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Trabalho depsco

Palavras dissílabas são palavras que têm duas sílabas. São também chamadas de dissílabos ou
palavras dissilábicas.

Exemplos de palavras dissílabas

 casa (ca-sa);
 mesa (me-sa);
 mala (ma-la);
 luta (lu-ta);
 meta (me-ta);
 teto (te-to);
 leão (le-ão);
 porta (por-ta);
 sambar (sam-bar);
 amor (a-mor);
 classe (clas-se);
 canhão (ca-nhão);
 sonhar (so-nhar);
 asa (a-sa);
 uma (u-ma);
 avó (a-vó);
 uso (u-so);
 boia (boi-a);
 joia (joi-a);
 frio (fri-o);
 feio (fei-o);
 meio (mei-o);
 saia (sai-a);
 teia (tei-a);
 ...

A dificuldade na identificação de palavras dissílabas surge na divisão silábica de palavras


pequenas terminadas em hiato, por serem facilmente confundidas com palavras monossílabas,
como:

 lua (lu-a)
 dia (di-a);
 pia (pi-a);
 tia (ti-a);
 mio (mi-o);
 rio (ri-o);
 fio (fi-o);
 boa (bo-a)
 caí (ca-í);
 saí (sa-í);
 voo (vo-o);
 aí (a-í);
 ...

Classificação quanto ao número de sílabas


As palavras podem ser classificadas de acordo com o número de sílabas que apresentam. Essa
classificação quanto ao número de sílabas é feita com base na divisão silábica.

Segundo o número de sílabas que a palavra apresenta, pode ser classificada em:

 monossílabo;
 dissílabo;
 trissílabo;
 polissílabo.

Aprenda as regras da divisão silábica.

A palavra é monossílaba quando é formada por uma sílaba:

 pé;
 nós;
 não;
 têm;
 dá;
 …

Leia mais sobre palavras com uma sílaba.

A palavra é dissílaba quando é formada por duas sílabas:

 teto;
 também;
 cedo;
 moda;
 mente;

A afasia é uma deterioração da função da linguagem falada e


escrita, após ter sido adquirida de maneira normal e sem déficit
intelectual correlativo. É caracterizada pela dificuldade em nomear
pessoas e objetos.

A principal causa da afasia é o acidente vascular cerebral (AVC),


que resulta em uma lesão cerebral. Deste modo, essa patologia
provavelmente é a maior sequela ou limitação, do ponto de vista
pessoal, social ou econômico, resultante de um dano cerebral.

Dentre os tipos de afasia existentes, encontram-se:

 Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou


logorréia, que não faz sentido para o ouvinte, embora a pessoa
acredite estar falando correto e mantendo a entonação
adequada. Normalmente, o paciente com logorréia apresenta
dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue
articular as palavras e irrita-se quando não é compreendido. É
comum também esses pacientes articularem palavras que
existam, mas que juntas não representam nenhum significado
lógico.
 Afasia de Broca: neste caso o paciente preserva a
compreensão, mas têm dificuldade para falar, porque lhe
faltam as palavras. Algumas escolhem jargões, uma palavra
ou um nome qualquer para situações distintas e acreditam
estar comunicando o que querem dizer.
 Afasia global: é quando ocorre.

O diagnóstico é feito através da avaliação da capacidade de


compreensão e expressão do paciente. O correto é iniciar pela
avaliação sensorial, já que a deficiência auditiva pode interferir no
processo de comunicação. Nos casos de hemiplegia conseqüente de
acidentes vasculares cerebrais, se faz necessário ter certeza de que
apenas um lado está comprometido, antes de solicitar ao paciente
que movimente o outro braço para mostrar que compreende o que
lhe é pedido.

O tratamento para a afasia é longo e deve ser o mais freqüente


possível. A terapia baseia-se em exercícios que estimulem a
linguagem oral e escrita. Para isso é importante planejar com
antecipação as sessões levando em conta a idade do paciente, o
grau de instrução e suas preferências pessoais, além do grau de
perda verificado.

O tempo de duração de tratamento irá depender do prognóstico


inicial realizado após uma avaliação. Alguns pacientes afásicos
recuperam-se em tempo relativamente curto enquanto outros
podem recuperar-se totalmente.

Além do tratamento médico, existe também a opção de combinação


das terapias fisioterápicas, fonoaudiológicas, ocupacional e
psicológica.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afasia

Perguntas Frequentes

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1. O que é gaguez?
Uma perturbação da fluência, vulgo gaguez, é uma perturbação da comunicação
em que a pessoa sabe exactamente o que quer dizer mas o seu discurso é
caracterizado por repetições (é é é um submarino), prolongamentos (hoje ch ch
ch choveu), por pausas não esperadas (Olá Bom _____dia ) e por bloqueios em
que o som de fala é interrompido (B____boa escolha). Ainda se pode observar
associado aos anteriores movimentos faciais ou do corpo enquanto a pessoa
fala.
 

2. Quais são as causas para a gaguez?


 Genética, 60% das pessoas com gaguez tê, um familiar com gaguez nas suas

famílias.
 Neurológica, os estudos mais recentes revelam que pessoas com gaguez usam

áreas neuronais distintas de pessoas que não gaguejam


 Psicossocial, no qual se enquadram as exigências do meio envolvente e como a

sua própria família lidou com a gaguez. E ainda o desenvolvimento linguístico na


infância.
 

3. A gaguez é provocada por questões psicológicas?


Crianças e adultos com gaguez não têm mais problemas emocionais do que
qualquer outra pessoa. E não há razões para acreditar que traumas provocam
gaguez.
 

4. Quantas pessoas têm gaguez?


Mais de 68 milhões de pessoas no mundo têm gaguez, ou seja 1% da
população mundial, assim para Portugal estima-se que haja 100.000 pessoas
com gaguez.
 

5. Qual é o rácio homem / mulher?


O rácio é de 4 homens para 1 mulher.
 

6. Quantas crianças têm gaguez?


Aproximadamente 5% de todas as crianças passam por um período em que o
seu discurso tem como característica apresentar repetições, pausas, bloqueios e
prolongamentos. Tal sucede durante cerca de 3 meses. Destas, três quartos
recuperam espontaneamente. Sinais de alerta que isso não irá acontecer são a
condição permanecer mais de 3 meses e surgirem comportamentos associados.
 
 

7. Eu acho que o meu filho tem uma gaguez! Devo esperar ou procurar
ajuda?
Idealmente deveria procurar um Terapeuta da Fala com experiência em
intervenção em gaguez. Se a situação persiste para além de 3 meses ou se tal
sucede há mais de 6 meses então já se trata de uma condição mais grave.
Sugestões que podem ajudar a lidar com a situação:
- não dê atenção negativa às dificuldades linguísticas
- ouça pacientemente até que o seu filho termine de falar enquanto mantem o
contacto ocular
- tente evitar demonstrar através da sua expressão fácil preocupação ou pena
- responda a um discurso disfluente do mesmo modo que responderia a discurso
fluente
- repita o que a criança disse de modo a assegurar-lhe que esteve atento ao que
disse e não à forma como o disse
- tente falar com um débito de fala mais lento, e com ataques suaves. No início é
difícil, mas torna-se progressivamente mais fácil. Não é benéfico chamar a
atenção para o débito de fala da criança. Seja um modelo e deixe que a criança
siga a sua forma de falar
- use frases simples e com vocábulos de acordo com a sua idade, pois as
crianças tendem em seguir o modelo do adulto e frases mais extensas e
complexas aumentam a probabilidade de disfluências
- a inexistência de uma pressão temporal de resposta ajuda a diminuir a
probabilidade de respostas
- sugestões como “fala mais devagar”, “pensa antes de falar” , “começa outra
vez” e “respira fundo” só servem para aumentar a frustração porque não trazem
qualquer beneficio
- proteja o seu filho ao limitar os tempos da tomada de vez de cada um dos
interlocutores, pois reduzem assim as probabilidades da ocorrência de
disfluências
- se o seu filho ainda não tem consciência das disfluências, evite falar sobre
“gaguez” na sua presença
- opte por perguntas de resposta fechada, cuja resposta será sim / não ou frases
simples em vez de perguntas abertas
- nas actividades do dia-a-dia esforce-se por que falar seja agradável e com um
carisma positivo. Para isso reforce positivamente “eu gostei como disseste isso”,
fale como seu filho sobre os que lhe interessa e deixe que ele inicie uma
conversa.
 

8. Com que idade é que a maioria das crianças começa a revelar


características de gaguez?
Na maioria das crianças surge tipicamente entre os 2 e os 5 anos, em que a
média é aos 3 anos.
 

9. O que é uma gaguez do desenvolvimento ou uma gaguez transitória?


Esta surge tipicamente entre os 2 e os 5 anos, inicialmente ocorrem episódios
em que são observadas disfluências, estes tornam-se cada vez mais cíclicos e
aparecem e desaparecem sem causa e de modo aleatório.
As características que habitualmente se observam são:
- não ocorrem mais do que 10 disfluências em 100 palavras
- não ocorrem mais de 2 repetições consecutivas
- as repetições não têm tensão física ou esforço associados
- as repetições mais frequentes são de interjeições, p.e. hum, uh, e ainda de
reformular de frases e repetições de toda a palavra
- tipicamente como não há tensão ou esforço, a criança continua a falar sem
consciência das disfluências
- a situação não se agrava, pelo contrário torna-se com o tempo cada vez mais
ligeira.
 

10. A gaguez desaparece com a idade?


Quanto mais tempo uma criança permanece com características de gaguez e
quanto mais tarde estas surgem, menor é a probabilidade de as mesmas
desaparecerem e pior é o prognóstico.
 

11. Quais são os sinais de alerta para gaguez?


Estes são os sinais de alerta para uma criança vir a desenvolver uma gaguez de
carater permanente:
- repetições múltiplas de sons de fala (fonemas) ou sílabas das palavras: f-f-f-
fiquei na escola ou fi-fi-fi-fiquei na escola
- prolongamentos de sons de fala: jjjjjjjjjoguei à bola
- inserção de um som de fala, em vez de bebé, produz: ba-ba-ba-bebé
- elevar do timbre e do volume, conforme a criança repete e prolonga a produção
da palavra o timbre e o volume aumentam
- tremor, movimentos involuntários em redor dos lábios durante a produção de
um som, palavra ou silaba
- evitamento, a criança apresenta um numero invulgar de pausas, substituição
de palavras, um uso elevado de interjeições (ah, uhm), palavras (tipo, bem) ou
frases, evita falar ou quando fala tem uma voz tipo desenho animado
- medo, a criança reconhece que há palavras que tem dificuldade em dizer, e
pode exprimir medo quando tem que dizê-las, frequentemente são o seu nome
próprio, onde reside…
- dificuldade em iniciar ou manter o vozeamento enquanto fala, ouve-se
tipicamente quando a criança inicia uma frase, as palavras podem ser
produzidas em catadupa enquanto a criança se esforça para que o seu discurso
seja fluente.
 
12. Quais são os factores de risco para se tornar numa gaguez de carácter
permanente?
Há vários factores que podem indicar que se trata de uma situação de risco para
se vir a se tornar numa condição crónica:
- tempo após o início, quanto mais tempo as características de uma situação de
gauez persistem maior é o risco
- historial familiar de gaguez, 60% das pessoas têm um familiar com gaguez na
família
- prolongamentos que persistem no discurso
- co-morbilidade com outros aspectos do desenvolvimento linguístico, atraso do
desenvolvimento da linguagem; perturbações fonéticas e/ou fonológicas.
Dificuldades de evocação e/ou sintáticas não facilitam a produção de um
discurso fluente
- expectativas elevadas relativamente a si próprio, tendências perfeccionistas
podem levar a uma menor tolerância em aceitar a produção de um discurso com
disfluências
- perspectiva negativa relativamente a si próprio, a reacção da criança à sua
gaguez irá condicionar os progressos que poderá vir a alcançar.
 

13. A gaguez pode ser tratada?


Sim. Há várias metodologias de intervenção que têm muito sucesso. No geral, a
intervenção precoce é o ideal. Mas infelizmente nem todos têm acesso a
intervenção o que por sua vez pode ter consequências na auto-estima pelo tipo
de performance que têm quando falam na sala de aula e fora dela.

14. Eu li sobre uma nova cura para gaguez. Há cura?


Não há curas milagrosas para a gaguez. Terapia, instrumentos eletrónicos e
mesmo medicação não resolvem a situação de um momento para o outro. Um
Terapeuta da Fala com experiencia em intervenção com crianças, jovens e
adultos com gaguez pode ensinar métodos e técnicas que podem fazer toda a
diferença na produção de um discurso mais fluente.
Ficam aqui algumas sugestões que podem ajudar em especial as crianças:
- Seja uma referência e reduza o seu débito de fala, i.e. fale mais devagar mas
sem perder as características prosódicas.
- Espere que a pessoa termine de falar e diga tudo o que quer dizer.
- Não corrija cada momento de disfuência de uma criança, desde que tenha
descodificado o que foi dito. Não há necessidade de consciencializar cada um
dos momentos.
- Pergunte uma coisa de cada vez à criança e aguarde a sua resposta.
- Ajude a criança a ser aceite pela família e assim cada um respeita a vez de
cada um de falar.
- Evite criticar, pois leva a que as crianças se sintam mal com elas próprias, p.e.
“Se tu quisesses conseguias não falar assim!”
- Eduque e informe os outros como proceder de modo adequado com pessoas
com gaguez.
 

O que é Disgrafia?
Disgrafia é um transtorno da escrita, uma dificuldade motora no ato de escrever, que afeta a qualidade da escrita.  A criança com esta dificuldade apresenta
uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas proporcionadas, a típica “má letra”.

Esta dificuldade surge nas crianças com adequado desenvolvimento emocional e afectivo, onde não existem problemas de lesão cerebral, alterações
sensoriais ou história de ensino deficiente do grafismo da escrita.

Exemplo de Disgrafia

Quais os Sintomas de Disgrafia?


Identificar os sintomas de disgrafia ajuda a diagnosticar a criança com esta dificuldade de escrita. Listamos os sintomas mais comuns desta dificuldade de
aprendizagem:

 Má organização da página;
 Texto sem unidade, desordenado;
 Aspeto do conjunto “sujo”;
 Letras deformadas;
 Choques entre as letras;
 Traços de má qualidade;
 Letras corrigidas diversas vezes;
 Enlaces mal feitos;
 Espaços entre as linhas e palavras irregulares, linhas mal mantidas;
 Pouco grau de nitidez entre as letras;
 Dimensões exageradas (muito grandes ou pequenas);
 Desproporção entre pernas e hastes;
 Postura gráfica incorrecta;
 Preensão e suporte inadequados dos instrumentos de escrita;
 Ritmo de escrita muito lento ou muito rápido;
 Dificuldades na escrita de números e letras;
 Dificuldades de imitar o que vê (martelar, amarrar sapatos, fazer mímicas);
 Fenómenos dolorosos geralmente por hipertonia de mão e dedos;
 Dificuldades para copiar letras e outros símbolos pois não oferecem pista dos padrões motores que se deve usar;
 Desenhos distorcidos, mal colocados na folha, sem proporção ou planeamento e pobres em detalhes;
 Excessiva inclinação da folha ou ausência de inclinação.

Quais as Causas da Disgrafia?


Identificar as causas da disgrafia pode ser complexo, pois os fatores que a determinam são diversos:

Causas Maturativas – relacionadas com alterações da lateralidade e da eficiência psicomotora (motricidade e equilíbrio). Normalmente, estas crianças são
desajeitadas do ponto de vista motor, apresentam uma escrita irregular ao nível da pressão, velocidade e traçado e perturbações na orientação espacial.
Causas Caracteriais – associadas à personalidade da criança, influenciam o aspeto do grafismo da criança (estável/instável, lento/rápido). Esta causa
também está relacionada com fatores psicoafectivos, pois a criança vai refletir na escrita o seu estado e tensão emocional.
Causas Pedagógicas –  a forma de ensinar e mesmo a velocidade da aprendizagem pode causar transtornos na escrita:
 Instrução rígida e inflexível, sem respeito pelas características individuais;
 Erro no diagnóstico do grafismo;
 Deficiente orientação no processo de aquisição da mestria motora;
 Orientação inadequada na mudança de “letra à máquina” para “letra à mão”
 Objectivos demasiado ambiciosos;
 Materiais inadequados ao ensino;
 Incapacidade para ensinar a posição correcta do papel e dos movimentos base da escrita.

Qual a melhor forma de tratar a Disgrafia?


O primeiro passo para ajudar uma criança com disgrafia é estabelecer um relacionamento genuíno, assegurando que se sente segura e apoiada. Tanto em
casa como na escola, algumas estratégias podem ajudar a criança com disgrafia a melhorar a sua escrita, trabalhando o desenvolvimento psicomotor e o
grafismo:

 Ensinar uma postura correta na cadeira e secretária;


 Fazer exercícios gráficos, como labirintos e cadernos pontilhados;
 Realizar exercícios de motricidade fina;
 Dedicar momentos apenas à escrita (caligrafia);
 Realizar atividades pictográficas (pintura, desenho, modelagem);
 Fazer exercícios para trabalhar a forma, tamanho, inclinação das letras, o aspeto do texto, a inclinação da folha e a manutenção das margens e das
linhas;
 Ensinar a criança a auto-verbalizar a forma das letras;
 Utilizar ajudas físicas ou verbais, movendo a mão do aluno, ou providenciando indicadores tais como pontos ou setas nas letras.





O QUE É A DISORTOGRAFIA?
A Disortografia deriva das palavras “dis” (desvio) + “ortho” (correto) + “graphos” (escrita), isto
é, a dificuldade em escrever corretamente. Assim sendo, a Disortografia é uma Perturbação da
Aprendizagem Específica com Défice na Expressão Escrita que afeta a precisão ortográfica, a
precisão gramatical e da pontuação e a clareza ou organização da expressão escrita. Apesar de a
Disortografia poder ser uma perturbação por si só, é frequente coexistir com a Dislexia, isto é,
com a Perturbação da Aprendizagem Específica com Défice na Leitura.

QUAIS OS SINAIS DE ALERTA DE DISORTOGRAFIA?


São vários os sinais indicadores de uma possível Disortografia. Num texto típico, escrito por uma
criança com disortografia podemos observar:

- Incorreções ortográficas diversas

 Omissões de letras/sílabas (e.g. banco-baco);


 Adições de letras/sílabas (e.g. comer-comere);
 Inversões de letras/sílabas (e.g. barco-braco);
 Substituições de letras com sons semelhantes (e.g. verde-ferde);
 Substituições de letras com formas semelhantes (e.g. bola-pola);
 Aplicação incorreta das regras gramaticais (e.g. ajudam-ajudão);

- Dificuldades ao nível da pontuação

O mais habitual é os textos das crianças com Disortografia apresentarem pouca ou nenhuma
pontuação. Em outros casos, pode ocorrer uma tentativa por parte da criança, nomeadamente
quando são mais velhas, de utilizarem os diferentes sinais de pontuação, no entanto nem sempre
os aplicam da forma mais adequada, tornando o texto confuso.

- Dificuldades na precisão gramatical

É frequente estas crianças saberem explicar com precisão as diferentes regras gramaticais de
forma isolada. Contudo, no momento em que as têm de aplicar de forma autónoma (pois têm de
escrever a um ritmo que não lhes permite refletir com calma nas diferentes regras), acabam por
cometer esses mesmos erros de precisão gramatical.

- Dificuldades no encadeamento/organização das ideias

É crucial ensinar estas crianças a planear os textos antes de os escrever. Uma das características
desta perturbação da aprendizagem é exatamente a dificuldade em produzir um texto escrito com
uma sequência lógica e bem estruturada ao nível das ideias (mesmo quando bem estruturadas
oralmente).
- Ritmo lento na escrita

Uma vez que estes alunos necessitam de recorrer a diferentes estratégias, para conseguirem
escrever sem erros, para saberem qual a regra gramatical a ser aplicada, para saberem qual o
sinal correto de pontuação adequado, isto ao mesmo tempo que tentam elaborar um texto com
uma boa construção frásica, acabam por revelar um reduzido ritmo de produção textual.

COMO DIAGNOSTICAR A DISORTOGRAFIA?


Tal como a Dislexia, também a Disortografia deverá ser avaliada por um técnico especializado
em Dificuldades de Aprendizagem (Psicólogo, Psicopedagogo, Neuropsicólogo), em estreita
colaboração com os pais e professores.

Como em qualquer Perturbação da Aprendizagem Específica, a criança só poderá ser


formalmente diagnosticada após dois anos de estimulação formal da leitura e da escrita (o que
não significa que não seja possível despistar sinais de alerta previamente) e se o seu desempenho
nas competências de escrita for significativamente abaixo do esperado para o seu nível escolar
(avaliado através de provas formais e informais) e não consequentes de uma deficiência
auditiva/visual, de uma Perturbação Específica da Linguagem ou de uma fraca estimulação
escolar.

QUAL A INTERVENÇÃO MAIS ADEQUADA PARA A


DISOROGAFIA?
A intervenção ao nível da Disortografia consiste na reeducação e treino das competências
fonológicas (características desta dificuldade de aprendizagem) e visuo-espaciais, tendo como
foco principal o processamento fonológico. As sessões de intervenção ao nível da estimulação
das referidas competências deverão, sempre que possível, privilegiar uma estimulação
multissensorial.

É importante referir que o sucesso da intervenção será tanto maior quanto mais cedo estas
dificuldades forem detetadas e intervencionadas. Tal como na avaliação, também a intervenção
deverá ser realizada em colaboração com o contexto familiar e escolar.

 
A DISLEXIA 
é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. O cérebro, por razões ainda não
muito bem esclarecidas, tem dificuldade para encadear as letras e formar as palavras, e não relaciona direito os sons às
sílabas formadas. Como sintoma, a pessoa começa a trocar a ordem de certas letras ao ler e escrever.
Entenda: dislexia não tem nada a ver com Q.I. (quociente de inteligência) mais baixo. Disléxicos se atrapalham com as
palavras, mas costumam ir bem nos cálculos, por exemplo. O comportamento varia também. Há disléxicos desorganizados
e outros metódicos; existem aqueles falantes e outros muito tímidos.

A disfunção afeta preponderantemente o sexo masculino: são três meninos para cada menina. Existem diversos graus de
intensidade e o diagnóstico costuma ocorrer na infância, quando a criança está aprendendo a ler e escrever. Não é raro,
porém, que casos mais leves sejam surpreendidos na adolescência ou fase adulta.

A abordagem com a dislexia se torna importante ao considerarmos que ela pode limitar o desenvolvimento nos estudos e
na carreira e, em casos mais severos, levar ao abatimento e à depressão.

 RELACIONADAS
 A vida sem números: conheça a discalculia
 12 mitos populares sobre o funcionamento do cérebro
Sinais e sintomas
– Trocar letras, principalmente quando elas possuem sons parecidos, como “f” e “v”, “b” e “p”, “d” e “t”
– Pular ou inverter sílabas na hora de ler ou escrever
– Fala prejudicada
– Não conseguir associar letras e sons
– Confundir palavras que soam parecido, como macarrão e camarão
– Erros constantes de ortografia
– Lentidão na leitura
– Problemas de localização de esquerda e direita
– Dificuldades para estudar
Fatores de risco
– Histórico familiar

A prevenção
Por se tratar de um distúrbio genético, não há como prevenir a dislexia. A saída é detectá-la precocemente para assegurar o
aprendizado da criança e sua qualidade de vida. E isso nos leva ao próximo tópico

O diagnóstico
Ele é feito por neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos geralmente entre os 8 e os 9 anos de idade. No consultório, o
especialista diferencia a dislexia de outros transtornos, como o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além de
descartar problemas emocionais ou neurológicos que interfiram na leitura e na escrita.
Para bater o martelo, testes de audição e visão e provas de fluência verbal e desempenho cognitivo permitem avaliar a
extensão das dificuldades.

O tratamento
Embora a dislexia não tenha cura, é possível levar uma vida normal se houver suporte especializado desde cedo. O
tratamento com fonoaudiólogo e psicólogo permite criar estratégias para superar as dificuldades com as palavras e outras
eventuais barreiras no dia a dia. A terapia também é importante para dirimir possíveis crises de autoestima.

Como a criatividade é um traço marcante entre os disléxicos, aconselha-se os pais a estimular a criança a desenhar, pintar,
tocar instrumentos musicais e praticar esportes. Com o avanço da tecnologia, o desenvolvimento dos disléxicos ganhou
bons aliados. Alguns softwares e até videogames específicos treinam as habilidades na leitura e escrita e audiobooks
estimulam a associação do som das palavras às letras correspondentes.

Dislalia: o que é, causas e tratamento


Revisão médica: Drª. Beatriz Beltrame

Pediatra

novembro 2020

A dislalia é uma alteração da fala em que a pessoa não consegue articular e pronunciar algumas palavras, principalmente quando possuem
"R" ou "L", e, por isso, trocam essas palavras por outras com pronúncia semelhante.

Essa alteração é mais comum na infância, sendo considerado normal em crianças até 4 anos, no entanto quando a dificuldade para falar
alguns sons ou para articular algumas palavras persiste após essa idade, é importante consultar o pediatra, otorrinolaringologista ou
fonoaudiólogo para que seja feita a investigação da alteração e possa ser iniciado o tratamento mais adequado.
Possíveis causas
A dislalia pode acontecer devido a diversas situações, sendo as principais:

 Alterações na boca, como deformidades no céu da boca, língua muito grande para idade da criança ou língua presa;

 Problemas auditivos, uma vez que a como a criança não consegue ouvir muito bem os sons, não consegue reconhecer a fonética correta;

 Alterações no sistema nervoso, o que pode comprometer o desenvolvimento da fala como no caso da paralisia cerebral.

Além disso, em alguns casos a dislalia pode ter influência hereditária ou acontecer porque a criança quer imitar alguma pessoa próxima ou
personagem de algum programa de televisão ou de história, por exemplo.
Assim, de acordo com a causa, a dislalia pode ser classificada em 4 tipos principais, sendo eles:

 Evolutiva: é considerada normal em crianças e é corrigida progressivamente no seu desenvolvimento;

 Funcional: quando acontecem substituição de uma letra por outra ao falar, ou quando a criança acrescenta outra letra ou distorce o som;

 Audiógena: quando a criança não consegue repetir o som justamente pelo fato de não o escutar direito;

 Orgânica: quando há alguma lesão no cérebro que impede a fala correta ou quando existem alterações na estrutura da boca ou da língua

que dificultam a fala.

É importante lembrar que não se deve falar errado com a criança ou achar bonito e estimulá-la a pronunciar erroneamente as palavras, pois
essas atitudes podem estimular o aparecimento da dislalia.

Como identificar a dislalia


A dislalia é comum de ser percebida quando a criança está começando a aprender a falar, podendo ser observada a dificuldade em
pronunciar algumas palavras corretamente, a troca de alguns sons por outros devido à troca de uma consoante na palavra, ou por meio da
adição de uma letra na palavra, alterando a sua fonética. Além disso, algumas crianças com dislalia podem também omitir alguns sons, já
que é difícil articular aquela palavra.

A dislalia é considerada normal até os 4 anos, no entanto após esse período, caso a criança apresente dificuldade para falar corretamente,
é recomendado que o pediatra, otorrino ou fonoaudiólogo seja consultado, pois assim é possível fazer uma avaliação geral da criança de
forma a identificar possíveis fatores que possam interferir na fala, como alterações na boca, audição ou cérebro.

Assim, por meio do resultado da avaliação da criança e análise da dislalia, é possível que seja recomendado o tratamento mais
adequado para melhorar a fala, a percepção e a articulação dos sons.

Tratamento para dislalia


O tratamento é feito de acordo com a causa do problema, mas normalmente inclui tratamento com sessões de fonoaudiologia para melhorar
a fala, desenvolver técnicas que facilitam a linguagem, a percepção e interpretação dos sons, e estimular a capacidade de elaborar frases.

Além disso, também devem ser estimuladas a autoconfiança e o relacionamento pessoal da criança com a família, pois muitas vezes o
problema surge após o nascimento de um irmão mais novo, como forma de voltar a ser pequeno e receber mais atenção dos pais.

Nos casos em que problemas neurológicos foram encontrados, o tratamento também deve incluir psicoterapia, e quando há problemas de
audição, pode ser necessário o uso de aparelhos auditivos.

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Atualizado por Equipe Editorial do Tua Saúde, em novembro de 2020. Revisão médica por Drª. Beatriz Beltrame - Pediatra, em junho de 2016.

Bibliografia

 BUENO, CAMILA S.; FREITAS, MARIA CECÍLIA A. A dislalia e suas consequências no processo de aprendizagem. Disponível em:
<http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/1455/1/ARTIGO%20CAMILA%20BUENO.pdf>. Acesso em 11 nov 2020

Revisão médica:

Drª. Beatriz Beltrame

Pediatra

Formada pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná, em 1993 com registro profissional no CRM PR - 14218.

Mais sobre este assunto:

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Autismo: o que é, sintomas, causas e tratamento

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