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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE AÇO 1
2018.2

AÇÃO DO VENTO EM EDIFICAÇÕES

Humberto Laranjeira de Souza Filho


Engenheiro Civil
• O vento em edificações leves, principalmente com vãos livres,
pode ocasionar esforços adicionais tais que venham a
comprometer o bom funcionamento e critérios de resistência
das estruturas;

• Principais estruturas desfavoráveis à ação do vento: hangares,


pavilhões industriais, coberturas de estádios e ginásios, entre
outras.

Rocha e Botega (2017)


• As principais causas dos acidentes em estruturas
devido à ação do vento são:

 Falta de ancoragem de terças;


 Contraventamento insuficiente em coberturas;
 Fundações inadequadas;
 Execução inadequada de alvenarias;
 Deformabilidade excessiva da edificação como um
todo.
• Vento é causado por uma diferença de temperatura de massas
de ar, onde uma frente fria entra em contato com uma massa de
ar quente;

• Barlavento: região onde atua diretamente o vento em relação à


edificação.
• Sotavento: região oposta ao barlavento.

Chamberlain (2007)
• A atuação do vento sempre ocorre na direção perpendicular á
superfície que impede sua passagem;

• De maneira geral, essa atuação ocorre por sobrepressão


(positiva) ou sucção (negativa).

Chamberlain (2007)
• É a velocidade (𝑉0 ) correspondente à uma rajada de
três segundos de duração, que ultrapassa esse valor
em média uma vez a cada 50 anos;

• Medida em estações experimentais, a partir de torres


de medição, que de acordo a NBR 6123/88 devem ser
instaladas a 10 m de altura e em campo aberto e
plano.
Chamberlain (2007)
• É a velocidade (𝑉𝑘 ) utilizada em projeto, de forma a se
considerar fatores topográficos, rugosidade e
dimensões da edificação.

𝑉𝑘 = 𝑉0 𝑆1 𝑆2 𝑆3

Onde,
𝑉0 - velocidade básica
𝑆1 - fator topográfico
𝑆2 - fator de rugosidade e dimensões da edificação
𝑆3 - fator estatístico
FATOR TOPOGRÁFICO (𝑆1 )

a) Terreno plano ou fracamente acidentado: 𝑆1 = 1,0


b) Vales profundos protegidos de ventos de qualquer direção: 𝑆1 =
0,9
c) Taludes e morros:

Chamberlain (2007)
FATOR TOPOGRÁFICO (𝑆1 )
Taludes e morros:

• Pé e uma distância a 4d da crista do talude ou morro: 𝑆1 = 1,0

• Crista do talude ou morro: 𝑆1 é função da altura z considerada, a


partir da superfície do terreno, e da distância d, correspondente
a altura do talude:
Inclinação
𝟔° ≤ 𝜽 ≤ 𝟏𝟕°
do Talude 𝜽 ≤ 𝟑° 𝜽 ≥ 𝟒𝟓°
(θ)
1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 . tg(θ − 3°) 1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 . 0,31 ≥ 1
Fator S1 1,0
≥1
FATOR DE RUGOSIDADE E DIMENSÕES DO TERRENO (𝑆2 )

• Conforme a NBR 6123/88, o fator 𝑆2 leva em conta fatores de


rugosidade do terreno, bem como as dimensões da edificação:

Chamberlain (2007)
FATOR DE RUGOSIDADE E DIMENSÕES DO TERRENO (𝑆2 )

• Conforme a NBR 6123/88, o fator 𝑆2 leva em conta fatores de


rugosidade do terreno, bem como as dimensões da edificação:

Chamberlain (2007)
FATOR DE RUGOSIDADE E DIMENSÕES DO TERRENO (𝑆2 )

• Assim, o fator 𝑆2 é determinado pela seguinte


expressão:

𝑆2 = 𝑏. 𝐹𝑟. (𝑧 10)𝑝

Onde,
z – altura total da edificação
b, Fr, e p – parâmetros meteorológicos que relacionam as classes e
categorias da edificação e do terreno.
FATOR DE RUGOSIDADE E DIMENSÕES DO TERRENO (𝑆2 )

Chamberlain (2007)
FATOR ESTATÍSTICO (𝑆3 )

• Conforme a NBR 6123/88, o fator 𝑆3 leva em conta o tipo de uso


da edificação ao longo de sua vida útil.

Chamberlain (2007)
• A pressão dinâmica ou de obstrução do vento, em
condições normais de temperatura (15°) e pressão (1
Atm), relaciona-se com a velocidade característica por
meio da expressão:

2 𝑁
𝑞 = 0,613𝑉𝑘 ( 2)
𝑚
• As forças estáticas devido ao vento varia de acordo a diferença
de pressão entre a superfície da edificação que se analisa;

• De maneira geral, considerando um coeficiente de forma, que


leva em consideração as dimensões da edificação, podemos
obter a força estática devido ao vento por:

𝐹 = 𝐶𝑝𝑒 − 𝐶𝑝𝑖 . 𝑞. 𝐴 F > 0 (Sobrepressão)


F < 0 (Sucção)

Onde,
𝐶𝑝𝑒 e 𝐶𝑝𝑖 - coeficientes de pressão
q – pressão dinâmica
A – área da edificação perpendicular à atuação do vento
Chamberlain (2007)
Chamberlain (2007)
Chamberlain (2007)
Chamberlain (2007)
Chamberlain (2007)
• De maneira geral, considerando um coeficiente de força ou
arrasto, podemos obter a força global estática devido ao vento
por:

𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 . 𝑞. 𝐴𝑒 0,7 ≤ 𝐶𝑎 ≤ 2,2

Onde,
𝐶𝑎 - coeficientes de arrasto
q – pressão dinâmica
A – área frontal efetiva

Chamberlain (2007)

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