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Bianca Ferroni
Bruna Gonçalves Santos
São Paulo
2021
Universidade São Judas Tadeu
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Bianca Ferroni
Bruna Gonçalves Santos
São Paulo
2021
Resumo: De acordo com estudos sobre ascas parentais e possíveis consequências para uma boa
autonomia e um bom desenvolvimento emocional, o objetivo foi identificar como as práticas parentais
influenciam na formação da pessoa e como ela se relaciona com a autoestima do indivíduo. O método
de pesquisa realizado foi de revisão integrativa, possibilitando a verificação de trabalhos publicados
sobre os temas abordados e a necessidade ou não de maior investigação na área. Os artigos
selecionados demonstram pouco foco no tema da autoestima, muitos relacionam a família e a
autonomia dos filhos, também vínculos e constituições psíquicas. Algumas questões como os estilos
parentais, se relacionaram com uma carência no desenvolvimento emocional e consequentemente foi
possível notar essa influência na autoestima. Sendo assim, a discussão sobre a autoestima desenvolvida
no âmbito familiar não se encontra muito presente na literatura, é necessário compreender os riscos e
cuidados que se apresentam sobre o tema.
1 Introdução………………………………………………………………………………..6
2 Objetivo………………………………………………………………………………….11
3 Método…………………………………………………………………………………...11
4 Resultados e Discussão………………………………………………………………….13
5 Conclusão………………………………………………………………………………..17
6 Referências……………………………………………………………………………....19
7 Anexo…………………………………………………………………………………….23
6
1 Introdução
A relação dos pais com o filho se dá primeiramente pela necessidade da criança de um
cuidador, através do cuidado criam-se vínculos e cada família molda seu meio de conviver,
portanto, é comum haver diversas formas de cuidados, já que cada cuidador tem sua história de
vida e uma cultura envolvida. Darling e Steinberg (1993) contextualizam que para compreender
as práticas educativas e como ela influencia no desenvolvimento infantil até a vida adulta, é
necessário olhar o contexto social, cultural e crenças que esses pais possuem, já que tudo isso é
costumes são compartilhados diariamente dentro de uma família, seguido através de geração em
indivíduo irá criar e sustentar (Kobarg; Sachetti & Vieira, 2006). É possível então, apontar a
importância dos cuidados parentais e sua grande influência nas questões emocionais, na saúde
mental e ainda, no modo de viver, podendo gerar um indivíduo com boa autonomia, autoestima,
autoconfiança, entendimento ao lidar com problemas, assim como pode desenvolver também
uma pessoa com inseguranças, dificuldades de lidar com frustrações e baixa autoestima.
tipos de ensinamentos, enfrentamentos e afetos, alguns podendo ser mais rígidos e outros nem
tanto. Não é intenção deste estudo apontar métodos corretos ou incorretos já que não existe uma
fórmula exata no âmbito da parentalidade, mas sim, por se tratar de um contexto dinâmico,
refletir que algumas formas de cuidados podem ser mais positivas e satisfatórias que outras para
Os tipos parentais mais conhecidos, segundo Baumrind (1966), são: o autoritário, onde
encontra-se muita rigidez e punição, pais que mantém uma hierarquia de muita autoridade e
(participativo), mantém uma relação de equilíbrio onde encontra-se uma rigidez maleável,
Para Gomide (2005), denomina-se sete práticas educativas que compõem as práticas
parentais, cinco definem-se negativas, são elas: abuso físico, punição inconsistente, disciplina
necessidades, crianças neste meio podem apresentar comportamentos mais violentos. A punição
inconsciente está relacionada à forma dos pais agirem de acordo com seu humor, isso implica
em a criança não reconhecer suas próprias atitudes mas sim em saber responder de acordo com
delimitar regras e proibições, que acarretam uma sequência de segredos e risco a delinquência
dos filhos. Assim como um pai indulgente, a prática da disciplina relaxada leva os cuidadores a
deixar de aplicar regras em momentos de conflitos, permitindo que ações de raiva e oposição
façam parte do desenvolvimento da criança. Já no abuso físico, tal agressão provoca medo e
apatia (Gomide, 2005). As outras duas práticas contemplam as positivas, são elas: monitoria
positiva e comportamento moral. A monitoria positiva se relaciona com a atenção provida dos
pais, assim como o carinho e o apoio, criando um ambiente favorável para o desenvolvimento.
sociais e ainda aponta que boas habilidades parentais aumentam a autoestima da criança
anti-sociais. Por outro lado, a autoestima elevada se associa à agressividade já que o indivíduo
sente que precisa se proteger e pode chegar a desrespeitar o direito de outros (Pechorro et al.,
2012). Turini et al (2011) traz em seu artigo que quando a criança possui apoio para
desenvolver sua própria autonomia, possuindo uma monitoria positiva, ou seja, ocorrendo
regras, atenção e afeto, mas não em excesso, esse indivíduo tem mais chances de se sentir mais
seguro, dando valor a si mesmo e em suas escolhas futuras. Se é de forma negativa esses
cuidados, envolvendo questões como, falta de regras, ou o excesso delas, não concebendo
afetividade, entre outros aspectos, pode-se ocorrer um nível de baixa autoestima causando
práticas parentais dizem muito além sobre como os pais lidam com os filhos, pois seus
recebem e moldam-se através desta relação. Entende-se que o desenvolver do ser humano para
a vida adulta, depende do que lhe é oferecido durante seu crescimento, dos recursos que pôde
obter para enfrentar situações, de se reconhecer e de lidar com emoções, conhecimentos estes
valor, podendo ser refletida de forma positiva ou negativa, atuando no jeito que esse se
enxergar, e em como irá definir suas metas, objetivos, projetos e expectativas para o momento
presente e futuro (Rosenberg, 1965 & Coopersmith, 1989, como citado em Sbicigo et al., 2010).
Essa temática é muito estudada no âmbito da psicologia da personalidade, pois entende-se que
está relacionado ao bem-estar tanto físico quanto emocional. Sendo um preditor de resultados
interpessoais (amorosos, familiares, amigos etc) e desempenho acadêmico. Por outro lado,
quando não se tem uma boa autoestima, pode-se observar aspectos negativos como insegurança,
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medo, falta de comunicação e comportamento antissocial na juventude, sendo capaz de gerar
problemas mais graves, caso não observado e administrado (Sbicigo et al., 2010). De acordo
construída a autoestima e deve ser levado em conta diversos fatores sendo ele familiar, escolar e
social, e de acordo com os estímulos recebidos o resultado pode ser de uma autoimagem
positiva ou negativa (Sbicigo et al., 2010). Esse tópico está relacionado com questões de
na forma que esse indivíduo irá definir suas metas, objetivos e expectativas, sendo elas
seu relacionamento familiar ou romântico, exemplo esses simples para alegar pontos que são
como suas motivações, experiências e escolhas, que costumam não ser valorizadas por conta de
inicial e a média (indo para a vida adulta), já que a pessoa nesta fase constrói sua identidade e
está mais sujeita a se importar com influências externas, como ao ouvir comentários alheios
sobre seu corpo, suas qualificações e jeito de agir, podendo isto ser absorvido como uma
sociedade que valoriza demais a beleza, a produção e de diversas cobranças que são impostas.
Pode-se observar que os estilos parentais se relacionam neste momento, pois agem
capacitação de recursos do indivíduo, ao se relacionar e falar com seus filhos podem afetar, seja
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de forma positiva ou negativa, refletindo no auto valor que a criança e adolescente irá definir
para si, assim intervindo em todos os aspectos e perdurando por toda a sua vida. Como citado
por Sbicigo et al. (2010), estudos evidenciam que tais influências, podem produzir uma redução
nos níveis de autoestima, auto valor e autoconfiança, porém há divergências pois em alguns
adolescentes esses níveis aumentaram. Nesse artigo é feito um estudo com 4.757 adolescentes
(54% do sexo feminino), com idades entre 14 e 18 anos e (46% do sexo masculino). Cerca de
36% dos jovens estavam cursando entre a quarta e oitava série do ensino fundamental e 64%
estavam cursando o ensino médio. Foi feita a aplicação da escala de Rosenberg possuindo 10
itens, sendo seis deles focando em uma visão positiva e quatro deles em uma visão
autodepreciativa. Esse estudo obteve como resultado, 28,62 % positiva e 22,78% negativa, por
mais que o índice seja maior na carga positiva, para o número de participantes o resultado
negativo também é curioso observar, validando que no decorrer da vida é desenvolvido essa
confiar em suas próprias escolhas, definir suas expectativas entre muitas coisas.
A forma que mães, pais ou cuidadores responsáveis se comportam perante a criação das
crianças, informa muito sobre como esse ser irá se desenvolver futuramente, e como ele será
capaz de se reconhecer como indivíduo, dito isso, é preciso estudar como essas práticas
influenciam na autoestima das crianças, alguns conceitos que são utilizados para definir esse
ações dos pais fornecem um ambiente seguro, possibilita que a criança se desenvolva de forma
mais saudável, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Winnicott (1960, como citado em
Rocha, 2006) traz justamente isso, o suporte dado pela mãe, com três funções essenciais, sendo
uma delas o holding (sustentação). É o começo do seu desenvolvimento emocional, aqui a mãe
se torna o porto seguro desse bebê, é essa relação mãe e filho onde ela atende as necessidades
da criança através de sua presença, deixando ele totalmente seguro, sendo pontual nas
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necessidades dele. A teoria, p ara além da figura materna, traz a noção de cuidado de modo
abrangente: pai, avós, médicos, grupos sociais, momento histórico e político (Medeiros &
Aiello-Vaisberg, 2014). O handling (manejo) são os cuidados com o lactente, dar alimento,
banho, trocar fraldas, tudo que a criança necessita em seu início de vida, cuidados básicos e
essenciais. E ainda, a apresentação ao mundo, onde é dado objetos que possibilitam o bebê a
começar a criar sua própria visão sobre aquela figura. Esclarecendo que este trabalho busca
conhecer a autoestima dada pela família, por seus cuidadores, portanto, não faz parte da
A relação que os pais estabelecem com os seus filhos é de extrema importância, devido
a isso é relevante que haja mais estudos que busquem o vínculo de práticas parentais com
autoestima já que essas ações na criação influenciam a forma que esse ser humano entrará no
mundo, lidará com suas experiências de vida, seja acadêmica, social, profissional ou pessoal.
2 Objetivo
3 Método
conhecimento e direcionando novos estudos para os campos não explorados (Oliveira et al.,
2017). Sendo esta pesquisa de caráter qualitativo, utilizamos a combinação de palavras nas
bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library
Online). Para a seleção dos trabalhos foi utilizado os critérios de eliminação de artigos,
primeiramente com os títulos repetidos e títulos fora do assunto como “espiritualidade nos
cuidados paliativos”, após isto, a eliminação por título, depois resumos e ao fim, os lidos na
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íntegra. Foram optados, ainda, artigos dos últimos dez anos, em português e os disponíveis por
completo, para os da BVS foram selecionados apenas os artigos da Lilacs, Index Psicologia e
Medline.
As palavras utilizadas no processo de busca dos estudos foram Práticas Parentais com os
Cuidados e Cuidados Parentais, seguindo com AND na busca, a palavra Autoestima com os
Autonomia. Utilizando o NOT, as palavras que não queríamos na busca para simplificar os
artigos identificados nas bases de dados, 630 foram encontrados, sendo 492 da base de dados
BVS e 138 da base de dados SciELO. Dos artigos selecionados por título totalizaram o número
de 63, sendo 48 da base BVS e 15 da base SciELO, com o critério de exclusão de títulos
repetidos e artigos em que a temática era diferente do foco do trabalho, totalizou-se 58 artigos.
base de dados da BVS e 6 da base SciELO. Por fim a leitura na íntegra, 9 artigos foram
selecionados para inclusão no trabalho, destes, 8 foram da base BVS e 1 da base SciELO.
O presente trabalho busca através dos artigos selecionados, identificar como as práticas
indivíduo. Planejou-se então uma busca de trabalhos e autores que tratassem dos temas práticas
assim, validar de forma consistente os resultados obtidos através da coleta de artigos. Com o
intuito de trazer à tona tais referências, autores (as) como Baumrind (1966) e os tipos parentais,
Gomide (2005) e suas interpretações sobre práticas educativas, Winnicott (1965) e sua teoria
4 Resultados e Discussão
A tabela com os resultados em anexo dispõe detalhadamente os dados dos artigos utilizados,
sendo os artigos denominados com a letra A e o número de sua ordem, foram ordenados em colunas
denominadas autores, data, revista, tipo de estudo, objetivos, participantes, critérios, instrumentos,
resultados e conclusões. Podendo observá-los na tabela em anexo. A maioria dos artigos são de caráter
qualitativo, sendo estes cinco artigos, possuindo dois de pesquisas quantitativas e dois são revisão
integrativa. O artigo mais recente é de 2020 e o mais antigo de 2011. Os resultados da busca em geral
contou com poucos artigos relacionados ao tema, e mesmo os selecionados, pouco se tem o foco na
autoestima. A ênfase dos artigos no geral são sobre as práticas parentais, parentalidade e família, não
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levantando tanto as questões sobre a autoestima. Outro ponto observado foi o tema autonomia com
maior foco nas pesquisas. De todos os estudos, pelo menos sete citam a autonomia como um fator
presente nas relações parentais e três artigos citam a autoestima. Dos trabalhos com participantes, foi
observado que a maioria utilizou critérios em suas amostras de pesquisa. Adolescentes cursando o
ensino médio foi critério para três dos seis artigos com participantes. Outro critério utilizado foi a de
revisão de pais e filhos, sem idade classificatória, e outro artigo utiliza crianças e seus pais e avós,
sendo as crianças com idades entre 6 a 11 anos. Por fim, um artigo buscou adultos que tivessem em
comum a ausência paterna, tanto física como afetiva. Alguns dos instrumentos utilizados nas pesquisas,
encontra-se: Monitoramento Parental (QMP, Santos & Marturano, 1999); Questionário para Avaliação
do Autoconceito (SDQ1, Marsh, Relich, & Smith, 1983; adaptado para o contexto brasileiro de
Gardinal-Pizato, 2010); Escala de Responsividade e Exigência Parental (Teixeira, Bardagi, & Gomes,
2004; versão adaptada e ampliada de Lamborn, Mounts, Steinberg, & Dornbusch, 1991); Escala de
Estilos Parentais; Questionário de Autonomia.Observa-se que a maioria dos artig os, seis deles, foi
Um dos artigos (A1) estudou a influência de cuidados em três gerações, como cada uma
influenciou o modo de vida dos seus proles, onde a qualidade dessa relação poderia influenciar de
insegurança (Neto & Grzybowski, 2020). Não se tem foco na autoestima, mas confirma a importância
que as gerações possuem no modo de vida daquela criança, podendo levar ao retraimento, como na
autoestima negativa citada por (Sbicigo et al., 2010). Ao apontar os níveis de diferenciação do self e
sua influência sobre a criança, levando em consideração o contexto histórico e social da família, a
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pesquisa revela os resultados das três famílias e suas gerações. Nos casos observa-se uma certa
dificuldade dos pais em lidar com algum aspectos emocionais de seus filhos, é compreendido que tais
questões parentais vieram de suas próprias histórias, onde tiveram pouco desenvolvimento em sua
individualidade, transpassando uma falta de equilíbrio ao assumir seus aspectos internos gerando assim
significativa angústia e maus comportamentos aos filhos (Neto & Grzybowski, 2020). Sendo a proposta
da pesquisa relacionar comportamentos que são passados de geração, é possível então, justificar esse
movimento pela cultura e hábitos familiares, onde se estabelece um desenvolvimento individual através
do familiar e social. O artigo A2 tem como objetivo a revisão da personalidade parental e a forma como
essa personalidade pode diferenciar o comportamento dos pais para com seus filhos, moldando a forma
que esse ser vai experimentar e responder a seus momentos vividos (Silva & Vieira, 2018). Os aspectos
emocionais dos pais compõem a personalidade destes e assim influencia nas relações com os filhos,
assim como também é levantado no primeiro artigo. Encontram-se determinantes que influenciam na
prática parental, são eles o contexto social, as características individuais dos pais e o temperamento da
contextos como a socialização e autonomia. Tais práticas parentais possuem como meta fornecer um
ambiente seguro para seus filhos, com o intuito de torná-la gradativamente mais autônoma e sociável,
saudável e acolhedora, é grande, podendo atingir a forma que aquele indivíduo irá lidar com seus
desafios, relações e na estipulação de seus objetivos futuramente, já que inicialmente é em seu meio
familiar que se tem a maior influência no modo de ser. (Winnicott, 1960 como citado em Rocha, 2006).
pela relação parental, sendo necessário avaliar diversos contextos da vida desses indivíduos (Cassoni et
al., 2019), (Barbosa et al., 2017) e (Barbosa & Wagner, 2015). O A5 teve como participantes
adolescentes da qual foi avaliado a baixa e alta autonomia, observa-se que quando ocorre uma boa
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relação parental, isso possuindo regras que geram obediência juntamente de apoio que gera
resultados para sua autoestima. A autonomia que é então proporcionada aos indivíduos, resultará em
melhor autoestima. Afirmam que pais que tendem a controlar mais sem muito espaço para o diálogo
aberto, acabam criando filhos com algumas dificuldades em seguir regras, que por sua vez acabam
deixando os pais de fora de suas decisões, assim como esclarece na monitoria negativa (Gomide, Salvo,
Pinheiro & Sabbag, 2005). O artigo A6 explorou em adultos a ausência paterna em questões atuais
relacionadas à autoestima e autonomia (Damiani & Colossi, 2015). De acordo com esse estudo, através
das entrevistas semi-estruturadas, evidenciaram que a falta afetiva ou física do pai pode influenciar
relacionamentos e problemas com abandono. Observa-se que a prática que esse pai tem com a criança,
pode sim ser um fator que vai afetar como aquele indivíduo irá se ver desde a infância. Informação
essa que corrobora com a questão levantada. Os pais têm hoje a sua importância reconhecida ao longo
do processo de desenvolvimento dos filhos. É essa presença que facilitará a afirmação de si, o
desenvolvimento da capacidade (Benczik, 2011 como citado em Damiani, 2015). Outros dois (A7 e
A8) focam nas relações da família e na formação de laços e constituições psíquicas (Passos, 2011),
(Scholz et al., 2015). Uma relação saudável entre pais e filhos corre menos risco de adquirir problemas
futuros como psicopatologias (Althoff, 2008; Feinberg, Button, Neiderhiser, Reis, & Hetherington,
2007 como citado em Maycoln, Cardoso e Freitas, 2010), no estudo realizado por Maycoln, Cardoso e
Freitas (2010), apontou que altos conflitos familiares associam-se com a intensidade de sintomas de
depressão percebido nos filhos. Estudos importantes, que trazem versões das relações familiares, mas
deixam em falta o tópico da autoestima. O A8 aponta o papel dos pais ao se importar e criar um
ambiente para as constituições psíquicas e referencial simbólico do indivíduo de maneira que este possa
amadurecer, de acordo com sua necessidade para lidar com angústias e atender a sua autonomia
(Passos, 2011), pensando nisso então, o ambiente proporcionado irá sustentar os recursos que a pessoa
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adquiriu para enfrentar seus sofrimentos, impulsos e situações de fracasso por exemplo, sendo um
recurso a autoestima, da qual determinará sua força para tomada de decisões e reestruturação ao se
reconhecer capaz e auto suficiente. Sendo de grande relevância observar que a autoestima negativa
pode trazer sérias consequências ao estado psíquico do indivíduo que não vê potencial em si, com
Por fim, no A9, o objetivo foi apontar o impacto dos estilos parentais no desenvolvimento
infantil através dos vínculos familiares (Cardoso & Veríssimo, 2013). De acordo com esse artigo as
crianças expostas a um estilo parental negativo, como o autoritário, está sujeita a diminuição do
autoconceito, a ser mais agressivas, apreensivas, dependentes, insegura, e com um menor índice de
responsabilidade social. Corroborando que as práticas parentais podem influenciar o modo que a
5 Conclusão
Com o objetivo de averiguar trabalhos que relacionam as práticas parentais com a autoestima,
poucas pesquisas trataram essa temática, o estudo revelou existir uma boa pesquisa com crianças e
adolescentes e suas relações com os pais, mas quase nada se relaciona ao tema da autoestima, assunto
este citado brevemente, sem aprofundamento e sem pesquisas específicas ao buscar o conhecimento
É necessário entender que os pais influenciam em todos os âmbitos da vida de uma criança, os
recursos que são dados é o que a criança poderá desfrutar, sendo assim, essa relação atua em seu
enxergar a si mesmo. A autoestima sempre estará presente, constantemente pode sofrer modificações
pois faz parte do andamento da vida, é fundamental para um bom funcionamento interior já que é capaz
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de controlar possíveis irregularidades emocionais e psíquicas, como a ansiedade e depressão,
Cuidadores que tomam medidas de cuidados como autoritário e permissivo (Baumrind, 1966
como citado em Silva & Vieira, 2018), por exemplo, correm o risco de expor indivíduos a situações
negativas, a pessoa que foi extremamente cobrada, não reconhecida, num ambiente que lhe faltou
recursos, está sujeita a uma autoestima prejudicada. Já o estilo autoritativo remete aos pais estipularem
limites, mas fornecendo afeto e comunicação, incentivando a autonomia das crianças, com isso ocorre
Uma forma de ter uma boa relação com os filhos é na fala, palavras mais encorajadoras
poderiam beneficiar a autoestima, é possuir regras, mas tendo boa comunicação, assim a criança se
sente mais capaz. Fortalecer os laços e vínculos também se tornam mais favoráveis no estabelecimento
de uma boa autoestima, o carinho e respeito se faz necessário para criar um ambiente seguro e estável.
O indivíduo que é estimulado nesse contexto pode apresentar maior capacidade para construir uma vida
de qualidade e com melhores tomadas de decisões. Visto nos artigos encontrados tópicos importantes
sobre as práticas parentais, autonomia e autoestima. Ressaltando que existem sentimentos positivos ou
negativos, e isso é algo que pode ser trabalhado ao longo da vida. Sugere-se ainda, que sejam
realizados mais estudos longitudinais relacionando essas práticas com o autoconceito que essas
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