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Fidélio Kovite Nhabanga

Análise fitoquímica e actividade antibacteriana do extracto das folhas de Mangifera


indica L. frente a Shigella sp na cidade de Nampula

Universidade Rovuma
Nampula
2021
2

Fidélio Kovite Nhabanga

Análise fitoquímica e actividade antibacteriana do extracto das folhas de Mangifera


indica L. frente a Shigella sp na cidade de Nampula

(Licenciatura em Ensino de Química com a Habilitações em Gestão de Laboratório)

Monografia Científica a ser entregue na


Faculdade de Ciências Naturais, Matemática e
Estatística para obtenção do grau de Licenciatura
em Ensino de Química com Habilitações em
Gestão de Laboratórios.

Supervisor: Prof. Doutor Lázaro Gonçalves


Cuinica

Universidade Rovuma
Nampula
2021
3

Fidélio KoviteNhabanga

Análise fitoquímica e actividade antibacteriana do extracto das folhas de Mangifera


indica L. frente a Shigella sp na cidade de Nampula

Monografia Científica apresentada na Faculdade de Ciências Naturais, Matemática e


Estatística para obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em
Gestão de Laboratórios.

Membro do Júri

_________________________________________________
Presidente do Júri

_________________________________________________
Orientador do Trabalho

_________________________________________________
Arguente do Trabalho

Universidade Rovuma
Nampula
2021
4

Índice

Declaração7

Dedicatória8

Agradecimentos9

Lista de abreviaturas10

Lista de tabelas11

Lista de gráfico12

Lista de figuras13

Resumo14

Abstract15

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO16

1.1 JUSTIFICATIVA17
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO18
1.3 OBJECTIVOS19
1.3.1 Objectivo geral19
1.3.2 Objectivos específicos19
1.4 HIPÓTESE19
1.5 ENQUADRAMENTO DA PESQUISA19
1.6 RELEVÂNCIA DO TEMA19
1.7 DELIMITAÇÃO DO TEMA20

2 CAPÍTULO II: METODOLOGIA21

2.1 TIPO DE PESQUISA21


2.2 QUANTO À NATUREZA21
2.3 QUANTO AOS OBJECTIVOS21
2.4 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS21

3 CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA22

3.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA DA MANGÍFERA INDICA L.23


3.2 ORIGEM DE ESPÉCIE M. INDICA23
3.3 DESCRIÇÃO DE ESPÉCIE M. INDICA23
5

3.4 PROPRIEDADES MEDICINAIS DE ESPÉCIE M. INDICA24


3.5 COMPOSTO ISOLADO NA M. INDICA24
3.6 PRINCIPAIS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DA FAMÍLIA ANACARDIÁCEA COM
ACTIVIDADE ANTIMICROBIANA24

3.6.1 Flavonóides25
3.6.2 Taninos25
3.7 SHIGELLASP25
3.8 TÉCNICAS DE EXTRACÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO26
3.8.1.1 Maceração27
3.9 MÉTODOS DE ANÁLISE28
3.9.1 Testes fitoquímicos preliminares28
3.9.2 Actividade antimicrobiana28
3.9.2.1 Difusão de disco em agar28

4 CAPÍTULO IV: PARTE EXPERIMENTAL30

4.1 OBTENÇÃO DE MATERIAL VEGETAL30


4.2 SOLVENTES E REAGENTES USADOS NA EXTRACÇÃO E TESTES FITOQUÍMICOS30
4.3 PREPARAÇÃO DO EXTRACTO HIDROETANÓLICO DAS FOLHAS DE M. INDICA30
4.4 DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SECO30
4.5 CONCENTRAÇÃO E SECAGEM DO EXTRACTO31
4.6 ANÁLISE FITOQUÍMICA PRELIMINAR31
4.6.1 Identificação de alcalóides31
4.6.2 Identificação de flavonóides31
4.6.3 Identificação dos taninos31
4.6.4 Identificação de saponinas31
4.7 ANÁLISE ANTIBACTERIANA DOS EXTRACTOS DAS FOLHAS DE M. INDICA FRENTE A
SHIGELLA SP32
4.7.1 Meios de cultura32
4.7.2 Teste de sensibilidade de Shigella sp ao extracto hidroetanólico de M. indica32

5 CAPÍTULO V: ANÁLISE E DISCUSSÃODOS RESULTADOS33

5.1 EXTRACTOS DAS FOLHAS DE M. INDICA OBTIDOS POR MACERAÇÃO33


5.2 ANÁLISE FITOQUÍMICA QUALITATIVA DE EXTRACTOS DAS FOLHAS DE M. INDICA33
5.3 RESULTADOS DE AVALIAÇÃO ANTIBACTERIANA DE EXTRACTO HIDROETANÓLICO DE M.
INDICA36
6

5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA38


5.5 VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DA HIPÓTESE.38

6 CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES40

6.1 CONCLUSÃO40
6.2 SUGESTÕES40

7 BIBLIOGRAFIA41
7

Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do
meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos ____ de _____ de 2022


__________________________________________
(Fidélio Kovite Nhabanga)
8

Dedicatória
Dedico esta pesquisa especialmente a minha mãe.
9

Agradecimentos

Especialmente a Deus, pois sem ele nada é possível.

À minha família, minha mãe, Fidélia Massango pelo amor, apoio incondicional.

À meu orientador, Prof. Doutor Lázaro Gonçalves Cuinica, pelos ensinamentos e sugestões
durante todo o trabalho.

À professores do curso de Ensino de Química da Universidade Rovuma e colegas pelo


auxílio, contribuição e disponibilidade de troca de conhecimento durante todo este processo, e
por ter conseguido um tempo para ensinar, ajudar, acrescentar, e por ter dado a oportunidade
de conhecê-los como pessoas e amigos.

À Moisés Ngovene, pela compreensão, apoio durante todo percurso académico.

À todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para a concretização deste sonho.
10

Lista de Abreviaturas

M. indica Mangifera indica Linneau


Dpa Desvio Padrão
MED Média
P Probabilidade Estatística Valor-p
%CV Coeficiente de Variação em Percentagem
UR Universidade Rovuma
HCN Hospital Central de Nampula
MIC Concentrações Inibitórias Mínimas
EIEC Escherichiacoli
TB Tuberculose
EtOH Hidroetanólico
GARP Parceria Global da Resistência a Antibióticos
11

Lista de Tabelas

Tabela1: Solventes e reagentes ................................................................................................ 29


Tabela2: Resultados de testes fitoquímicos de extractos das folhas de M. indica .................. 33
Tabela3: Probabilidade de Significância ................................................................................. 36
12

Lista de Gráfico

Gráfico 1:Médias de letalidade, nível de inibição e %CV dos extractoshidroetanólico em


concentrações diferentes.37
13

Lista de Figuras

Figura 1: Localização Geográfica da Área de Estudo20


Figura 2: Folhas de espécie M. indica23
Figura 3: Estrutura da Mangiferina24
Figura 4: Classes de metabólitos secundários analisados no extracto hidroetanólico de M.
indica34
14

Resumo

As substâncias extraídas de espécies vegetais desempenham um papel relevante na descoberta de


novos medicamentos devido as suas propriedades farmacológicas. A Mangifera indica (mangueira), é
empregue para curar shigelose ou disenteria. A bactéria Shigella sp causa uma doença designada
shigelose ou disenteria bacilar, porém, os sintomas desta infecção incluem: dor abdominal, febre,
cólicas intestinais e diarreia aquosa ou sanguinolenta, com ou sem muco.Esta pesquisa levanta o
seguinte problema: qual é a composição química e actividade antibacteriana dos extractos das folhas
da espécie M. indica frente a shigella sp? O trabalho teve como objectivo analisar a composição
química e actividade antibacteriana dos extractos das folhas da espécie M. indica frente a shigella sp
na cidade de Nampula. Para a realização deste trabalho foi empregue como método da pesquisa mista.
As análises qualitativas foram realizadas através de reagentes específicos para identificação de
princípios activos na amostra, realizado no Laboratório de Química e Biologia da Faculdade de
Ciências Naturais, Matemática e Estatística da Universidade Rovuma-Nampula. Os resultados obtidos
revelaram a presença de flavonóides, taninos e saponinas. E o extracto apresentou actividade
antimicrobiana in vitro frente à bactéria de Shigella sp, partindo da concentração mínima de 100
mg/mL, sendo apenas a concentração 500 mg/mL que revelou maior potencial antimicrobiano
comparando com padrão de referência de penicilina, Por fim, conclui-se que a eficiência do extracto
hidroetanólico de M. indica frente a Shigella sp esta associada com a presença de fitoquímicos como
flavonóides, taninos e saponinas.
Palavras-chave:Mangífera indica L., Shigella sp, Metabólicos.
15

Abstract
Substances extracted from plant species play an important role in new drug discovery due to
their pharmacological properties. Mangifera indica (hose) is used to cure shigellosis or
dysentery. The bacterium Shigella sp causes a disease called shigellosis or bacillary
dysentery, but symptoms of this infection include: abdominal pain, fever, intestinal cramps
and watery or bloody diarrhea, with or without mucus. The research problem is the following
question: what is the chemical composition and antibacterial activity of extracts from leaves
of the species M. indica against shigella sp?. The objective of this work was to analyze the
chemical composition and antibacterial activity of extracts from the leaves of the species M.
indica against shigella sp cultivated in the city of Nampula, for the accomplishment of this
work it was used as a method of mixed research. Qualitative analyzes were performed using
specific reagents to identify active principles in the sample, carried out at the Laboratory of
Chemistry and Biology of the Faculty of Natural Sciences, Mathematics and Statistics of the
Rovuma-Nampula University. The results obtained were: revealed the presence of
flavonoids, tannins and saponins. And the extract showed antimicrobial activity in vitro
against the strain of Shigella sp, starting from the minimum concentration of 100 mg/mL,
with only the concentration of 500 mg/mL revealed greater antimicrobial potential compared
to the penicillin reference standard. the efficiency of the hydroethanolic extract of M. indica
against Shigella sp is associated with the presence of phytochemicals such as flavonoids,
tannins and saponins.

Keywords:Mangiíferaindica L., Shigella sp, Metabolic.

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16

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

Continua a não apresentar ideias chaves da monografia, a sua motivação, os objectivos da pesquisa e as
breves conclusões da pesquisa devem estar patentes na introdução! Continua apenas citando ou
copiando citações que acaba não trazendo ideias suas o porquê optou por esta pesquisa

As substâncias extraídas de espécies vegetais desempenham um papel relevante na


descoberta de novos medicamentos devido as suas propriedades farmacológicas.

‘’A Mangifera indica, conhecida popularmente como mangueira, é


pertencente à família das anacardiáceas e é originária da Ásia austro-oriental,
porém hoje é naturalizada em todas as regiões intertropicais, portanto, trata-se
de uma árvore de elevado porte, às vezes, com mais de 20 m de altura e até
2,50 m de diâmetro, esgalhada, formando densa e frondosa copa, em cuja
sombra não cresce planta alguma’’ (Braga 2001, como citado por Cajado et
al., 2016, p. 177).
’’Estudos farmacológicos recentes demonstraram que extractos da M. indica
possuem actividades antiviral, antibacteriana, analgésica, antiinflamatória,
imunomodulatoria. Além disso, seu extracto hidroalcoólico exibiu propriedade
antidiarreica, hipoglicemiante e hipolipidêmica’’ (Ojewole, 2005, p. 6).
A falta de antibióticos nas farmácias dos hospitais do país, despertou interesse no autor
de analisar as folhas de mangueiras de Moçambique se poderiam também servir como agentes
antimicrobianos alternativos contra a Shigela sp, que é a bactéria causadora de disenteria ou
shigelose.

‘’Essa espécie vegetal (M. indica) possui diversas propriedades terapêuticas,


demonstrando acçãoantioxidante, analgésica, antinflamatória,
imunomoduladora, actividade no controle da bronquite crónica, disenteria e
hemorragia intestinal em seres humanos, além de actividade diurética e
estimulação da produção de leite’’ (Macêdo, 2018, p. 17).
Nesta ordem de ideia, a pesquisa em exposição teve como objectivo analisar a
composição fitoquímica e a actividade antibacteriana do extracto hidroetanólico de M. indica
frente a bactéria Shigella sp (Você fez estudos referentes a Shigela sp ou spp?). Portanto,
usou-se penicilina como referência, sendo ele potencial antibacteriano.

O trabalho está dividido em cinco capítulo, sendo elas: (i) capítulo 1, a introdução,
onde apresenta-se uma breve notas introdutorias, descrição da delimitação do tema, a
justificativa e relevância da pesquia, a problematização e colocação do problema, os
objectivos e as hipóteses de pesquisa; (ii) capítulo 2, a revisão da literatura, onde se
17

descrevem as principais teorias??? do tema; (iii) capitulo 3, a metodologia, descrição dos


métodos e técnicas de pesquisa usadas no estudo; (iv) capitulo 4, análise e discussão dos
resultados, apresenta-se os resultados, as análises e validação das hipóteses; e (v) capitulo 5,
as conclusões da pesquisa em função da metodologia aplicada e dos objetivos do estudo e
colocação de sugestões.
A análise e actividade actibacterianado extracto hidroetanólico das folhas de M.
indica, constituiu uma importante ferramenta racional que permitiu identificar e caracterizar o
perfil químico e da sua acção antimicrobiana como remédio face a shigelose. Portanto, muitos
estudos aobre a M. indica já foram realizados nos outros diversos países, assim sendo, esta
pequisa traz novidades sobre a composição fitoquímica e activividades antibacteriana das
folhas de mangueiras de Moçambique.

1.1 Justificativa

‘’Nos últimos anos, o conhecimento sobre o potencial terapêutico de plantas com


actividade antimicrobiana tem despertado o interesse científico, buscando novos caminhos
para o controle e tratamento de diversas doenças’’ (Ferreira, et al., 2011, Bispo, et al., 2007).

A falta de medicamentos nas farmácias dos hospitais (Você está preocupado com todo tipo de
medicamento ou os que acham que devem ter alternativa?)e um problema que tem se vivido na cidade
de Nampula, portanto, torna-se relevante analisar formas alternativas para minimizar esse
problema. O actor está preocupado em medicamentos que devem ser alternativos.

Você apagou um paragrafo que falava sobre a importância de estudar os metabolitos


secundários das plantas como potenciais antibióticos e terminavas falando da capacidade
evolutiva dos microrganismos – devolva o paragrafo antes do paragrafo a seguir

Em virtudes ao crescimento da resistência bacteriana de antibióticos sintéticos relatados


pela organização mundial da saúde em 2007, Moçambique foi o 19° País com elevado
número de casos de Tuberculose (TB), dentre os 22 Países com maior peso da TB no mundo,
pois, são alguns exemplos de doenças bacterianas que têm mostrado muita resistência aos
antibióticos sintéticos (OMS, 2008). ‘’Pouca informação esteja disponível sobre taxas de
resistência antibiótica em Moçambique, os poucos estudos realizados revelaram elevados
níveis de resistência a medicamentos comuns usados no tratamento de enfermidades
bacterianas graves. ‘’Para dirigir a atenção ao peso crescente de resistência, a Parceria Global
da Resistência a Antibióticos - Moçambique (GARP) em 2015, realizou estudos sobre
Shigella sp que mostrou resistência acima de 50 % quer para ampicilina’’Porque estudar a
18

resistência para ampicilina se a shigela pode ser tratada fluoroquinolona, ciprofloxacino,


Azitromicina ou Ceftriaxona? E em quais casos a shigela sp pode ser tratada com ampicilina?
(GARP & MS 2015). Diante das informações colhidas foi motivador para o pesquisador
trabalhar com as folhas de M. indica por ser uma planta de fácil acesso ao nível local, também
devido ao seu alto valor e poder terapêutico frente a algumas bactérias, na área científica foi
motivado pela procura de alternativas terapêuticas, com as plantas medicinais, visto que as
espécies vegetais representam uma importante fonte para obtenção destes medicamentos.

1.2 Problematização

‘’Os agentes infecciosos bacterianos primários em Moçambique incluem E.


coli, Salmonella não-tifóide, Shigella sp, e V. cholerae, pois, nos estudos
realizados Shigella sp.mostrou resistência acima de 50 % quer para ampicilina
quer para cloranfenicol, com elevado nível de resistência multi-
medicamentosa’’ (GARP & MS 2015, p. 6).
Considerando o conhecimento preciso das propriedades físico-químicas é de
importância fundamental num estudo químico farmacológico e partindo da necessidade de
encontrar novos agentes antibacterianos no reino plantae deMoçambique.Frase
incompleta.Devido a várias necessidades de adoptar por outras medidas medicinais para a
inibição de algumas bactérias que causa a resistência em doenças diarreicas e respiratórios
caso esse que tem deixado a população num verdadeiro caos devido ao aumento de números
de mortes assim como os infectado principalmente nesse período de pandemia de COVID-19,
visto que essas doenças são graves sintomas para essa pandemia sinais esse que pode resultar
em um isolamento em quarentena obrigatório longe da família se existe uma possibilidade de
extrair da natureza fonte de tratamento destas doenças, então porque não se beneficiar das
plantas.Muito confuso este paragrafo, a ideia é boa mas, você não deixa clara

E neste contexto que surge a seguinte questão:

Qual é a composição química e actividade antibacteriana de extractos das folhas da espécie


M. indica frente a Shigella sp na cidade de Nampula?

Precisa que seja claro no seu problema: lá na sua introdução você fala da necessidade de encontrar meios
alternativos ao tratamento da Shigela, então a questão é ver se as folhas da mangueira podem trazer efeitos no
tratamento contra estes sintomas ou doenças provocadas por esta bacteria.

Coloquei no seu trabalho a necessidade de você trazer os dados referentes aos efeitos provocados por esta
doença em relação a morbidade e mortalidade da doença, e devia dizer a relevância do estudo em relação aos
efeitos farmacológicos da planta no país!
19

Se está a estudar formas de tratamento desta doença, devia dizer pelo menos em um paragrafo como se
obtém ou se contamina esta doença, quais as vias de contaminação e em que meios ela ocorre!!!

1.3 Objectivos

1.3.1 Objectivo geral

 Analisar composição química e actividade antibacteriana de extractos das folhas da


espécie M. indica frente a Shigella sp na cidade de Nampula.

Eu sugiro que o seu objectivo geral seja analise da actividade antibacteriana do extracto das folhas da
M. I frente a Shigela e analisar a composição química do extracto das folhas da M.I seja seu objectivo
especifico de forma a lhe fornecer informações que determinem se a M. I é suficientemente capaz de
combater a shigela ou sintomas que ela provoca

1.3.2 Objectivos específicos

 Preparar os extractos secos na base de folhas de M. indica;


 Identificar os compostos químicos presentes no extracto das folhas de M. indica;
 Realizar teste in vitro da actividade antibacteriana de extractos das folhas de M. indica
frente a Shigella sp.

1.4 Hipótese

Os extractos das folhas de M. indica são possivelmente compostos por fitoquímicos


como flavonóides e taninos, também apresentam actividade antibacteriana frente a Shigella
sp.

1.5 Enquadramento da pesquisa

A pesquisa enquadra-se na linha de valorização de produtos naturais e fitoterapia, Pois,


há necessidade de se valorizar esta linha e criar novas pesquisas, principalmente o uso do
extracto das folhas de M. indica para o tratamento de várias enfermidades que atacam o
homem no seu dia-a-dia.

1.6 Relevância do tema

Assim, é relevante, pois, realizar a prospecção de extractos da espécie M. indica, para


conhecer os seus reais princípios activos de modo que se possa explorar na integra o seu
potencial fotoquímico e beneficie farmacologicamente a população da cidade de Nampula.
Acha que isso é suficiente para fazer um estudo desta magnitude?
20

1.7 Delimitação do temaQual a relevancia de trazer a delimitação do estudo que é


totalmente laboratorial?

A pesquisa cujo tema: Análise fitoquímica e actividade antibacteriana de extractos das


folhas de M. indica frente a Shigella sp, foi realizada na cidade de Nampula, num período
compreendido entre Fevereiro e Junho de 2021. ‘’Pois, a cidade de Nampula esta localizada
no interior da província de Nampula em Moçambique, cuja sua população de acordo com o
senso de 2017 é de 743125 habitantes’’ (INE, 2017).

Figura 1: Localização Geográfica da Área de Estudo


Fonte: Chigoma (2018, p 21)
21

2 CAPÍTULO II: METODOLOGIAReveja suas metodologias porque há muita confusão

2.1 Tipo de pesquisa


Tratou-se de uma pesquisa mista. Em primeiro momento, faz-se uma análise do perfil
químico ou constituição das folhas de M. indica e em segundo momento fez-se determinação
de letalidades e de inibição microbiano dos extractos da M. indica. Porque que a pesquisa foi
mista?

2.2 Quanto à natureza


Tratou-se de uma a pesquisa é aplicada, porque objectiva gerar conhecimentos para
aplicação prática.
2.3 Quanto aos objectivos
Consoante aos objectivos esta pesquisa é exploratória (você diz que este trabalho é uma
novidade, como vai usar uma pesquisa exploratória quando você pretende explicar que pode
se adquiri um medicamento alternativo e você diz ter descoberto tal medicamento que são as
folhas da mangueira para curar problemas ligados a shigela sp?) visto que em sua fase
preliminar objectiva conquistar maior familiaridade com o problema. Portanto com a revisão
bibliográfica efectuou-se o levantamento ou busca de informações disponíveis nos livros,
revistas, artigos científicos e publicações na internet que debruçam principalmente da
botânica, fitoquímica, métodos usuais da extracção de compostos bioactivos de planta,
farmacologia e microbiologia

2.4 Quanto aos procedimentos


Veja se tem relação, uma pesquisa experimental e ainda exploratória?
A pesquisa experimental ela exige um objecto de estudo e existência de variantes dependentes
e independentes e no caso da sua pesquisa não aparece nenhuma dessas variantes
Quanto aos procedimentos, é uma pesquisa experimental. Entretanto, realizou-se o
processo de extracção, isolamento de metabólicos secundários e identificação dos mesmos
princípios activos no laboratório de biologia-química da Universidade Rovuma. E os ensaios
microbiológicos foram desenvolvidos no laboratório de Microbiologia de Hospital Central de
Nampula

a) Material vegetal

A droga vegetal foi obtida do material vegetal (folhas de M. indica) colectado no


bairro de Muhala Expansão, cidade de Nampula.

b) Preparação dos extractos hidroetanólicos


22

Os extractos foram preparados pelo método de maceração sob agitação constante à


temperatura ambiente.

c) Análises qualitativos de identificação de metabólitos secundários

Para a realização dos testes de identificação dos metabólitos secundários, foram feitos
testes qualitativos de coloração, precipitação e espuma.

d) Avaliação antimicrobiano

Os testes antibacterianos foram executados empregando a técnica de difusão em disco.

e) Discussão e interpretação dos resultados

A análise dos dados baseou-se em estabelecer a correlação entre composição


fitoquímica dos extractos e sensibilidade microbiana dos extractos das folhas de M. indica.

A conclusão foi elaborada em conformidade com os resultados obtidos na


identificação de classes metabólica e na análise de dados estatísticos com teste ANOVA factor
único a 95% de confiança na comparação da probabilidade de significância de actividade dos
extractos com a amostra padrão (penicilina).

3 CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


Organize seus pontos dentro deste capítulo, se tiveres que falar da M. indica, então fale dela
até terminar, por exemplo:
23

3.1. Origem da M. I
3.1.1. Classificação da M.I
3.1.2. Descrição da M. I
3.1.3. Propriedades medicinais da M.I
assim sucessivamente, para evitar que de repente no meio de subtitulos da M.I apareça a
shigela, os taninos como está no texto abaixo
3.1 Classificação botânica da Mangífera indica L.

Nome científico: Mangifera indica L.

Sinonímia científica: Mangífera


austroyunnanensis Hu

Nome popular: Mangueira

Reino: Plantae

Família: Anacardiácea

Género: Mangifera

Figura 2: Folhas de espécie M. indica


Fonte: Autor (2021)

3.2 Origem de espécie M. indica

A M. indica (mangueira) é uma planta originária do Sudeste da Ásia e Índia e


foi introduzida com sucesso na costa oriental africana pelos Árabes e é
conhecida desde o século X e na América foi introduzida pelos Portugueses,
nos finais do século XVII, e na mesma altura foi introduzida na África
Ocidental (MINEDH & IEDA, 2017, p. 45).
3.3 Descrição de espécie M. indica

‘’Mangueiras geralmente formam dossel de árvores em florestas tropicais de


terras baixas, atingindo altura de 30 a 40 m. Dossel é a sobreposição de galhos
e folhas das árvores muito acima do chão (é o conjunto das copas das árvores
acima de 25 m de altura), pois, as folhas da mangueira são lanceoladas,
coriáceas, com pedúnculo curto e a sua coloração varia de tonalidade verde
claro, bronzeadas ou arroxeadas, na fase jovem, até verde escuro, quando
maduras’’ (MINEDH & IEDA, 2017, p. 45).
24

3.4 Propriedades medicinais de espécie M. indica(Este titulo está a rejeitar logo que esse
trabalho não é nenhuma novidade, existem sim propriedades quimioterrapeuticas e
antibacterianas das folhas da M. Indica)

‘’Estudos farmacológicos recentes demonstraram que extractos da M. indica possuem


actividades antiviral, antibacteriana, analgésica, antiinflamatória’’ (Garrido, et al., 2004;
Ojewole, 2005; PARDO-ANDREU, et al., 2008; Pardo-Andreu, et al., 2008),
imunomodulatoria (Makare et al, 2001, citados por Silva, 2011). ‘’Além disso, seu
extractohidroalcoólico exibiu propriedade antidiarreica’’ (Sairam, et al., 2003),
hipoglicemianteehipolipidêmica’’ (Ojewole, 2005, p. 6).

3.5 Composto isolado na M. indica

‘’Mangiferina (1, 3, 6, 7 tetrahidroxixantona 2-glicopiranosídeo) é uma xantona com


propriedades antioxidantes que já foi isolada em várias partes da M. indica (Figura 2), como
por exemplo folhas, frutos, casca do caule, cerne e raízes’’ (Makare et al,(2001), como citado
por Silva, 2011, p. 7)’.

cFigura3: Estrutura da Mangiferina


Fonte: (Beltrán, et al., 2004)

‘’Estudos realizados com extractos aquosos das cascas do caule de uma


variedade seleccionada de M. indica, resultaram em uma formulação
farmacêutica, o qual já foi demonstrado exercer actividade antioxidante in
vitro e in vivo, pois, o componente predominante nesse extracto é a
mangiferina (10%), pois, este fitoterápico de origem cubana tem sido utilizado
para diversas enfermidades, tais como lúpuseritematoso, a asma, desordens do
sistema urinário e da próstata, a psoríase entre outros e é considerado um
sucesso comercial da indústria farmacêutica daquele país’’ (Moreira, 2009, p.
7).
3.6 Principais metabólitos secundários da família Anacardiácea com actividade
antimicrobiana

‘’Dentre os compostos amplamente estudados nessa família, os flavonóides e taninos


têm apresentado propriedades defensivas, incluindo agentes antibacterianos e
antifúngicos.’’(Madikizela, como citado por Cajado, et al., 2016)
25

3.6.1 Flavonóides

Segundo Simões, et al., (2017),

‘’Diversas funções são atribuídas aos flavonóides nas plantas, entretanto,


podem-se citar: protecção dos vegetais contra a incidência de raios ultravioleta
e visível, além de protecção contra insectos, fungos, vírus e bactérias; atracção
de animais com finalidade de polinização; antioxidante; controle da acção de
hormônios vegetais; agentes alelopáticos e inibidores de enzimas’’ (Simões, et
al., 2017, p. 198).
3.6.2 Taninos

‘‘Essas substâncias são, particularmente, importantes componentes gustativos,


sendo responsáveis pela adstringência de muitos frutos e vegetais, pois, a
complexação entre taninos e proteínas é a base para suas propriedades como
factores de controle de insectos, fungos e bactérias tanto quanto para suas
actividades farmacológicas’’ (Ibid, p. 220).
3.7 Shigella spQual ou há alguma diferença entre shigela sp e shigela spp?

Entre shigela sp e shigela spp não existe nenhuma diferença, pois shigela sp é diminutivo de
shigela spp.
‘’Shigella sp causa uma doença designada shigelose ou disenteria bacilar, porém, os
sintomas desta infecção incluem: dor abdominal, febre, cólicas intestinais e diarreia aquosa ou
sanguinolenta, com ou sem muco’’ (Nunes, et al., 2012, citado por Souza 2018, p. 44),

‘’Entre os grupos de microrganismos potencialmente causadores dessa doença,


Shigella sp é descrita como um importante agente etiológico e em 2015, foi classificada como
a segunda principal causa de morte, com 164.300 óbitos’’ (Troeger, apud Souza, 2018, p. 44).

‘’As bactérias do género Shigella estão entre os agentes patogénicos


causadores da disenteria bacilar, reconhecida pela Organização Mundial de
Saúde como uma das maiores preocupações de saúde pública global e elas
apresentam a seguinte classificação taxonómica: pertencem ao filo
Proteobacteria, classe Gammaproteobacteria, ordem Enterobacteriales e
família Enterobacteriaceae’’ (Ibid p. 44).
No que tange às suas características celulares, ʺsão bactérias Gram-negativas, imóveis,
com forma de bastonete, não esporuladas, enteroinvasivas, anaeróbias facultativas, não
capsuladas e incapazes de fermentar a lactose, além disso, não expressam adesinas conhecidas
e não formam biofilme’’ (Carayola apud Souza, 2018, p, 43).

‘’Shigella sp compartilha ainda várias características com o patótipo enteroinvasor de


Escherichiacoli (EIEC)’’(Souza, 2018). Tal semelhança é comprovada por estudos genéticos
e seria suficiente para agrupar as amostras em um mesmo género, entretanto, diferenças na
26

motilidade, perfil metabólico e manifestações clínicas dão suporte à decisão de manter estas
bactérias em géneros distintos (Beld, 2012, p. 28).

‘’Quanto ao descobrimento de Shigella sp, pode-se inferir que a mesma foi identificada
pela primeira vez em 1898 pelo Dr. Kiyoshi Shiga, ao trabalhar em um surto de disenteria que
estava ocorrendo no Japão’’ (Nyogi, 2005, p. 37).

‘’Primeiramente a bactéria descoberta causadora da doença foi nomeada


Bacillus dysenteriae, pois se acreditava ter relação com o Bacillus coli (hoje,
Escherichiacoli), sendo publicada no Journal of Bacteriology e esse patógeno
é conhecido hoje como Shigella dysenteriae, sendo o primeiro membro
identificado do género Shigella’’ (Levine, et al., 2002, p. 30).
Quais as formas de contaminação?
Quais os cuidados a ter?
Quais sintomas são visiveis em indivíduos com shigela?
Qual é a sua ocorrência em Moçambique em particular e no mundo em geral?
Tente trazer um relato dos efeitos adversos da shigela quando é mal tratada
quais os diferentes tipos de shigela
3.8 Técnicas de extracção sólido-líquido
‘’As técnicas convencionais ou tradicionais de extracção sólido-líquido consistem na
separação de componentes solúveis, contidos numa matriz sólida, que se difundem no
solvente quando este entra em contacto directo com a matriz’’ (Theodore e Ricci, 2010;
Dutta, 2007; Ignat, et al., 2011 citados por Santos, 2014). ‘’É uma operação unitária muito
usada para recuperar diversos compostos activos de plantas e das suas partes vegetais, bem
como a preparação de extractos de origem vegetal, devido a sua fácil utilização’’ (Idem, p.
21).

‘’Neste processo existem diversos factores que afectam a eficiência de extracção e o


seu rendimento, entre os quais, o tamanho das partículas e a presença de substâncias
interferentes na matriz’’ (Idem, p. 123).

‘’Assim, o material vegetal antes de ser submetido ao processo de extracção é


moído, triturado ou pulverizado para aumentar a área de superfície e promover
uma boa mistura com o solvente, o que facilita o processo de obtenção dos
produtos naturais e aumenta a velocidade de extracção e por vezes, é sujeito
previamente a processos de pré-tratamento, como a secagem, de modo a evitar
a sua degradação por impurezas, microrganismos e exposição ao ar’’ (Gurib-
Fakim, 2006; Dai &Mumper, 2010; Bucar, 2013 citados por Ibid, p. 140).
27

‘’A toxicidade, a volatilidade, viscosidade e pureza do solvente de extracção também


influenciam a eficiência de extracção’’ (Bucar, 2013). No estudo de plantas medicinais, a
extracção dos seus componentes activos tem por base o seu uso medicinal, de modo a obter
um extracto similar ao seu uso tradicional (Santos, 2014). ‘’A selecção do solvente depende
da natureza dos compostos bioactivos, sendo os mais usuais água, os solventes orgânicos e
misturas de solventes, entre os quais, metanol, etanol, acetato de etilo, acetona, diclorometano
e hexano’’(Sasidharan, Chen, Saravanan, K.M., Latha, & Feals, 2011).

‘’A utilização de solventes clorados foi descontinuada por serem tóxicos e


cancerígenos, entretanto, outros factores como temperatura, tempo de extracção, proporção
líquido-sólido, agitação, polaridade e estabilidade dos compostos a serem extraídos afectam
igualmente esta operação de separação’’ (Santos, 2014, p. 22).

3.8.1.1 Maceração(Por que usou esta técnica?)

Conforme (Santos, 2014),

‘’Dentre as técnicas convencionais ou tradicionais de extracção sólido-líquido,


a maceração é uma das mais usuais por ser simples, económica e adequada a
grandes escalas, permitindo a obtenção de óleos essenciais e produtos naturais
a partir de materiais vegetais, portanto, essa técnica consiste na imersão do
material vegetal num solvente apropriado num recipiente fechado, à
temperatura ambiente durante um longo período de tempo, e por se realizar à
temperatura ambiente este processo é menos susceptível de provocar a
degradação dos metabolitos termolábeis e para além disso, também se pode
efectuar agitação ocasional ou constante para aumentar a velocidade de
extracção de fitoquímicos. Este processo termina por separação do material
vegetal residual (bagaço) por decantação, seguido de uma etapa de filtração
para obtenção do filtrado (macerado), e comum após a maceração inicial,
seguida de decantação, a adição de solvente fresco para garantir uma
extracção exaustiva e este passo pode ser repetido várias vezes, pois, quando o
bagaço é demasiado fino (pó demasiado fino) pode recorrer-se a uma
centrifugação para separação’’ (Ibid, p. 21).

As principais desvantagens desta técnica são:

i) O tempo de duração da extracção ser longo, podendo ser de horas até várias
semanas;
ii) A utilização da extracção exaustiva pode consumir grandes volumes de solvente, o
que pode originar perda de metabólicos ou material vegetal;
iii) E alguns compostos podem não ser extraídos de forma eficiente se não forem
solúveis à temperatura ambiente no solvente. Este processo apresenta baixo
28

rendimento comparativamente a outros processos de extracção sólido-líquido,


como a percolação (Azmir, et al., 2013; Bucar, et al., 2013; Seidel, 2006).

3.9 Métodos de Análise

3.9.1 Testes fitoquímicos preliminares

Santos, (2014, p. 31), ‘’Os testes fitoquímicos preliminares permitem detectar


as principais classes de constituintes químicos normalmente presentes em
diferentes espécies de plantas, através de reacções entre os extractos
provenientes destes materiais vegetais, com reagentes ou solventes específicos
para cada classe’’.
Estes métodos são realizados para diferentes classes de metabolitos
secundários, entre as quais, esteróides, terpenos, taninos, saponinas,
alcalóides, flavonóides, açúcares redutores, glicósidos cardíacos, fenóis e
taninos, entre outros constituintes, e além disso, estes testes são rápidos e de
fácil execução e possibilitam uma análise qualitativa aos extractos antes e após
a cromatografia em coluna líquida (o que permite evidenciar os compostos
presentes em cada fracção) ou em cromatografia de camada fina (por
pulverização dos reagentes sobre as placas cromatográficas) (Jones &
Kinghorn, 2006; Fabricant & Farnsworth, 2001).
‘’A presença ou ausência de um determinado metabolito poderá ser detectada através
da mudança de coloração, por precipitação ou outro tipo de reacção (como formação de
espuma)’’ (Simões, et al., 2017, p. 120).

‘Também é difícil relacionar uma determinada classe de constituintes químicos com


actividades biológicas específicas, pois uma determinada classe pode ter uma vasta gama de
propriedades biológicos, que geralmente não são previsíveis’’ (Santos, 2014, p. 33).

3.9.2 Actividade antimicrobiana

‘’Os testes de susceptibilidadeantimicrobiana permitem a determinação da


eficácia de potenciais novos agentes antimicrobianos contra qualquer tipo de
organismo patogénico, que contribua para um processo infeccioso, desde que
seja assegurada a sua quimioterapia antimicrobiana e que a sua
susceptibilidade seja desconhecida, pois, estes testes são adequados para
organismos patogénicos que demonstrem resistência a agentes
antimicrobianos normalmente utilizados’’ (CLSI, (2012); Pandey & Kumar,
(2013) como citados por Ibid, p. 38).
3.9.2.1 Difusão de disco em agar

‘’O método muito utilizado é o da difusão de disco em agar que permite testar
in vitro organismos patogénicos comuns de crescimento rápido, sendo
aplicado habitualmente em muitos laboratórios de microbiologia, portanto, é
um método reprodutível e facilmente empregue e baseia-se na presença e
ausência de uma zona de inibição do crescimento microbiano, considerando
também o tamanho da zona de inibição’’ (Idem, p. 39).
29

‘’Esta técnica consiste na colocação de disco de papel de filtro estéreis na superfície de


uma placa de agar, previamente inoculada com uma suspensão padrão do microrganismo teste
e o agente antimicrobiano é posteriormente adicionado sobre os discos, e estes difundem-se
para o agar inibindo o crescimento microbiano’’ (Santos, 2014). ‘’Após a incubação, durante
um tempo definido a 35 ± 2°C, a susceptibilidade do microrganismo é avaliado através do
diâmetro das zonas de inibição de crescimento microbiano em torno de cada disco, que são
medidos com uma régua ou craveira’’ (CLSI, 2012; Jorgensen & Ferraro, 2009, p. 149).

‘’As vantagens deste método são a sua facilidade de execução, fácil interpretação de
resultados e o seu baixo custo, entretanto, este teste não é automatizado ou mecanizado e pode
não ser adequado para organismos de crescimento lento’’ (Santos, 2014, p. 39).

‘’Este teste nem sempre é indicado na determinação da actividade


antimicrobiana de agentes antimicrobianos naturais, como os extractos
vegetais, principalmente os aquosos, ou óleos essenciais, por se tratarem de
misturas complexas, sendo que os compostos podem apresentar diferentes
polaridades e afectar deste modo a difusão dos mesmos para o meio de
cultura, assim, os compostos com menor polaridade podem difundir-se mais
lentamente que os mais polares no agar, pois, este facto pode igualmente
acontecer em antibióticos de referência ou outros compostos ou moléculas
menos polares’’ (Pandey & Kumar, 2013; Klancnik, et al., 2010; Sánchez &
Kouznetsov, 2010 apud Santos, 2014, p. 40).
Existem outros factores que influenciam o resultados no método de difusão de disco em
agar, entre os quais:

i) O tipo de agar;
ii) A presença de sais e a concentração dos mesmos;
iii) Temperatura de incubação; e
iv) Tamanho molecular dos componentes dos agentes antimicrobianos (Eloff, 1998
citados por Santos, 2014, p. 40).

‘’Estes ensaios quando utilizados para avaliação de produtos naturais,


extractos ou compostos isolados, não são quantitativos pois apenas indicam se
existe inibição de crescimento microbiano, entretanto, para obtenção de
resultados mais fiáveis neste teste, os diâmetros da zona de inibição podem ser
associados com as concentrações inibitórias mínimas com microrganismos
conhecidos por serem susceptíveis ou resistentes a vários agentes
antimicrobianos’’ (Ibid, p. 40).
30

4 CAPÍTULO IV: PARTE EXPERIMENTAL

4.1 Obtenção de material vegetal

O material vegetal foi obtido no bairro de Muhala Expansão na cidade de Nampula. As


folhas frescas sem manchas, pois, as folhas com manchas pode sofrer alteração no seu teor de
princípios activos devido a contaminação(traga uma informação válida, cientifica que defende
isso), foram submetidas a limpeza e a desidratação na sombra num período de 10 dias. Por
razões das folhas com manchas apresentarem decomposição que podem influenciar nas
análises, assim torna-se prudente usar as folhas sem manchas. Posteriormente as folhas da
espécie M. indica, foram trituradas para aumentar a área de superfície e promover uma boa
mistura com o solvente extractor e consequentemente aumentar a velocidade de extracção. A
droga vegetal produzida foi armazenada em um frasco.

4.2 Solventes e reagentes usados na extracção e testes fitoquímicos


Tabela 1: Solventes e reagentes

Solventes Reagentes
Agua destilada HCl a 5%
Etanol Solução de iodo
Hidroetanólico Cloreto Férrico a 2%
Acetato de chumbo à 10%
Fonte: Autor (2021)
4.3 Preparação do extracto hidroetanólico das folhas de M. indica

Foram pesadas 70 g de droga vegetal (ver apêndice 1) e logo em seguida foi empregue a
técnica de maceração (descrita no capítulo anterior) para extracção utilizando solvente
extractor hidroetanólico (70% EtOH), na proporção de 1g da droga vegetal para 10 mL do
solvente extractor, isto é, 70 g foram dissolvidos em 700 mL de solvente extractor. A
extracção por maceração procedeu-se por 5 dias em local ao abrigo de luz, sob agitação
ocasional, (ver apêndice 2). Este processo terminou com a separação da mistura por filtração,
usando o algodão seco e papel de filtro, (ver apêndice 3).

4.4 Determinação do resíduo seco

Do extracto filtrado ou macerado retirou-se 3 mL para a determinação do resíduo seco.


Pois, foram feitas três medições do extracto fluido (1 mL cada) em cadinhos de porcelana
previamente tarados na balança analítica e seguidamente foram colocados na estufa a 105ºC
durante 01:30 min, depois, foram resfriados em dessecador e pesados. A percentagem do
resíduo seco foi determinada de acordo com a seguinte equação:
31

4.5 Concentração e secagem do extracto

O solvente extractor foi evaporizado na sua totalidade em estufa com circulação forçada
de ar a 80°C até obtenção de extracto concentrado e seco (ver apêndice 4),que posteriormente
foi armazenado em um frasco até se efectuar a prospecçãofitoquímica e avaliação
antibacteriana (ver apêndice 5).

4.6 Análise fitoquímica preliminar

Os ensaios fitoquímicos para detectar a presença de compostos biológicos nos extractos


das folhas de M. indica foram realizados usando reagentes apropriados ou reveladores.

4.6.1 Identificação de alcalóides

Para o ensaio de alcalóides, deitou-se 2 mL de extracto hidroetanólico num tubo de


ensaio e misturou-se com 2 mL de HCl a 5%, em seguida, foi adicionado 10 gotas de reagente
de Bouchardat (solução de iodo). A ausência de um precipitado laranja avermelhado, indica
literalmente a ausência de alcalóides.

4.6.2 Identificação de flavonóides

Reacção com cloreto de ferro (III) a 2%

Colocou-se 8 mL de água destilada num tubo de ensaio contendo 2 mL de extracto


hidroetanólico em seguida foi adicionado pela parede do tubo de ensaio 4 gota de Cloreto
Férrico a 2%. Nesta reacção, a presença de cor verde, indica a presença de flavonóides
(Simões, et al, 2017, p. 199).

4.6.3 Identificação dos taninos

Reacção com acetato de chumbo a 10%.

Foi adicionado num tubo de ensaio 1 mL de extracto hidroetanólico em seguida foi


adicionado duas gotas de acetato de chumbo à 10%. Nesta reacção, deu-se a formação de um
precipitado castanho avermelhado e denso que indica a presença de taninos (Ibid, p. 221).

4.6.4 Identificação de saponinas

Para identificar as saponinas, deitou-se num tubo de ensaio 2 mL de extracto


hidroetanólico num tubo de ensaio, e em seguida, foi adicionado 5 mL de água destilada. Foi
32

agitado vigorosamente por 2 a 3 minutos e deixou-se em repouso por 20 minutos. Nesta


reacção após 20 minuto em repouso a formação de espuma persistente e abundante, indica a
presença de saponinas (Ibid, p. 243).

4.7 Análise antibacteriana dos extractos das folhas de M. indica frente a Shigella sp

Para avaliação da actividade microbiológica dos extractos das folhas de M. indica, foi
utilizado uma bactéria gram-negativa denominada Shigella sp, sendo realizado a análise no
Laboratório de Microbiologia do Hospital Central de Nampula onde foi realizado a análise.

4.7.1 Meios de cultura

O meio Agar MacConkey foi empregue para os ensaios de actividade antimicrobiana.


A cultura de bactéria foi incubada durante 1 dia, visto que é o tempo necessário para que os
extractos vegetais apresentem enfeito de inibição bacteriana.

4.7.2 Teste de sensibilidade de Shigella sp ao extracto hidroetanólico de M. indica

Para avaliação da actividade antibacteriana ou para testar a sensibilidade de Shigella


sp frente as amostras do extracto hidroetanólico de M. indicaobtida no dia 11 de Junho de
2021, foi usado o método do disco difusão?????. As amostras do extracto foram inoculadas
num disco e introduzidas em placas contendo as bactérias cultivadas, durante 1 dia.
Posteriormente, mediu-se o halo de inibição. A viabilidade das bactérias foi avaliada com o
corante azul de tripano, e a contagem que permitiu o cálculo da percentagem de letalidade que
foi feita através do microscópio óptico. A concentração inibitória mínima (CIM) foi
determinada através da menor concentração que inibe completamente o crescimento
bacteriano.
33

5 CAPÍTULO V: ANÁLISE E DISCUSSÃODOS RESULTADOS


5.1 Extractos das folhas de M. indica obtidos por maceração
A extracção dos constituintes das folhas de M. indicapor maceração, usando como
solvente de extracção o hidroetanólico, permitiu a obtenção de um rendimento de 3.87%. Este
valor foi calculado como a razão percentual entre a massa de extracto seco e a massa de
extracto fluido (Apêndice 6).

Segundo Bucar et al., (2013), ‘’a utilização de maceração para extracção de produtos
naturais origina rendimentos baixos, como se constata neste trabalho’’. ‘’Desta forma, para
melhorar a eficiência do processo extractivo a adição de agitação ocasional ou constante
permitiria aumentar a solubilidade dos constituintes da amostra vegetal, com o consequente
aumento do rendimento’’ (Santos, 2014). ‘’Contudo, apesar dos baixos rendimentos
resultantes desta técnica de extracção, a selecção da mesma permite evitar a degradação dos
possíveis compostos termolábeis existentes na amostra vegetal inicial, pois o processo ocorre
a temperatura ambiente’’ (Seidel, 2006). ‘’’Em relação ao solvente de extracção seleccionado,
ora, a escolha de um solvente polar como o hidroetanólico permite facilitar e maximizar a
extracção de uma variedade de componentes a partir da amostra vegetal’’ (Jones & Kinghorn,
2006; Seidel, 2006). Esta informação devia estar na página 27 para justificares porque usaste
esta técnica

O rendimento que obtive utilizando essa técnica foi relativamente baixo com os
resultados obtidos por outros pesquisadores, porem houve uma diferença em termo do
solvente usado, muitos desses autores utilizavam vários solventes como teste para obter maior
rendimento possível como no caso de hexano. E qual é a interpretação cientifica e qual a
significacia disso para seus resultados nesta pesquisa?

5.2 Análise fitoquímica qualitativa de extractos das folhas de M. indica


O estudo fitoquímico qualitativo de extractos das folhas de M. indica foi realizado para
evidenciar as classes de metabólicos secundários, o extracto possuem taninos, flavonóides e
saponinas com ausência de alcalóides, conforme apresentado na figura 4.
34

Figura 4: Classes de metabólitos secundários analisados no extracto hidroetanólico de M.


indica
Fonte: (Autor, 2021)

Deve escrever: a figura 4, mostra que…. E fazer uma interpretação dessa imagem

A figura mostra identificação das saponinas no primeiro tubo de ensaio, onde se vê


espuma abundante. Como pode se ver no segundo tubo de ensaio a identificação de taninos
pela a presença de precipitado denso. A coloração verde no terceiro tubo de ensaio, confirma
a presença de flavonóides na reacção. E no ultimo tubo de ensaio para identificação de
alcalóides, observa-se a coloração vermelha, pois, a presença de alcalóides é comprovada pelo
precipitado denso.

A triagem fitoquímica dos extractos hidroetanólicos das folhas de M. indica


apresentaram negativo para alcalóides. Foram observados testes positivos para flavonóides,
taninos e saponinas conforme mostrado na Tabela 2.

Tabela 2: Resultados de testes fitoquímicos de extractos das folhas de M. indica

Classes dos metabólicos Resultados


qualitativos
Alcalóides -
Flavonóides +++
Taninos +++
Saponinas ++
Legenda: - ausência; + + presença com concentração moderada; + + + presença com
concentração alta.

Fonte: (Autor 2021)

Na identificação fitoquímica preliminar de alcalóide foi revelado negativo. De acordo


com Brum,etal.,( citado por Filho & Castro,2011), resultados negativos não implicam em sua
35

ausência total destes compostos, possivelmente o nível mínimo de detecção estejam abaixo
para os testes qualitativos avaliados.

Os dados revelam concentração alta para taninos e flavonóides e moderada para


saponinas com ausência de alcalóides.

Para flavonóides foi demostrado resultado positivo pela presença de coloração verde
na reacção de identificação em concentração alta. Segundo Simões, et al, (2017),

‘’O emprego terapêutico de plantas contendo flavonóides é vasto e, em muitos


casos, ainda empírico, embora alguns resultados tenham mostrado que os
flavonóides possam apresentar efeito mutagénico, em geral são considerados
como benéficos, pois, alguns medicamentos são elaborados a partir de
flavonóides, em particular para o tratamento de doenças circulatórias como
hipertensão e agindo como cofactor da vitamina C. e outras pesquisas sugerem
que alguns flavonóides sejam responsáveis por uma acçãoantitumoral,
podendo, ainda, agir como antivirais, anti-hemorrágicos, hormonais, anti-
inflamatórios, antimicrobianos e antioxidantes’’ (Simões, et al, 2017, p. 197).
A caracterização da presença de taninos nos extractos foi realizada por meio de
reacção de precipitação. Conforme Simões, et al, (2017),

‘’Plantas ricas em taninos são empregues na medicina tradicional para o


tratamento de diversas moléstias, como diarreias, pressão alta, reumatismo,
hemorragias, feridas, queimaduras, problemas estomacais (azia, náusea,
gastrite e úlcera gástrica), problemas renais e do sistema urinário e processos
inflamatórios em geral’’ (Serrano, et al, 2009, citado por Ibid, p. 224).
‘’Testes in vitro realizados com extractos ricos em taninos ou com taninos puros
detectaram diversas actividades farmacológicas para essa classe de substâncias’’ (Simões, et
al, 2017, p. 226). Dentre elas, podem-se citar as acções bactericida, fungicida, antiviral,
citotóxica, cicatrizante, antimutagénica inibitória de várias enzimas e da peroxidação lipídica
e sequestradora de radicais livres’’ (Okuda, 2005; Serrano, et al, 2009; Quideau, et al, 2011).

O ensaio empregado para saponinas foi o da avaliação de formação de espuma e


resultou positivo, visto que, apresentou espuma persistente. De acordo com Simões, et al,
(2017),

‘’As saponinas são componentes importantes para a acção de muitas drogas


vegetais, pois, encontram uso crescente na indústria de cosméticos, como
tensioactivos naturais (por exemplo, em produtos de higiene para crianças,
loções, xampus e alimentos) e outros empregos farmacêuticos destacados são
como adjuvantes para aumentar a absorção de outros medicamentos mediante
aumento da solubilidade ou interferência nos mecanismos de absorção e como
adjuvante para aumentar a resposta imunológica’’ (Ibid, p. 240).
36

5.3 Resultados de avaliação antibacteriana de extracto hidroetanólico de M. indica


E relevante realçar que a susceptibilidade antimicrobiana dos extractos das folhas de M.
indica foi avaliada pelo método de disco difusão em agar, utilizando bactéria de Shigella sp.

A análise do potencial antibacteriano dos extractos foi baseada no diâmetro da zona de


inibição (em milímetros) de crescimento microbiano em torno do disco, que se encontrava
impregnado com diferentes concentrações de extracto, neste caso 100, 200, 300, 400 e
500mg/mL. No caso da não existência de uma zona de inibição, seria assumido que os
extractos não apresentavam susceptibilidade ao agente antimicrobiano testado. A actividade
de diferentes concentrações de extracto foi comparada com o antibiótico de referência
penicilina (50mg/mL).

Portanto, ao analisar o extractohidro etanólico de M. indica frente a Shigella sp, foi


observado efeito de inibição para todas as concentrações estudadas, que variam de 8,9 mm a
16,3 mm (gráfico 1).
37

Gráfico 1:Médias de letalidade, nível de inibição e %CV dos extractoshidroetanólico em


concentrações diferentes.

Fonte: Autor (2021)


O gráfico ilustra que a penicilina na concentração 50mg/mL, revelou efeito inibitório,
com um diâmetro de zona de inibição de 16,1 mm. Observando os resultados no gráfico, nota-
se que Shigella sp apresentou uma maior susceptibilidade antimicrobiana no extracto de
concentração 500mg/mL, demonstrando o maior diâmetro de zona de inibição de 16,3 mm.
Seguido por extractos de concentrações 400mg/mL, 300mg/mL, 200mg/mL e por fim o
extracto de concentração 100mg/mL, qual a bactéria exibiu menor susceptibilidade com um
diâmetro de zona de inibição de 8.9 mm. Quanto a letalidade percentual, constatou-se que
asolução 500mg/mL é mais letal (82%) em relação padrão de referência antibiótico de
penicilina (80,6%).

Visto que, o %CV de todas soluções foi menor que 5%, pode se concluir que o analista
foi preciso.

Os dados do gráfico mostram o comportamento das concentrações inibidoras frente a


bactéria em pesquisa com a comparação da amostra padrão do antibiótico a penicilina,
revelando assim a dose ideal para inibição foi de 500mg/mL.

Você mostra uma tendência dum estudo comparativo mas em momento nenhum faz
referencia desse tipo de pesquisa na sua metodologia!
38

5.4 Análise estatística

Portanto, em conformidade com o resultado da análise estatística de significância, a um


nível de confiança de 95%, constatou-se que a maioria das médias de letalidade foram
significativamente diferentes, visto que, os valores de P-valor menor que 0,05 (P <0,05).

Tabela 3: Probabilidade de Significância

Extracto Padrão
Concertação 100 200 200 300 300 400400 500 500 50
(mg/mL)
Resultado 24,00± 29,00 29,00± 44,00 44,00± 66,00±1,000 66,00±1,000 82,00± 82,00± 80,67±
estatístico 1,000 ± 1,000 ± 1,000 1,000 1,000 1,528
1,000 1,000
P- valor 0,0036 0,00005 0,0000113 0,0000400 0,2746
Fonte: Autor (2021)
Após o processamento de dados estatísticos pelo teste ANOVA factor único, a 95% de
confiança, verificou-se que as concentrações do extracto da M. indica verifica-se que houve
diferença significativa do efeito do extracto entre as amostras nas concentrações de 100
mg/mL e 200 mg/mL (P= 0,0036), entre as amostras 200 mg/mL e 300 mg/mL (P= 0,00005),
entre as amostras 300 mg/mL e 400 mg/mL (P= 0,0000113) e, entre as amostras nas
concentrações 400 mg/mL e 500 mg/mL houve uma diferença significativa no efeito (P=
0,00004). Verifica-se que apenas o extracto na concentração de 500 mg/mL de extracto não
foi significativamente diferente em relação ao efeito do padrão penicilina a 50 mg/mL, por
isso, exibiu (P= 0,2746).

De forma sintética, os resultados acima significam que se for administrada o extracto


das folhas de Mangifera indica de concentração 500 mg/mL terá o mesmo efeito de penicilina
e os que apresentam diferença significativa não terão mesmo efeito

5.5 Verificação e validação da hipótese.

Conhecendo os resultados obtidos nos ensaios laboratoriais do extracto das folhas de M.


indica, considerou-se valida a hipótese porque o extracto das folhas de M. indica é composto
por flavonóides, taninos, saponinas e também um potencial antibacteriana frente a Shigella sp
na concentração inibidora de 500 mg/mL.

Contextualize este paragrafo.Não é uma condição primordial que uma planta possui
esses princípios activos acima citado para ter uma acção bacteriana frente a essa bactéria em
39

causa, porém é necessário que possua princípios activos para que seja considerada uma planta
medicinal.
40

6 CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES

6.1 Conclusão

Nesta pesquisa conclui-se que o extracto hidroetanólico das folhas de M. indica na


análise fitoquimica qualitativa apresenta flavonóides, taninos e saponinas em sua composição
e exerce uma acção antibacteriana frente à Shigella sp e quandoadministrado o extracto das
folhas de Mangifera indicanuma concentração de 500 mg/mL terá o mesmo efeito de
penicilina. Qual das penicilinas?

Portanto, a eficiência do extracto hidroetanólico de M. indica frente a Shigella sp esta


associada com a presença de fitoquímicos como flavonóides, taninos e saponinas.

Quais os efeitos adversos que podem advir no consumo do extracto da M. I? Tem


alguma contra-indicação?

Quais os cuidados a tomar com o extracto, em termos de conservação e quanto tempo se


deve administrar tendo em conta que os xaropes por exemplo tem sua vida útil quando ainda
não abertos e depois de abertos dependendo da conservação a sua vida útil reduz!

6.2 Sugestões

Este estudo fornece resultados que demonstram a eficácia do extracto hidroetanólico de


M. indica de Moçambique. Entretanto, sugere-se a Faculdade de Ciências Naturais
Matemática e Estatística desta Universidade que faça outros estudos, inclusive, empregando
outras metodologias ou outras técnicas de extracção de substâncias com actividades
farmacológicas, para ampliar a busca sobre os métodos e solventes que tenha maior
rendimentos e a descobertas de novas área te actuação.

Pode também sugerir o uso das técnicas e solventes usados pelos autores das referencias
bibliográficas em que os resultados são diferentes dos que obteve como forma de apurar o que
terá influenciado essas diferenças.
41

7 Bibliografia

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Organizar as referencias bibliográficas com base nas normas em uso na UR


Deve organizar de forma de ordem alfabética
Deve apresentar as regras como apresentar uma referência com mais de três autores
Uniformizar as formas de citação dentro do texto: há uma diferença entre citação directa no
inicio do paragráfo e citação directa no final do paragráfo assim como também diferem com
as citações indirectas!!
uniformize as citações
46

Apêndices
47

Apêndice 1

Figura5: Droga vegetal das folhas de M. indica


Fonte: (Autor, 2021)

Apêndice 2

Figure 6: Processo de maceração

Fonte: (Autor, 2021)


48

Apêndice 3

Figura7: Extracto fluido filtrado


Fonte: (Autor, 2021)

Apêndice 4

Figura 8: Extracto seco da estufa


Fonte: (Autor, 2021)

Apêndice 5

Figura9: Extracto seco conservado no frasco de polietileno.


Fonte: (Autor, 2021)
49

Apêndice 6: medições das massas de porcelana vazia, com extracto fluido e seco
Nº de replicas MPV MPFl MPS
1º 66.3128 72.9929 66.3387
2º 78.6144 79.3406 78.6330
3º 72.9929 73.0128 73.0103

Cálculos das massas de extractos secos e fluido para obtenção do rendimento 3,87%
Massa de Porcelana 1 vazio (MPV) = 66.3128
Massa de Porcelana 1 com extracto fluido (MPFl) =72.9929
Massa de Porcelana 1 com extracto seco (MP1S) = 66.3387

Para obtenção dos restantes valores das réplicas foi feito usando o mesmo raciocínio lógico

Ext.Fluid– MPV Ext. Seco - MPV Rendimento %


0.878 0.026
0.726 0.019 3.87
0.020 0.017
Média 0.541 0.021
50

Anexos
51

Anexo 1: Credencial para realização de trabalho no Laboratório de Química da UniRovuma


52

Anexo 2: Credencial para realização de trabalho no Laboratório de microbiologia de HCN

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