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Disciplina – Projeto Interdisciplinar

Profa. Débora Cechin

EMPRESA: FOOD TRUCK DONUT DA NONNA

O food truck Donut da Nonna, um antigo sonho dos colegas de faculdade Pedro e Beatriz,
que se tornou realidade quando eles optaram por abrir um food truck de um pequeno bolo em forma
de rosca, feito de massa frita e com uma cobertura açucarada. O nome donut tem origem no termo
inglês “doughnut”, que traduzido significa rosca frita, mas os empreendedores colocaram uma
pitadinha brasileira e a massa é resultado da deliciosa receita de bolinho de chuva da nonna de
Beatriz, Dona Luzia. Além de incrementar recheios e coberturas bem abrasileiradas, como doce de
leite.
Todo empreendimento exige desafios e superação, não é diferente para Pedro e Beatriz, que
visualizaram uma oportunidade e, aproveitando a popularização da modalidade de trailers e/ou
veículos que transportam e vendem comida, já tradicional nos grandes centros, e agora ganhando
espaço em cidades menores, não pensaram duas vezes.
O empreendimento estará localizado em uma região metropolitana, isso porque ambos
moram nesta região, mas também por estratégia, pois a principal (e maior) cidade da região vem
realizando vários eventos na modalidade food truck e existe a possibilidade de expandir a novidade
para as cidades menores da região.
Após o fraco faturamento na participação de um evento de food truck em uma praça aberta,
Pedro e Beatriz resolveram melhorar sua empresa. Pedro e Beatriz listaram uma série de fatos que
aconteceram durante o evento de food truck. São eles:
• Muitos dos clientes quiseram comprar os dunuts e pagar com cartão de débito ou crédito, porém
Pedro e Beatriz ainda não adquiriram uma máquina para este processo, isso porque ambos optaram
por não a ter devido à taxa de mensalidade e à taxa (percentual) de vendas cobrada pela empresa
fornecedora deste equipamento sobre as vendas do food truck.
• Beatriz calculou mal a quantidade de recheios de chocolate e doce de leite (recheios estes que são
mais demandados pelos clientes) e que deveria levar para abastecer os recipientes instalados no
food truck, logo, estes recheios acabaram rapidamente. Beatriz se baseou no evento anterior que
participaram, e que foi realizado dentro do pátio de um colégio particular de 1º e 2º graus, para
calcular a quantidade de recheio de chocolate e doce de leite.
• Muitos clientes pediram cobertura de coco ralado para colocar no donut recheado com goiabada, e
Pedro esqueceu de comprá-la. Alguns clientes até não se importaram em não colocar a cobertura,
porém, outros deixaram de comprar o donut de goiabada por este motivo, e não quiseram
experimentar de outro sabor.
• Alguns clientes que compraram os donuts recheados reclamaram que a massa não estava tão
crocante e firme, e disseram ter se decepcionado com os donuts da Nonna, do qual ouviram falar tão
bem de eventos anteriores.
• Além disso, uma chuva ao final do evento espantou a clientela.

No último evento de food truck em uma praça aberta, foram constatadas várias oportunidades de
melhorias para as quais foram criados planos de ações, tais como: aquisição de uma máquina
automática de débito/crédito, e levantamento de informações com os realizadores dos eventos
futuros sobre a quantidade e tipo de público esperado, planejando assim a quantidade ideal de
recheios.
No início do mês, um grande laboratório de análises clínicas resolveu homenagear suas funcionárias
e clientes mulheres e mães, realizando um grande evento, no qual o food truck donuts da Nonna foi
convidado a participar.
Devido ao tamanho do evento e, consequentemente, à demanda da festa, Pedro convidou sua prima
Laura e seu amigo Leo para auxiliarem no evento. Esta foi a grande chance de Pedro e Beatriz
porem em prática o plano elaborado e avaliarem se ele iria dar certo ou não.
Ao final do evento, Pedro e Beatriz constataram que a máquina de débito/crédito ajudou muito nas
vendas e, dessa vez, os recheios de chocolate e doce de leite não acabaram antes da hora. Porém, as
reclamações sobre a massa do donut que não estava tão crocante e firme foi reincidente, o que gerou
insatisfação dos participantes e organizadores do evento.
Após feedback negativo dos organizadores do evento, Pedro chamou Beatriz, Laura e Leo para
conversar e saber o que aconteceu para a não conformidade dos donuts.
Laura, que estava responsável pela fritura dos donuts, foi logo reclamando que a fritadeira está com
problema e desliga constantemente, esfriando o óleo, além de ser a primeira vez que ela trabalha
neste tipo de evento.
Beatriz logo justificou que a fritadeira está ruim porque seu Zé não fez a manutenção, mas que isso
ocorreu porque o Pedro não levou o equipamento no dia combinado.
Pedro também se justificou e disse que está sem dinheiro, pois o faturamento foi baixo no último
evento e já emendou uma crítica ao seu amigo Leo, dizendo que a sua bancada, onde ele preparava
a massa para fritura, estava toda suja e bagunçada, impossível de trabalhar.
Leo não deixou por menos e falou que as condições de trabalho eram inapropriadas, o local era
apertado e sem iluminação, a pia ficava longe, faltavam utensílios, e o tempo que exigiam para
produção era insuficiente, e inclusive não conseguiu parar nem para ir ao banheiro e se alimentar. E
ele continuou: “me deram uma simples explicação de como fazer e acharam que eu ia fazer milagre
e, além de tudo, nem tinha uma receita a ser seguida (as medidas dos ingredientes são colocadas de
forma aleatória, a olho). Além disso, a farinha que compraram era de péssima qualidade e gerava
bolhas na massa. E também o doce de leite comprado é muito pastoso, o que dificulta sua aderência
na massa”.
Laura interviu e também criticou o chocolate da cobertura, falando que não tinha um gosto
agradável, e colocá-lo sobre o doce com uma colher era horrível, e que além de demorar também
derramava sobre a bancada, perdendo parte do ingrediente.
O clima ficou tenso e todos se exaltaram, e a procura por um culpado não terminaria por aí, mas
Pedro, como forma de chamar a atenção para si, deu um tapa na mesa e falou: “Chega! Ficar
procurando o culpado não adianta nada, temos que melhorar nosso processo de fabricação de
donuts”.
Entre tantas causas levantadas, a frase do Leo não saía da cabeça de Pedro: “me deram uma simples
explicação de como fazer e acharam que eu ia fazer milagre, e além de tudo nem tinha uma receita
a ser seguida (as medidas dos ingredientes são colocadas de forma aleatória, a olho)”. E lembrou-
se de que a massa deveria seguir a deliciosa receita de bolinho de chuva da nonna de Beatriz.
Por isso, entrou em contato com Beatriz e resolveram ir conversar com a própria nonna, e listar
todas as etapas e segredos para uma massa crocante e firme.
A nonna foi muito receptível, e disse que melhor que explicar seria mostrar como fazer a massa, e
foi diretamente para a cozinha, onde iniciou a produção dos bolinhos de chuva. E foi explicando:
“É bem simples, bata as claras em neve, junte as gemas, bata mais um pouco, acrescente o açúcar,
o sal, o fermento e, aos poucos, a farinha de trigo, alternando-a com leite, até formar uma massa
mole. Aqueça o óleo e separe porções da massa com uma colher e vá colocando-as aos poucos.
Como vocês querem fazer em formato de donuts, recomendo que utilizem uma forminha para
modelar. E deixem fritar até ficarem dourados por igual”.
Ela serviu os bolinhos quentes polvilhados com açúcar e canela. Uma delícia! Pedro adorou a
experiência, mas ficou encafifado, pensando em como poderia padronizar estas informações para
que todos pudessem entender e garantir a forma correta de preparar a massa dos donuts.

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