FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA

8° SEMESTRE/2022
REGISTRO ACADÊMICO: 392775316246

ZÉLIA MENDES PONTES BEZERRA

ATIVIDADE DISCURSIVA: PSICOTERAPIA INFANTO-

JUVENIL

Brasília-DF

2022
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Diante da questão dos estilos parentais, há de se considerar que o modelo de

Baumrind (1966) constitui-se como uma referência expressiva frente as
caracterizações das atitudes, comportamentos e relações entre pais e filhos.
Conforme a autora existem três estilos: autoritário, autoritativo e permissivo. A
começar pelo autoritário, são aqueles que controlam, avaliam e modelam
intensamente o comportamento da criança, que trabalham com regras
inquestionáveis, uma hierarquia baseada na obediência enquanto um fator de
virtude, nesse modelo as punições são vistas como correção comportamental, não
sendo, portanto, desconsideradas. Como consequência desse estilo, a depender do
grau de coerção, a criança pode apresentar problemáticas biopsicossociais, a
envolver agressão, hostilidade, insegurança, passividade, baixa autoestima, entre
outros (MUNCHING; KATZ, 2008).
Em seguida, o modelo autoritativo é aquele no qual os pais se baseiam na
racionalidade e na orientação, prezam pelo diálogo e aceitam objeções das crianças,
ao mesmo tempo que expõem suas perspectivas, acolhem a da criança, a
reconhecer suas singularidades. A partir desse estilo, a criança poderá valorizar a
própria voz e ao mesmo tempo entender o outro, exercita a empatia e a democracia,
valoriza-a enquanto sujeito de direitos e deveres, é um modelo em que a criança
pode adquirir maior senso de coletividade, comunidade e ter noções de qualidade
sobre si e sobre o outro, dado o respeito enquanto pilar (MUNCHING; KATZ, 2008).
Por fim, o estilo permissivo se instaura quando os pais visam ações não-
punitivas e receptivas frente as demandas da criança, basicamente agem de acordo
com os desejos dessas, não direcionam e tampouco modelam o comportamento,
são apenas meios para a realização de suas vontades. Como consequência a
criança pode ter problemas futuros frente as regras e limites do mundo, uma vez que
não foram dados em casa, podem ter tendências ao egocentrismo, egoísmo, e
também problemas comportamentais de diversas naturezas (MUNCHING; KATZ,
2008).
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REFERÊNCIAS

BAUMRIND, D. Effects of authoritative control on child behavior. Child

Development, v.37, p. 887-907, 1966.
MUNCHING, P. V; KATZ, B. Na real, a culpa é dos seus pais, Ed. Academia de
inteligência, 2008.