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A linguagem é como uma pele:


com ela eu entro em contato com os outros.
Roland Barthes

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SUMÁRIO

PROGRAMA - ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA 4

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - SEC-BA - FCC 2018 5

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - UnB/CESPE – SAEB - 2010 30

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PROGRAMA - ESPECÍFICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A VERTICALIZAÇÃO DO EDITAL

LÍNGUA PORTUGUESA I. LITERATURA BRASILEIRA E BAIANA.

● A linguagem literária.
● O Barroco.
● O Arcadismo.
● O Romantismo – a poesia e a prosa.
● O Realismo-Naturalismo.
● O Parnasianismo.
● O Simbolismo.
● A revolução artística do início do século XX.
● O Pré-Modernismo. Modernismo – poesia e prosa.
● O Pós-Modernismo.
● Autores Baianos: Gregório de Matos, Frei Francisco Xavier, Luís Gama,
Castro Alves, Xavier Marques, Jorge Amado, Camilo de Jesus Lima,
Adonias Filho, Deoscóredes Maximiliano (Mestre Didi), Herberto Sales,
Dias Gomes, Ildásio Tavares, João Ubaldo, Antonio Torres, Aleiton
Fonseca, Itamar Vieira Junior.

II. LINGUAGEM E INTERAÇÃO:

● comunicação e mensagem;
● código, língua e linguagem;
● a intencionalidade do discurso;
● funções da linguagem;
● figuras de linguagem.

III. LEITURA:
● Compreensão literal – relações de coerência: ideia de coerência;
● ideia principal; detalhes de apoio, relações de causa e efeito, sequência
temporal, sequência espacial, relações de comparação e contraste.
● O processo de letramento.
● Relações coesivas: referência, substituição, elipse, repetição. Indícios
contextuais: definição, exemplo modificadores, recolocação, estruturas
paralelas, conectivos, repetição de palavras chave.
● Relações de sentido entre palavras:
sinonímia/antonímia/hiperonímia/hiponímia/campo semântico.

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● Compreensão interpretativa: propósito do autor, informações implícitas,


distinção entre fato e opinião.
● Organização retórica: generalização, exemplificação, descrição, definição,
exemplificação/especificação, explanação, classificação, elaboração.
Seleção de inferência: compreensão crítica.

IV. PRODUÇÃO DE TEXTOS:

● Gêneros textuais e tipologia textual;


● novo acordo ortográfico;
● recursos estilísticos e estruturais (aspectos textuais, gramaticais e
convenções da escrita).
● Fatores constitutivos de relevância – coerência e coesão.

V. ANÁLISE LINGUÍSTICA:

norma culta e variedades linguísticas;


● a relação entre a oralidade e a escrita; a linguagem da internet. Aspectos
gramaticais:
● Estrutura da frase: modos de construção de orações segundo diferentes
perspectivas de ordenação.
● Estrutura do vocábulo: flexão dos vocábulos, seu valor e significação
dentro de frases.
● Aspectos normativos: regras padrão de concordância, regência e
colocação.
● Emprego de certas formas e palavras: modos verbais, aspectos verbais,
pronome relativo, conjunção, pronome de tratamento, pontuação,
ortografia.
● Descrição linguística: unidades linguísticas: orações, sintagmas, palavras,
morfemas.
● Categorias semânticas: gênero, número, tempo, modo aspectos,
classificação dos vocábulos, processos de coordenação e subordinação,
funções sintáticas e papéis semânticos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - SEC-BA - FCC 2018

Questão 01. [Conteúdos: Morfologia, Funções Sintáticas, Funções do QUE]

Não penso que exista realmente uma introdução para a análise de discurso [...]
Haverá sempre [...] muitas maneiras de apresentá-la e sempre a partir de
perspectivas que mostram menos a variedade da ciência que a presença da
ideologia.
(ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 12. ed. Campinas: Pontes Editores, 2015, p. 7)

No fragmento acima, os termos destacados têm respectivamente valor de


conjunção integrante e pronome relativo; fato similar ocorre em:

(A) Embora a Análise do Discurso, que toma o discurso como seu objeto primário,
tenha seu início nos anos 60 do século XX, o estudo do que interessa a ela [...] já
se apresentara de forma não sistemática em diferentes épocas e segundo
diferentes perspectivas.

(B) Não há uma verdade oculta atrás do texto. Há gestos de interpretação que o
constituem e que o analista, com seu dispositivo, deve ser capaz de compreender.
Daí termos proposto que se distinga a inteligibilidade, a interpretação e a
compreensão.

(C) [...] é preciso que o que foi dito por um sujeito específico em um momento
particular se apague na minha memória [...].

(D) [...] para Foucault [...] há discursos, como as conversas, receitas, decretos,
contratos, que precisam de quem os assine, mas não de autores. Em meu
trabalho desloquei essa noção de modo a considerar, à diferença de Foucault, que
a própria unidade do texto é efeito discursivo que deriva do princípio da autoria.

(E) Se digo ‘Deixei de fumar,’ o pressuposto é que eu fumava antes, ou seja, não
posso dizer que ‘deixei de fumar’ se não fumava antes.

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Um pouco de teoria:

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Questão 02. [Conteúdos: Funções da Linguagem]

De acordo com o linguista Roman Jakobson, praticamos a metalinguagem sem nos


dar conta do caráter metalinguístico de nossas operações. Sempre que o
remetente e/ou o destinatário têm necessidade de verificar se estão usando o
mesmo código, o discurso focaliza o código; desempenha uma função
metalinguística (isto é, de glosa).
(JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, s/d, p. 127)

Levando em consideração o que propõe Jakobson, identifique o excerto que


exemplifica o predomínio da metalinguagem.
(A) – O sophomore foi ao pau.
– Mas que quer dizer ir ao pau?
– A mesma coisa que levar bomba.
– E levar bomba?
– Levar bomba é ser reprovado no exame.
– E o que é sophomore?
Insiste o interrogador ignorante do vocabulário escolar em inglês.
– Um sophomore é (ou quer dizer) um estudante do segundo ano.

(B) – Bem – disse o rapaz.


– Bem! – respondeu ela.
– Bem, cá estamos – disse ele.
– Cá estamos – confirmou ela, – não estamos?
– Pois estamos mesmo – disse ele, – Upa! Cá estamos.
– Bem! – disse ela.
– Bem! – confirmou ele – bem!

(C) Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este


medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os
sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista. Este
medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

(D) Mais de 17% dos lares são compostos por casais sem filhos, segundo
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número
de pessoas que moram sozinhas já representa 14,6% das residências, e a

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proporção de mulheres que vivem sem cônjuges com filhos já atinge quase 13%.
Esses percentuais têm aumentado nos últimos anos, enquanto a quantidade de
famílias tradicionais, com casal e filhos, já representa menos da metade das
residências.

(E) Um dia, fui levar uma pessoa para ser internada no hospital. Eu tenho
problemas de coluna, já a operei três vezes. Nesse dia estava tenso, preocupado
e fiquei curvado durante quinze minutos, preenchendo uma ficha e conversando
com a enfermeira. Na hora de sair, estava tortinho. Sabia que no dia seguinte teria
de tomar anti-inflamatório, ansiolítico, etc.

Um pouco de teoria:

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Questão 03. [Conteúdo: Leitura]


A decisão de ler
Os jovens passam o dia lendo. A frase deveria animar todos, só que não.
São mensagens monossilábicas em celulares, acrescidas de pequenas
imagens, um jejum de ideias e abundância de onomatopeias. [...] A maneira de
registrar a escrita é gêmea xifópaga do pensamento rápido. É um espoucar de
emojis [...] Desaparece a acentuação, somem vogais, omitem-se sinais de
pausas como vírgulas e chovem exclamações. Subordinadas faleceram há anos,
subjuntivo está em fossilização avançada [...] Língua é viva e sempre foi
transformada pelos usuários. É necessário refletir sobre o dinamismo dela e
seus novos suportes.
[...] Convivo com jovens há mais de três décadas. A inteligência não
diminuiu [...] Aumentou o apreço pelo discurso direto, pela imagem e pela
velocidade.
[...] Jovens estarão sempre “antenados” em seus aparelhos, especialmente
se o entorno contiver adultos, professores ou gente que fala outra língua
geracional. Talvez seja uma boa defesa mesmo. Quero dar outras.
Uma obra clássica contraria tudo o que eles leem no smartphone. Ela
resiste ao primeiro contato, apresenta uma experiência prolongada que
demanda foco por muito mais tempo do que uma “tuitada”. Orações longas,
palavras desconhecidas, narrativas detalhistas, erudição e referências em
cascata: muitas pedras na estrada do leitor superficial. [...] os clássicos
representam uma jornada que muda o leitor peregrino. Ler detidamente o
Hamlet [...] de Shakespeare ou o D. Quixote de Cervantes produz uma
mudança permanente [...] A frase de celular, o desenho animado e o meme
divertido constituem jujubas vermelhas, doces e agradáveis. Um segundo e
pluft! Foi-se o sabor e a experiência. Cervantes pede que você se sente,
coloque o guardanapo sobre o colo, respire fundo, abra em silêncio as páginas e
comece um banquete demorado, semanas [...], meses [...] releia, até ter
aprendido a degustar todas as sutilezas apresentadas.
Se o leitor-comensal se permitiu, terminará satisfeito, melhor, alimentado,
transformado por dentro. Ele poderá continuar com jujubas vermelhas, [...] mas
terá um outro olhar [...] vislumbrará de forma original para o mundo onde todos
repetem as mesmas ideias no banho-maria eterno do cotidiano.
[...] O mundo do futuro é o da inteligência.
(KARNAL, Leandro. A decisão de ler. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 nov. 2017. Caderno 2. p. 9)

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O fragmento que sintetiza a ideia principal do texto é

(A) Os jovens passam o dia lendo e escrevendo mensagens monossilábicas no


celular, acrescidas de emojis, assim, passam a menosprezar a acentuação, a
pontuação, as construções sintáticas mais elaboradas e até mesmo certos
modos verbais.

(B) A língua é viva e, em razão disso, modifica-se constantemente, conforme as


necessidades dos usuários.

(C) Os jovens preferem se dedicar à leitura e à escrita de mensagens no celular


a interagir com professores ou quaisquer pessoas que façam uso de outra
língua geracional.

(D) A leitura dos clássicos é um desafio enriquecedor para os jovens, pois a


“forma-conteúdo” destas obras, ao contrário daquela das mensagens de celular,
é capaz de inaugurar uma transformação interna e duradoura no leitor, ao
estimular a reflexão e a criatividade.

(E) A leitura de monossílabos, onomatopeias, emojis, memes em mensagens de


celular é algo divertido, mas de caráter efêmero, assim, pode ser comparada à
ação de degustar uma jujuba, cujo sabor é esquecido assim que a bala termina.

Um pouco de técnica:

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Questão 04. [Conteúdo: Gêneros Textuais]


[...] todos os nossos enunciados se baseiam em formas-padrão e relativamente
estáveis de construção de um todo. Tais formas constituem [...] ‘tipos
relativamente estáveis de enunciados’, marcados sócio-historicamente, visto que
estão diretamente relacionados às diferentes situações sociais.
(KOCH, Ingedore G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 54)

A leitura do fragmento acima permite inferir que a autora alude aos gêneros
textuais

(A) primários, que ocorrem em esferas públicas e complexas de interação social.

(B) primários e secundários, que apresentam ambos peculiaridades temáticas,


composicionais e estilísticas

(C) secundários, que ocorrem em situações de comunicação ligadas a esferas


sociais cotidianas de relação humana.

(D) primários e secundários, que são ambos estáticos, pois independem dos
contextos sociais.

(E) primários e secundários, que se restringem ambos ao âmbito da escrita.

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Um pouco de teoria:

“Nas palavras de BAKHTIN, os gêneros textuais são “ tipos relativamente estáveis


de um enunciado” e que dada a riqueza e a variedade dos tipos, eles podem ser
separados em dois grupos: gêneros primários – aqueles que fazem parte da esfera
cotidiana da linguagem e que podem ser controlados diretamente na situação discursiva,
tais como: bilhetes, cartas, diálogos, relato familiar ... – e gêneros secundários – trata-se
de textos , geralmente mediados pela escrita, que fazem parte de um uso mais
oficializado da linguagem; dentre eles, o romance, o teatro, o discurso científico..., os
quais, por esta razão, não possuem o imediatismo do gênero anterior.

Entretanto, os gêneros secundários acabam, de certo modo, suplantando os


gêneros primários, considerando-se que estes fazem parte de uma troca verbal
espontânea, e que aqueles representam uma intervenção nesta espontaneidade, pois se
apresentam de modo mais complexo e, geralmente, escritos.

http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais/os%20generos.html

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Questão 05. [Conteúdo: morfologia e coesão]

De acordo com a professora e pesquisadora Leonor Lopes Fávero,

A coesão referencial pode ser obtida por substituição e por reiteração. A


substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por [...]
proformas [...] pronominais, verbais, adverbiais, numerais [...] A reiteração [...] é a
repetição de expressões no texto (os elementos repetidos têm a mesma
referência). Dá-se por repetição do mesmo item lexical, sinônimos, hiperônimos e
hipônimos, expressões nominais definidas.
(FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2009. p. 18-25)

Os fragmentos destacados em 1 e 2, que estabelecem a coesão dos enunciados


respectivamente por meio de proforma adverbial e de expressão nominal
definida, são

(A)
1. No final do século XIX, muitos poetas brasileiros fizeram reivindicações sociais.
Eles lutaram em prol da república e da libertação dos escravos.
2. Fagundes Varela escreveu poemas de cunho social. Castro Alves fez o mesmo.

(B)
1. Castro Alves nasceu no interior da Bahia. Ali passou sua infância
2 Castro Alves inquietou-se com as injustiças sociais. O poeta dos escravos
revelou muito de sua indignação em “Tragédia no mar” e “Vozes d’África”

(C)

1. Castro Alves escreveu versos de amor. Nesses poemas


destacou a beleza física da mulher.
2. Fagundes Varela e Castro Alves se conheceram. Ambos
foram poetas e amigos.

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(D)
1. Fagundes Varela matriculou-se no curso de Direito. Castro Alves também o fez.
2. Em 1868, Castro Alves viajou ao Rio de Janeiro. Naquele ano se encontrou com
José de Alencar.

(E)

1. Castro Alves esteve em Salvador em 1870. Nesta capital lançou a obra


Espumas flutuantes.
2. Fagundes Varela, Castro Alves e Sousândrade foram considerados autores da
terceira geração romântica. Os três merecem destaque como representantes
deste período literário.

Um pouco de teoria:
Em linguística, uma proforma é uma palavra que realiza, em um texto, a retomada
anafórica, ou seja, substitui no texto alguma palavra, sintagma ou sentença.
Normalmente, são utilizadas para evitar repetição de termos no texto ou para
quantificação (isto é, limitar as variáveis de uma proposição). Trata-se da
generalização da noção de pronome.

Existem vários tipos de proformas, como:


● Pronomes: substituem nomes (substantivos) e sintagmas nominais.
Ex: Denise também virá. Daqui a 15 minutos ela chega.
● Proadjetivos: substituem adjetivos ou sintagmas de valor adjetivo.
Ex: Meu vizinho ciclista é muito veloz, eu queria também ser assim.
● Proadvérbios: substituem advérbios ou sintagmas de valor adverbial.
Ex: Morei por muitos anos em Manaus. Meus três filhos nasceram lá.
● Proverbos: substituem verbos ou locuções verbais. Ex: Queria muito largar o
cigarro, mas não sei como fazer. Eu sei que aborreci você com essa história,
mas foi por um bom motivo.
● Prosentenças: substituem sentenças ou orações completas.
Ex: – Eu já desisti de convencer o Xavier a estudar inglês!
– Eu também!
– Quer dizer que eu posso substituir o leite por suco de laranja nessa receita?
– Isso.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Proforma

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Questão 06. [Conteúdos: Funções Sintáticas]

No que diz respeito à construção sintática do enunciado “Me empreste o seu livro”,
verifica-se que a formulação é característica da linguagem coloquial do Brasil e
que o pronome clítico desempenha a função de

(A) complemento nominal.

(B) sujeito.

(C) objeto direto.

(D) vocativo.

(E) objeto indireto.

Ampliando a questão

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Questão 07. [Conteúdos: Estilística]


Ao lado daquilo que os críticos da obra de Gregório de Matos qualificam,
irrevogavelmente, de plágios, registramos também, em nossas leituras, temas, frases
e procedimentos variados que o poeta foi buscar em outros autores. Em grande parte,
trata-se de paródias camonianas ou de outros poetas, sendo visível a intenção do
autor de estabelecer um canto paralelo ou um contraponto poético, imitando mais por
espírito de emulação e sem ocultar seus desígnios, o que seria impossível, até pela
projeção dos modelos. Há, contudo, exemplos expressivos de apropriação, mas como
era habitual no poeta: partindo de um núcleo tomado de outro autor, reelaborar o
restante, criando um novo poema. Outra maneira de que se valeu para criar em cima
do texto alheio foi a paródia.
(Adaptado de: GOMES, João Carlos Teixeira. Gregório de Matos, o Boca de Brasa (um estudo
de plágio e criação). Petrópolis: Editora Vozes, 1985, p. 90-91)

A primeira estrofe de soneto de Gregório de Matos em que se pode identificar “a


desconstrução de soneto camoniano com a atitude parodística e intuito
humorístico” é:

(A)
Carregado de mim ando no mundo (D)
E o grande peso embarga-me as passadas; Alegre com a empresa desejosa
Que, como ando por vias desusadas, Corta o Cabo a espessura e busca a via
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo. Não faltando da esquadra criminosa
Algum, que não pudesse neste dia:
(B) Marcha triunfando a gente belicosa,
Alma ditosa, que na empírea corte, Pasmam de ver os filhos da Bahia
Pisando estrelas vais de sol vestida, O sucesso, a prisão, os rebelados,
Alegres com te ver fomos na vida, Cam. As armas e os varões assinalados.
Tristes com te perder somos na morte.
(E)
(C) Triste Bahia, oh quão dessemelhante
Sete anos a nobreza da Bahia Estás e estou do nosso antigo estado;
Servia a uma pastora indiana e bela Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
Porém serviu à Índia, e não a ela, Rica te vi eu já, tu a mim abundante.
Que à Índia só por prêmio pretendia.

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Questão 08. [Conteúdos: Estilística, morfologia e Leitura]


A Cachoeira de Paulo Afonso, de Castro Alves, compreende uma série de 33
poemas que encenam o drama trágico de Maria e Lucas em meio à sublime
natureza sertaneja. O poema “Lucas”, cuja primeira estrofe foi transcrita abaixo,
encontra-se no prêmio do poema, que se incumbe da apresentação do
protagonista e do ambiente no qual a narrativa se desenvolve.

LUCAS
QUEM FOSSE naquela hora,
Sobre algum tronco lascado
Sentar-se no descampado
Da solitária ladeira,
Veria descer da serra,
Onde o incêndio vai sangrento,
A passo tardio e lento,
Um belo escravo da terra
Cheio de viço e valor...
Era o filho das florestas!
Era o escravo lenhador!
Que bela testa espaçosa,
Que olhar franco e triunfante!
E sob o chapéu de couro
Que cabeleira abundante!
De marchetada jiboia
Pende-lhe a rasto o facão...
E assim... erguendo o machado
Na larga e robusta mão...
Aquele vulto soberbo,
— Vivamente alumiado, —
Atravessa o descampado
Como uma estátua de bronze
Do incêndio ao fulvo clarão.
(ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 321)

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Sobre os recursos estilísticos mobilizados no texto em análise, são feitas as


seguintes afirmações:

I. Da “testa espaçosa” e mirada “triunfante”, passando pelo chapéu de couro, a


vasta cabeleira até o adereço de pele de jiboia que lhe prende o facão, o olhar do
leitor é guiado ao longo de detalhes descritivos do personagem, selecionados pelo
eu lírico.

II. A presença de Lucas, em andar calmo e demorado, diante de cenário


luminoso, evoca as noções de destemidez e resiliência. Como uma fortaleza tanto
moral quanto física, Lucas é descrito pelo eu lírico, num dístico que condensa as
qualidades do personagem: “Um belo escravo da terra/Cheio de viço e valor...”.

III. A aura ígnea constituída ao entorno da figura de Lucas lhe confere altivez e
nobreza, corroboradas pelo símile da “estátua de bronze”, que eleva o escravo à
condição de figura ilustre, objeto das artes plásticas.

IV. O tempo verbal do presente predomina, assim como a colocação dos


advérbios de lugar e tempo. O discurso é marcado por locuções vocativas e
apóstrofes que convertem a exposição de Lucas em sublime emoção.

Para compor uma adequada análise crítica do texto, é correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) III e IV, apenas.

(D) I, II e III, apenas.

(E) I, II, III e IV.

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Questão 09. [Conteúdos: Literatura Baiana]

Considere os textos abaixo.

Texto I

A importância de Jorge Amado veio do caráter seco, participante e todavia


lírico dos seus primeiros livros, que descrevem a miséria e a opressão do
trabalhador rural e das classes populares. A partir de Jubiabá (1935), o seu
estilo se alia cada vez mais à poesia. A intenção central de Jubiabá, além da
visão romanesca da vida popular, é sugerir o lento amadurecimento do
protagonista, rumo à consciência política.
Em 1942 aparece o livro que para muitos é sua obra-prima: Terras do
Sem-Fim. Nele o caráter polêmico se amaina, gra ças à compreensão mais
ampla dos motivos humanos, enquanto os veios poéticos banham uma
descrição convincente da realidade.
Em Seara Vermelha (1946) abandona as regiões prediletas da sua
imaginação (cidade do Salvador, zona cacaueira de Ilhéus) e aborda o
problema dos retirantes do sertão, dando ao livro propagandístico algo trivial,
que se acentua em Os Subterrâneos da Liberdade (1954), cujo assunto são as
agitações políticas do decênio de 1930.
No ano de 1958 surge um Jorge Amado literariamente refeito, em
Gabriela, Cravo e Canela, panorama humorístico de uma cidade, com tom
ameno e uma segurança de composição que, aliados à humanidade das
personagens, lhe asseguram maior êxito editorial da literatura brasileira.

(Adaptado de: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira.
Modernismo. História e antologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997, p. 320-323)

Texto II

Antônio Balduíno passara a noite descarregando um navio sueco que trazia


material para a estrada de ferro e que nas noites seguintes seria abarrotado de
cacau. Carregava um molho pesado de ferros, quando ao passar junto de
Severino, um mulato magricela, este lhe disse:

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− A greve do pessoal dos bondes rebenta hoje...

− Aquela greve era esperada há muito. Por diversas vezes o pessoal da


companhia que dominava a luz, o telefone e os bondes da cidade, tentara se
levantar em parede pedindo aumento de salário. (...)
Antônio Balduíno já estava cansado de ouvir tanto discurso. Mas gostava. Aquilo
era uma coisa nova para ele, uma das coisas que amaria fazer. Mas era bom.
Ele tinha impressão que naquele momento eram donos da cidade. Donos da
verdade.
(CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Jorge Amado. In: Presença da literatura brasileira.
Modernismo. História e antologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997, p. 329. Fragmento)

Considerando o texto crítico de Candido e Castelo (Texto I), infere-se que o


fragmento do texto de Jorge Amado (Texto II) faz parte da seguinte obra:

(A) Jubiabá (1935).

(B) Terras do Sem-Fim (1942).

(C) Seara Vermelha (1946).

(D) Os Subterrâneos da Liberdade (1954).

(E) Gabriela, Cravo e Canela (1958).

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Jubiabá
Romance, 1935 | Posfácio de Antônio Dimas
Antônio Balduíno é um garoto pobre, criado no morro do Capa-Negro. Ali,
convive com os homens mais respeitados do lugar, como o violeiro Zé Camarão e
o pai-de-santo Jubiabá. Ainda criança, Baldo deseja que sua história seja cantada
num ABC, composição popular em louvor de heróis e santos.
Depois que a tia de criação enlouquece, Baldo é entregue à guarda do
comendador Pereira. Vivendo confortavelmente na casa nova, tem como
companhia a menina Lindinalva. Certo dia, porém, é obrigado a fugir. Têm início
assim as aventuras que farão a fama de Antônio Balduíno.
O rapaz passa um tempo como mendigo, pelas ruas. Depois, torna-se o
boxeador Baldo, o Negro. Freqüenta o Lanterna dos Afogados, bar da beira do cais
da Bahia. Compõe e vende sambas. Viaja ao Recôncavo, onde trabalha numa
plantação de fumo. Integra-se a uma trupe de circo e coleciona amantes pelo
caminho.
Mas Baldo permanece fiel ao seu amor platônico por Lindinalva. É graças a um
pedido dela que se torna estivador e assume a liderança de uma greve geral em
Salvador. Como diz pai Jubiabá, a escravidão ainda não acabou, e Baldo se
recusa a baixar a cabeça. Finalmente, o ABC de Antônio Balduíno conta que o
negro valente e brigão lutou pela liberdade de seu povo.
Quarto livro publicado por Jorge Amado, Jubiabá conta a história de um dos
primeiros heróis negros da literatura brasileira. O romance é central na obra do
autor: as contradições entre o mundo do trabalho, o conflito racial, a ideologia, a
luta e, de outro lado, a cultura popular, o universo das festas, o sincretismo
religioso, a miscigenação e a sensualidade vão marcar toda a sua produção.

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Questão 10. [Conteúdos: Leitura e Produção Textuais]


Segue um fragmento do primeiro texto do livro Sobre pessoas, de Antônio Torres.

Para começar
Quereria um começo com a delicadeza de Fernando Sabino, em A última crônica, que
cada vez que releio mais me encanta. E agora a ela retorno, em busca de ensinamentos.
(...)
Foi em tais circunstâncias, a confabular consigo mesmo pelas ruas do Rio, que
Fernando Sabino acabou por nos legar uma pequena obra-prima. (...)
Este aqui de vez em quando batia perna ao lado do mestre, nos calçadões à beira-mar,
Copacabana-Ipanema-Leblon. Numa dessas vezes, ele perguntou:
– Você já leu o meu livro sobre a Zélia?
Por essa eu não esperava. Uma pedra no meio do caminho. Sinuca de bico.
Cul-de-sac.
Persignando-me mentalmente diante da imagem de Nossa Senhora do Amparo, a
padroeira do Junco, onde nasci, e dizendo-me “Nas horas de Deus e da Virgem Maria,
amém”, criei coragem e respondi que Zélia, uma paixão era o único livro dele que eu
jamais leria. (...)
Como bom mineiro, ficou em silêncio, remoendo a sua falha trágica ao declarar: “Zélia
sou eu”. No calor da hora, a sua brin cadeira não teve graça.
Levaram-na a sério demais. Como se ele acreditasse, verdadeiramente, que a
personagem que causara um terremoto na economia dos cidadãos, na era Collor, tivesse
o mesmo status literário da heroína de Gustave Flaubert, Madame Bovary. (...) Mas por
que, e para que o chatear ainda mais, quando privava de sua camaradagem, durante uma
caminhada para desenferrujar as pernas, desanuviar a mente, e suar todas as tristezas?
– eu me perguntava. Ora, ora, quem mandou Fernando Sabino tocar no assunto? Pensei
que ele ia ficar zangado, a ponto de cortar a nossa relação, para sempre. Numa manhã
de domingo o telefone tocou e era o próprio, de viva voz.
Disse:
– Acordei hoje com vontade de ligar para o Mário de Andrade, o Rubem Braga, o Paulo
Mendes Campos, o Otto Lara Resende e o Hélio Pellegrino. Como nenhum deles pode
atender...
Foi um começo de conversa e tanto. Ao final, convidou-me para um drinque em sua
casa.
– Que tal amanhã? – perguntei-lhe.
– Ih! Amanhã não dá. Ao descobrirem que fiz oitenta anos, me empurraram para os
exames médicos. Assim que me livrar dessas chateações, telefono para combinar.
Não telefonou mais. Só iria voltar a vê-lo já embalado para a última
viagem, no cemitério São João Batista. Ah, Fernando. Para começar, que
falta que você faz.
(TORRES, Antônio. Para começar. In: Sobre pessoas. Disponível em:
www.antoniotorres.com.br. Acesso: 20 dez. 2017. Fragmento)

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Em relação à construção e à linguagem do texto, aplica-se a seguinte análise:


(A) As duas primeiras frases do texto “escondem” o foco narrativo em primeira

pessoa. Essas frases, em princípio não trazem marcas do narrador-personagem,

como acontece na última frase do texto, onde figura implicitamente o dêitico “eu”.
O foco narrativo designa o ponto de vista daquele que narra a história. Dessa forma, ele pode ser em primeira
pessoa, isto é, quando pertence a uma das personagens (principal ou coadjuvante), e também pode ser em
terceira pessoa, ou seja, quando não pertence a uma das personagens, localizando-se fora da história.

(B) A recriação da língua oral (em discurso direto) aparece no texto em diferentes

momentos. Primeiro num diálogo face a face entre as personagens; e depois na

conversa telefônica; em ambos os casos há a reprodução em discurso direto das

vozes dos dois interlocutores, em situação de relativa serenidade.

(C) No texto, registram-se situações linguísticas de menor ou maior formalidade.

Observam-se marcas coloquiais como os usos de termos obscenos e vulgares

(Cul-de-sac) e expressões típicas populares (batia perna, sinuca de bico,

desenferrujar as pernas, desanuviar a mente e suar todas as tristezas).

(D) Quando menciona a declaração histórica de Sabino, “Zélia sou eu”,

associando-a à famosa frase de Gustave Flaubert, "Madame Bovary sou eu", o

narrador tem a intenção de demonstrar o quanto Sabino, assim como Flaubert,

identificava-se com a sua personagem e partilhava dos seus sentimentos.

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(E) Assim como costuma ocorrer em sua ficção, nesse texto, Torres faz largo uso

das intertextualidades. Em “Nas horas de Deus e da Virgem Maria, amém”,

fundem-se à narrativa fragmentos híbridos da liturgia católica. No segmento “a

padroeira do Junco, onde nasci”, há indícios da biografia do próprio autor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - UnB/CESPE – SAEB - 2010

Texto para as questões de 01 a 04

1 O governo encaminhou ao Congresso um plano nacional de educação para


vigorar na década que está começando. O plano ainda em vigor foi aprovado
em 2001 e cumpriu papel relevante. Embora os desafios que se tem pela
frente sejam enormes, o novo plano tem o mérito de pôr a educação na
5 agenda política e, principalmente, o de estabelecer metas de qualidade para
o setor.
O Brasil possui hoje um sistema de aferição da qualidade da educação em
diferentes níveis, estado por estado, e até em microrregiões homogêneas. É
possível aferir-se a qualidade do ensino distintamente no sistema público e
10 nas escolas particulares. Com esses dados, os educadores contam com
preciosa base de informações para traçar planejamento de médio e longo
prazos, pôr em prática mudanças pedagógicas e reivindicar dos políticos e
das autoridades governamentais ferramentas para que o país avance nesse
campo. O novo plano buscará uma meta ousada: no início da terceira
15 década do século XXI, os índices de qualidade da educação deverão
alcançar patamar já ostentado por nações desenvolvidas.
Sem que os professores sejam motivados, as metas propostas jamais serão
alcançadas. É claro que os educadores poderão recorrer cada vez mais à
tecnologia para cumprir suas tarefas. Computadores em laboratórios nas
20 escolas ou nas salas de aula possibilitam o acesso a redes de educação que
aceleram o aprendizado. Além disso, a educação infantil (creches e
pré-escola) favorece esse aprendizado. Estatísticas recentes em alguns
estados que adotaram essas estratégias mostram redução considerável do
analfabetismo funcional — que antes alcançava índices alarmantes de 60%
25 na quarta série do ensino fundamental. O plano nacional de educação serve
de mapa para que a população brasileira possa acompanhar os objetivos que
estão sendo perseguidos. Nele, não estão definidas as fontes de
financiamento do setor, mas talvez isso não seja o mais essencial.
Consideramos que o importante é que se dê destaque à educação na
30 agenda política da nação.
O Globo, 22/12/2010 (com adaptações).

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QUESTÃO 01 (Leitura e Escrita)

Com base na leitura do texto, assinale a opção que apresenta uma opinião.

A. “Consideramos que o importante é que se dê destaque à educação na agenda


política da nação.” (R.29-30)

B. “O Brasil possui hoje um sistema de aferição da qualidade da educação em


diferentes níveis, estado por estado, e até em microrregiões homogêneas.”
(R.7-8)

C. “O novo plano buscará uma meta ousada: no início da terceira década do


século XXI, os índices de qualidade da educação deverão alcançar patamar já
ostentado por nações desenvolvidas.” (R.14-16)

D. “Computadores em laboratórios nas escolas ou nas salas de aula possibilitam


o acesso a redes de educação que aceleram o aprendizado.” (R.19-21)

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QUESTÃO 02 (Coesão e Correção Gramatical)


Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.
A. A expressão “nesse campo” (R.14) retoma a ideia antecedente de “qualidade
do ensino” (R.09).

B. Haveria prejuízo à correção gramatical do período ao se substituir o sinal de


dois-pontos (R.14) por um travessão.

C. Seria mantida a informação original do texto se a palavra “aferição” (R.8) fosse


substituída por estabilidade.

D. A correção gramatical do período seria prejudicada caso se colocasse a


palavra “prazos” (R.14) no singular: prazo.

planejamento de médio e longo prazos

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QUESTÃO 03 (Leitura, Escrita e Tipologia)

Assinale a opção que apresenta trecho do texto que se configura como recurso
argumentativo por meio de exemplificação.

A “Embora os desafios que se tem pela frente sejam enormes, o novo plano tem
o mérito de pôr a educação na agenda política e, principalmente, o de
estabelecer metas de qualidade para o setor.” (R.4-7)

B “Com esses dados, os educadores contam com preciosa base de informações


para traçar planejamento de médio e longo prazo, pôr em prática mudanças
pedagógicas e reivindicar dos políticos e das autoridades governamentais
ferramentas para que o país avance nesse campo.” (R.12-16)

C “Sem que os professores sejam motivados, as metas propostas jamais serão


alcançadas. É claro que os educadores poderão recorrer cada vez mais à
tecnologia para cumprir suas tarefas.” (R.21-24)

D “Estatísticas recentes em alguns estados que adotaram essas estratégias


mostram redução considerável do analfabetismo funcional — que antes
alcançava índices alarmantes de 60% na quarta série do ensino fundamental.”
(R.27-31)

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QUESTÃO 04 (Conjunções)

“Além disso, a educação infantil (creches e pré-escola) favorece esse


aprendizado. Estatísticas recentes em alguns estados que adotaram essas
estratégias mostram redução considerável do analfabetismo funcional [...]”

Pelos sentidos do texto, estaria correto inserir antes de “Estatísticas recentes”


(R.27), com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o segmento

A. Embora.
B. A fim de que.
C. Porquanto.
D. Tanto é assim que.

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Texto para as questões 05 e 06

HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
7 Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
10 Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises,
comentários, curiosidades e detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um
bom filme para você!
Revista Monet. n.o 91, out./2010, contracapa (com adaptações).

QUESTÃO 05 (Funções da Linguagem)

Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o


emprego de “Conheça” (R.7) e “Não perca” (R.12) indica que a função da
linguagem predominante no texto é a

A. metalinguística.
B. poética.
C. conativa.
D. expressiva.

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QUESTÃO 06 (Leitura)

Os termos grafados em caixa alta têm, em relação aos filmes apresentados pelo
canal PLUS, a função argumentativa de

A. descrever seus recursos tecnológicos.


B. destacar características opostas às que esse canal valoriza.
C. exemplificar seus valores.
D. definir sua qualidade estética.

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QUESTÃO 07 (Literatura)
Navio negreiro
Castro Alves

Era um sonho dantesco... O tombadilho Presa nos elos de uma só cadeia,


Que das luzernas avermelha o brilho, A multidão faminta cambaleia,
Em sangue a se banhar. E chora e dança ali!
Tinir de ferros... estalar de açoite... Um de raiva delira, outro enlouquece...
Legiões de homens negros como a noite, Outro, que de martírios embrutece,
Horrendos a dançar... Cantando, geme e ri!
Negras mulheres, suspendendo às tetas No entanto o capitão manda a manobra
Magras crianças, cujas bocas pretas E após, fitando o céu que se desdobra
Rega o sangue das mães: Tão puro sobre o mar,
Outras moças, mas nuas, espantadas Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
No turbilhão de espectros arrastadas, “Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Em ânsia e mágoa vãs. Fazei-os mais dançar!...”
Internet: <dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Com base no poema apresentado acima, assinale a opção correta.


A. O estilo, a seleção lexical e a sintaxe do poema prenunciam características do
modernismo literário.
B. Por focalizar um problema social, o poema é predominantemente dissertativo.
C.Da temática do poema permite-se concluir que se trata de um exemplo de
poesia condoreira, em que a emoção é utilizada para reforçar a denúncia que se
pretende empreender.
D.O esquema de rimas apresentado no poema pode ser representado por
AABBCC.

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QUESTÃO 08 (Literatura)
O romance romântico brasileiro dirigia-se a um público mais restrito do que
o atual: moços e moças provindos das classes altas e, excepcionalmente,
médias; profissionais liberais da corte ou dispersos pelas províncias; e um tipo de
leitor à procura de entretenimento, que não percebia muito bem a diferença de
grau entre um autor e outro. Para esses devoradores de folhetins franceses,
divulgados em massa a partir de 1830, uma trama rica de acidentes bastava
como pedra de toque do bom romance. À medida que os nossos narradores iam
aclimando à paisagem e ao meio nacional os esquemas de surpresa e de fim feliz
dos modelos europeus, o mesmo público acrescia ao prazer da urdidura o do
reconhecimento ou da autoidealização.
Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira.
São Paulo: Cultrix, 1989, p. 141-2 (com adaptações).

Tendo como referência o fragmento de texto acima e os múltiplos aspectos por


ele suscitados, assinale a opção correta, com relação à ficção romântica.

A. Bernardo de Guimarães, no romance A escrava Isaura, introduz na


literatura brasileira a valorização da negritude, por meio da construção da
personagem principal como uma africana de pele negra, distante dos
padrões estéticos europeus.
B. A moreninha e O moço loiro, de Joaquim Manuel de Macedo, são
considerados romances regionalistas, visto que focalizam os costumes e a
vida na zona rural.
C. Manuel Antônio de Almeida, no romance Memórias de um sargento de
milícias, realiza uma crítica severa aos costumes do clero, da nobreza e
das sociedades industrializadas, valorizando a honra do homem simples.
D. As obras produzidas por José de Alencar incluem romances urbanos
(Senhora, Cinco minutos, A viuvinha), romances históricos (As minas de
prata, Guerra dos mascates), romances indianistas (Ubirajara, Iracema, O
guarani), romances regionais (O gaúcho, O sertanejo) e peças de teatro.

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QUESTÃO 09 (Literatura)

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi, ao mesmo tempo, o ponto de encontro


das diversas tendências modernas, que, desde a I Grande Guerra, se vinham
firmando em São Paulo e no Rio de Janeiro, e a plataforma que permitiu a
consolidação de grupos, a publicação de livros, revistas e manifestos; em uma
palavra — o seu desdobrar-se em viva realidade cultural.
Idem. Ibidem, p. 385 (com adaptações).

Com base nessas informações e nos diversos aspectos por elas suscitados,
assinale a opção correta.

A. Entre os acontecimentos marcantes da Semana de 22, inclui-se a


declamação do poema Os sapos, de Manuel Bandeira, por Ronald de
Carvalho, que, ao ridicularizar a poesia parnasiana, escandalizou a plateia
dos saraus do Teatro Municipal de São Paulo.

B. Carlos Drummond de Andrade publicou seu primeiro livro durante a Semana


de 22, sendo reconhecido, desde então, como porta-voz da alma brasileira.

C. A ideia de organizar a Semana de Arte Moderna surgiu na redação da


revista Klaxon, que, mesmo antes da Semana, já difundia os preceitos
estéticos fundamentais do Modernismo.

D. Graça Aranha, que pertencia à Academia Brasileira de Letras, manifestou-se


contrário à realização da Semana de Arte Moderna, visto que defendia os
princípios estéticos do Parnasianismo.

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QUESTÃO 10 (Literatura)
Assinale a opção correta acerca da literatura brasileira.

A. Em seus romances, Clarice Lispector serviu-se do monólogo interior e do


fluxo de consciência, em detrimento do enredo, para traduzir seu mergulho
visceral na vida introspectiva.

B. Érico Veríssimo, com a saga O tempo e o vento, inaugura a epopeia regional


da floresta amazônica e da vida dos ribeirinhos no norte brasileiro.

C. Em Grande sertão veredas, de Guimarães Rosa, destacam-se os problemas


dos retirantes nordestinos expulsos de suas terras pela seca e pela falta de
trabalho.

D. A tradição de romances regionalistas é inaugurada com a obra Fogo morto,


de José Lins do Rego, cuja temática consiste na grande seca de 1915,
ocorrida no nordeste brasileiro.

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Discursiva - SEC-BA 2010 - QUESTÃO ESPECÍFICA

O acesso a práticas de linguagem de outras regiões e mesmo de outros países


ganha sentido justamente quando essas práticas nos levam a pensar sobre as
diferenças entre as culturas e a maneira como essas diferenças formam nossa
identidade, de modo que, no contato com o outro, aprendemos sobre nós mesmos.
Orientações curriculares para o ensino médio: linguagens, códigos e suas
tecnologias. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006, p. 227 (com adaptações).

Considerando o trecho acima como meramente motivador, discorra sobre a


importância da valorização da diversidade sociocultural no processo de construção
dos sentidos, no desenvolvimento das práticas pedagógicas de comunicação e
expressão e representação da realidade.

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PROVA FCC - Gabarito

GABARITO - FCC - SEC-BA 2018


Q01: C
Q02: A
Q03: D
Q04: B
Q05: B
Q06: E
Q07: C
Q08: D
Q09: A
Q10: E

GABARITO - CESPE - SEC-BA 2010


Q01: A
Q02: A
Q03: D
Q04: D
Q05: C
Q06: B
Q07: C
Q08: D
Q09: A
Q10: A

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Um pouco de teoria!

Dêixis
Dêiticos são elementos linguísticos que indicam o lugar ( aqui ) ou o tempo (agora)
em que um enunciado é produzido e também indicam os participantes de uma
situação do enunciado (eu/tu).

São dêiticos:

os pronomes pessoais que indicam os participantes;


● os advérbios de lugar, que são marcadores de tempo (agora, hoje, amanhã,
etc.);
● os demonstrativos (aqui, lá, este, esse, aquele, etc.).

Os dêiticos só podem ser entendidos se houver uma explicitação, mesmo dentro


da situação de comunicação.

Anáfora
A anáfora tem como função 'lembrar'. É o termo usado em um texto para relembrar
ou retomar algo que já foi dito.

A anáfora é o «processo pelo qual um termo gramatical (um pronome ou um


advérbio de lugar, p. ex.) retoma a referência de um sintagma anteriormente us. na
mesma frase (p. ex.: Comeram, beberam, conversaram, e a noite ficou nisso) ou
no mesmo discurso (p. ex.: Fui ao Museu de Artes Modernas. Lá, encontrei vários
de meus amigos)» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-deixis-anafora-e-catafora/23779

Catáfora

Ao contrário da anáfora, a catáfora tem a função de anunciar o que vai ser dito.
Esses termos são estudados em coesão textual. Por exemplo, a gramática
tradicional diz que o demonstrativo 'este' é catafórico, porque deve referir-se a algo
que será apresentado; e 'esse' é anafórico, porque refere-se a algo que já foi
anunciado no texto ou no contexto. Por exemplo:
«Essa história de usar nomes falsos para relatar fatos, me aborrece. Por isso, este
meu relato vai com todos os nomes e sobrenomes.»

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A catáfora é definida pelo Dicionário de Termos Linguísticos do seguinte modo:


«Relação de dependência entre A e B em que B precede A, numa relação paralela
à da anáfora. Exemplo: "desde que a Maria o deixou, o João nunca mais foi o
mesmo", o significado do pronome complemento (o) da primeira oração é
determinado pelo SN (o João) da segunda oração.»

A anáfora e a catáfora correspondem ao uso de palavras (operadores) que


apontam para o próprio texto. Por conseguinte, são parte dos fenómenos que
constituem a chamada deixis textual, mas que não se confundem com a deixis
propriamente dita, que aponta para o contexto situacional.'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-deixis-anafora-e-catafora/23779

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“Canção do Ver” Manoel de Barros

Por viver muitos anos


dentro do mato
Moda ave
O menino pegou
um olhar de pássaro -
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar as pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em um abelha, era só
abrir a palavra abelha
e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.”

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