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Filosofia

• A Filosofia é uma palavra grega: philo que


significa amizade, amor fraterno, respeito
entre iguais + sophia que quer dizer sabedoria.

• Logo, FILOSOFIA = amizade pela sabedoria,


amor e respeito pelo saber;

• Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos


(V a.C.) a invenção da palavra filosofia.
Mito e razão entre os gregos
Mito e razão entre os gregos
Pensamento mítico
• Os gregos acreditavam que o mundo foi criado e
povoado por deuses.
• Logo, todos os acontecimentos do mundo eram
explicados por meio de mitos.
• Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma
coisa.
• Para os gregos, o mito é uma narrativa feita em público
para ouvintes que recebem-na como verdadeira.
• Poeta-rapsodo: acredita-se que o poeta é um escolhido
dos deuses, que lhe mostram acontecimentos passados
e a origem de todos os seres.
• A verdade, para os gregos antigos, vem de uma
revelação divina, dos deuses.
Pensamento mítico
Essas narrativas – ou mitos – espalharam-se
pela Grécia Antiga, levadas pelos aedos (poetas-
rapsodos), que percorriam as cidades contando,
em versos e em praças públicas, as aventuras
dos deuses.
Pensamento mítico
• Ilíada e Odisseia:
poemas épicos
atribuídos a Homero
(c. IX-VIII a.C.).

• Teogonia: de Hesíodo
(c. VIII-VII a.C.).

Os mitos eram os responsáveis pela transmissão da cultura e dos valores de um


povo e apresentavam uma concepção de mundo em que os fenômenos naturais e
as ações humanas são determinadas pelas vontades dos deuses.
Pensamento mítico
• O conhecimento mítico possui duas
importantes características:
• Explicações transcendentais, baseadas no
divino e no sobrenatural, vinculadas à religião;
e
• Verdade absoluta, indiscutível e acessível
apenas a poucas pessoas dotadas do dom da
vidência.
O nascimento da Filosofia
• O surgimento da Filosofia se deu no fim do
século VII a.C. e início do século VI a.C..

• Nas colônias gregas da Ásia Menor, na cidade


de Mileto.

• Tales de Mileto – 1º filósofo.


Filosofia
O nascimento da Filosofia
Alguns pensadores da
cidade de Mileto,
cidade costeira da
Jônia, começaram a
investigar a origem do
mundo fora da
explicação mitológica.
O que possibilitou o surgimento da
Filosofia?
• As viagens marítimas.
• A invenção do calendário.
• A invenção da moeda.
• O surgimento da vida urbana.
• A invenção da escrita alfabética.
• A invenção da política.
VIAGENS MARÍTIMAS
• Permitiram aos gregos
descobrir que os locais
que os mitos diziam
habitados por deuses
eram habitados por
outros seres humanos.

• Produziram a
desmistificação do
mundo.
INVENÇÃO DO CALENDÁRIO
• Percepção do tempo como algo natural e não
como um poder divino incompreensível.
INVENÇÃO DA MOEDA
• Os gregos aprenderam a arte de negociar, não
mais se efetuava a venda de uma mercadoria
aceitando como pagamento a troca por
mercadoria semelhante, o pagamento tornou-
se monetário, ou seja, a moeda substituiu o
poder de troca.
• A atribuição de valor à moeda é mera
convenção, ou seja, pura abstração.
VIDA URBANA
• A atividade comercial
proporcionava, aos
habitantes da cidade, o
contato com outras
culturas, o que pode ter
levado alguns deles a
relativizar e a questionar
as crenças antigas.
INVENÇÃO DA ESCRITA ALFABÉTICA
• Revela o crescimento
da capacidade de
abstração.

• Não representa uma


imagem da coisa que
está sendo dita, mas a
ideia dela, o que dela se
pensa e se transcreve.
Grego silabar – linear A – séc. XVIII a.C.
Grego silabar – linear A – séc. XVIII a.C.
Grego silabar – linear B – séc. XV-XII a.C.
Alfabeto grego – séc. VIII a.C.
INVENÇÃO DA POLÍTICA
• Surgiram novas fontes de informação, a lei
passou a abranger muitas outras coisas e
chegou até as pessoas, criou-se uma área
pública voltada para discursos e debates, local
no qual os gregos debatiam e propagavam
suas ideias a respeito da política.
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS
• É preciso, antes de iniciar, dizer uma palavra
sobre Sócrates.
• Quem foi Sócrates?
• Um filósofo ateniense, que viveu entre 470 e
399 a.C.
• Seu pensamento está alicerçado na
investigação a respeito do próprio homem.
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS
PRÉ-SOCRÁTICOS SÓCRATES
INVESTIGAÇÃO DA NATUREZA INVESTIGAÇÃO ANTROPOLÓGICA

HÁ UMA ORIGEM
COMUM PARA TUDO
QUE EXISTE NA
NATUREZA?

ORIGEM DO GREGO =ARKHÉ


NATUREZA DO GREGO = PHYSIS
KOSMOS DO GREGO = ORDEM DO
MUNDO
ESCOLA JÔNICA
• Para Tales de Mileto, o primeiro filósofo, a
origem de todas as coisas é a água.
• Ele argumenta que tudo que tem vida
depende da água. A água muda de forma,
cumpre seu papel na natureza e retorna para
seu estado original.
• Dessa forma, para Tales, a origem do mundo e
sua multiplicidade é uma só: a água.
ESCOLA JÔNICA
• Para Anaximandro, a origem de todas as
coisas é uma substância indefinida,
denominada ápeiron (do grego, ilimitado). Ele
acreditava que o ser humano evoluiu de um
animal.
• Para Anaxímenes, a origem de todas as coisas
é o ar infinito.
ESCOLA PITAGÓRICA
• Pitágoras de Samos, 571 a 500 a.C., propôs a
teoria da metempsicose, afirmando que a alma
imortal, após a morte, volta à vida no corpo de
outro animal. Ou seja, é um reencarnacionista.

• Segundo ele, o número é o princípio de todas as


coisas. Contudo, o número não é um simples
elemento abstrato, mas a harmonia do universo.
Os números são as coisas exietentes.
HERÁCLITO DE ÉFESO (c. 540-470 a.C.)
✔O mundo muda continuamente.

✔O mundo é a luta dos contrários:


o jovem se torna velho, o dia vira
noite, o que é quente acaba
esfriando.

“Ninguém se banha duas vezes no


mesmo rio”.
Se tudo muda
constantemente
, como chegar
ao
conhecimento
verdadeiro?
PARMÊNIDES DE ELEIA (c. 540-475)
• Opõe-se a Heráclito.
• Mudança é uma ilusão
causada pelos sentidos e pela
memória.
• As pessoas confundiam
aquilo que viam e sentiam
com a realidade.
• A realidade, ou seja, o ser é
único e imutável, eterno.
Se o ser não
muda, como
explicar as
mudanças que
ocorrem no
mundo?
ESCOLA DA PLURALIDADE
Leucipo (século V a.C.) Demócrito (460 – 370 a.C.)

O mundo é composto por átomos. Átomo, em grego, significa o


que não pode ser cortado ou dividido. São imperceptíveis aos
sentidos. Átomos e vazio compõem a realidade.
• Exercícios das páginas 23 a 25.
SOFÍSTICA
• Entres os séculos V e IV a.C., o mundo grego
passou por transformações, especialmente
com o nascimento da democracia ateniense.
• Atenas se tornou o centro do mundo grego.
• Em vez de se preocupar com a cosmologia, os
filósofos passaram a se preocupar com a
Política e com a Ética.
• O homem se torna o centro de tudo.
Política e Educação
• Na democracia ateniense, ganharam força as
ideias de
• Isonomia: todos são iguais perante a lei;

• Isegoria: liberdade de fala na assembleia.

• Surge, portanto, a necessidade de uma educação


para a formação de bons e virtuosos cidadãos
(areté).
Política e Educação
• Os cidadãos atenienses, com a nova
organização política e social, participavam nas
decisões políticas da cidade.
• Era preciso discursar e argumentar para
convencer sobre certo ponto de vista.
• Mesmo um acusado podia se defender diante
de um júri popular, formado pelos
concidadãos.
• Ainda não havia a figura do advogado.
Sofistas
• Discursar passou a ser algo muito importante
na cidade, por isso surgiu a figura do sofista
como um educador do povo.
• Sophistes = sábio, mestre ou professor que
ensina.
• Inicialmente, sofista era um termo de
respeito.
• Com Sócrates e Platão, este termo terá
sentido pejorativo, indicando um charlatão.
Sofistas
• Os sofistas eram profissionais pagos, por
famílias ricas, que viajavam de cidade em
cidade ensinando a arte de discursar e
convencer.
• Sócrates e Platão os criticavam por falar
somente sobre as opiniões (doxa) e não sobre
a verdade (alétheia).
Retórica
• A habilidade de discursar bem e persuadir ficou
conhecida como retórica.

• Para os sofistas, não há preocupação com o certo ou o


verdadeiro, o que vale é a persuasão.

• Em uma democracia direta, convencer as pessoas com


causas fracas, se utilizando do poder das palavras, é
algo que os sofistas faziam bem.

• Vamos ler a página 16.

• https://www.youtube.com/watch?v=Y_woDHFY3vo
Convenção e natureza
• Convenção: o que é decidido pelos homens e
pode ser mudado pelos próprios homens.

• Natureza: o que existe independentemente dos


homens e da ação humana.

• O que existe por natureza não pode ser mudado,


mas o que existe por convenção, pode.

• Os sofistas questionavam questões como a


política, a religião, a escravidão etc.
Convenção e natureza
• Vamos ler a página 17.
• Protágoras, um sofista, afirma que o homem é
a medida de todas as coisas, que não há
verdadeiro ou falso. O que existe são
discursos diferentes.
• Ou seja, cada um tem um ponto de vista e
basta argumentar a favor dele para convencer
os outros.
• Portanto, para os sofistas não há uma verdade
absoluta. Tudo depende do discurso.

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