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Universidade São Judas Tadeu

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Graduação em Psicologia: Trabalho de Conclusão de Curso

Bianca Ferroni
Bruna Gonçalves Santos

Como as Práticas Parentais Influenciam na Autoestima: Uma Revisão Integrativa

São Paulo
2021
Universidade São Judas Tadeu
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde

Graduação em Psicologia: Trabalho de Conclusão de Curso

Bianca Ferroni
Bruna Gonçalves Santos

Como as Práticas Parentais Influenciam na Autoestima: Uma Revisão Integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


no formato de revisão Integrativa ao Curso de
Psicologia da Universidade São Judas como parte
dos requisitos para obtenção do grau de Psicóloga.

Área de concentração: Núcleo de Psicodinâmica


Orientadora: Priscilla Rodrigues Santana

São Paulo
2021
Resumo: De acordo com estudos sobre ascas parentais e possíveis consequências para uma boa
autonomia e um bom desenvolvimento emocional, o objetivo foi identificar como as práticas parentais
influenciam na formação da pessoa e como ela se relaciona com a autoestima do indivíduo. O método
de pesquisa realizado foi de revisão integrativa, possibilitando a verificação de trabalhos publicados
sobre os temas abordados e a necessidade ou não de maior investigação na área. Os artigos
selecionados demonstram pouco foco no tema da autoestima, muitos relacionam a família e a
autonomia dos filhos, também vínculos e constituições psíquicas. Algumas questões como os estilos
parentais, se relacionaram com uma carência no desenvolvimento emocional e consequentemente foi
possível notar essa influência na autoestima. Sendo assim, a discussão sobre a autoestima desenvolvida
no âmbito familiar não se encontra muito presente na literatura, é necessário compreender os riscos e
cuidados que se apresentam sobre o tema.

Palavras-chave: Práticas parentais; Estilos parentais; Autoestima


Abstract: According to studies on parenting practices and possible consequences for a good
autonomy and an emotional development, the aim was to identify how parenting practices influence the
person's formation and how it relates to the individual's self-esteem. The research method performed
was the integrative review, enabling to verify published works on the approached topics and the need
for further investigation in the area. The selected articles don’t show much focus on the self-esteem
theme, many of them relate the family and the autonomy of their children, also the bonds and psychic
constitutions. Some issues such as parenting styles were related to a lack of emotional development
and, consequently, it was possible to notice this influence on self-esteem. Therefore, the discussion
about how the self-esteem issues developed in the family’s environment is not very present in the
literature, it is necessary to understand the risks and precautions that are presented on the subject.

Keywords: Parenting practices; Parenting styles; Self esteem


Agradecimentos

Em primeiro lugar agradecemos a parceria da pesquisa, com quem convivemos durante os


últimos anos, e com muito apoio e amizade incondicional possibilitou a realização deste trabalho.
A nossa professora orientadora Priscilla Rodrigues Santana, que com sua ajuda e paciência nos
guiou para que déssemos nosso melhor.
Aos nossos professores e amigos da instituição que ao longo do percurso proporcionaram um
ambiente gratificante e de muito companheirismo. Por fim, aos nossos amigos e familiares por sempre
estarem ao nosso lado.
Sumário

1 Introdução………………………………………………………………………………..6
2 Objetivo………………………………………………………………………………….11
3 Método…………………………………………………………………………………...11
4 Resultados e Discussão………………………………………………………………….13
5 Conclusão………………………………………………………………………………..17
6 Referências……………………………………………………………………………....19
7 Anexo…………………………………………………………………………………….23
6

1 Introdução
A relação dos pais com o filho se dá primeiramente pela necessidade da criança de um

cuidador, através do cuidado criam-se vínculos e cada família molda seu meio de conviver,

portanto, é comum haver diversas formas de cuidados, já que cada cuidador tem sua história de

vida e uma cultura envolvida. Darling e Steinberg (1993) contextualizam que para compreender

as práticas educativas e como ela influencia no desenvolvimento infantil até a vida adulta, é

necessário olhar o contexto social, cultural e crenças que esses pais possuem, já que tudo isso é

um fator predominante no desenvolvimento do indivíduo (Silva & Vieira, 2018). Hábitos e

costumes são compartilhados diariamente dentro de uma família, seguido através de geração em

geração e demonstrando o modo de funcionamento do grupo familiar e os modelos que aquele

indivíduo irá criar e sustentar (Kobarg; Sachetti & Vieira, 2006). É possível então, apontar a

importância dos cuidados parentais e sua grande influência nas questões emocionais, na saúde

mental e ainda, no modo de viver, podendo gerar um indivíduo com boa autonomia, autoestima,

autoconfiança, entendimento ao lidar com problemas, assim como pode desenvolver também

uma pessoa com inseguranças, dificuldades de lidar com frustrações e baixa autoestima.

As práticas configuram o formato que aquela criança se desenvolverá, ao estabelecer

tipos de ensinamentos, enfrentamentos e afetos, alguns podendo ser mais rígidos e outros nem

tanto. Não é intenção deste estudo apontar métodos corretos ou incorretos já que não existe uma

fórmula exata no âmbito da parentalidade, mas sim, por se tratar de um contexto dinâmico,

refletir que algumas formas de cuidados podem ser mais positivas e satisfatórias que outras para

um desenvolvimento pleno e/ou a uma autoestima elevada.

Os tipos parentais mais conhecidos, segundo Baumrind (1966), são: o autoritário, onde

encontra-se muita rigidez e punição, pais que mantém uma hierarquia de muita autoridade e

demanda muita exigência, inibindo a autonomia; o permissivo (indulgente), da qual não se


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mantém rigidez nenhuma, valorizam mais a atenção emocional, dando mais liberdades e com

poucas exigências, pois os pais preferem evitar qualquer conflito; e o autoritativo

(participativo), mantém uma relação de equilíbrio onde encontra-se uma rigidez maleável,

permitindo aos filhos boa comunicação e participação, valorizando a autonomia e autovalor.

Tem-se ainda a prática sem envolvimento, da qual é denominada de negligente e caracteriza-se

por um responsável ausente (Silva & Vieira, 2018).

Para Gomide (2005), denomina-se sete práticas educativas que compõem as práticas

parentais, cinco definem-se negativas, são elas: abuso físico, punição inconsistente, disciplina

relaxada, monitoria negativa e negligência. A negligência consiste na falta de suporte às

necessidades, crianças neste meio podem apresentar comportamentos mais violentos. A punição

inconsciente está relacionada à forma dos pais agirem de acordo com seu humor, isso implica

em a criança não reconhecer suas próprias atitudes mas sim em saber responder de acordo com

o funcionamento do estado dos pais. Na monitoria negativa, os pais tendem a constantemente

delimitar regras e proibições, que acarretam uma sequência de segredos e risco a delinquência

dos filhos. Assim como um pai indulgente, a prática da disciplina relaxada leva os cuidadores a

deixar de aplicar regras em momentos de conflitos, permitindo que ações de raiva e oposição

façam parte do desenvolvimento da criança. Já no abuso físico, tal agressão provoca medo e

apatia (Gomide, 2005). As outras duas práticas contemplam as positivas, são elas: monitoria

positiva e comportamento moral. A monitoria positiva se relaciona com a atenção provida dos

pais, assim como o carinho e o apoio, criando um ambiente favorável para o desenvolvimento.

Em comportamento moral, é onde se apresentam os valores e ideais de forma positiva. A autora

explicita a importância de tais práticas educativas parentais no desenvolvimento de habilidades

sociais e ainda aponta que boas habilidades parentais aumentam a autoestima da criança

(Gomide, Salvo, Pinheiro & Sabbag, 2005).


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Jovens com baixa autoestima podem estar associados a comportamentos desviantes e

anti-sociais. Por outro lado, a autoestima elevada se associa à agressividade já que o indivíduo

sente que precisa se proteger e pode chegar a desrespeitar o direito de outros (Pechorro et al.,

2012). Turini et al (2011) traz em seu artigo que quando a criança possui apoio para

desenvolver sua própria autonomia, possuindo uma monitoria positiva, ou seja, ocorrendo

regras, atenção e afeto, mas não em excesso, esse indivíduo tem mais chances de se sentir mais

seguro, dando valor a si mesmo e em suas escolhas futuras. Se é de forma negativa esses

cuidados, envolvendo questões como, falta de regras, ou o excesso delas, não concebendo

afetividade, entre outros aspectos, pode-se ocorrer um nível de baixa autoestima causando

sentimentos de insegurança e dificuldades de se comunicar ou se relacionar. Sendo assim, tais

práticas parentais dizem muito além sobre como os pais lidam com os filhos, pois seus

descendentes respondem a este processo, se comportam de acordo com os estímulos que

recebem e moldam-se através desta relação. Entende-se que o desenvolver do ser humano para

a vida adulta, depende do que lhe é oferecido durante seu crescimento, dos recursos que pôde

obter para enfrentar situações, de se reconhecer e de lidar com emoções, conhecimentos estes

adquiridos na infância podem e provavelmente irão se apresentar na fase adulta.

A autoestima se refere a um conjunto de sentimentos individuais sobre o seu próprio

valor, podendo ser refletida de forma positiva ou negativa, atuando no jeito que esse se

enxergar, e em como irá definir suas metas, objetivos, projetos e expectativas para o momento

presente e futuro (Rosenberg, 1965 & Coopersmith, 1989, como citado em Sbicigo et al., 2010).

Essa temática é muito estudada no âmbito da psicologia da personalidade, pois entende-se que

está relacionado ao bem-estar tanto físico quanto emocional. Sendo um preditor de resultados

favoráveis na adolescência e na vida adulta, relacionado a áreas ocupacionais, relacionamentos

interpessoais (amorosos, familiares, amigos etc) e desempenho acadêmico. Por outro lado,

quando não se tem uma boa autoestima, pode-se observar aspectos negativos como insegurança,
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medo, falta de comunicação e comportamento antissocial na juventude, sendo capaz de gerar

problemas mais graves, caso não observado e administrado (Sbicigo et al., 2010). De acordo

com Harter (1999) e Coopersmith (1989) é através do desenvolvimento do indivíduo que é

construída a autoestima e deve ser levado em conta diversos fatores sendo ele familiar, escolar e

social, e de acordo com os estímulos recebidos o resultado pode ser de uma autoimagem

positiva ou negativa (Sbicigo et al., 2010). Esse tópico está relacionado com questões de

autopercepção, como aquele indivíduo se enxerga no mundo. Relaciona-se com o autocuidado,

autoimagem, e autoconfiança, os potenciais individuais e muitas outras formas de

reconhecimento do seu próprio valor, seja de forma consciente ou inconsciente, influenciando

na forma que esse indivíduo irá definir suas metas, objetivos e expectativas, sendo elas

profissionais como, precisar se dedicar e se pôr frente a um cargo na empresa, ou pessoal, em

seu relacionamento familiar ou romântico, exemplo esses simples para alegar pontos que são

influenciáveis no cotidiano e na vida, seja na fase infantil ou adulta.

E quando a autoestima está afetada pode-se identificar dificuldades em muitos aspectos,

como suas motivações, experiências e escolhas, que costumam não ser valorizadas por conta de

um sentimento de incapacidade, inferioridade, medo de críticas e a rejeição, causando crises e

sério problemas a sua intersubjetividade. Molda-se principalmente durante a adolescência

inicial e a média (indo para a vida adulta), já que a pessoa nesta fase constrói sua identidade e

está mais sujeita a se importar com influências externas, como ao ouvir comentários alheios

sobre seu corpo, suas qualificações e jeito de agir, podendo isto ser absorvido como uma

verdade para si, se reconhecendo em padrões exigentes atuais, principalmente em uma

sociedade que valoriza demais a beleza, a produção e de diversas cobranças que são impostas.

Pode-se observar que os estilos parentais se relacionam neste momento, pois agem

juntamente na fase de maior desenvolvimento da pessoa e é um grande influenciador na

capacitação de recursos do indivíduo, ao se relacionar e falar com seus filhos podem afetar, seja
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de forma positiva ou negativa, refletindo no auto valor que a criança e adolescente irá definir

para si, assim intervindo em todos os aspectos e perdurando por toda a sua vida. Como citado

por Sbicigo et al. (2010), estudos evidenciam que tais influências, podem produzir uma redução

nos níveis de autoestima, auto valor e autoconfiança, porém há divergências pois em alguns

adolescentes esses níveis aumentaram. Nesse artigo é feito um estudo com 4.757 adolescentes

(54% do sexo feminino), com idades entre 14 e 18 anos e (46% do sexo masculino). Cerca de

36% dos jovens estavam cursando entre a quarta e oitava série do ensino fundamental e 64%

estavam cursando o ensino médio. Foi feita a aplicação da escala de Rosenberg possuindo 10

itens, sendo seis deles focando em uma visão positiva e quatro deles em uma visão

autodepreciativa. Esse estudo obteve como resultado, 28,62 % positiva e 22,78% negativa, por

mais que o índice seja maior na carga positiva, para o número de participantes o resultado

negativo também é curioso observar, validando que no decorrer da vida é desenvolvido essa

autoestima, e se o indivíduo possui essa carga negativa, surgem dificuldades em se aceitar,

confiar em suas próprias escolhas, definir suas expectativas entre muitas coisas.

A forma que mães, pais ou cuidadores responsáveis se comportam perante a criação das

crianças, informa muito sobre como esse ser irá se desenvolver futuramente, e como ele será

capaz de se reconhecer como indivíduo, dito isso, é preciso estudar como essas práticas

influenciam na autoestima das crianças, alguns conceitos que são utilizados para definir esse

comportamento são: práticas parentais, práticas educativas e cuidados parentais. Quando as

ações dos pais fornecem um ambiente seguro, possibilita que a criança se desenvolva de forma

mais saudável, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Winnicott (1960, como citado em

Rocha, 2006) traz justamente isso, o suporte dado pela mãe, com três funções essenciais, sendo

uma delas o holding (sustentação). É o começo do seu desenvolvimento emocional, aqui a mãe

se torna o porto seguro desse bebê, é essa relação mãe e filho onde ela atende as necessidades

da criança através de sua presença, deixando ele totalmente seguro, sendo pontual nas
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necessidades dele. A teoria, p ara além da figura materna, traz a noção de cuidado de modo

abrangente: pai, avós, médicos, grupos sociais, momento histórico e político (Medeiros &

Aiello-Vaisberg, 2014). O handling (manejo) são os cuidados com o lactente, dar alimento,

banho, trocar fraldas, tudo que a criança necessita em seu início de vida, cuidados básicos e

essenciais. E ainda, a apresentação ao mundo, onde é dado objetos que possibilitam o bebê a

começar a criar sua própria visão sobre aquela figura. Esclarecendo que este trabalho busca

conhecer a autoestima dada pela família, por seus cuidadores, portanto, não faz parte da

pesquisa explorar crianças em situações de vulnerabilidade, como por exemplo em abrigos.

A relação que os pais estabelecem com os seus filhos é de extrema importância, devido

a isso é relevante que haja mais estudos que busquem o vínculo de práticas parentais com

autoestima já que essas ações na criação influenciam a forma que esse ser humano entrará no

mundo, lidará com suas experiências de vida, seja acadêmica, social, profissional ou pessoal.

2 Objetivo

O objetivo dessa pesquisa é identificar aspectos sobre os estilos parentais e se podem

influenciar na autoestima do indivíduo.

3 Método

A revisão integrativa é um método que permite a síntese e análise de estudos já

publicados, possibilitando, através de seus resultados, a identificação de lacunas do

conhecimento e direcionando novos estudos para os campos não explorados (Oliveira et al.,

2017). Sendo esta pesquisa de caráter qualitativo, utilizamos a combinação de palavras nas

bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library

Online). Para a seleção dos trabalhos foi utilizado os critérios de eliminação de artigos,

primeiramente com os títulos repetidos e títulos fora do assunto como “espiritualidade nos

cuidados paliativos”, após isto, a eliminação por título, depois resumos e ao fim, os lidos na
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íntegra. Foram optados, ainda, artigos dos últimos dez anos, em português e os disponíveis por

completo, para os da BVS foram selecionados apenas os artigos da Lilacs, Index Psicologia e

Medline.

As palavras utilizadas no processo de busca dos estudos foram Práticas Parentais com os

sinônimos Práticas Parentais Educativas, Práticas Educativas, Estilos Parentais, Práticas de

Cuidados e Cuidados Parentais, seguindo com AND na busca, a palavra Autoestima com os

sinônimos Autoimagem, Autopercepção, Autoconfiança, Autoavaliação, Autoeficácia e

Autonomia. Utilizando o NOT, as palavras que não queríamos na busca para simplificar os

resultados, foram Medicina, Médico, Médica, Nutrição, Enfermagem e Covid. Somando os

artigos identificados nas bases de dados, 630 foram encontrados, sendo 492 da base de dados

BVS e 138 da base de dados SciELO. Dos artigos selecionados por título totalizaram o número

de 63, sendo 48 da base BVS e 15 da base SciELO, com o critério de exclusão de títulos

repetidos e artigos em que a temática era diferente do foco do trabalho, totalizou-se 58 artigos.

A fim de elegibilidade, 23 artigos foram selecionados após leitura de resumos, 17 pertencendo a

base de dados da BVS e 6 da base SciELO. Por fim a leitura na íntegra, 9 artigos foram

selecionados para inclusão no trabalho, destes, 8 foram da base BVS e 1 da base SciELO.

O presente trabalho busca através dos artigos selecionados, identificar como as práticas

parentais influenciam na formação da pessoa e como ela se relaciona com a autoestima no

indivíduo. Planejou-se então uma busca de trabalhos e autores que tratassem dos temas práticas

educativas, autoestima e seus assuntos relacionados para conhecimento base da temática, e

assim, validar de forma consistente os resultados obtidos através da coleta de artigos. Com o

intuito de trazer à tona tais referências, autores (as) como Baumrind (1966) e os tipos parentais,

Gomide (2005) e suas interpretações sobre práticas educativas, Winnicott (1965) e sua teoria

dos processos de maturação, fizeram parte do conhecimento do conteúdo.


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Figura 1 – Fluxograma de amostragem da revisão integrativa

4 Resultados e Discussão

A tabela com os resultados em anexo dispõe detalhadamente os dados dos artigos utilizados,

sendo os artigos denominados com a letra A e o número de sua ordem, foram ordenados em colunas

denominadas autores, data, revista, tipo de estudo, objetivos, participantes, critérios, instrumentos,

resultados e conclusões. Podendo observá-los na tabela em anexo. A maioria dos artigos são de caráter

qualitativo, sendo estes cinco artigos, possuindo dois de pesquisas quantitativas e dois são revisão

integrativa. O artigo mais recente é de 2020 e o mais antigo de 2011. Os resultados da busca em geral

contou com poucos artigos relacionados ao tema, e mesmo os selecionados, pouco se tem o foco na

autoestima. A ênfase dos artigos no geral são sobre as práticas parentais, parentalidade e família, não
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levantando tanto as questões sobre a autoestima. Outro ponto observado foi o tema autonomia com

maior foco nas pesquisas. De todos os estudos, pelo menos sete citam a autonomia como um fator

presente nas relações parentais e três artigos citam a autoestima. Dos trabalhos com participantes, foi

observado que a maioria utilizou critérios em suas amostras de pesquisa. Adolescentes cursando o

ensino médio foi critério para três dos seis artigos com participantes. Outro critério utilizado foi a de

revisão de pais e filhos, sem idade classificatória, e outro artigo utiliza crianças e seus pais e avós,

sendo as crianças com idades entre 6 a 11 anos. Por fim, um artigo buscou adultos que tivessem em

comum a ausência paterna, tanto física como afetiva. Alguns dos instrumentos utilizados nas pesquisas,

encontra-se: Monitoramento Parental (QMP, Santos & Marturano, 1999); Questionário para Avaliação

do Autoconceito (SDQ1, Marsh, Relich, & Smith, 1983; adaptado para o contexto brasileiro de

Gardinal-Pizato, 2010); Escala de Responsividade e Exigência Parental (Teixeira, Bardagi, & Gomes,

2004; versão adaptada e ampliada de Lamborn, Mounts, Steinberg, & Dornbusch, 1991); Escala de

Estilos Parentais; Questionário de Autonomia.Observa-se que a maioria dos artig os, seis deles, foi

recorrente o uso de questionários para avaliar os pais ou as crianças/ adolescentes. Os artigos

apresentam em seus resultados de forma geral questões intergeracionais, aspectos emocionais,

comportamentais, de personalidades, percepções, autonomia, autoestima, autoconceito, constituições

psíquicas, abandono, insegurança, amadurecimento, parentalidade e estilos parentais.

Um dos artigos (A1) estudou a influência de cuidados em três gerações, como cada uma

influenciou o modo de vida dos seus proles, onde a qualidade dessa relação poderia influenciar de

forma positiva, ou negativa o seu desenvolvimento, ou seja, trazendo sentimentos externalizantes,

como agressividade e isolamento social, quanto internalizantes, como ansiedade, depressão e

insegurança (Neto & Grzybowski, 2020). Não se tem foco na autoestima, mas confirma a importância

que as gerações possuem no modo de vida daquela criança, podendo levar ao retraimento, como na

autoestima negativa citada por (Sbicigo et al., 2010). Ao apontar os níveis de diferenciação do self e

sua influência sobre a criança, levando em consideração o contexto histórico e social da família, a
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pesquisa revela os resultados das três famílias e suas gerações. Nos casos observa-se uma certa

dificuldade dos pais em lidar com algum aspectos emocionais de seus filhos, é compreendido que tais

questões parentais vieram de suas próprias histórias, onde tiveram pouco desenvolvimento em sua

individualidade, transpassando uma falta de equilíbrio ao assumir seus aspectos internos gerando assim

significativa angústia e maus comportamentos aos filhos (Neto & Grzybowski, 2020). Sendo a proposta

da pesquisa relacionar comportamentos que são passados de geração, é possível então, justificar esse

movimento pela cultura e hábitos familiares, onde se estabelece um desenvolvimento individual através

do familiar e social. O artigo A2 tem como objetivo a revisão da personalidade parental e a forma como

essa personalidade pode diferenciar o comportamento dos pais para com seus filhos, moldando a forma

que esse ser vai experimentar e responder a seus momentos vividos (Silva & Vieira, 2018). Os aspectos

emocionais dos pais compõem a personalidade destes e assim influencia nas relações com os filhos,

assim como também é levantado no primeiro artigo. Encontram-se determinantes que influenciam na

prática parental, são eles o contexto social, as características individuais dos pais e o temperamento da

criança. Exemplifica a importância da parentalidade para o desenvolvimento infantil em diversos

contextos como a socialização e autonomia. Tais práticas parentais possuem como meta fornecer um

ambiente seguro para seus filhos, com o intuito de torná-la gradativamente mais autônoma e sociável,

fornecendo cuidados físico, social e emocional (Silva & Vieira, 2018).

A necessidade da criança possuir um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento de forma

saudável e acolhedora, é grande, podendo atingir a forma que aquele indivíduo irá lidar com seus

desafios, relações e na estipulação de seus objetivos futuramente, já que inicialmente é em seu meio

familiar que se tem a maior influência no modo de ser. (Winnicott, 1960 como citado em Rocha, 2006).

Três artigos (A3, A4 E A5) focam em grupos de adolescentes e a autonomia proporcionada

pela relação parental, sendo necessário avaliar diversos contextos da vida desses indivíduos (Cassoni et

al., 2019), (Barbosa et al., 2017) e (Barbosa & Wagner, 2015). O A5 teve como participantes

adolescentes da qual foi avaliado a baixa e alta autonomia, observa-se que quando ocorre uma boa
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relação parental, isso possuindo regras que geram obediência juntamente de apoio que gera

independência, adolescentes desenvolvem mais facilmente a autonomia e apresentam melhores

resultados para sua autoestima. A autonomia que é então proporcionada aos indivíduos, resultará em

melhor autoestima. Afirmam que pais que tendem a controlar mais sem muito espaço para o diálogo

aberto, acabam criando filhos com algumas dificuldades em seguir regras, que por sua vez acabam

deixando os pais de fora de suas decisões, assim como esclarece na monitoria negativa (Gomide, Salvo,

Pinheiro & Sabbag, 2005). O artigo A6 explorou em adultos a ausência paterna em questões atuais

relacionadas à autoestima e autonomia (Damiani & Colossi, 2015). De acordo com esse estudo, através

das entrevistas semi-estruturadas, evidenciaram que a falta afetiva ou física do pai pode influenciar

negativamente na autoestima, trazendo sentimentos de solidão, insegurança, dificuldade em seus

relacionamentos e problemas com abandono. Observa-se que a prática que esse pai tem com a criança,

pode sim ser um fator que vai afetar como aquele indivíduo irá se ver desde a infância. Informação

essa que corrobora com a questão levantada. Os pais têm hoje a sua importância reconhecida ao longo

do processo de desenvolvimento dos filhos. É essa presença que facilitará a afirmação de si, o

desenvolvimento da capacidade (Benczik, 2011 como citado em Damiani, 2015). Outros dois (A7 e

A8) focam nas relações da família e na formação de laços e constituições psíquicas (Passos, 2011),

(Scholz et al., 2015). Uma relação saudável entre pais e filhos corre menos risco de adquirir problemas

futuros como psicopatologias (Althoff, 2008; Feinberg, Button, Neiderhiser, Reis, & Hetherington,

2007 como citado em Maycoln, Cardoso e Freitas, 2010), no estudo realizado por Maycoln, Cardoso e

Freitas (2010), apontou que altos conflitos familiares associam-se com a intensidade de sintomas de

depressão percebido nos filhos. Estudos importantes, que trazem versões das relações familiares, mas

deixam em falta o tópico da autoestima. O A8 aponta o papel dos pais ao se importar e criar um

ambiente para as constituições psíquicas e referencial simbólico do indivíduo de maneira que este possa

amadurecer, de acordo com sua necessidade para lidar com angústias e atender a sua autonomia

(Passos, 2011), pensando nisso então, o ambiente proporcionado irá sustentar os recursos que a pessoa
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adquiriu para enfrentar seus sofrimentos, impulsos e situações de fracasso por exemplo, sendo um

recurso a autoestima, da qual determinará sua força para tomada de decisões e reestruturação ao se

reconhecer capaz e auto suficiente. Sendo de grande relevância observar que a autoestima negativa

pode trazer sérias consequências ao estado psíquico do indivíduo que não vê potencial em si, com

pensamentos de desvalorizações e inferioridade levam a insatisfação pessoal e assim podendo

atrapalhar no funcionamento da vida.

Por fim, no A9, o objetivo foi apontar o impacto dos estilos parentais no desenvolvimento

infantil através dos vínculos familiares (Cardoso & Veríssimo, 2013). De acordo com esse artigo as

crianças expostas a um estilo parental negativo, como o autoritário, está sujeita a diminuição do

autoconceito, a ser mais agressivas, apreensivas, dependentes, insegura, e com um menor índice de

responsabilidade social. Corroborando que as práticas parentais podem influenciar o modo que a

criança irá se ver.

5 Conclusão

Com o objetivo de averiguar trabalhos que relacionam as práticas parentais com a autoestima,

poucas pesquisas trataram essa temática, o estudo revelou existir uma boa pesquisa com crianças e

adolescentes e suas relações com os pais, mas quase nada se relaciona ao tema da autoestima, assunto

este citado brevemente, sem aprofundamento e sem pesquisas específicas ao buscar o conhecimento

nas relações pais e filhos.

É necessário entender que os pais influenciam em todos os âmbitos da vida de uma criança, os

recursos que são dados é o que a criança poderá desfrutar, sendo assim, essa relação atua em seu

desenvolvimento além da condição biológica, mas também na forma de se comunicar, de agir e de

enxergar a si mesmo. A autoestima sempre estará presente, constantemente pode sofrer modificações

pois faz parte do andamento da vida, é fundamental para um bom funcionamento interior já que é capaz
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de controlar possíveis irregularidades emocionais e psíquicas, como a ansiedade e depressão,

permitindo manter bons enfrentamentos de fracassos, reconhecimento de limites e amor próprio.

Cuidadores que tomam medidas de cuidados como autoritário e permissivo (Baumrind, 1966

como citado em Silva & Vieira, 2018), por exemplo, correm o risco de expor indivíduos a situações

negativas, a pessoa que foi extremamente cobrada, não reconhecida, num ambiente que lhe faltou

recursos, está sujeita a uma autoestima prejudicada. Já o estilo autoritativo remete aos pais estipularem

limites, mas fornecendo afeto e comunicação, incentivando a autonomia das crianças, com isso ocorre

um melhor desenvolvimento de autoestima e responsabilidades.

Uma forma de ter uma boa relação com os filhos é na fala, palavras mais encorajadoras

poderiam beneficiar a autoestima, é possuir regras, mas tendo boa comunicação, assim a criança se

sente mais capaz. Fortalecer os laços e vínculos também se tornam mais favoráveis no estabelecimento

de uma boa autoestima, o carinho e respeito se faz necessário para criar um ambiente seguro e estável.

O indivíduo que é estimulado nesse contexto pode apresentar maior capacidade para construir uma vida

de qualidade e com melhores tomadas de decisões. Visto nos artigos encontrados tópicos importantes

sobre as práticas parentais, autonomia e autoestima. Ressaltando que existem sentimentos positivos ou

negativos, e isso é algo que pode ser trabalhado ao longo da vida. Sugere-se ainda, que sejam

realizados mais estudos longitudinais relacionando essas práticas com o autoconceito que essas

crianças irão desenvolver e como podem afetar seu futuro.


19
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23
7 Anexo

Anexo 1 - Tabela de Artigos selecionados como resultado dessa revisão bibliográfica.


Tipo de
Artigo Título Artigo Autores Ano Revista Objetivo Periódico
estudo
Observar três gerações,
ou seja, a relação dos
pais da criança
analisada, com os seus
próprios pais, como
foram criados, com base
nisso é investigado se os
Parentalidade e problemas
padrões que eles
emocionais e Élida Fluck Qualitativo,
Pensando obtiveram, influenciam
A1 comportamentais: análise e Luciana 2020 exploratório e BVS
Fam. na forma que eles estão
transgeracional a partir da Suárez. transversal
criando seus proprios
Teoria de Murray Bowen
filhos e se os mesmos
apresentam de alguma
forma sentimentos
internalizantes e
externalizantes que se
decorrem através desse
vinculo.
O objetivo desse artigo
foi revisar os resultados
de estudos sobre
personalidade parental e
Relação entre a Maria
Estud. parentalidade, pois é
parentalidade, e a Luiza Revisão
pesqui. visto que o
A2 personalidade de pais e Iusten da 2018 Integrativa da BVS
psicol. desenvolvimento dos
mães: uma revisão Silva e Literatura.
(Impr.) filhos, sofrem
integrativa da literatura Mauro Luís
interferência de
diferentes determinantes,
entre eles a
personalidade parental.
O objetivo da pesquisa
foi estudar as
propriedades
psicométricas do
Questionário de
Monitoramento Parental
(QMP), sendo entendida
Análise das Propriedades
como a forma que os
Psicométricas do Cynthia
A3 2019 Aval. psicol Quantitativo pais conhecem seus BVS
Questionário de Cassoni
filhos, aferir a
Monitoramento Parental
confiabilidade do
instrumento e investigar
associações com
desempenho escolar e
correlatos de
ajustamento do
adolescente.
24
O objetivo da tese foi
conhecer a influência de
Autonomia,
Paola variáveis do
Responsividade/Exigência e
Vargas relacionamento parental
A4 Legitimidade da Autoridade 2017 Psico USF Quantitativo BVS
Barbosa, et e do contexto para os
Parental: Perspectiva de
al. níveis de autonomia
Pais e Adolescentes
adolescente (Barbosa,
2014)
O objetivo desse estudo
Paola foi o de construir um
Como se define a
Vargas perfil discriminante para
autonomia? O perfil Temas
A5 Barbosa; 2015 Quantitativo compreender Altos e BVS
discriminante em psicol.
Adriana Baixos níveis de
adolescentes gaúchos
Wagner autonomia em 375
adolescentes gaúchos.
Buscou-se investigar a
ausência paterna para
Camila além da infância e
Ceron adolescência, na
A ausência física e afetiva
Damiani; Pensando Qualitativa, percepção de filhos
A6 do pai na percepção dos 2015 BVS
Patrícia fam. exploratória adultos, identificando
filhos adultos
Manozzo sentimentos e vivências
Colossi acerca dessa condição
no momento de vida
atual.
Ana Luíza
Tomazetti
O objetivo do artigo é
Scholz;
falar sobre família e sua
Ana Luíza
O exercício da parentalidade importância para a
Xavier
no contexto atual e Estud. Revisão de formação psíquica e o
A7 Scremin; 2015 BVS
o lugar da criança como psicanal. literatura desenvolvimento da
Cristiane
protagonista criança em um local
Bottoli;
seguro e a criança no
Vanessa
papel de protagonista
Fontana da
Costa
Discutir a constituição
dos laços na família,
articulando-os com a
emergência de
sofrimentos psíquicos
Maria Rev. contemporâneos. E
Família, laços e sofrimento
A8 Consuêlo 2011 Mal-Estar Qualitativo como esses laços, na BVS
psíquico
Passos Subj. atualidade, têm sido
confrontados com uma
série de peculiaridades
relacionadas ao
"mal-estar" do mundo
atual
O objetivo é falar sobre
a tipologia dos estilos
Jordana educativos parentais
Estilos parentais e relações Cardoso; Aná. proposta por Baumrind,
A9 2013 Qualitativo SciELO.
de vinculação Manuela Psicológica e o impacto dos estilos
Veríssimo parentais no
desenvolvimento
infantil.

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