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Legislação e

Normas aplicadas
à Segurança do
Trabalho I

Núbia Alexandra Santos Tôrno


Eng. Ambiental e Segurança do Trabalho
(92)99474-6794
nubia.storno@hotmail.com
Segurança do trabalho no direito trabalhista

OBJETIVO
Conhecer e compreender os conceitos e a legislação específica referente à segurança do trabalho.

Apresentação
A legislação básica que rege a Segurança do Trabalho no Brasil é composta por:

• CF – Constituição Federal de 1988.


• CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-lei n.º 5.452/43.
• Normas Regulamentadoras – NR de 01 a 37, legislação básica – Lei n.º 6.514 de 22/12/1977,
que altera o Capítulo V do Título II da CLT (arts. 154 a 201), e aprovada pela Portaria 3.214 de
08/06/1978.
A legislação na Consolidação das Leis do Trabalho
(1943), temos o capítulo V, a seguir descrito
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste capítulo, não desobriga as
empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos
de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos
estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.

Art. 155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do
trabalho:

I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste capítulo,
especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a
segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de
Prevenção de Acidentes do Trabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos
Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho.
Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua
jurisdição:

I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho;


II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste capítulo, determinando as
obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste capítulo, nos termos
do art. 201.

Art. 157 - Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;


II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Art. 158 - Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do
artigo anterior;
II- colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo. Parágrafo único - Constitui ato
faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos
federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao
cumprimento das disposições constantes deste capítulo.
DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS

Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão
obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se
classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do
trabalho, nas empresas.
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de
conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra
nelas especificadas.

Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento


da CIPA.

Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os
critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.
4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha
participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados
elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA(s) não poderão sofrer despedida arbitrária,
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho,
comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o
empregado.

Vide arts. 166 a 201 da CLT, também relativos à Segurança e Medicina do Trabalho.
Apresentamos, a seguir, um resumo das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego,
segundo CLT do art. 154 a 201, Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977, Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, e
suas alterações, que devem ser seguidas pelas empresas e instituições possuidoras de empregados regidos pela CLT.
CLT Normas Regulamentadoras
Capítulo V NR Matéria
Artigos Matéria
154 a 159 DISPOSIÇÕES GERAIS 1 DISPOSIÕES GERAIS

160 INSPEÇÃO PRÉVIA 2 INSPEÇÃO PRÉVIA

161 EMBARGO OU INTERDIÇÃO 3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO

162 a 165 ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO TRABALHO 4 SESMT


NAS EMPRESAS 5 CIPA

166 a 167 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 6 EPI

168 a 169 MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO 7 PCMSO

170 a 174 EDIFICAÇÕES 8 EDIFICAÇÕES

175 a 178 ILUMINAÇÃO E CONFORTO TÉRMICO 17 ERGONOMIA

179 a 181 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

182 a 183 MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE 11 MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS


MATERIAIS

184 a 186 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 12 SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

187 a 188 CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO 13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
CLT Normas Regulamentadoras
Capítulo V NR Matéria
Artigos Matéria
189 A 197 ATIVIDADE INSALUBRES E PERIGOSAS 15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

198 A 199 PREVENÇÃO DA FADIGA 17 ERGONOMIA

9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

18 SEGURANÇA NA CONSTRUAÇÃO CIVIL- PCMAT

19 EXPLOSIVOS

20 COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E INFLAMÁVEIS

21 TRABALHO A CÉU ABERTO


200 OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO
22 TRABALHO SUBTERRÂNEOS

23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE


TRABALHO

25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS

26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

29 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRAB. PORTUÁRIO


CLT Normas Regulamentadoras
Capítulo V NR Matéria
Artigos Matéria
30 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO

31 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL

200 OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO 32 SEGURANÇA E SAÚDE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

33 SEGURANÇA E SAÚDE EM ESPAÇOS CONFINADOS

34 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA


DA CONSTRUÇÃO NAVAL

35 TRABALHO EM ALTURA

36 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE


ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS

201 PENALIDADES 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES


Elaboração das Normas Regulamentadoras do MTE

Processo de elaboração
A Portaria do TEM 1.127/2003 estabelece procedimentos para a elaboração e alteração de Normas Regulamentadoras
relacionadas à Saúde e Segurança e Condições Gerais de Trabalho.
Art. 1º A metodologia de regulamentação na área de segurança e saúde do trabalho e em questões relacionadas às
condições gerais de trabalho, competência da Secretária de Inspeção do Trabalho, terá como princípio básico a
adoção do sistema Tripartite Paritário – Governo, Trabalhadores e Empregadores – e será estabelecida observando-se
as seguintes etapas:
I. Definição de temas a serem discutidos;
II. Elaboração de texto técnico básico;
III. Publicação de texto técnico básico no Diário Oficial da União – DOU;
IV. Instalação do Grupo de Trabalho Tripartite– GTT;
V. Aprovação e publicação da norma no Diário Oficial da União – DOU.
Elaboração das Normas Regulamentadoras do MTE

Definição de prioridades

Formulação de texto técnico básico

Consulta pública

Discussão tripartite

Análise Final

Publicação

Acompanhamento da implementação
Processo de ELABORAÇÃO DE NR

Definição do GET SIT constitui Grupo Técnico 60 Elaboração de Texto Técnico


TEMA -GT dias Básico - TTB

Publicação do TTB no GET Consulta Pública do Texto


D.O.U. Técnico Básico

60 dias
TTB + Sugestões da Sociedade

SIT Constitui Grupo de Trabalho 120 dias Análise do TTB + Propostas e, se


Tripartite - GTT aprovados, envia à CTPP

Comissão Tripartite Paritária Permanente - Se aprovado envia à SIT


CTPP para publicação da nova NR

LEGENDA: SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho; GET – Grupo de Estudo Técnico; DOU – Diário Oficial da União
Classificação das Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras (NRs) de Segurança e Saúde no Trabalho podem ser classificadas em:
❖ Normas Regulamentadoras Transversais
❖ Normas Regulamentadoras Específicas

Normas Regulamentadoras Transversais


São Normas de observância compulsória em todos os segmentos econômicos em que existam trabalhadores
celetistas. Tratam de temas relacionados à gestão de riscos ocupacionais e de temas técnicos específicos sobre
segurança e saúde no trabalho. No rol de Normas existentes, têm-se as seguintes Normas transversais:
NR 1 – Disposições Gerais
NR 2 – Inspeção Prévia
NR 3 – Embargo e Interdição
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
Classificação das Normas Regulamentadoras

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
NR 7 - PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
NR 8 – Edificações
NR 9– Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
NR 10– Segurança em instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11– Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 14 – Fornos
NR 15 – Operações e Atividades insalubres
NR 16 – Operações e Atividades perigosas
NR 17 – Ergonomia
NR 19 – Explosivos
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
Classificação das Normas Regulamentadoras

NR 21 – Trabalho a Céu Aberto


NR 23 – Proteção contra Incêndios
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 – Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
NR 35 – Trabalhos em Altura

Normas Regulamentadoras Específicas


São Normas cuja aplicação se restringe a empresa ou organizações de setores econômicos específicos e que, por isso,
possuem alcance limitado. Vejamos a seguir a relação das Normas classificadas, segundo seu alcance, como Normas de
setores econômicos específicos.
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Normas Regulamentadoras Específicas
São Normas cuja aplicação se restringe a empresa ou organizações de setores econômicos específicos e que, por isso,
possuem alcance limitado. Vejamos a seguir a relação das Normas classificadas, segundo seu alcance, como Normas de
setores econômicos específicos.

NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção


NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados
Resumo das Normas Regulamentadoras do MTE

As Normas Regulamentadoras (NRs) foram criadas pela Portaria n.3.214, de 8 de junho de 1978, com a finalidade de
regulamentar o Capítulo V, Título II, da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Atualmente, nossa
legislação conta com 36 NRs em vigor, conforme veremos a seguir, em um breve resumo sobre cada uma delas.

• NR 1 – Disposições Gerais
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n.3.214 de 8 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
SIT n.84 de 4 de Março de 2009. Em resumo, introduz as normas regulamentadoras no mundo da segurança do
trabalho, bem como sua observância (aplicação) por parte das empresas, órgãos públicos da administração direta e
indireta etc. Traz em seu bojo as competências da Secretaria de Segurança no Trabalho (SSST), da Delegacia
Regional do Trabalho (DRT) e da Delegacia do Trabalho Marítimo (DTM), bem como o que cabe ao empregador e ao
empregado quanto às normas de segurança. Também define os termos mais usados ao longo de todas as demais
NRs, conforme o quadro a seguir:
• NR 2 – Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SSMT n.
35, de 28 de dezembro de 1983. Determina que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar
aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTE. A correta aplicação dessa NR constitui os elementos capazes de
assegurar que no novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e /ou de doenças do trabalho.

• NR 3 – Embargo e Interdição
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT n.
199, de 17 de janeiro de 2011. Breve NR, que trata de dois temas essenciais para o perfeito andamento da fiscalização de
segurança e saúde do trabalho: a interdição e o embargo. A interdição implica a paralisação total ou parcial do
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamentos; e o embargo implica na paralisação total ou parcial de uma
obra. Ensina que, durante a paralisação decorrente da imposição da interdição ou embargo, os empregados deverão receber
os salários como se estivessem em efetivo exercício.
• NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE n.
2.018, de 23 de dezembro de 2014. Trata dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT), uma equipe de profissionais formada por: médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do
trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de segurança do trabalho, com atribuições, requisitos de investidura,
jornada de trabalho e dimensionamento definidos nesta NR.

• NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


Norma Regulamentadora do TEM criada pela Portaria GM n. 3214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT n. 247,
de 12 de julho de 2011. Pode ser considerada uma das normas mais relevantes para a segurança do trabalho, tendo em vista
sua finalidade, qual seja, a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Traz ao longo de seus
ensinamentos questões relacionadas com as atribuições da CIPA, processo eleitoral, reuniões ordinárias e extraordinárias,
estabilidade do cipeiro e muito mais.
• NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE n.
1.134, de 23 de julho de 2014. Define Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), comenta sobre a importância dos
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e sua aplicação prática no cotidiano. Esclarece as responsabilidades do empregado,
empregador, fabricante e TEM quanto ao uso, manutenção, conservação e higienização dos EPIs. Comenta ao final, num
quadro informativo, todos os tipos de EPIs indicados para cada tipo de atividade profissional, de tal forma a garantir a
segurança do obreiro durante suas atividades laborativas.
• NR 7 – PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria n. 1.892, de
9 de dezembro de 2013. Importante norma para o perfeito andamento da saúde ocupacional dos trabalhadores. Estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de
• NR 7 – PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Torna obrigatória a realização dos seguintes
exames: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional.

• NR 8 – Edificações
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT
n. 222, de 06 de maio de 2011. Estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, para
garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem. Conforme essa breve norma, os locais de trabalho devem ter a
altura do piso ao teto, pé-direito, de acordo com as posturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança
e salubridade, estabelecidas nas demais normas regulamentadoras.
• NR 9– Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE
n. 1.471, de 24 de setembro de 2014. Determina a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA), visando à da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio de antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Essa norma está muito
relacionada com a NR-7 (PCMSO), ou seja, para uma existir, a outra deve ter vida.
• NR 10– Segurança em instalações e Serviços em Eletricidade
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria GM n.
598, de 7 de dezembro de 2004. Estabelece os requisitos e condições mínimos a serem observados na implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde do trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços
• NR 10– Segurança em instalações e Serviços em Eletricidade (cont.)
com eletricidade. Traz medidas e controle e proteção, coletiva e individual, nas atividade em que haja risco
elétrico, bem como seus procedimentos de segurança. Ao final, traz um glossário com importantes definições
muito cobradas em concursos públicos, como as de alta tensão, perigo, risco, tensão de segurança, zona de risco,
zona controlada, etc.

• NR 11– Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria SIT n. 82, de 1 de junho de 2004. Importante norma do MTE, que busca na prática assegurar os
procedimentos de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas
transportadoras. Traz ainda normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas, como a que
estabelece a distância máxima de 60m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco pelo trabalhador,
bem como as regras de armazenamento de materiais nos locais de trabalho. O anexo I dessa NR regulamenta os
procedimentos para movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármores, granito e outras rochas.
• NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria n.
1.893, de 9 de dezembro de 2013. Essa NR e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para
a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de
todos os tipos, e ainda em sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas
as atividades econômicas. Norma do MTE considerada extensa, a qual, ao longo de seus doze anexos, regulamenta: as
Distâncias de Segurança e Requisitos para o Uso de Detectores de presença Optoeletrônicos, Conteúdo Programático da
Capacitação, os Meios de Acessos Permanentes, Glossário, Motoserras, Máquinas para panificação e Confeitaria,
Máquinas para Açougue e Mercearia, Prensas e Similares, Injetoras de Materiais Plásticos, Máquinas para Fabricação de
Calçados e afins, Máquinas e Implementos para uso Agrícola e Florestal, Equipamentos de Guindar para Elevação de
Pessoas e Realização de Trabalho em Altura.
• NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE n.
594, de 28 de Abril de 2014. Norma que regulamenta as atividades envolvendo as caldeiras e os vasos de pressão.
Determina que toda caldeira deva possuir, no estabelecimento onde estiver instalada: prontuário de caldeira, registro de
segurança, projeto de instalação, projetos de alteração e reparo. Explica os tipos de caldeiras e seus procedimentos de
segurança, instalação e manuseio. Comenta o tipo de treinamento dos seus operadores, carga horária, requisitos de
investidura etc.

• NR 14 - Fornos
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SSMT n.
12, de 6 de junho de 1983. Ao longo de seus itens, ensina que os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos
solidamente, revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância
estabelecidos pela NR-15, bem como devem ser instalados em locais adequados, oferecendo o máximo de segurança aos
trabalhadores. Determina, ainda, que
• NR 14 – Fornos (cont.)
os fornos devem ser instalados de forma a evitar acumulo de gases nocivos e altas temperaturas em áreas
vizinhas. Além disso, os que utilizarem combustíveis gasosos ou líquidos devem ter sistema de proteção
para não ocorrer explosão por falha da chama de aquecimento ou no acionamento do queimador, a tal
ponto de evitar retrocesso da chama.

• NR 15 – Operações e Atividades insalubres


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada
pela Portaria MTE n. 1.297, de 13 de agosto de 2014. Conforme essa NR, muito cobrada em concursos
públicos, são consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem acima dos limites
de tolerância previstos nos Anexos ns. 1,2,3,5,11 e 12; nas atividades mencionadas nos Anexos ns. 6,13 e
14; 15.1.4; e as comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos
ns. 7,8,9 e 10. O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40% (quarenta por
cento), para insalubridade de grau máximo; 20%
• NR 15 – Operações e Atividades insalubres (cont.)
(vinte por cento), insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.

• NR 16 – Operações e Atividades perigosas


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE
n. 05, de 7 de janeiro de 2015. De acordo com essa norma, são consideradas perigosas as atividades e operações com
explosivos, inflamáveis, radiações ionizantes ou substâncias radioativas, energia elétrica, exposição a roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, bem como nas atividades
perigosas em motocicleta. Ensina que o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário-base, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. Traz de forma objetiva a definição de líquido combustível,
bem como um glossário com diversas palavras técnicas muito cobradas em concursos públicos.
• NR 17 – Ergonomia
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria ST
n. 13, de 21 de junho de 2007. Relevante NR, tanto para segurança do trabalho quanto para concursos públicos. Seus
preceitos são cobrados, com veemência, pelas mais renomadas bancas examinadoras, necessitando de especial
atenção por parte do leitor. Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. As condições de trabalho inclui aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descargas
de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização
do trabalho. Possui, ao final, dois anexos, que buscam, na prática, regulamentar os trabalhos dos operadores de
checkout (caixa de supermercado, por exemplo) e os serviços de teleatendimento/telemarketing.
• NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
MTE n. 644, de 9 de maio de 2013. Estabelece as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas controle e sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da construção. Veda o ingresso ou a
permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nessa NR
e compatíveis com a fase da obra. Também dispõe sobre o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção (PCMAT), cujo cumprimento é obrigatório nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores
ou mais. Traz regulamentações sobre as áreas de vivência, determinando que os canteiros de obras disponham de
instalações sanitárias, vestiários, alojamento, local de refeições, cozinha (quando houver preparo refeições),
lavanderia, área de lazer e ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais
trabalhadores.
• NR 19 – Explosivos
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT n.
228, de 24 de maio de 2011. Segundo essa norma, considera-se explosivo material ou substância que, quando iniciada,
sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de
pressão. É proibida a fabricação de explosivos no perímetro urbano das cidades, vilas ou povoados. Determina que a
fabricação de explosivos somente é permitida às empresas portadoras de Título de Registro (TR) emitido pelo Exército
Brasileiro, bem como seus critérios de armazenamento e transporte. Possui dois anexos: o primeiro trata da segurança e
saúde na indústria e comércio de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos; e o segundo regulamenta as tabelas de
quantidades-distâncias.

• NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE n.
1.079, de 16 de julho de 2014. Importante NR, que traz à baila a verdadeira definição de “líquidos combustível”: todo
aquele que
• NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis (cont.)
Possua ponto de fulgor maior que 60ºC e menor ou igual a 93ºC. Ainda de acordo com seus preceitos, seus tanques
de armazenagem serão construídos de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira
material especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. E também define “liquido inflamável”: como
sendo aquele que possua ponto de fulgor menor ou igual a 60ºC.

• NR 21 – Trabalho a Céu Aberto


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
GM n. 2.037, de 15 de dezembro de 1999. Norma breve, porém de extrema relevância para a segurança do trabalho.
Segundo ela, nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos,
capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. Serão exigidas medidas especiais que protejam os
trabalhadores contra insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. Também determina
que aos trabalhadores que residirem no local de trabalho deverão ser oferecidos alojamentos que apresentem
adequadas condições sanitárias, ficando vedada em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família.
• NR 21 – Trabalho a Céu Aberto (cont.)
E, para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas as medidas de profilaxia
de endemias, de acordo com as normas de saúde pública.

• NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria MTE n. 732, de 23 de maio de 2014. O setor de mineração desempenha um papel muito importante,
contribuindo para o desenvolvimento econômico e para o bem-estar social. Essa NR elabora uma disciplina ao
trabalhador dessa área, tornando compatíveis o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira,
buscando a segurança e a saúde dos trabalhadores. Controla todos os riscos existentes com a adoção e
implementação de treinamentos e de uma política de segurança.
• NR 23 – Proteção contra Incêndios
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria SIT n. 221, de 6 de maio de 2011. Conforme seus mandamentos, todos os empregadores devem adotar
medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e com as normas técnicas
aplicáveis. Ficam ainda obrigados a providenciar, para todos os trabalhadores, informações sobre a utilização dos
equipamentos de combate a incêndio, os procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança,
bem como os dispositivos de alarme existentes na organização. Ainda de acordo com essa norma, os locais de
trabalho deverão possuir saídas, possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. E,
quanto às saídas de emergência, jamais deverão ser fechadas à chave ou presas durante a jornada de trabalho.

• NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria SSST n. 13, de 17 de setembro de 1993. Norma de fácil compreensão e muito cobrada em concursos
públicos. Segundo ela, as instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo, ficando esses locais submetidos a
processo ...
• NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho (cont.)
permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda
a jornada de trabalho. Serão previstos 60 (sessenta) litros diários de água por trabalhador para o consumo nas
instalações sanitárias. Será exigido 1(um) chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações
insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, a poeiras ou
substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso. Além disso, nos
estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório, não
sendo permitido aos trabalhadores tomar suas refeições em outro local do estabelecimento.

• NR 25 – Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
SIT n. 253, de 4 de agosto de 2011. Estabelece meios de prevenção quanto ao descarte dos resíduos das indústrias,
sendo esses nas formas sólida e gasosa ou na combinação dessas, mostrando que a empresa deve buscar a redução
da geração desses resíduos com as melhores práticas tecnológicas e organizacionais...
• NR 25 – Resíduos Industriais (cont.)
Disponíveis. Todo resíduo tem o seu destino adequado; são feitos exames para saber sua destinação correta; todos
devem ser adequadamente coletados, acondicionados, transportados, tratados e encaminhados a sua destinação
final, e a área de trabalho deve estar livre de qualquer contaminante que possa comprometer a saúde dos
trabalhadores. Os que atuam diretamente com esses resíduos devem ser capacitados pela empresa continuamente,
para estarem sempre cientes dos riscos a que estão expostos e das medidas de prevenção. Para os rejeitos
radioativos, seu descarte e conforme a legislação específica da Comissão de Energia Nuclear (CNEN); e para os
resíduos de origem biológica, conforme legislações sanitária e ambiental.

• NR 26 – Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
SIT n. 229, de 24 de maio de 2011. Relevante norma do MTE, que regulamenta a cor na segurança do trabalho. Em
estabelecimentos ou locais de trabalho, devem ser adotadas cores para a segurança, a fim de indicar e advertir
acerca dos riscos existentes, bem como identificar os equipamentos de segurança...
• NR 26 – Sinalização de Segurança (cont.)
delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos,
atendendo ao disposto nas normas técnicas oficiais. Seu uso deve ser o mais reduzido possível, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Determina ainda que a rotulagem preventiva, que é o
conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico,
pictograma (s) de perigo, palavra de advertência, frase (s) de perigo, frase (s) de precaução e informações
suplementares.

• NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, porém foi REVOGADA
pela Portaria n. 262, de 29 de maio de 2008, publicada no DOU de 30/05/2008.
• NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria MTE n. 11, de 9 de janeiro de 2015. Estabelece procedimentos a serem adotados pela fiscalização de
Segurança e Saúde do Trabalho, delimitando prazos para correção das irregularidades encontradas, aplicação de
penalidades (multas), interdição desses locais ou embargos. As penalidades serão aplicadas conforme o disposto
no quadro de graduação das multas (anexo I), obedecendo às infrações previstas no quadro de classificação das
infrações (anexo II) dessa norma.

• NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria MTE n. 1.080, de 16 de julho de 2014. Visa a regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças
profissionais e facilitar os primeiros socorros em caso de acidentes, pensando nas melhores condições de
segurança e saúde de trabalho portuário. A norma é aplicada para operações tanto a bordo como em terra, em
portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do
porto organizado.
• NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria MTE n.
2.062, de 30 de dezembro de 2014. Visa à proteção e à regulamentação das condições de trabalho aquaviário, relativo a toda
embarcação de bandeira nacional, bem como às de bandeira estrangeira. São consideradas de trabalho aquaviário todas as
embarcações comerciais de transporte ou de passageiros. A observância dessa norma não desobriga as empresas do
cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e ainda daquelas oriundas de convenções, acordos e
contratos coletivos de trabalho.

• NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria n. 1.896,
de 9 de dezembro de 2013. Devido à precariedade dos trabalhos no ramo da agricultura, foi criada essa NR, que traz
importantes determinações relacionadas à implementação dos ambientes de trabalho rurais. Estabelece as obrigações do
empregador quanto à higiene, bem como toda condição apropriada para o trabalho, proporcionando ao trabalhador
dignidade não só...
• NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
(cont.)
durante a realização dos afazeres, mas também nos momentos de descanso, durante toda a jornada de trabalho no
campo.

• NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde


Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria GM n.
1.748, de 30 de agosto de 2011. Essa norma estabelece diretrizes básicas para qualquer edificação destinada à prestação
de assistência à saúde da população, assim como todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e
ensino em saúde, visando à implementação de medidas de prevenção aos profissionais, medidas de controle, programas
de prevenção e EPIs adequados, de forma objetiva, garantindo toda condição de segurança, proteção e prevenção aos
trabalhadores. Dispõe sobre as responsabilidades entre contratante e contratado quanto ao cumprimento dessa norma.
Recomenda para cada situação de risco a adoção de medidas preventivas e a capacitação dos trabalhadores para um
trabalho seguro.
• NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela
Portaria MTE n. 1.409, de 29 de agosto de 2012. Conforme essa norma, entende-se como espaço confinado toda
área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída,
cuja ventilação existente seja insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio. O intuito dessa NR é identificar o espaço confinado, reconhecer, avaliar, monitorar e
controlar os riscos existentes, garantindo a segurança dos trabalhadores, tanto para os que trabalham
diretamente quanto indiretamente nesses espaços. Inclui medidas técnicas de prevenção, equipamentos
utilizados nessa tarefa, avaliação atmosférica e medidas de controle e eliminação dos riscos existentes.
• NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
Norma Regulamentadora do MTE criada pela Portaria GM n. 3.214, de 08 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria
MTE n. 592, de 28 de abril de 2014. Norma elaborada para a indústria de construção e reparação naval, propõe
medidas de prevenção à segurança, à saúde e ao meio ambiente nessas atividades. Mostra as responsabilidades do
empregador para a garantia de sua implementação, estabelecendo metas a serem cumpridas no que diz respeito
ao trabalho a quente, jateamento e hidrojateamento, movimentação de cargas, instalações elétricas e provisórias,
montagem e desmontagem de andaimes, pinturas, trabalho em altura, utilização de radionuclídeos e gamagrafia,
de máquinas portáteis e rotativas.
• NR 35 – Trabalhos em Altura
Aprovada pela Portaria SIT n. 313, de 23 de março de 2012, e alterada pela Portaria MTE n. 1.471, de 24 de setembro
de 2014. Ela adota princípios para atividades em altura, contemplando o planejamento, evitando que o trabalhador
fique exposto a situações de risco, de modo que seja eliminado todo o perigo de queda, ou estabelecendo medidas
que minimizem as suas consequências, quando o risco de queda com diferenças de níveis não puder ser evitado.
• NR 35 – Trabalhos em Altura (cont.)
A norma propõe a utilização dos preceitos legais para a antecipação dos riscos, a fim de que possa ser aplicada
medida adequada, como utilização de análise de risco, determinando a Permissão de Trabalho, para que esse
trabalho possa ser realizado com a máxima segurança.

• NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados


Norma Regulamentadora aprovada pela Portaria n. 555, de 18 de abril de 2013. O objetivo dessa Norma é
estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, o controle e o monitoramento dos riscos existentes nas
atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas
na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir
permanentemente segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto
nas demais NRs do MTE. Regulamenta questões quanto o mobiliário e postos de trabalho, estrados, passarelas e
plataformas, manuseio de produtos, levantamento e transporte de produtos e cargas, recepção e descarga de
animais, equipamentos e ferramentas, condições ambientais de
• NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de
Carnes e Derivados (cont.)

trabalho, gerenciamentos dos riscos, programas de prevenção, organização das atividades,


análise ergonômica do trabalho, informações e treinamento em segurança e saúde no
trabalho. Apresenta um glossário ao final, com muitas definições técnicas sobre o assunto.
Atividades do Técnico em Segurança do Trabalho
PORTARIA N.º 3.275, DE 21 DE SETEMBRO DE 1989
A MINISTRA DE ESTADO DO TRABALHO, no uso de suas atribuições, considerando o disposto no art. 6º, do
Decreto n.º 92.530, de 09.04.86, que delega competência ao Ministério do Trabalho para definir as atividades
do Técnico de Segurança do Trabalho, RESOLVE:

Art.1º - As atividades do Técnico de Segurança do Trabalho são as seguintes:

I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho,
bem como orientá-lo sobre as medidas de eliminação e neutralização;

II - informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as medidas de eliminação e
neutralização;
III - analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu
controle;

IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultados alcançados, adequando-os às


estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador;

V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes de
trabalho, com a participação dos trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante
atualização dos mesmos e estabelecendo procedimentos a serem seguidos;

VI - promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de
ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, os assuntos
técnicos, administrativos e prevencionistas, visando evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho;
VII - executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, ampliação, reforma, arranjos físicos e de fluxos,
com vistas à observância das medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros;

VIII - encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, documentação, dados estatísticos, resultados de
análises e avaliações, materiais de apoio técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e
autodesenvolvimento do trabalhador;

IX - indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, recursos audiovisuais e didáticos e outros
materiais considerados indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas
recomendadas, avaliando seu desempenho;

X - cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e à destinação dos resíduos industriais,
incentivando e conscientizando o trabalhador da sua importância para a vida;
XI - orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho
previsto na legislação ou constantes em contratos de prestação de serviço;

XII - executar as atividades ligadas à segurança e à higiene do trabalho utilizando métodos e técnicas científicas, observando
dispositivos legais e institucionais que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de acidentes do trabalho
e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores;

XIII - levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho, calcular a frequência e
a gravidade destes para ajustes das ações prevencionistas, normas, regulamentos e outros dispositivos de ordem técnica que
permitam a proteção coletiva e individual;

XIV - articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamentos
técnicos de riscos das áreas e atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção em nível de pessoal;
XV - informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres, perigosas e penosas
existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as medidas e alternativas de eliminação ou
neutralização dos mesmos;
XVI - avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que subsidie o planejamento e
a organização do trabalho de forma segura para o trabalhador;
XVII - articular-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de acidentes do trabalho,
doenças profissionais e do trabalho;
XVIII - participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos, visando o intercâmbio e o
aperfeiçoamento profissional.
Art. 2º - As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão dirimidos pela Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho.
Conforme as normas acima transcritas, percebe-se que o Técnico em Segurança do Trabalho tem
várias responsabilidades e com isso precisa ter um perfil adequado. Alguns predicados importantes
que o profissional deve apresentar são: ser observador; ser atuante; ser responsável; antever
situações; dialogar; ter boa comunicação; ser crítico; ser organizado; pesquisar; ser ético; manter-se
sempre atualizado.

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