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Aerodesign
Bruno Vasselai Soares Mendes
bruno.vasselai.mendes@hotmail.com
1-Introdução
Todo ano, equipes inscritas no projeto competição SAE BRASIL aero design são
desafiadas a se envolver em um ou mais projetos aeronáuticos completos, com o intuito de
desenvolver e propagar técnicas e conhecimentos da engenharia aeronáutica. Os grupos
estudantis participantes se deparam com regulamentos inspirados em problemas reais da
indústria aeronáutica (SAE BRASIL, n.d.).
O evento se ramifica em três categorias: Regular, aberta e micro, cada uma com
diferentes restrições. Também possui duas etapas: a competição de projeto e a competição de
voo. Durante sua realização, engenheiros da área avaliam, comparativamente, as equipes de
acordo com o desempenho dos projetos em ambas as etapas (SAE BRASIL, n.d.).
Diante das características da competição SAE BRASIL aero design, e de acordo com as
experiências do autor como membro ativo da equipe Aerodesign UTFPR Curitiba, os
conhecimentos técnicos e práticos são de suma importância para o desenvolvimento desses
projetos.
Tendo em vista todos esses fatores, surge uma questão a ser respondida: Como pode-
se otimizar a passagem de conhecimentos dentro de uma equipe de Aerodesign? Para
responder essa indagação, buscou-se avaliar a percepção de integrantes da equipe Aerodesign
UTFPR Curitiba quanto a ferramentas da gestão do conhecimento e suas influências no processo
individual do aprendizado.
2-Marco teórico
2.1-O conhecimento
Para melhor entender como funciona a gestão do conhecimento e suas ferramentas, é
necessário compreender a diferença entra dados, informações e conhecimento (Silva, 2004).
Apesar de vários autores darem diferentes definições para esses conceitos, há uma ideia
em comum: a existência de uma hierarquia entre esses, na qual os dados estão abaixo das
informações e estas abaixo do conhecimento (Tuomi, 1999).
Dados podem ser interpretados como fatos brutos e isolados. Informações são meios
de transmissão de dados contextualizados, possuindo emissores e receptores e tendo o objetivo
de alterar a percepção do receptor sobre algo. Já o conhecimento pode ser descrito como uma
união de experiências, intuições e informações que possibilita o trabalho com outras
informações e experiências. Notadamente, o conhecimento é muito mais profundo e complexo,
justamente por consistir de diversos elementos (Davenport & Prusak, 1998, pp. 2-6)
3-Metodologia
3.1 Fundamentação teórica
A metodologia do projeto de pesquisa realizado foi baseada nos conceitos apresentados
por Gil (2002), Kauark, Manhães e Medeiros (2010), para uma pesquisa qualitativa descritiva.
Uma pesquisa qualitativa é definida pela preocupação com o sujeito e sua percepção e
relação com o ambiente. Estão em foco o estudo de fenômenos e da atribuição de significados,
que são analisados indutivamente pelo pesquisador. É um tipo de pesquisa naturalmente
descritiva (Kauark et al., 2010).
3.2.2 A amostra
Da população analisada pela pesquisa, a amostra foi composta por 11 membros da
equipe AeroDesign UTFPR Curitiba.
Já para a coleta de dados, foi utilizado um questionário online com 7 perguntas, sendo
6 de múltipla escolha e obrigatórias para o envio das respostas, e 1 discursiva não obrigatória
para o envio da resposta. A própria ferramenta organizou as respostas obtidas em gráficos de
seções, para as perguntas de múltipla escolha, e em lista, para a pergunta discursiva.
4-Pesquisa
A seguir, estão dispostos os gráficos gerados para cada pergunta múltipla escolha:
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Para essa pergunta, apenas um membro da amostra respondeu. Sua resposta foi a
seguinte:
5-Análise
Diante das respostas para as perguntas de múltipla, é notório que todas tiveram
respostas neutras ou positivas, o que significa que, para cada ferramenta testada pelas
perguntas, há uma resposta positiva dos membros da equipe em questão e, em caso de
aplicações mais aprofundadas, poderiam ser efetivas para a otimização da passagem de
conhecimento dentro do grupo.
6-Considerações Finais
Ao final da pesquisa, podemos observar que seu objetivo foi atingido, já que foi possível
avaliar as percepções de diversos membros de uma equipe de aero design quanto à ferramentas
da gestão do conhecimento. Como um trabalho futuro, a aplicação direta dessas ferramentas
dentro da equipe AeroDesign UTFPR Curitiba pode resultar no aumento de sua eficiência nas
competições em que participa, possibilitando novos estudos mais aprofundados e precisos
quanto aos resultados dessa implementação.
Pode-se afirmar que uma das grandes dificuldades do projeto foi a pesquisa
bibliográfica, já que os conhecimentos abordados são de extrema complexidade, além de haver
algumas discordâncias entre autores sobre algumas definições
Referências
Balestrin, A., Vargas, L. M., Fayard, P. (2004), CRIAÇÃO DE CONHECIMENTO NAS REDES DE
COOPERAÇÃO INTERORGANIZACIONAl.
Davenport, T.H., Prusak, L. (1998), Working Knowledge: How Organizations Manage What They
Know, Harvard Business School Press, Boston, MA.
Durst, S., Wilhelm, S. (2012), Knowledge management and succession planning in SMEs, Journal
of Knowledge Management, 16(4), 637-649, doi: 10.1108/13673271211246194.
Gil, A. C. (2002), Como Elaborar Projetos de Pesquisa (4 ed.), São Paulo: Atlas S.A.
Heijst, G., Spek, R., KRUIZINGA, E. (1997) Corporate memories as a tool for knowledge
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Nonaka, I., Konno, N. (1998), The concept of ‘ba’: building a foundation for knowledge creation.
California Management Review, v. 40, n. 3, p. 40-54, Spring 1998.
Silva, S. l. (2004), Gestão do conhecimento: uma revisão crítica orientada pela abordagem da
criação do conhecimento, Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 143-151, maio/ago. 2004
Silva, F. A. C. (2006), GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA: desafios para
as organizações produtiva, Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.16, n.1, p.91-100, jan./jun. 2006
Tuomi, I. (1999, inverno), Data Is More Than Knowledge: Implications of the Reversed
Knowledge Hierarchy for Knowledge Management and Organizational Memory. Journal of
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