem.
d) ilícita, porque praticada com abuso do direito.
e) lícita, uma vez que agiu de modo a afastar perigo iminente, podendo
propor ação de regresso contra o causador do perigo, no caso Romeu.

2. (CESPE - Auditor – TCE/RN - 2015) Considerando determinada


situação de agressão física de que tenha resultado incapacidade laboral,
julgue os itens subsequentes.
Para efeito de indenização por danos materiais, a vítima pode exigir o
pagamento dos lucros cessantes e das despesas com o tratamento médico
até o fim de sua convalescença, além de pensão correspondente à
remuneração pelo trabalho para o qual se inabilitou.

3. (FCC - Assessor Jurídico - TCE/PI - 2014) No que se refere à


responsabilidade definida pelo Código Civil, considere:
I. Os absolutamente incapazes podem ser passíveis de responsabilização civil,
em determinadas circunstâncias previstas em lei.
II. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos
danos causados pelos produtos postos em circulação.
III. A indenização mede-se pela extensão do dano, mas se houver excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
equitativamente, a indenização.
IV. Vigora como regra a responsabilidade objetiva e, subsidiariamente, a
teoria do risco administrativo.
V. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem
com a herança.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e IV.
d) I, II e III.
e) I, IV e V.

4. (CESPE - Delegado de Polícia - Polícia Civil - BA - 2013) Com relação


à responsabilidade civil e aos contratos em geral, julgue os itens que se
seguem.
No Código Civil, é prevista a possibilidade de as empresas responderem,
independentemente de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos
em circulação.

5. (CESPE - Auditor – TCE/RN - 2015) Considerando determinada


situação de agressão física de que tenha resultado incapacidade laboral,
julgue os itens subsequentes.
A vítima tem três anos para pleitear em juízo os danos de ordem material e
moral decorrentes do ato criminoso.

6. (FCC - Juiz de Direito Substituto – TJAP/AP - 2014) O empregador


responde civilmente pelos atos praticados por seus empregados no
exercício dos trabalhos que lhes competir,
a) mesmo que o empregado tenha sido absolvido em processo criminal, no
qual tenha ficado provado não ser ele o autor do ato ilícito.
b) apenas se tiver sido negligente na escolha do empregado ou sobre ele
não exerceu vigilância.
c) ainda que não tenha agido com culpa, na escolha ou na vigilância do
empregado.
d) em qualquer circunstância, porque a responsabilidade civil do patrão é
sempre objetiva.
e) somente se o empregado for condenado em processo criminal.

7. (VUNESP - Juiz Leigo – TJRJ/RJ - 2014) Quanto à responsabilidade


civil, assinale a alternativa correta.
a) Os pais são responsáveis pelos atos praticados por seus filhos menores,
mesmo que não estejam sob a sua autoridade e companhia.

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b) O empregador, por culpa ou dolo, é responsável pelos atos praticados por


seus empregados.
c) O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem
de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse
manifesta.
d) O dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, ainda
que a vítima tenha agido com culpa.
e) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmite
com a herança.

8. (VUNESP - Juiz Leigo – TJRJ/RJ - 2014) Quanto à responsabilidade


do transportador de pessoas, assinale a alternativa correta.
a) É ilícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim
de fixar o limite da indenização.
b) Responde pelos danos causados às pessoas transportadas, salvo motivo
de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da
responsabilidade.
c) A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o
passageiro é elidida por culpa de terceiro.
d) Subordina-se às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente,
por amizade ou cortesia.
e) A bagagem deverá estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e
quantidade para ser indenizada.

9. (FCC - Técnico Judiciário - Área Administrativa – TRF 3ª – 2014)


Considere as seguintes situações hipotéticas:
I. Mario, dezessete anos de idade, escondido de seu pai, Golias, pegou a
chave do carro da família e atropelou Xisto.
II. Fabiana, dezesseis anos de idade, com a permissão de sua mãe, Maria,
que lhe entregou as chaves do veículo da família, dirigiu alcoolizada e colidiu
o referido veículo com a moto de Fabrício.
III. Carlos é dono do restaurante CC. Seu empregado, Matias, derrubou um
prato na cliente, Fátima, ferindo-a.
IV. Diogo é dono do hotel AA. Nesta madrugada um hóspede enfurecido
atirou pela janela do quarto, no qual estava hospedado, vasos, um abajur e
um lustre, ferindo Simone, uma transeunte.
De acordo com o Código Civil brasileiro, responderão pelos atos praticados
pelos terceiros mencionados nas situações hipotéticas,

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a) Maria, Carlos e Diogo, apenas.


b) Maria e Diogo, apenas.
c) Golias, Maria, Carlos e Diogo.
d) Carlos e Diogo, apenas.
e) Golias, Maria e Carlos, apenas.

10. (FCC - Assessor Técnico Legislativo – Assembleia Legislativa - PB


- 2013) No que diz respeito à responsabilidade civil, é correto afirmar:
a) O direito de exigir reparação é personalíssimo e não se transmite com a
herança.
b) A responsabilidade civil depende da criminal, devendo o processo civil ser
sempre suspenso até a decisão da questão do fato no juízo criminal.
c) O tutor só é responsável pela reparação civil dos danos causados por seu
pupilo se tiver concorrido culposamente para a sua ocorrência.
d) Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada,
substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente.
e) Aquele que ressarcir dano causado por outrem, não pode, em nenhuma
hipótese, reaver o que houver pago daquele por quem pagou.

11. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 8ª - 2013)


Caso um indivíduo tenha se envolvido, no dia 30 de janeiro de 2013,
quarta-feira, em um acidente de trânsito que lhe causou danos materiais
e morais, a data da prescrição do direito de pedir indenização ao
responsável pelo acidente será
a) 30 de janeiro de 2018, ainda que feriado.
b) 31 de janeiro de 2023, ainda que domingo.
c) 31 de janeiro de 2014, ainda que sábado.
d) 30 de janeiro de 2015, se dia útil.
e) 1º de fevereiro de 2016, se dia útil.

12. (FCC - Analista Ministerial - Área Direito – PGE/CE - 2013) O


Código Civil brasileiro atual
a) isenta o incapaz de responder pelos prejuízos que causar, sem nenhuma
ressalva.
b) aboliu a responsabilidade subjetiva.

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c) impõe responsabilidade objetiva ao empregador ou comitente, por seus


empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele.
d) determina que o dono ou detentor do animal repare o dano por este
causado, se a vítima comprovar dolo.
e) dispõe que a obrigação de prestar a reparação não se transmite com a
herança.

13. (FCC - Analista Ministerial - Área Direito – PGE/CE - 2013) A


indenização:
a) mede-se pela extensão da culpa.
b) deve ser fixada tendo-se em conta a gravidade da culpa da vítima,
quando esta tiver concorrido para a ocorrência do dano.
c) não pode ser reduzida equitativamente, nem no caso de desproporção
entre a gravidade da culpa e o dano.
d) no caso de homicídio, consiste na prestação de alimentos às pessoas a
quem o morto os devia, até a morte do alimentando, excluídas outras
reparações.
e) é inexigível se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie
ajustada.

14. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 5ª - 2013) Maria


Clara, de quinze anos de idade, pega o carro de sua mãe, Sofia Vera, sem
autorização desta. Perto de Porto Seguro, colide culposamente o carro
com o veículo de Roberta Inês, que propõe ação contra mãe e filha,
alegando a responsabilidade civil de ambas. Esta conduta foi
a) correta, pois a responsabilidade de Sofia Vera e de sua filha Maria Clara
é solidária, na hipótese, sem quaisquer ressalvas quanto às indenizações
devidas.
b) correta, pois se Sofia Vera não dispuser de meios financeiros suficientes,
Maria Clara responderá subsidiariamente com seus próprios bens,
indenizando-se Roberta Inês equitativamente e sem que se possa privar
do necessário Maria Clara ou as pessoas que dela dependam.
c) incorreta, pois Maria Clara é incapaz e não responde com seu patrimônio
pessoal em nenhuma hipótese, pelo que a ação deveria ter sido proposta
somente contra Sofia Vera.
d) incorreta, pois se Maria Clara pegou o carro sem autorização de Sofia
Vera, somente ela deveria ter sido acionada, embora seja incapaz, já que
causou prejuízos a Roberta Inês.

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e) incorreta, pois Maria Clara é absolutamente incapaz e somente os


relativamente incapazes respondem com seu patrimônio pessoal ao
causarem prejuízos a terceiros.

15. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 15ª - 2013)


Ernesto envolveu-se em uma briga de bar na qual desferiu socos e
pontapés em todos a seu redor, incluindo José, dono do bar, que estava
longe dos contendores e nada tinha que ver com a briga. Machucado,
José ajuizou ação de indenização contra Ernesto, o qual se defendeu
alegando legítima defesa. O pedido deverá ser julgado
a) procedente, com a responsabilização subjetiva de Ernesto, que agiu em
abuso do direito.
b) improcedente, pois a legítima defesa autoriza a prática dos atos
indispensáveis à remoção do perigo.
c) procedente, com a responsabilização objetiva de Ernesto, que agiu com
dolo.
d) improcedente, pois José exerce atividade de risco.
e) procedente, com a responsabilização subjetiva de Ernesto, que agiu com
dolo.

16. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 18ª - 2013)


Acidente de veículo vitimou criança de 10 anos de idade, causando-lhe
danos materiais e morais. Ao completar 18 anos, a vítima decidiu ajuizar
ação de reparação civil. Considerando-se que o acidente ocorreu sob a
vigência do Código Civil atual, tal pretensão
a) não está prescrita, pois o caso retrata hipótese de decadência.
b) está prescrita, pois já se passaram mais de 3 anos da data do fato.
c) está prescrita, pois já se passaram mais de 5 anos da data do fato.
d) não está prescrita, pois a vítima era absolutamente incapaz no momento
do fato.
e) não está prescrita, pois o fato é imprescritível.

17. (CESPE - Auditor de Controle Externo - Área Direito – TCE/RO -


2013) A respeito dos atos ilícitos, dos contratos e da responsabilidade
civil, julgue os próximos itens.
Considere que um passageiro, durante uma briga com o cobrador de um
ônibus de transporte urbano, efetue um disparo de arma de fogo e que o
projétil atinja outro passageiro, que morra em decorrência do ferimento.

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Nessa situação, embora a morte do passageiro tenha decorrido de culpa de


terceiro, não se configura hipótese de caso fortuito, que afastaria a
responsabilidade da transportadora.

18. (CESPE - Procurador Federal – AGU - 2013) A respeito do negócio


jurídico, das obrigações, dos contratos e da responsabilidade civil, julgue
os itens a seguir.
De acordo com o STJ, as empresas concessionárias de energia elétrica
respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros, em suas
instalações, em virtude do risco excepcional que envolve o fornecimento de
energia elétrica.

19. (FCC - Técnico Judiciário - Área Administrativa – TRT 6ª - 2012)


Sendo o patrão responsável pela reparação civil dos danos causados
culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele,
a) é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa.
b) só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa.
c) não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo
ato, em processo criminal, por insuficiência de prova.
d) só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o
empregado for condenado no processo criminal.
e) a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o
dano.

20. (CONSULPLAN/Estágio-Direito-TRT 3ª Região/2012) Alberto, menor


de idade, pessoa muito simples e sem renda, causa acidente de trânsito,
danificando veículo conduzido por Roberta, pessoa habilitada para dirigir. Os
pais de Alberto são também pessoas simples, possuindo renda insuficiente para
a própria manutenção de suas despesas ordinárias. De acordo com a legislação
prevista no Código Civil Brasileiro, marque a alternativa correta.
a) Roberta responderá pelos prejuízos causados a Alberto.
b) Os pais de Alberto responderão pelos prejuízos causados.
c) Nem os pais, nem Alberto responderão pelo prejuízo se a condenação os
privarem do necessário para sobreviver.
d) Em acidentes envolvendo menores, não é possível a propositura de ação
judicial de indenização.
e) Somente os pais de Alberto serão responsáveis pelos prejuízos.

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21. (VUNESP - Analista Administrativo – IAMSPE/SP - 2012) A teoria da


responsabilidade objetiva do Estado
a) independe de culpa ou dolo do agente público.
b) independe de a culpa ser exclusiva da vítima.
c) independe da existência de nexo causal.
d) depende de culpa ou dolo do Poder Público.
e) depende de culpa ou dolo dos agentes causadores do dano.

22. (FCC - Analista Judiciário - Área Execução de Mandados – TRT


11ª - 2012) De acordo com o Código Civil brasileiro, no caso de
homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações, no
pagamento
a) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família,
bem como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os
devia, levando- se em conta a duração provável da vida da vítima.
b) apenas das despesas com o tratamento da vítima, bem como na
prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se
em conta a duração provável da vida da vítima.
c) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo
de dois anos.
d) das despesas com seu funeral e o luto da família, bem como na prestação
de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, pelo período máximo
de dois anos.
e) das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família,
bem como na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia
pelo período máximo de dez anos.

23. (FCC - Juiz do Trabalho Substituto – TRT 4ª - 2012) Ao arbitrar


indenização decorrente de responsabilidade civil,
a) no caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes, até ao fim da
convalescença, excluídos os demais prejuízos que tenha sofrido.
b) o grau de culpa jamais interfere no valor da indenização.
c) se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a
indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes,

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incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se


inabilitou, a qual deverá, necessariamente, ser paga mensal e
periodicamente.
d) no caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras
reparações, na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os
devia, a serem pagos até a morte dos alimentados.
e) se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, o juiz
poderá reduzir o valor da indenização.

24. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRT 20ª - 2011) José
foi acusado de, dirigindo um veículo automotor, ter atropelado um
pedestre e lhe causado ferimentos. No processo criminal relativo ao fato,
foi decidido que José não foi o autor do fato, tendo a sentença criminal
transitado em julgado. Nesse caso, na esfera civil, José
a) só poderá vir a ser responsabilizado pelos danos morais decorrentes do
atropelamento.
b) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos materiais e morais
decorrentes do atropelamento porque a responsabilidade civil é
independente da criminal.
c) não mais poderá ser responsabilizado pelos danos materiais e morais
decorrentes do atropelamento.
d) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos materiais decorrentes do
atropelamento porque a sentença criminal não afastou a existência do
fato.
e) poderá vir a ser responsabilizado pelos danos morais decorrentes do
atropelamento porque a sentença criminal não afastou a existência do
fato.

25. (CESPE - Analista de Empresa de Comunicação Pública - Área


Advocacia – EBC - 2011) Julgue os itens de 66 a 69 que versam sobre
direito civil.
O Código Civil adota fórmula expressa para definir abuso de direito,
colocando-o na categoria de ato ilícito, assim considerado quando o titular
de um direito, ao exercê-lo, excede os limites manifestamente impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes e, nessa
situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade do agente
pelos danos causados.

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26. (FCC - Analista de Controle - Área Jurídica – TCE/PR - 2011) No


tocante à responsabilidade civil:
I. Há responsabilidade civil objetiva quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
II. O patrão não será responsabilizado pelos danos causados a terceiros por
seus empregados no exercício do trabalho, se provar que não teve culpa na
escolha ou na vigilância deles.
III. O direito de exigir reparação de dano e a obrigação de prestá-la
transmitem-se com a herança.
IV. O incapaz não responde, em nenhuma hipótese, pelos prejuízos que
causar a terceiros, mas seus responsáveis terão ação regressiva contra ele,
depois de cessada a causa da incapacidade.
V. A absolvição do réu, por sentença criminal transitada em julgado, que
reconhecer ter sido o ato praticado no exercício regular de direito, isenta-o
da responsabilidade civil.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e V.
b) II, III e V.
c) III, IV e V.
d) I, IV e V.
e) I, II e IV.

27. (CESPE - Promotor de Justiça Substituto – MPE/RO - 2010) O


dano causado a outrem, decorrente de ato ilícito, implica o dever de
reparação civil mediante indenização. Acerca desse assunto, assinale a
opção correta.
a) O grau de culpa do ofensor não pode constituir critério para se fixar a
indenização patrimonial.
b) No que se refere a danos materiais, a obrigação de indenizar e o direito
de se obter indenização não se transmitem com a herança.
c) A obrigação de indenizar não pode decorrer da responsabilidade civil
objetiva.
d) Para se definir a indenização pelo evento danoso, deve-se considerar se
a vítima concorreu ou não, culposamente, para a ocorrência do dano.
e) A decisão, no juízo criminal, quanto à existência do fato ou quanto a sua
autoria é irrelevante para a indenização civil.

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28. (CESGRANRIO - Médico do Trabalho Júnior – Petrobras - 2011) O


profissional médico que causar dano a um paciente, no exercício de sua
atividade profissional, pagará indenização correspondente a
I - despesas com o funeral e a prestação de alimentos à família no caso de
homicídio, independente de culpa;
II - despesas com o tratamento até o fim da convalescença por lesão ou
ofensa à saúde, quando comprovada a culpa;
III - pensão vitalícia no valor do trabalho para o qual se inabilitou, ou
diferença deste, quando comprovada a culpa;
IV - valor correspondente aos lucros cessantes que o lesado demonstre
haver sofrido, quando comprovada a culpa.
De acordo com o Código Civil, estão corretas APENAS
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

29. (FCC - Analista Judiciário - Área Administrativa – TRT 7ª - 2010)


A respeito da responsabilidade civil, considere:
I. A concorrência culposa da vítima para o evento danoso não altera o
montante da indenização devida, pois no Direito Civil não há compensação
de culpas.
II. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
III. O direito de exigir a reparação é personalíssimo e, se não exercido em
vida, não se transmite com a herança.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.

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30. (CESGRANRIO - Analista de Comercialização e Logística Júnior -


Área Transporte Marítimo – Petrobras - 2010) A responsabilidade
civil, nos casos de abalroamento concorrente ou decorrente de culpa
recíproca ou comum, será
a) sempre nula.
b) sempre igual para ambas as partes envolvidas.
c) proporcional à gravidade da culpa das partes envolvidas.
d) nula, quando não for possível determinar a gravidade da culpa.
e) nula, na hipótese de abalroamento causado por culpa dos práticos.

31. (CONSULPLAN/Advogado-Pref. Santa Maria Madalena-RJ/2010)


Sobre o tema Responsabilidade Civil, marque a alternativa INCORRETA:
a) O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes. Esta indenização, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
b) A indenização mede-se pela extensão do dano e mesmo que haja excessiva
desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, não poderá o juiz reduzir
a indenização.
c) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,
quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
d) O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
e) Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

32. (FCC - Assessor Jurídico de Gabinete de Juiz de Entrância Final –


TJPI/PI - 2010) O credor que demandar o devedor antes de vencida a
dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a
a) pagar o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
b) pagar ao devedor o dobro do que estiver cobrando.
c) esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
d) esperar o tempo que faltava para o vencimento acrescido do prazo
antecipado bem como pagar as custas.

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e) pagar ao devedor o que estiver cobrando acrescido da multa de vinte por


cento do débito atualizado.

33. (FGV - Técnico Superior Jurídico – DPRJ/RJ - 2014) Vânia se


hospedou em determinado hotel. Ocorre que seus pertences foram
furtados por outro hóspede, que em seguida deixou o estabelecimento. É
correto afirmar que
a) não há responsabilidade civil do hotel, por se tratar de fato de terceiro.
b) haverá responsabilidade civil do hotel se ficar demonstrada culpa.
c) haverá responsabilidade civil do hotel se o contrato de hospedagem de
Vânia for por escrito.
d) há responsabilidade civil do hotel independentemente de culpa.
e) não há responsabilidade civil do hotel por se tratar de força maior.

34. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - GO - 2015)


A respeito da posse, da propriedade, da hipoteca e da responsabilidade
civil, julgue os itens seguintes.
Em uma ação de indenização, o juiz pode, ao fixar o montante a ser pago
pelo autor do dano, levar em consideração eventual conduta culposa da
vítima.

35. (CESPE - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado -


Especialidade: Administração – TRE - RJ - 2012) Acerca de
capacidade, negócio jurídico, obrigações, contratos e responsabilidade
civil, julgue os seguintes itens.
A responsabilidade civil não depende de apuração na esfera criminal.

36. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - BA - 2010)


Acerca do instituto da responsabilidade civil, julgue os itens seguintes.
O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas responsáveis
por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes para tal ação.

37. (CESPE - Analista Judiciário - Área Judiciária – TRE - BA - 2010)


Acerca do instituto da responsabilidade civil, julgue os itens seguintes.

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Comete ato ilícito e está sujeito à reparação civil a pessoa que, sendo titular de
um direito, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

38. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária e Administrativa –


TJAP/AP – 2014) Caio, menor impúbere, sob autoridade e companhia de
Roberto, foi atingido por um veículo desgovernado enquanto andava de
bicicleta. Com o impacto, foi lançado sobre um ponto de ônibus, atingindo Maria,
que sofreu lesões corporais. Caio sobreviveu ao acidente. Em razão dos danos
que experimentou, Maria ajuizou ação contra Roberto, que no caso concreto
a) possui responsabilidade objetiva, porque Caio estava sob sua autoridade e
companhia.
b) não possui responsabilidade, pois Caio não praticou o ato causador de dano.
c) possui responsabilidade subjetiva, havendo presunção de culpa de Roberto
porque Caio estava sob sua autoridade e companhia.
d) somente possuirá responsabilidade se os bens de Caio forem insuficientes
para compensar Maria.
e) possui responsabilidade subjetiva, cabendo a Maria provar culpa de Roberto
pela falha na vigilância de Caio.

39. (FCC/ISS-Teresina/2016) A respeito da responsabilidade civil, é correto


afirmar:
a) Caso o ato ilícito seja causado por agente incapaz, este poderá responder
com o seu próprio patrimônio pelos danos que causou, de forma subsidiária
em relação aos seus pais, tutores ou curadores.

b) O dano moral tem natureza personalíssima, de modo que a legitimidade para


pleitear a sua reparação é exclusivamente daquele diretamente ofendido
pelo ato ilícito, vedado no ordenamento jurídico brasileiro o dano moral por
ricochete.

c) A jurisprudência predominante no Superior Tribunal de Justiça sustenta que


a quebra de um contrato gera dano moral presumido (in re ipsa).

d) Na responsabilidade civil subjetiva, o valor da indenização deve se medir


pela extensão do dano causado, de modo que é irrelevante o grau de culpa
para fins de fixação do montante da indenização.

e) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil


subjetiva, pois afastam a culpa genérica (lato sensu) e, assim, não se
aplicam às hipóteses em que a lei impõe a responsabilidade civil objetiva.

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40. (CONSULPLAN/Analista Judiciário-Área Judiciário-TRE-RS/2008)


Quanto à responsabilidade pela reparação do dano causado por ato ilícito é
correto afirmar que:
a) O incapaz nunca responde pelos prejuízos que causar.
b) Aquele que ressarcir o dano causado por outrem poderá sempre reaver o
que houver pago daquele por quem pagou.
c) A responsabilidade civil é dependente da criminal.
d) O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos
em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para
o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados e
a pagar as custas em dobro.
e) Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão subsidiariamente pela reparação.

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6- Gabarito

Gabarito1: E Gabarito15: E Gabarito29: E


Gabarito2: Certo Gabarito16: D Gabarito30: C
Gabarito3: D Gabarito17: Certo Gabarito31: B
Gabarito4: Certo Gabarito18: Certo Gabarito32: C
Gabarito5: Certo Gabarito19: A Gabarito33: D
Gabarito6: C Gabarito20: C Gabarito34: Certo
Gabarito7: C Gabarito21: A Gabarito35: Certo
Gabarito8: B Gabarito22: A Gabarito36: Certo
Gabarito9: C Gabarito23: E Gabarito37: Certo
Gabarito10: D Gabarito24: C Gabarito38: B
Gabarito11: E Gabarito25: Certo Gabarito39: A
Gabarito12: C Gabarito26: A Gabarito40: D
Gabarito13: B Gabarito27: D
Gabarito14: B Gabarito28: E

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