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LÓGICA
O QUE
ÉA
LÓ G I CA?
Verdadeiro
Valor de
Proposições
verdade
Falso
QUAIS AS FRASES QUE EXPRESSAM
PROPOSIÇÕES?
Apenas as declarativas.
As frases não declarativas (perguntas, ordens,
Exemplos
exclamações, etc.) não expressam proposições,
de frasesnão
pois não têm valor de verdade
(não são verdadeiras nem falsas).
declarativas:
Queres ir jantar fora?
Ufa!
Vai limpar o quarto!
Desejo ser alto.
PROPOSIÇÕES: FRASES DECLARATIVAS
Duas frases
declarativas
diferentes mas a A foz do rio
O rio Minho proposição que Minho é em
desagua em
expressam é a Caminha.
Caminha.
mesma
FRASES AMBÍGUAS
A ambiguidade ajuda a perceber
que as frases e as proposições
são coisas diferentes. O João está
a carregar uma
Quando uma frase é ambígua,
pode expressar proposições diferentes. bateria.
Existem áreas em que O João pode r
es … também pode esta
a carregar um tar
a ambiguidade pode ser a bateria a carregar a bateria
(instrumento ue ficou
valorizada, como na poesia, musical) do seu automóvel, q
para ir tocar com as luzes ligadas
mas na Filosofia num concerto toda a noite.
...
as ambiguidades devem ser
evitadas para que o discurso
seja o mais claro possível.
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Há diversos tipos de proposições, mas vamos distinguir dois grupos:
• as proposições categóricas;
• e as proposições formadas usando conetivas proposicionais:
não, e, ou, se… então, se e só se.
Proposições categóricas
As proposições categóricas são aquelas em que Todos os seres humanos são ambiciosos.
Proposições categóricas
Tipo de proposição Exemplos Forma lógica
Todas as desigualdades são justas.
Universal afirmativa (A) Todos os pássaros têm duas patas. • Todo o S é P.
A forma lógica das proposições (e dos argumentos, como veremos) é a sua estrutura, o modo
como as suas partes estão relacionadas. Para encontrar a forma lógica de uma dada proposição
devemos abstrair-nos do seu conteúdo e representar as partes relevantes por símbolos.
A forma canónica é a maneira padrão de exprimir uma proposição: é a forma mais explícita
de o fazer, ocorrendo na linguagem natural (no nosso caso, em português).
REPRESENTAÇÃO NA
• Utiliza-se uma linguagem simbólica.
• A proposição é expressa utilizando um determinado
FORMA conjunto de símbolos lógicos (por exemplo: S, P…).
LÓGICA • Exemplo: Todo o S é P.
PROPOSIÇÃO
REPRESENTAÇÃO NA
• Utiliza-se a linguagem natural.
• Expressam-se as proposições de uma forma clara
FORMA e explícita.
CANÓNICA • Exemplo: Todas as árvores são vegetais.
A NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Num debate existe frequentemente a necessidade de negar ideias. Contudo, nem sempre
é óbvia a correta negação de algumas proposições.
A negação é uma operação lógica que inverte o valor de verdade da proposição negada:
Em resumo: para negar uma proposição singular basta alterar a qualidade da proposição,
pois esse procedimento é suficiente para o valor de verdade se inverter.
A NEGAÇÃO DETítulo
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
do projeto inserir aqui
Já no caso das proposições universais e particulares, a negação implica mudar
tanto a quantidade como a qualidade da proposição inicial. Só assim se garante
que o valor de verdade da proposição é invertido pela negação.
Quando uma negação é corretamente efetuada, a proposição inicial e a sua negação
não podem ser simultaneamente verdadeiras nem simultaneamente falsas.
Tipo de
Proposição Valor de Negação Tipo da proposição Valor de
proposição inicial verdade obtida com a negação verdade Como se pode
observar nos
Universal Todas as cobras Algumas cobras exemplos
V Particular negativa (O) F apresentados,
afirmativa (A) são répteis. não são répteis.
o valor de
Universal Nenhuma mulher Algumas mulheres Particular afirmativa (I)
V F verdade da
negativa (E) mede 3 metros. medem 3 metros.
proposição
Particular Alguns artistas Nenhum artista inicial é
F Universal negativa (E) V
afirmativa (I) são couves. é uma couve. invertido pela
Alguns atletas negação.
Particular Todos os atletas
não são F Universal afirmativa (A) V
negativa (O) são mamíferos.
mamíferos.
O QUADRADO DA OPOSIÇÃO
co
nt
lógicas que existem entre elas.
ra
di
to
subalternidade
subalternidade
rie
Ajuda-nos a perceber a negação
da
de
das proposições universais
de
da
e particulares.
rie
sição está também
to
u a d ra d o d a o p o
No q
di
relação lógica que
ra
re p rese n ta d a u m a
que não contribui
nt
d ad o
co
não estu da re m o s,
compreender I O
diretamente para
ão . C h am a -se subalternidade
a neg a ç subcontrariedade
ind ic a d a p e la s se tas laterais
eé A e I e E e O.
a s p ro p o si çõ es
que ligam
O QUADRADO Título
DA OPOSIÇÃO
do projeto inserir aqui
Vejamos as seguintes relações lógicas.
Se duas proposições são contrárias, não podem ser As proposições contrárias não
são a negação uma da outra
Contrariedade ambas verdadeiras: podem ser ambas falsas ou uma
verdadeira e outra falsa. (pois existe a possibilidade de
serem ambas falsas).
contrariedade
Todos os seres humanos são mamíferos. A E Nenhum ser humano é mamífero.
co
nt
ra
di
to
subalternidade
subalternidade
rie
da
de de
da
rie
to
di
ra
nt
co
Alguns seres humanos são mamíferos. I O Alguns seres humanos não são mamíferos.
subcontrariedade
O QUADRADO DA OPOSIÇÃO
Vejamos a relação de contrariedade.
contrariedade
Todos os seres humanos são mamíferos. A E Nenhum ser humano é mamífero.
co
nt
ra
di
to
subalternidade
subalternidade
rie
da
de de
da
rie
to
di
ra
nt
co
I O
subcontrariedade
O QUADRADO DA OPOSIÇÃO
Vejamos a relação de subcontrariedade.
contrariedade
A E
co
nt
ra
di
to
subalternidade
subalternidade
rie
da
de de
da
rie
to
di
ra
nt
co
Alguns seres humanos são mamíferos. I O Alguns seres humanos não são mamíferos.
subcontrariedade
O QUADRADO DA OPOSIÇÃO
contrariedade
Todos os seres humanos são mamíferos. A E Nenhum ser humano é mamífero.
co
nt
ra
di
to
subalternidade
subalternidade
rie
da
de de
da
rie
to
di
ra
nt
co
Alguns seres humanos são mamíferos. I O Alguns seres humanos não são mamíferos.
subcontrariedade
PROPOSIÇÕES COM CONETIVAS PROPOSICIONAIS
Vamos agora considerar as proposições formadas através do uso
de conetivas proposicionais (ou operadores proposicionais):
Conetiva Nome Exemplo
• não
• e não Negação Alice não gosta de Lógica.
• ou
e Conjunção Alice gosta de Lógica e de Ética.
• se… então
Disjunção
• se e só se ou inclusiva Alice gosta de Lógica ou de Ética.
Recorre-se a símbolos
Utiliza-se uma
(variáveis proposicionais
linguagem
e constantes lógicas)
simbólica
para formalizar as proposições
FORMALIZAÇÃO
Quando formalizamos, cada proposição simples é substituída
por uma letra maiúscula (P, Q, R, S, etc.), a que chamamos
variável proposicional.
Tipo de proposição Conetiva Constante
As palavras que expressam as conetivas proposicionais lógica
também são representáveis por símbolos, a que
Negação não ¬
chamamos constantes lógicas (chamam-se
Conjunção e ∧
«constantes» porque cada um deles representa
sempre a mesma conetiva). Disjunção inclusiva ou ∨
O deserto
é árido e seco.
Se chover,
então fico em casa.
Á RIO IC IO NÁRIO
N D
DIC IO
C O R RETO
ETO IN
CORR
P: Chove. P: Chove
r.
Q: Eu fico Q: Eu fico
em casa. em casa.
FORMALIZAÇÃO
P Q R
V V V
V V F
Com três proposições V F V
(P, Q, R), a tabela Com quatro
V F F
terá oito linhas. proposições
F V V (P, Q, R, S),
a tabela
F V F
terá
F F V dezasseis
linhas.
F F F
CONDIÇÕES DE VERDADE
DISJUNÇÃO
INCLUSIVA DISJUNÇÃO
Uma disjunção inclusiva só é
falsa se ambas as disjuntas EXCLUSIVA
forem falsas. Uma disjunção exclusiva
é verdadeira se as disjuntas tiverem
P Q P∨Q valores de verdade diferentes e falsa
V V V se estes forem iguais..
V F V
P Q P⩒ Q
F V V
V V F
F F F
V F V
F V V
F F F
CONDIÇÕES DE VERDADE
NDIC I O N AL L
CO nal só é falsa se NDIC I O N A
Uma condicio
verdadeira
BICO al é verdadeira
fo r n
a antece den te Uma bicondicio
con seq ue n te for falsa. an do a s p ro po sições
e a qu
p o ne n te s têm valores de
com quando as
e ig ua is e falsa
P Q verdad
P→Q
po siç õ es co m ponentes têm
pro
V V V s d e v erd ad e d iferentes..
valor e
V F F
P Q P↔Q
F V V
V V V
F F V
V F F
F V F
F F V
TABELAS DE VERDADE
Análise de proposições complexas
Consideremos o seguinte exemplo:
(¬ P ∨ Q) → Q P Q (¬ P ∨ Q) → Q
V V
Na tabela, nas duas primeiras colunas coloca-se
V F
a combinatória de valores de verdade de P e Q.
F V
Estas duas colunas são iguais em todas as tabelas
com quatro linhas.
F F
E se tivermos uma
forma F F V V F V F
proposicional mais
plo,
complexa, por exem
com três conetivas?
É o que vamos ver
em seguida.
TABELAS DE VERDADE
Análise de proposições complexas
(P → ¬ Q) ∧ (Q ∨ ¬ R)
ARGUMENTO
No argumento inicial,
a conclusão («fazes
NA FORMA
bem em ler livros»)
INICIAL CANÓNICA
ula a inteligênc ia e melhora
a in te ligê n cia e melhora Ler livros estim
Ler livros estimula re s s ão ; como tal, a capacidade de expressão
.
e e x p
a capacidade d s. A lé m disso, Geralmente, os livros não sã
o caros.
le r liv ro
fazes bem em o s ão caros. Logo, fazes bem em ler livro
s.
s livro s nã
geralmente, o
ENTIMEMAS
A mutilação genital
feminina devia ser proibida,
Alguns argumentos, os porque constitui uma violação
PREMISSA
entimemas, têm premissas OCULTA
dos direitos humanos.
subentendidas e a sua Tudo aquilo que
clarificação e reconstituição viola os direitos
humanos devia FORMA
canónica exige que estas sejam ser proibido. CANÓNICA
identificadas e explicitadas. Tudo o que viola os direitos humanos
Ao reescrever o argumento para devia ser proibido.
o expressar na forma canónica A mutilação genital feminina constitui
uma violação dos direitos humanos.
devemos explicitar as premissas
Logo, a mutilação genital feminina
omitidas, pois estas podem dar devia ser proibida.
origem a confusões.
FORMALIZAÇÃO DE ARGUMENTOS
FORMALIZAÇÃO
DICIONÁRIO
P→¬Q
P: Deus existe. ¬Q→R
Q: Temos livre-arbítrio. R→S
R: Andamos iludidos a maior parte do tempo.
S: A nossa vida é absurda..
∴P→S