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GABRIELLA LA SPINA P.

– DIREITO

DIREITO
empresarial I
Introdução ao estudo do Direito
>> Estrutura do Poder Judiciário brasileiro Procuradores
 Município, estados, união, autarquias.
Justiça Gratuita
Juizados Especiais Cíveis = pequenas causas

Constituição Federal
ADCT
Normas Constitucionais > Emendas Constitucionais
Tratados/Convenções
sobre Direitos Humanos

Lei Complementar
Lei Originária
Ministros do Poder Judiciário Lei Delegada
 (STJ, STF, TST). Medida Provisória
Normas Infraconstitucionais >
Desembargadores Decreto Legislativo
Resolução
 Lei n° 3.754, art. 26. Os Desembargadores Tratados Internacionais (em geral)
são nomeados por promoção dentre os
Juízes de Direito ou dentre os membros do
Ministério Público da Justiça do Distrito Decretos
Federal ou Advogados com inscrição Normas Infralegais > Portarias
permanente no mesmo Distrito. Instruções Normativas
 (Juízes promovidos + 1/5 CF (ADV e MP)).
Promotores de Justiça >> Normas Constitucionais
 Concurso público para MP (estadual,  CF, publicada em 05/10/1988;
federal, trabalho).  Em 01/02/1987, foi formada a Assembleia
Defensores Públicos Constituinte com os deputados federais e
 Concurso para a DP (estadual e federal). senadores eleitos em novembro de 1986,
Advogados com a finalidade de iniciar uma nova etapa no
 Bacharel em direito, aprovação no exame da país com a confecção de novas normas
OAB – qualificando-o para atuar em orientadoras, baseadas no princípio da
qualquer área: civil, penal, trabalhista, etc. dignidade da pessoa humana, tendo,
portanto, o poder constituinte originário.
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>> Atos das Disposições Constitucionais >> Lei ordinária


Transitórias (ADCT)  Tudo o que não for regulamentado por lei
 Asseguram uma transição pacífica entre um complementar, decreto legislativo,
ordenamento constitucional antigo para o resoluções será regulamentado por lei
novo texto constitucional. ordinária.
>> Emendas Constitucionais  Aprovadas por quórum de maioria simples.
 É uma alteração feita em determinado texto
LC = > absoluta (= > dos componentes + 1)
específico presente na Constituição de um
LO = > simples/relativa (= > dos presentes +1)
Estado, alterando as bases da lei em
determinada matéria. >> Lei Delegada
 Nem tudo pode ser alterado, portanto,  Norma jurídica elaborada pelo chefe do
respeita-se sempre as cláusulas pétreas. Poder Executivo após delegação do Poder
Art. 60, CF, § 4º Não será objeto de deliberação a Legislativo. A delegação deve ser aprovada
proposta de emenda tendente a abolir: em resolução do Congresso Nacional que
I - a forma federativa de Estado; especifique seu conteúdo e os termos de seu
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; exercício.
III - a separação dos Poderes; >> Medida Provisória
IV - os direitos e garantias individuais.  Em caso de relevância e urgência, o
>> Tratados e Convenções Internacionais Presidente da República poderá adotar
sobre Direitos Humanos medidas provisórias, com força de lei,
 São considerados uma das fontes do Direito devendo submetê-las de imediato ao
Internacional positivo e podem ser Congresso Nacional.
conceituados como todo acordo formal, >> Decreto Legislativo
firmado entre pessoas jurídicas de Direito  Espécie normativa que regula as matérias de
Internacional Público, tendo por finalidade a competência exclusiva do Poder Legislativo.
produção de efeitos jurídicos. >> Resolução
>> Normas Infraconstitucionais  Regulamentam as matérias de competência
 Toda regra que não conste do texto privativa da Câmara dos Deputados e do
constitucional é inferior a ela, pois a Senado Federal.
Constituição é a lei suprema de um país, >> Tratados e Convenções Internacionais em
exercendo supremacia hierárquica sobre geral – após o trâmite de integração junto ao
todas as outras leis. Congresso Nacional
 Desse modo, ainda que tenham sido >> Normas Infralegais
editadas para regulamentar algum artigo da  São as normas inferiores as normas
Constituição, elas são consideradas infraconstitucionais/legais.
infraconstitucionais.
>> Decretos
>> Lei Complementar  São expedidos pelo Presidente da República,
 É um tipo de lei que tem como principal para dar fiel execução a uma lei já existente,
objetivo complementar e explicar de forma e dispor sobre a organização da
mais específica alguma norma já prevista na administração pública.
CF. Ou seja, uma lei complementar só é >> Portaria
criada quando há a necessidade de tornar
 É o instrumento pelo qual Ministros ou outras
mais claro o que está exposto na CF.
autoridades de alto escalão expedem
 São aprovadas por quórum de > absoluta.
instruções sobre procedimentos relativos à
organização e funcionamento de serviços.
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 E ainda podem orientar quanto à aplicação  Com o desenvolvimento da civilização,


de textos legais. alguns animais, conchas, etc., serviram como
>> Instrução Normativa denominador comum do valor, facilitando as
 Explica de que forma será cumprido o que trocas. É a moeda. Assim, o comércio
estabelece a portaria, o processo de desempenhou função econômica e social.
concretização do estabelecido em portaria.  A economia de escambo (troca) evoluiu para
>> Hierarquia das leis a economia monetária (mercado), ou seja,
passa a produzir para vender, adquirir moeda
 Não existe hierarquia entre as normas que
e aplicar o capital para produção.
compõem um mesmo grupo, mas o que se
 O direito comercial (mercantil de empresa ou
verifica, é a existência de campos de
de negócios) é uma área de especialização
atuação específicos, diferenciados entre as
do conhecimento jurídico.
normas que fazem parte de um mesmo
 A autonomia do direito comercial brasileiro
grupo.
está evidenciada na CF, art. 22, I.
>> O direito tem 3 dimensões:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar
1) Os fatos que ocorrem na sociedade;
sobre:
2) A valoração que se dá a estes fatos;
I - direito civil, comercial, penal, processual,
3) A norma que pretende regular as condutas
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
pessoais, de acordo com os fatos e valores.
do trabalho;
Direito empresarial I origem do direito comercial
 Direito econômico de comércio
 A 1ª impressão de quem inicia o estudo do 1ª fase: Subjetiva – Comerciante ou mercador era
direito comercial é que ele constitui o direito aquele sujeito que participava das corporações de
do comércio e, consequentemente, o direito ofício, pois se levava em conta a própria pessoa do
dos comerciantes. comerciante, o próprio sujeito do mercador.
 Essa tendência tem explicação histórica,  Corporações de ofício: grupos organizados
dadas as origens do ramo do direito privado, de comerciantes da época, que realizavam
mas na conceituação moderna é atividades com mercancia de especiarias
inadmissível. vindas da Ásia, e da Índia (na idade média).
 Conceito econômico do comércio: é a  O mercado marítimo era intenso, as
atividade humana que põe em circulação a expedições partiam com a finalidade de
riqueza produzida, aumentando-lhe a praticar política expansionista e econômica.
utilidade. 2ª fase: Objetiva – inicia-se com o Código
>> Na obra “A República”, de Platão, Napoleônico (francês).
o filósofo ao discutir a origem da  Napoleão criou um Código Comercial e
justiça indaga a origem do estado. passou a regular de forma abstrata, objetiva
Precisamente pela impossibilidade e genérica, todas as relações comerciais
em que se encontram os indivíduos travadas na França.
de se saciarem, com vistas aos próprios recursos,  Trata todos na sociedade, de forma geral,
é que se aproximam um dos outros para trocar indistintamente, por ser lei geral, abstrata e
produtos excedentes de seu trabalho. Por isso, o genérica.
homem se constitui em sociedade.  Para tratar da relação, foi adotada a Teoria
 Essa fase primitiva da sociedade dos Atos do Comércio – Arrolava de forma
caracteriza-se pela permuta dos produtos, exaustiva quais eram os atos de comércio,
chamada de “economia de trocas”. havia um rol elencando-os e, portanto,
contava com a proteção do Direito Comercial.
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Existiam, porém, algumas atividades que


fontes do direito empresarial

não estavam elencadas no rol, mas que
eram essencialmente pressupostas como
1) Fontes primárias: São de aplicação imediata,
atividades do comércio, contudo, como não
com preferência sobre as demais fontes. É
faziam parte do rol, não tinham proteção.
considerada fonte primária a lei, no direito
3ª fase: Teoria da empresa – foi construída na empresarial, têm-se o seguinte:
Itália e o Código italiano de 1942 previu a) Código Civil: Parte Especial, Livro II,
expressamente a teoria da empresa, no art. 2.082: Direito de Empresa; Parte Especial, Livro
“É empresário quem exerce profissionalmente uma I, Títulos de Crédito.
atividade econômica organizada com o fim de b) Código Comercial: de 1850, segunda
produção ou de troca de bens e serviços”. parte – comércio marítimo.
características do direito empresarial c) Lei de falências: Lei n° 11.101/2005.
d) Lei das S.A.: Lei n° 6.404/76.
a) Informalismo – As normas de direito empresarial 2) Fontes secundárias: São as aplicáveis na
devem evitar impor solenidades para a realização hipótese de lacuna legislativa:
dos negócios jurídicos, uma vez que a atividade a) Analogia;
empresarial é, por sua natureza, uma atividade b) Costumes;
dinâmica e célere. c) Princípios gerais do direito.
b) Cosmotopolitismo – A atividade empresarial
ultrapassa as fronteiras dos países. Por isso, empresa
muitas vezes, é regulamentada por convenções
internacionais, as quais acabam por ser  É a atividade que reúne os fatores de
reproduzidas pelo ordenamento jurídico produção:
brasileiro. Trabalho = mão de obra
c) Onerosidade – Esta característica faz parte da
própria definição de atividade empresarial, que é Insumo = matéria prima
a atividade econômica organizada e profissional
voltada à produção e circulação de bens e Capital = dinheiro
serviços com finalidade lucrativa.
d) Autonomia – Apesar de alguns aspectos do
direito empresarial serem regulados pelo Código Para, de forma organizada e continuada,
Civil, essa disciplina tem a autonomia produzir ou circular produtos e serviços, sempre
assegurada pela CF/88, que elenca Direito Civil e objetivando ou visando o lucro.
Direito Comercial como disciplinas distintas ao
tratar da competência legislativa privada da empresário
União. Assim, o direito empresarial possui
princípios próprios e normas específicas.  É o sujeito que exercita direito e contrai
obrigações na ordem jurídica.
princípios do direito empresarial Art. 966. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada
I. Livre-iniciativa: ampla possibilidade de criar para a produção ou a circulação de bens ou de
e explorar uma atividade econômica. serviços.
II. Livre-concorrência: Liberdade de atuação e  Ou seja, é empresário aquele que exerce
disputa de mercado. profissionalmente atividade econômica
III. Função social da propriedade: equilíbrio organizada para produção ou a circulação de
entre o interesse econômico do empresário e bens ou serviços.
os interesses sociais.
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>> JC = Junta comercial – registram as sociedades


 Profissionalismo = é entendido como empresariais e os empresários individuais.
habitualidade, a pratica daquela atividade >> CCPJ = Cartório Civil de Pessoa Jurídica.
econômica de forma habitual. >> OAB = registra as sociedades de advogados.
 Atividade = produzir/circular bens ou prestar
serviços. Atividade empresarial regular – para o exercício
 Econômica = busca do lucro (com fins regular da atividade é necessário que haja o
lucrativos). arquivamento do ato constitutivo na Junta Comercial
 Organizada = atividade organizada é aquela do estado onde a atividade é exercida (registro).
que reúne os quatro fatores (insumos,  O registro apenas atesta a regularidade do
capital, tecnologia e mão-de-obra). empresário, tratando-se de ato declaratório (e
 Atividade empresarial: Trata-se da não constitutivo).
Atividade empresarial irregular – a ausência do
atividade econômica organizada, exercida
registro torna a atividade empresarial irregular, de
com habitualidade, para a produção e
modo que o empresário, dentre outras “sanções”,
circulação de bens ou prestação de serviços pode sofrer falência, mas não pode requerer a
objetivando o lucro. recuperação de empresas.
 Pelo CC, o conceito de empresa é o de Atividade rural – Quem a exerce tem a faculdade
“atividade”. Empresa é a atividade de se registrar na Junta Comercial. Nessa hipótese,
econômica profissional e organizada o registro tem natureza constitutiva, dando ao
desempenhada pelo empresário. produtor rural a condição de empresário.
CC, Art. 966, Parágrafo único. Não se considera  Apenas quando essa faculdade é exercida é
empresário quem exerce profissão intelectual, de que a atividade rural se torna empresarial.
natureza científica, literária ou artística, ainda com
o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo  É obrigatória a inscrição do empresário
se o exercício da profissão constituir elemento de individual ou da sociedade empresária no
empresa. registro público de empresas mercantis
 Segundo a legislação, quem exerce, como (juntas comerciais), antes do início de
os advogados, profissão intelectual, de qualquer atividade na forma da lei 8.934/94 e
natureza científica, literária ou artística, não decreto 1800/96.
é considerado empresário. Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á
 Contudo, é possível ser advogado e mediante requerimento que contenha:
empresário. O advogado pode ter empresa e I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado
constituir CNPJ, tanto em uma sociedade civil e, se casado, o regime de bens;
simples, com outros sócios registrados pela II - a firma, com a respectiva assinatura autografa;
OAB, quanto em uma sociedade unipessoal III - o capital;
de advocacia (SUA), onde o profissional será IV - o objeto e a sede da empresa.
o único atuante dentro da pessoa jurídica. § 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo,
 Pessoa Jurídica (PJ) não se confunde a inscrição será tomada por termo no livro próprio
com os sócios que a compõe. do Registro Público de Empresas Mercantis, e
 A sociedade empresária tem personalidade obedecerá a número de ordem contínuo para todos
jurídica própria, é uma pessoa jurídica que os empresários inscritos.
tem registro em órgão próprio. § 2º À margem da inscrição, e com as mesmas
 O empresário individual e a sociedade formalidades, serão averbadas quaisquer
empresária precisam realizar o registro de modificações nela ocorrentes.
suas atividades na “Junta Comercial”.
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§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput
individual poderá solicitar ao Registro Público de deste artigo à associação que desenvolva
Empresas Mercantis a transformação de seu atividade futebolística em caráter habitual e
registro de empresário para registro de sociedade profissional, caso em que, com a inscrição, será
empresária, observado, no que couber, o disposto considerada empresária, para todos os efeitos.
nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
§ 4º O processo de abertura, registro, alteração e do registro da empresa
baixa do microempreendedor individual de que
>> Atos de registro
trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de
14 de dezembro de 2006 , bem como qualquer  Matrícula: é o ato formal de registro dos
exigência para o início de seu funcionamento agentes auxiliares da empresa.
deverão ter trâmite especial e simplificado, Como: leiloeiros, tradutores, interpretes
preferentemente eletrônico, opcional para o comerciais e administradores de armazéns
empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo gerais nos termos do inciso I, do art. 32, da
Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Lei 8.934/94.
Simplificação do Registro e da Legalização de  Arquivamento: é o ato de registro mais
Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o comum pois toda vez que tivermos uma
inciso III do art. 2º da mesma Lei. constituição, alteração, dissolução ou
extinção de firmar individuais ou de sociedade
§ 5º Para fins do disposto no § 4º, poderão ser
empresária estes atos serão por
dispensados o uso da firma, com a respectiva
arquivamento nos termos do inciso II, do art.
assinatura autógrafa, o capital, requerimentos,
32, da Lei 8.934/94.
demais assinaturas, informações relativas à
 Autenticação: é o ato formal de registro de
nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem
determinados instrumentos de escrituração
como remessa de documentos, na forma
das empresas como, por exemplo, balanço
estabelecida pelo CGSIM.
anual de S.A. de capital aberto, etc.
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial
ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro
Registro Público de Empresas Mercantis, neste
categorias de empresário
deverá também inscrevê-la, com a prova da  A atividade empresarial pode ser exercida
inscrição originária. pelo empresário individual ou pelas
Parágrafo único. Em qualquer caso, a sociedades.
constituição do estabelecimento secundário I. Empresário individual: é a pessoa
deverá ser averbada no Registro Público de física que realiza sua atividade sem a
Empresas Mercantis da respectiva sede. presença de sócios, e, quando registra
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, essa atividade adquire o CNPJ, mas não
diferenciado e simplificado ao empresário rural e a personalidade jurídica (há confusão
ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos patrimonial).
efeitos daí decorrentes. A responsabilidade é direta e ilimitada,
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural responderá primeiramente com os bens
constitua sua principal profissão, pode, observadas vinculados à exploração de sua atividade
as formalidades de que tratam o art. 968 e seus econômica.
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público II. Sociedade empresária: possui natureza
de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso jurídica de pessoa jurídica, os sócios
em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para podem ser pessoa natural ou jurídica e a
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. responsabilidade destes é subsidiária e
limitada, ilimitada ou mista.
(Dependendo do tipo societário)
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 EIRELI extinta – Lei N° 14.382/22, revogou b) Todos os condenados cuja extinção da


expressamente este instituto. punibilidade não tiver ocorrido, pela
 Lei n° 13.874/19 abriu a possibilidade de prática de crime que vede o acesso à
criação de sociedade limitada unipessoal, atividade empresarial nos termos do
não sendo mais requisito o número mínimo inciso II, art. 35, da Lei n° 8.934/94.
de 2 sócios. c) Os leiloeiros.
d) Os servidores públicos da união.
da capacidade e) Deputados e senadores.
f) Os devedores do INSS, nos termos do
CC, Art. 972. Podem exercer a atividade de §2° do art. 95, Lei 8.212/91.
empresário os que estiverem em pleno gozo da g) Os administradores de S/A.
capacidade civil e não forem legalmente h) Magistrados.
impedidos. i) Membros do MP.
Possuem capacidade as seguintes pessoas:
a) Os maiores de 18 anos (nos termos do art. 5°, sobre o incapaz
CC);
b) Os menores de 18 e maiores de 16 anos Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de
emancipados; representante ou devidamente assistido, continuar
c) Pelo casamento de maiores de 16 e menores a empresa antes exercida por ele enquanto capaz,
de 18 anos desde que expressamente por seus pais ou pelo autor de herança.
autorizado pelos pais; § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização
d) Aos maiores de 16 anos pelo exercício de judicial, após exame das circunstâncias e dos
emprego público efetivo; riscos da empresa, bem como da conveniência em
e) Aos maiores de 16 anos pela colação de grau continuá-la, podendo a autorização ser revogada
em ensino superior. pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou
 Ou seja, podem exercer a atividade de representantes legais do menor ou do interdito,
empresário os que estiverem em pleno gozo sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
da capacidade civil e não forem legalmente § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa
impedidos. os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos
dos impedidos de exercer a ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do
alvará que conceder a autorização.
atividade empresarial § 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a
cargo das Juntas Comerciais deverá registrar
CC, Art. 973. A pessoa legalmente impedida de contratos ou alterações contratuais de sociedade
exercer atividade própria de empresário, se a que envolva sócio incapaz, desde que atendidos,
exercer, responderá pelas obrigações contraídas. de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
 O impedimento para exercer atividade I – o sócio incapaz não pode exercer a
empresarial é sempre transitório, ou seja, administração da sociedade;
perdura enquanto perdurar as causas do II – o capital social deve ser totalmente
impedimento. integralizado;
 Os impedimentos mais comuns são: III – o sócio relativamente incapaz deve ser
a) O falido enquanto não estiverem assistido e o absolutamente incapaz deve ser
extintas as suas obrigações; representado por seus representantes legais.
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Art. 975. Se o representante ou assistente do Art. 979. Além de no Registro Civil, serão
incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não arquivados e averbados, no Registro Público de
puder exercer atividade de empresário, nomeará, Empresas Mercantis, os pactos e declarações
com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. antenupciais do empresário, o título de doação,
§ 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em herança, ou legado, de bens clausulados de
todos os casos em que o juiz entender ser incomunicabilidade ou inalienabilidade.
conveniente. Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a
§ 2º A aprovação do juiz não exime o representante separação judicial do empresário e o ato de
ou assistente do menor ou do interdito da reconciliação não podem ser opostos a terceiros,
responsabilidade pelos atos dos gerentes antes de arquivados e averbados no Registro
nomeados. Público de Empresas Mercantis.
Art. 976. A prova da emancipação e da
autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a
de eventual revogação desta, serão inscritas ou
averbadas no Registro Público de Empresas
Mercantis.
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá,
conforme o caso, ao gerente; ou ao representante
do incapaz; ou a este, quando puder ser
autorizado.

sociedade entre cônjuges


Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar
sociedade, entre si ou com terceiros, desde que
não tenham casado no regime da comunhão
universal de bens, ou no da separação obrigatória.

 Na redação do Código comercial de 1850 a


mulher casada só poderia exercer a
atividade comercial, separadamente ao seu
marido, se autorizada por ele :o

 Desde o Estatuto da Mulher Casada, Lei


n° 4.121/62, com a instituição da garantia da
meação da mulher sobre o patrimônio do
casal, a jurisprudência se inclina no sentido
de permitir a sociedade comercial entre
cônjuges.

Art. 978. O empresário casado pode,


sem necessidade de outorga conjugal, qualquer
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de
ônus real.

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