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Memorial Reflexivo 1

Bruno Savi de Castro Melo (iesk_spirit_crusher@hotmail.com)

Para se iniciar um entendimento sobre a arte renascentista é necessário entender que com o
fim da Arte Clássica (greco-romana) foi também atribuído, pelos pensadores da época, o fim
da arte, gerando uma depreciação sobre a arte produzida na Idade Média e dando o título de
Renascimento para o movimento que se sucedeu, firmando esse conceito de que a arte havia
morrido e veio a renascer.
Com o Renascimento surgiu também o primeiro historiador da arte, Giorgio Vasari, um
pintor que era próximo de uma das famílias mais ricas e influentes da época, os Médici. Sua
obra literária “As Vidas dos melhores pintores, escultores e arquitetos italianos desde
Cimabue até os nossos tempos” mesmo carregada de bairrismo e jogos políticos, favorecendo
alguns artistas em detrimento de outros, é uma das únicas fontes para a história da arte
daquela época, porém deve-se atentar que a obra, apesar de se dizer totalitária, é apenas um
pequeno recorte da produção artística deste período e região.
Pelo título da obra podemos notar que há uma divisão entre tipos de artes, a pintura, escultura
e arquitetura são colocadas num pedestal, chamadas de “belas artes” enquanto que todas as
outras artes (que não partem de um desenho para se estruturar) são tidas como menores.
Segregando o artista que domina as “belas artes” no status de nobre e intelectual e renegando
todo o resto.
Os artistas do Renascimento ganharam uma autonomia maior do que tinham durante a Idade
Média, desenvolveram unidades estilísticas únicas e diferentes técnicas calcadas em
conceitos matemáticos de perspectiva. O uso da tinta a óleo e a busca pelo realismo também
são traços marcantes do renascentismo. Também se pode notar conceitos filosóficos da época
marcados nas obras, como o antropocentrismo e ideais iluministas posteriormente.
Já na arte moderna vemos uma ruptura com o realismo, com o passar do tempo as obras
foram se distanciando da obsessão realista e rumaram em direção ao mundo do sentir. Ao
invés de dominar técnicas pétreas de perspectiva o artista moderno decide explorar novas
sensações e possibilidades dentro da tela.
Buscando mostrar suas impressões sobre o que se vê surge o movimento impressionista, onde
o mais interessante é o olhar do artista sobre a realidade, e não a capacidade do mesmo a
retratar. O movimento encabeçado por artistas como Monet foi bastante rechaçado quando
surgiu, justamente por não retratar a realidade como estamos acostumados a vê-la, porém foi
importantíssimo para abrir um grande caminho para movimentos que seguiram como o
Expressionismo e suas diversas vertentes como o cubismo, o modernismo, o surrealismo, a
arte abstrata entre outras que buscam a expressão subjetiva da natureza.
Junto com a arte moderna veio a concepção de “cubo branco”, onde a obra se situa numa
galeria que visa subtrair todos os estímulos sensoriais que não o da própria obra, gerando uma
imersão total do espectador perante aquela experiencia.

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