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Capítulo 1 - A LEITURA DOS TEXTOS

I - POR QUE LER TEXTOS FILOSÓFICOS?

A) UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA


(realizado pela monitoria)

B) UMA RELAÇÃO ORIGINAL


O autor afirma que é imprescindível ao estudante inteirar-se dos conceitos e vocabulário
da filosofia afim de discernir os desafios apresentados nos textos.
Em seguida, enfatiza que são necessárias duas condições essenciais para a prática da
história da filosofia: que a história da filosofia seja filosófica e que a leitura esteja
indissociável do próprio pensamento.

“devemos obrigatoriamente ‘conhecer’ os conceitos e o vocabulário da filosofia,


‘conhecer’ os problemas que foram colocados e as soluções propostas.”
“A história da filosofia para que seja praticada, é preciso que duas condições
fundamentais sejam preenchidas”:

1. Primeira condição
“é preciso que a história da filosofia seja filosófica”
“no que concerne a razão, quando muito se pode aprender a filosofar”

2. Segunda condição
“cumpre adotar a única atitude realmente filosófica: a que consiste em retomar por
nossa própria conta os pensamentos já pensados por outros”
“a leitura é portanto indissociável do próprio pensamento”
“é preciso conhecer, mas para pensar, e não conhecer por conhecer”

C) UMA RELAÇÃO DIFÍCIL


É compreendido que tanto é preciso iniciar-se na prática de filosofar para melhor
conhecer a filosofia, assim como, é preciso conhecer a filosofia para aprender a
filosofar.
Admitindo a essa iniciação prestigiar o que está em evidência na compreensão dos
textos.

“não há conhecimentos filosóficos sem iniciação filosófica, não há iniciação sem


retomada de pensamentos já advindos”
“a iniciação filosófica requer, portanto, um percurso longo e difícil, que nos faz
primeiro perceber o que é mais evidente para nós, mesmo se isso não é o mais
verdadeiro em si”

II – COMO LER OS TEXTOS FILOSÓFICOS?

A) A BIBLIOTECA
1. FREQUENTAR OS LIVROS
As bibliotecas devem tornar-se familiarizadas pelo estudante de filosofia, como um
ritual.

“a passagem pela biblioteca deve tornar-se um ritual”

2. A BIBLIOTECA PESSOAL
Cabe ao estudante conceber uma relação das obras primordiais dos filósofos mais
conhecidos, ressaltando alguns textos no idioma original para o aprendizado dos
conceitos e terminologias da filosofia.

“constitua progressivamente um elenco de textos fundamentais dos autores essenciais:


Platão, Aristóteles, Descartes, etc.”
“é preciso também obter alguns textos em sua língua original, a fim de poder se
reportar aos conceitos e termos técnicos úteis à reflexão.”

B) QUE TEXTOS LER?


1. OS TEXTOS FILOSÓFICOS E OS OUTROS
Por haver textos que não tratam especificamente de filosofia mas que podem ser
apurados como objeto filosófico, constitui-se como conhecimento indispensável a
leitura de temas relativos à cultura geral.
“não obstante, existem numerosos textos que não são diretamente ‘de filosofia’ mas
que podem ser objeto de uma leitura filosófica.
“convém portanto se esforçar sempre para ampliar e aprofundar essa cultura através
de uma leitura regular de livros de literatura, de história, de psicologia, ou relativos às
ciências da natureza, etc.”

2. OS TEXTOS DE ACOMPANHAMENTO
O estudante adquire aprimoramento de seus estudos conforme a variedade de textos
sugeridos como leitura complementar.
“a multiplicidade das ‘entradas’ que confunde os estudantes à primeira vista, na
realidade favorece sua iniciação”

3. SEGUIR A ESPIRAL CERTA


O progresso do estudante depende sobretudo da dedicação diária e comprometimento
com a leitura dos textos filosóficos.
É preciso adquirir tenacidade e paciência, para aproximar-se das dificuldades que o
impedem de criar afinidade com os textos.
Essa tarefa possibilita a evolução das capacidades do estudante na compreensão dos
textos.

“(...) tenacidade e paciência. Para ser claro: a iniciação exige duração.”


“é preciso procurar se familiarizar com os diferentes tipos de dificuldades que
impedem a aproximação”
“esse é um trabalho encarniçado e contínuo que permite elevar conjuntamente o nível
de suas exigências, de suas leituras e capacidades”

C) A LEITURA EM PRÁTICA
1. A LEITURA RÁPIDA
O contexto apreende práticas de leitura dinâmica ao estudante, tornando os textos
dedutíveis à visualização global, selecionando termos essenciais em palavras-chaves
que conectam o texto ao seu sentido mais amplo.

“os princípios básicos da leitura rápida:


- a apreensão ‘fotográfica’ das páginas do texto, apenas pela visão, treinando a não
pronunciar interiormente o que se lê”
“substituição de uma progressão palavra por palavra por uma progressão por saltos,
de termo-chave em termo-chave”
- “aplicação de uma extrema atenção, pois se trata ao mesmo tempo de dominar o
conjunto do texto e de selecionar os pontos essenciais”

2. LEITURA APROFUNDADA
O autor indica que a leitura deve focar num ponto específico da leitura, incidindo sobre
o mesmo a análise que contenha detalhes relevantes de interpretação do texto.

“desta vez, é preciso dar tempo ao tempo e fixar-se em um campo extremamente


restrito.”
“portanto, reporte-se à análise da explicação de texto para ter sobre esse ponto todos
os detalhes necessários.”

3. O TREINAMENTO MISTO
O estudante deve alternar entre leitura rápida e leitura aprofundada até que estabeleça o
ritmo natural de observação do texto.
“(...) percorrer rapidamente certas passagens...Depois passar à leitura ‘normal’ do
mesmo texto, para deter-se nos pontos importantes e praticar, então, uma leitura
aprofundada.”

D) TOMAR NOTAS
O processo de anotação em fichas permite a memorização dos textos, acúmulo de
informações e aumento da cultura.
“tomar notas é indispensável para concretizar seus esforços, fixar ao mesmo tempo sua
atenção e as ideias.”
1. POR QUE FICHAS?
Aqui é sugerido que se utilize as fichas como recurso insubstituível para fixação do
conteúdo e na revisão de textos para prova.
“as fichas são absolutamente indispensáveis. É a partir delas que se pode ter uma ideia
precisa, ao mesmo tempo global e detalhada dos textos filosóficos e seus autores.”
“são elas que devem ser revisadas em primeiro lugar, antes de um prova”

2. COMO FAZER FICHAS?


“as fichas são pessoais.”
“é preciso que o essencial seja inscrito com suas articulações e seus conceitos
principais.”
E) O CADERNO DE VOCABULÁRIO

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