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A História de um garoto cabra

Criado por Nee-Sama

Capítulo 1
O Sequestro

Alex Merguff nasceu de um parto imediato, mas por algum motivo, quando completou 8 anos,
junto com a sua irmã de 3 anos foram deixados de baixo de uma árvore num jardim pelos seus
pais, resultando que eles nunca mais voltaram pra busca-los.

Os dois irmãos sobreviveram à base de furtos, alguns planejados e outros improvisados, e ajuda.
Mas foram encontrados por duas garotas, filhas de dois mafiosos que eram procurados.

Acolhidos por elas, os 4 cresceram e se tornaram grandes amigos e parceiros

Alex: o garoto de orelhas pontudas que vendia seu próprio corpo e as vezes traficava drogas
Kastrice: a bela dama de cabelo curto e preto que fazia grandes roubos e transportava grandes
quantidades com sucesso
Mihua: A comandante ( e amante ) dos grandes roubos e tráficos de Kastrice
Carol: a hacker que ajudava a desligar todos os sistemas de bancos, e vários outros lugares com
algum tipo de segurança

Alex viu como vender seu corpo, a única forma de conseguir uma boa grana, pra pelo menos
comer, e foi com isso que ele começou a matar. Carol dizia pra ele largar essa vida, já que ela via o
mesmo sendo usado só como um objeto, além de saber que isso fazia mal tanto pra saúde física
e mental dele, como ela não tinha muita moral pra dizer isso então ele só ignorava e cada um ia
pro seu canto. Quando Alex começou a se envolver mais com assassinatos do que prostituição,
um de seus "clientes" ( que era um militar ) não ficou nada feliz com isso.

Militar convidou o menino para a casa dele, desejando conversar com o mesmo. O garoto
acreditando, já que ele era seu cliente mais fiel, e então ele foi.

O militar começa falando num tom sério


“— você sabe do porque eu te chamei aqui?”
o garoto diz confuso “— hm.... não?”
o militar continua “— eu queria te falar que, eu não estava gostando de você se envolver com
esse negócio de armas e assassinatos...”
o garoto mais confuso ainda pergunta “— E por que? Elas são tão legais!”
o militar diz, num tom meio diferente “— É que, podem descobrir que eu e você... temos algum
envolvimento...”
o rapaz se perguntando, fala num tom de dúvida “— tipo?”
O militar entrelaça os dedos com o rapaz e diz “— O nosso amor”.
Um silêncio constrangedor pairava no ar, junto com a tensão, e ele levanta e diz de uma forma
bruta
“— que amor? Não temos nenhum amor! Você me contrata pra passar uma noite e ainda tem
coragem de dizer que isso é amor?”
“— mas eu amo você! Eu quero ficar com você, eu quero me CASAR com você!”
o Alex bruscamente grita “— NÃO! NEM PENSAR! Eu não quero NADA! NÓS NUNCA TIVEMOS
UM CASO! NUNCA HOUVE AMOR!”
“— mas-“ o militar é interrompido com a batida de porta, Alex saiu correndo de lá
envergonhado.

De fato, o garoto não tinha qualquer sentimento amoroso pelo militar, mas aquilo... foi
realmente vergonhoso.

E foi assim, o garoto correndo de volta pra casa e pensando “que tipo de amor ele acha que nós
tivemos?” E pensando ainda mais sobre a questão da idade, ele só tinha 17 anos e o militar 28!
Nem pensar que isso daria certo! Ele não vendia o corpo por opção, ele vendia o corpo
justamente por não ter opção.

E os dias foram passando e o rapaz nunca mais foi chamado pelo militar novamente... até
pensou em contata-lo para se desculpar, mas esqueceu essa ideia completamente. Até que
chegou o fatídico dia... O rapaz estava fumando em algum beco aleatório que achou na noite, e
pensou “vou voltar pra casa, se continuar aqui não vou conseguir nada amanhã.” E foi andando
na calada da noite com um cigarro em sua boca, até perceber um movimento estranho atrás
dele... Um pano, consideravelmente molhado foi colocado na frente de seu nariz e boca antes
que pudesse perceber, quando tentou se soltar não conseguia. Se debatia e tentava procurar
algum meio de ajuda, mas já era tarde, Alex ficou inconsciente e foi sequestrado.

Quando o rapaz acordou, percebeu que não podia se movimentar, estava preso em uma cama,
que ele reconheceu assim que olhou pros lençóis. Era a mesma cama do militar, ele se debatia e
tentava gritar por ajuda, mas foi interrompido por uma voz familiar
“— acordou, meu príncipe?” a voz disse. Logo que o rapaz olhou para ele, se assustou e tentou
gritar mais alto ainda, mas foi amordaçado pelo mais velho, o rapaz o olhava com desespero
“— As pessoas não podem ter o direto de te escutar... só eu, sei que está assustado e com medo,
mas está tudo bem agora! Eu estou aqui e poderemos ficar juntos para sempre!” O mais novo
começaria a chorar, ainda se debatendo e tentado pedir por ajuda
“— Calma, meu bem” o homem limpa suas lágrimas e tira a mordaça, antes que pudesse falar
algo foi interrompido por um grito
“— ME DEIXA SAIR! ME TIRA DAQUI”
“— Está nervoso, se acalme e eu o desamarrarei” o garoto respira fundo, e é desamarrado. Mas
antes que ele pudesse correr é algemado, o homem puxa uma corrente, que teria no quarto e
prende a algema, fazendo ligamento com uma parte da cama. O rapaz gritaria
“— você não disse que ia me desamarrar?” e o militar responde
“— E assim fiz não foi?” o mais velho pegaria no queixo do mais novo e lhe dá um beijo forçado,
o garoto morde os lábios do homem, mas não ao ponto de machuca-lo
“— ai, achei que isso fosse te acalmar. Não era isso que você gostava em mim?”
“— Não mais! Você me sequestra, me amarra, e prende e ainda tem a coragem de me beijar?
Qual é o seu problema!?”
“— Nenhum, mas acho que você merece uma punição por estar sendo assim comigo” o homem
tira o seu cinto, o rapaz que já estaria começando a ficar preocupado com a situação, tentaria
fugir, mas sem sucesso. Rapidamente o militar tira a parte da corrente que foi amarrada na
cama, e amarra em volta de sua própria mão, puxando o garoto para perto, ele sussurra no
ouvido do mesmo
“— você sabe, Alex. Eu sou o único que vai amar você! Ninguém mais vai te amar como eu te
amo” o homem desce e dá um chupão no pescoço do garoto, fazendo o soltar um gemido sem
querer
“— viu? Eu vou ser o único, que vai te amar dessa forma!”

E então, os atos começam, o rapaz é empurrado pra cama e logo é beijado pelo homem, Alex já
não tinha mais forças pra fugir, parecia que todas tinham sido sugadas a partir daquele toque,
totalmente sem esperança ele só concorda com tudo e esquece que algum dia ele teve vida. O
brilho e felicidade foram brutalmente arrancados, e parece que aquilo não ia acabar tão cedo.

“— mais, MAIS POR FAVOR!”


o homem gritava, tapas, mordidas, chupões foram deixados no corpo do rapaz, sem esperança,
só sentia dor, ele queria gritar, ele queria chorar, fugir, mas não conseguia. O menino sentia
grande desconforto por estar sendo tocado daquele jeito, se sentia sujo, era nojento tudo aquilo,
quando acabou o homem ajudou o rapaz a se vestir, e deu um beijo na testa dele. Alex que
estava preso, deitado em posição fetal na cama, começou a chorar, mas sem soar um som, só
caia lágrimas, lágrimas de dor, de tristeza, de um animal que queria correr do caçador, mas não
conseguia. Só conseguia sentir, desconforto.

O mais velho percebeu o mais novo chorando, e perguntou


“— Meu amor, porque está assim? Isso tudo não foi ótimo?” e o garoto com grande raiva do
militar, se levantou e gritou
“— ÓTIMO? ACHO QUE SÓ PRA VOCÊ ISSO FOI ÓTIMO! EU ODIEI ISSO! EU ODEIO VOCÊ!” diz o
rapaz desesperado, que ao levantar logo tropeça e fica de joelhos na frente do militar, chorando
e implorando
“— por favor... me deixa ir pra casa... eu não quero ficar aqui... deixa eu ir...” mas sem sucesso. O
homem abaixou e ergueu o queixo do rapaz, o beijando novamente e dizendo
“— eu te amo, por isso não posso deixa-lo ir”.

Fim do capítulo 1
Capítulo 2 – parte 1
Primeiro mês

Depois dessa noite, todos os dias o Alex acordava, pensando que foi tudo um pesadelo ruim.
Mas quando via que ainda estava naquele quarto, trancado e incapaz de pedir ajuda, começava
a chorar.

O homem, que via que seu “amado” não estava nada bem, ia consola-lo, mas toda vez o rapaz o
afastava e gritava com ele, as vezes até implorava para deixa-lo ir, mas nunca conseguia. Algumas
vezes o homem trazia alguns agrados pro mais novo, pra ver se conseguia a confiança dele
novamente, mas sempre falho.

Em uma noite, em que o militar não estava em casa, o rapaz tentou se desatar sozinho e fugir.
Mas depois de várias horas tentando o homem chegou e viu o jovem
“— n-não é isso que você está pensando!” disse o garoto desesperado e saindo de perto
“— ah... é? ENTÃO É OQUE?” o militar se enfureceu, enquanto o rapaz se esgueirava em um
canto da parede e o mais velho chegando perto, gritando com muita raiva
“— É OQUE ENTÃO ALEX? EU TE DOU TUDO QUE VOCÊ QUER E GOSTA, E VOCÊ AINDA TENTA
FUGIR? PARECE QUE NÃO ENTENDEU AINDA”
o garoto apavorado fecharia os olhos, cobriria o rosto com as mãos e começaria a chorar,
enquanto o militar o puxava para perto
“— PARECE QUE EU VOU TER QUE TE ENSINAR OUTRA LIÇÃO! É ISSO MESMO QUE VOCÊ QUER?
APANHAR? SUA PUTINHA!” o homem não conteve suas palavras de ódio, o mesmo tirou o
cinto, e bateu fortemente no rapaz.

Enquanto ouvia o rapaz gritar e pedir para parar com isso, ele continuava, mas forte, e quanto
mais forte mais alto ele gritava, até que ele parou. Suas costas estavam vermelhas e gravemente
feridas, o mais novo nunca sentiu tanta dor, novamente ele não tinha mais forças nenhuma pra
fugir, e foi cuidado pelo homem.

“— Não tente fugir de novo, e se tentar o castigo vai ser cada vez pior” o garoto engoliria a seco,
mas não dizia uma palavra
“— se você me abandonar, eu vou matar a sua família”
o rapaz ficaria um pouco desesperado e olharia assustado pra ele “— Não! Por favor não! Não
faça isso, eles não têm nada a ver com isso!”
“— ENTÃO NÃO TENTE MAIS” o militar gritou, num tom sério, e depois disse
“— essa é a sua casa agora, e você mora aqui comigo, entendeu?” o rapaz desviaria o olhar
“— ENTENDEU?” o militar grita de novo e o rapaz diz com medo
“— sim...”
“— ótimo” o homem se levanta, e carrega o garoto até seu quarto, o colocando delicadamente
sentado na cama
“— boa noite” lhe deu um beijo e deitou do outro lado, Alex que não aguentava mais aquilo
mesmo assim deitou, e começou a chorar, quando se deu conta já tinha pegado no sono, e
dormiu chorando.

O garoto acordou, mas o homem ainda não tinha acordado, vendo isso ele voltou a dormir.
Quando acordou novamente, viu o homem se arrumando, ainda um pouco sonolento ele se
levanta e o homem vira pra trás e diz
“— bom dia” dando um beijo na testa do rapaz e logo deixando um beijo em sua boca. O rapaz
ainda sentindo um pouco de dor nas costas, fica em silêncio lembrado de ontem, e logo o militar
diz
“— desculpa... eu me descontrolei, fiquei desesperado e acabei fazendo isso... eu não queria ser
agressivo” diz com um pouco de arrependimento.
O mais novo, não acreditava nem um pouco nessa história, dês do início, sempre que era
contratado, os chupões e marcas deixados nele demoravam uma semana pra sumir. E não era
por causa dos outros clientes, era porque ele sempre foi agressivo.

Mais um dia se passou, e o homem chegou em casa, indo ver o garoto que continuava triste e
depressivo, e então ele disse
“— Meu amor, hoje vai vir alguns amigos meus na minha casa, você gostaria de conhece-los?”
Alex percebendo que isso seria uma chance de pedir ajuda, logo acenou fortemente que sim e
então ele disse novamente
“— isso é ótimo! Só que.. eles não podem te reconhecer, como eles não sabem seu rosto, e só
conseguem reconhecer pelas roupas que usa então vamos mudar um pouco” o homem foi até
seu armário, pegou uma bermuda e uma blusa e deu pro rapaz, que no momento só estava com
sua blusa e sua cueca
“— vista isso, e finja que é só um amigo que veio passar um tempo porquê... hm... foi expulso de
casa! Isso!”
o garoto as vestiu, que ficaram grandes demais nele.

Logo o militar que havia trazido algumas garrafas de bebidas alcóolicas, limpa elas e as deixa na
geladeira, ele voltou pro quarto e tirou as algemas do garoto, ele acariciou sua cabeça
bagunçando um pouco dos seus cabelos e indo pra cozinha.

O garoto se sentindo um pouco desconfortável com a bermuda, decide tira-la, além de que toda
hora ela caia. Quando os amigos chegaram, o menino estava no quarto, e só conseguia ouvir
vozes um pouco abafadas do homem recebendo 3 pessoas.

Logo depois de um tempo, os 4 conversando na sala, o rapaz com um pouco de medo sai para
beber água, a porta range um pouco, mas seu barulho é bem pouco para a TV da sala que estava
alta. Sem ser percebido, ele sai e vai pra cozinha quando vai pegar um copo, ele começa a
tremer, pois estava sentindo o cheiro do homem e então derruba o copo acidentalmente
fazendo o quebrar e um barulho alto ecoa em todo o lugar. Ele fica com medo e fica paralisado,
os 4 estranham o barulho e 2 deles vão ver oque aconteceu, o homem e um de seus amigos.
“— Leandro... Quem é esse rapaz ai?”
Leandro.... o único nome que Alex não queria ouvir, ele começa a tremer e chorar, paralisado
“— ah, é um amigo meu que, foi expulso de casa e pediu pra ficar aqui”
“— mas, assim?” ele aponta pro garoto que estava com a blusa do militar e de cueca
“— não é nada demais, deixa ele”
“— entendi...” o amigo se aproxima “— esse rapaz parece mais uma mulher doque um homem,
é tão bonito” o amigo tentaria pegar no rosto do menino, mas ele se afasta e esbarra sem querer
no militar
“— Alex, esse é o meu amigo, Ivan, ele é um general” ele limpa as lágrimas do garoto e pergunta
“— você se machucou?”
“— não, desculpa pelo copo”
“— tudo bem, os outros na sala são Anthony e Delano”
“— certo” o homem recolhe os cacos e os joga fora, indo pra sala, Leandro olha pro Alex e diz “—
Vem” o garoto engole seco e vai junto com ele.

Na sala os outros se surpreendem com a aparição do menino, Alex ficaria um pouco enjoado
com o cheiro de bebida no ar mas não demonstra reação. Um dos amigos que já estaria
embriagado diz
“— Olha, que “garota bonita”, vem aqui sentar no colo do papai vem”
Alex se recusa um pouco, mas logo sendo um pouco prensado pelas pessoas na sala, ele senta
no colo do homem, ele tenta sair, mas logo é interrompido pela fala do Anthony
“— Ah vai é só uma brincadeira” e é mantido no colo do Delano.

Depois de várias horas de bebedeira, posições desconfortáveis e possíveis assédios, os 4 decidem


fazer uma brincadeira, um jogo, chamado de jogo do pão. Todos sabiam das regras, inclusive
Alex, que não estava gostando nenhum pouco do papo...
“— quer entrar no jogo?” Ivan diz, mas logo o garoto recusa e fica só observando. Quando o jogo
acabou, quem deveria comer o pão deveria ser o Anthony, mas logo ele diz
“— Não, como o garoto não participou eu passo essa “honra” para ele” O rapaz recusa
relutantemente, ele não iria comer aquilo... iria...?

E assim foi feito, foi forçado a comer aquilo, era nojento, ele queria vomitar toda a hora, quase
vomitou quando terminou de comer, mas aguentou silenciosamente. Os 3 comemoraram e
foram beber mais um pouco, mas o militar viu que seu “querido” não estava nada bem. Depois
de algumas horas, de brincadeiras e apostas nojentas, os 3 foram embora.

Quando Leandro fechou a porta, ele se virou pra falar com o rapaz, mas logo o menino foi
vomitar no banheiro. O homem conseguia ouvir, o garoto chorando e vomitando muito, algumas
horas até achou que ele iria vomitar até as tripas. O mais velho foi ajudar o mais novo
“— você está bem?” O militar pergunta, o garoto continuaria chorando, e ele implora
“— por favor.... me deixa ir embora” Leandro entristecido em ver o rapaz assim, o abraça por trás
e lhe dá um beijo no pescoço, logo, o garoto que já havia desistido de tudo lhe dá um beijo na
boca.

Leandro se surpreendeu, pois ele nunca havia recebido um beijo vindo do rapaz, sem pensar
duas vezes o militar o beija novamente, envolvendo sua língua no meio do processo.

Logo, o militar o carrega para o quarto e eles voltam a se beijar. Alex por algum motivo, não via
mais aquele homem que tinha o sequestrado, e sim uma pessoa totalmente diferente, um rapaz
negro com o cabelo amarrado pra cima e verde, Alex não sabia quem era, só sabia que preferia
mil vezes aquela visão do que o militar.
Os atos começaram novamente, mas Alex não os fazia se sentindo vazio, ele fazia com êxtase.
Quando tudo acabou, ele foi dormir de conchinha, ele se sentia acolhido vendo aquela pessoa,
ele se sentia completo de novo.

Quando acordou, ele ficou muito triste, por aquilo ser tudo apenas uma ilusão da cabeça dele,
ele tinha certeza de que aquela pessoa não existia, e então chorou amargamente.

Fim da parte 1

Capítulo 2 – parte 2
Segundo mês

O primeiro mês se passa, aquela dor continua. Com o passar do tempo o rapaz começa a se
questionar sua sanidade mental. Todo o dia era a mesma coisa, Leandro chegava, o menino
continuava no quarto e aquele teatrinho de novo. Até que um dia um celular vibrou, ele
realmente achou que aquilo era um meio de salvação, pra sair daquele inferno, mas já era bem
tarde...

Em mais uma noite...

“— amor, cheguei!” disse o militar indo em direção ao quarto “— como você está?”
“— eu te odeio...”
“— não diga isso”
“— eu não tenho culpa... SE VOCÊ É UM NARCISISTA DE MERDA QUE NÃO CONSEGUE ACEITAR
UM NÃO”
“— o que você disse?”
“— isso mesmo que você ouviu...”
“— não fala assim comigo, nunca mais!” Leandro daria um soco na boca de Alex
“— VAI, ME BATE DE NOVO! EU QUERO É QUE VOCÊ SE FODA! EU QUERO QUE VOCÊ MORRA E
QUEIME!”
“— abaixa o tom... seu merdinha”
“— VAI SE FUDER LEANDRO!”
e logo uma briga iniciaria, mas o garoto tinha uma vantagem... Logo Leandro, encima do garoto,
batendo nele fortemente, percebe algo dentro de seu estômago...
O militar recebeu uma facada, percebendo isso se levanta e retira a faca. Leandro já estaria
enfurecido, ele pega Alex e o joga contra a parede.

“— você é só um ratinho de esgoto que eu encontrei no lixo”


“— se eu sou só um ratinho de esgoto, então porque me quis?”
[ ... ]
“— você me prendeu porque quis, inventou uma história de amor porque quis, eu não tenho
nada haver com isso, eu só estava fazendo o meu trabalho”
“— Sabe porque eu ainda não te entreguei?”
“— Porque você “me ama””
“— Se fosse só por isso, eu já teria te matado a muito tempo”

Leandro pega o facão e retira de sua barriga, fazendo um corte no pescoço do garoto

“— Você é só uma puta, que nem sequer consegue ser útil pra mim”
O menino cospe sangue na cara do militar “— e você é só mais um idiota, se diz protetor de
civis... Mas sequestra um e prende como se fosse algo seu”
“— E você pode ser chamado de civil? Não me faz rir, você É PATÉTICO!”
“— Você comete crimes... e ainda tem a coragem de me dizer que eu sou patético... claro”

O militar daria um tapa na cara do rapaz “— cala a boca, putas não tem o direito de falar”

Logo depois de tudo aquilo, os dois foram dormir. E mais um dia de luta se passa

Alex, não se importava com mais nada, não queria mais saber de clientes ou algo do tipo, só
queria fugir... E todo o dia vinha a pergunta “Todos que eu amava... Onde eles estão? Porque
ninguém vem me salvar?” Ele tentava ser otimista algumas horas pra esquecer daquilo, mas não
dava, ele queria grita e fugir. Ele não conseguia, de novo... de novo... e de novo...

Aquele mesmo celular que ele ouvir vibrar, ouviu de novo, dessa vez ele pode ver que o celular
dele estava encima da mesa da sala, desesperado foi até lá e veio a pergunta “Porque isso está
aqui? Como ainda tem bateria? Quem estava tentando falar comigo?” Então ele viu, nesse
tempo todo, Leandro estava fingindo ser ele pra não levantar suspeitas, naquela hora tudo que
ele queria era pegar o celular e quebrar ao meio, mas se conteve. Nisso ele pegou o celular mais
rápido que pode e mandou uma mensagem e voz, pedindo ajuda, dizendo tudo que estava
acontecendo com ele, e a resposta foi “já estamos indo...” Ele mandou a mensagem pra Carol, a
irmã mais nova, ele sabia que ela iria investigar tudo aquilo... não é?

Quando ouviu o barulho da porta destrancar, ele apagou a mensagem de voz e voltou correndo
pro quarto.

“— Amor! Cheguei!”

Ouviu o militar, e também conseguiu ouvir o som de algumas sacolas, ele não queria nem saber
o que era, estava mais preocupado com a mensagem que mandou do que com aquilo.

Fim da parte 2

Capítulo 2 – parte 3
Terceiro mês
E mais um mês passa, e ele estava sozinho... sem ninguém, sem nada, ainda naquele quarto. E
então, Leandro entra no quarto mais uma vez, o garoto coagido, se encolhe com o medo do que
ele poderia fazer. Ele escuta um barulho de correntes, mas de olhos fechado e com medo só vira
o rosto pro lado..

“— Não me machuque...!” o garoto é arrastado pra perto do homem


“— machucar você?” Ele pegaria no queixo do mais novo e levaria o olhar do mesmo ao seu
rosto “— como eu machucaria alguém que amo”
“— me desculpe então... eu me enganei...”
“— tudo bem” Ele dá um selinho no garoto

A cada dia que passava, o garoto já aparentava ter desistido de resistir, e se entregado
totalmente. Não sabia mais o que era certo, ou que era errado, ele só queria fugir...

Fugir? Oque seria essa palavra... fugir, pra que fugir? Aquele lugar era bom pra ele não? Aquela
era a nova casa dele, ele adora passar todos os dias trancado num quarto sozinho recebendo
punições e sendo jogado numa cama que ele nem mais suporta olhar. Leandro é seu marido
não é? Ele te ama né? Por isso você está trancado ai, com várias ataduras e machucados, ele se
importa com você! Por isso ele te machuca, porque ele te ama, você só está sendo mal
agradecido em tratar ele mal

Enlouqueça
Entre em pânico
Chore
Vomite
Grite
Dor
...

Vamos... Grite!
GRITE COMO VOCÊ SEMPRE FAZ! Grite! GRITE!

Depois de um tempo, sua insanidade chegaria, é óbvio que isso iria acontecer, os dias foram
passando, e você AÍ, trancado num quarto, ninguém vai te salvar. Todo mundo te esqueceu, ao
menos é isso que você pensa...

“— Chefe... não achamos nenhuma pista”


“— Como assim? Não acharam nada?! Nenhuma pista? “
“— Nenhuma, procuramos por todos os lugares, rastreamos tudo... não achamos nada”
“— Carol... tem certeza que esse áudio não é fake?”
“— Tenho, eu reconheço a voz dele de longe...”
“— Calma, nós vamos achar ele... né?”

Carol começaria a chorar, desesperada. Kastrice e Mihua a ajudariam a se recompor, a tristeza


corroía todo o lugar, fazendo a dama de cabelo curto enlouquecer e quebrar algumas coisas, a
amante da dama tentando acalmar sua amada, e a hacker quase entrando em depressão por
falta do seu irmão.
A dor que Alex sentia naquele momento, era gigante. Ele não aguentava ficar alí...

“— Você anda tão triste nesses últimos dias...”


“— ...”
“— Sabe... eu já te soltei pra você poder andar pela casa, qual é o problema?”
“— eu quero voltar pra casa...”
“— mas aqui é a sua casa!”
“— é claro...”
“— eu estou cansado disso Alex, eu estou cansado de te bater pra você entender, aqui é o seu
lugar, COMIGO!” Ele puxaria o garoto pra perto “— Porque você não entende logo, eu amo você!
E você me ama, não é?”
“— ...” ele começaria a chorar
“— Não é?”
“— me desculpa...”
“— NÃO É?”
“— é... eu te amo”
“— ótimo” Ele beijaria o garoto a força, ainda querendo relações...

“Me tira daqui...”


Atos carnais começam, mais dias se passam, e a esperança já tinha acabado.

Alex se entregou totalmente ao militar, não a mais chances de salva-lo

“Socorro...”

Fim da parte 3

Capítulo 2 – parte 4
Quarto mês

E mais uma noite se passa, mais uma noite naquele quarto, naquela cama, naquele lugar... logo
antes de dormir é recebido por um beijo em sua cabeça, e em seguida ele adormece.

Quando acorda, vê que está sozinho. Ele nem pensa em tentar fugir, só está com fome... Ele vai
até a cozinha procurando algo pra comer.

Um pão, ele pega e come “eu realmente me sinto como um rato” e ele volta pro quarto.

“eu, estou com medo

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