IFPE :: Legibilidade

Ergonomia no
Design Gráfico

ProfaS. Eliana Melo, Emely Souza

Tecnológico em Design Gráfico :: 2022.2
Ergonomia Visual – Introdução – Aula 01
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1.1 - Legibilidade? Do que se trata?

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Legibilidade (legibility) se refere a facilidade e velocidade de
leitura de textos verbais e, no caso do Design Gráfico, também da
leitura não verbal (imagens, fotografias, ilustrações, vídeos, etc.).
Fatores como velocidade de leitura e de apreensão da acuidade
visual dos signos utilizados são observados aqui.
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1.2 - Leiturabilidade

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Leiturabilidade (readability) se refere ao conforto da leitura, o
que remete mais diretamente aos parâmetros de composição
de Tipografias e como elas estão dispostas na composição
gráfica (impressa ou digital).
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Boa leiturabilidade Má Leiturabilidade

E ainda existem outros termos que

acompanham este processo de lidar com a
composição de imagens e textos...
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1.3 - Visibilidade

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Visibilidade (visibility) se refere ao ato de apenas reconhecer os
signos visuais na composição gráfica (impressa ou digital).
Está relacionado a capacidade de reconhecer signos de acordo
com o nível de contraste dentro dos códigos cromáticos,
morfológicos e tipográficos.
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Boa visibilidade Visibilidade comprometida
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2. Ergonomia (ou fatores humanos)

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Segundo a International Ergonomics Association - IEA,
“Ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que
trata da compreensão das interações entre os seres humanos e
outros elementos do sistema, é a profissão que aplica a teoria,
princípios, dados e métodos visando o bem-estar humano e a
total performance do sistema. Os ergonomistas contribuem em
projetos e avaliações de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes
e sistemas ordenados para torná-los compatíveis com as
necessidades e limitações das pessoas.”

(http://www.iea.cc/)
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Os ergonomistas ajudam a harmonizar os objetos
que interagem com as pessoas, dependendo da
necessidade, habilidades e limitações delas.
2.1 - Ergonomia Visual no Design Gráfico

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Fazemos projetos para atender as necessidades do cliente e dos
usuários, dessa forma devemos levar em consideração todos os

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possíveis usos de determinado produto, para atender as
necessidades do mercado, pois um artefato precisa ser agradável,
confortável, seguro e suprir as necessidades.
A ergonomia visual se caracteriza pela formulação lógico-racional
de soluções estéticas, simbólicas e funcionais. A aplicação de
particularidades da matemática e da geometria, no processo de
projetação e configuração dos produtos gráficos editoriais, de
identidade visual, de divulgação e na área de hipermídia.
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3. Antropometria

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Parte da antropologia que trata das mensurações do corpo humano
ou de alguma das suas partes.
No Design Gráfico a antropometria está diretamente relacionada com a
segurança e conforto. O fator conforto está na aptidão de uma composição
apresentar a informação gráfica sem esforço exagerado do usuário em
relação a visibilidade e leiturabilidade.

Ánthropos 🡺 homem + métron 🡺 medida

3.1 - História

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Artefatos estão intimamente ligados as dimensões corporais.

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Porém a antropometria tem suas origem no final do século XIX
com a avaliação dos cientistas sociais das diferenças físicas
entre grupos raciais na tentativa de demonstrar as evidências
de grupos físicos criminais.
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É a partir da década de 40 que começou haver a
necessidade de medidas antropométricas, provocada pelo

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aumento da demanda da produção em massa, como
exemplos:
• Indústria automobilística
• Indústria aeroespacial
Nesta época, as medidas antropométricas visavam
grandezas médias da população, como peso, e estaturas
médias.
Hoje o maior interesse concentra-se nos estudos das
diferenças e a influência de certas variáveis como etnia,
regiões e culturas.
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3.2 - Diferenças individuais

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Pesquisa de William Sheldon (1940) -
Com 4.000 estudantes norte-americanos, com quem realizou
levantamentos antropométricos com fotografias dessa amostra
populacional, de forma que chegou a definir 3 (três) tipos básicos:
. o endomorfo
. o mesomorfo
. o ectomorfo
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Ectomorfo: corpo e membros longos e finos, pouca gordura e músculos;
Mesomorfo: tipo musculosos, de formas angulosas, possui pouca gordura subcutânea;
Endomorfo: formas arredondadas e macias com grandes depósitos de gorduras (forma de pêra).
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3.3 - Diferenças entre sexos

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Homens e mulheres apresentam diferenças antropométricas
significativas, não apenas nas medidas absolutas como nas
proporções dos diversos segmentos do corpo.
Exemplo:
Os homens são mais altos, mas as mulheres com mesma
estatura são mais gordas.
Os homens têm braços mais compridos, e assim por diante.
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3.3 - Diferenças entre idades

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Durante as fases da vida, os corpos sofrem mudanças de
Forma, Formato e Proporções. Estas mudanças são mais
visíveis na infância e adolescência. Cada parte do corpo tem
velocidades diferentes de crescimento.
Ex: as extremidades crescem mais rapidamente, a cabeça
atinge 80% do seu tamanho com a idade de 4 a 5 anos, os
braços são quase iguais ao comprimento do corpo ao nascer.
O processo de envelhecimento começa após os 30 anos e a
estatura começa a declinar.
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3.3 - Etnias e evolução

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Em termos de diferenças étnicas, é na África que
encontramos as variações mais extremas. Os menores são
os Pigmeus da África Central e os de maior estatura são
os negros nilóticos que habitam a região sul do Sudão.
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3.3 – Diferenças individuais

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Ao se resolver tomar medidas, deve-se tomar todos os
cuidados com utilização de equipamentos e métodos
cuidadosamente escolhidos para cada projeto, pois fatores
como características biológicas e características adquiridas
pelas experiências no trabalho serão de grande influência,
a quantidade de pessoas para se fazer uma amostra vai
variar de acordo com a variabilidade de precisão da
medida que se deseja.
As medidas antropométricas geralmente devem seguir de
uma análise estatística de acordo com a necessidade do
projeto.
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3.3 – Medidas internacionais

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Sempre que não for possível ou economicamente justificável, pode-se
recorrer a tabelas, pelo menos em primeira aproximação.
Uma das tabelas de medidas antropométricas mais completas que se
conhece é a norma alemã DIN 33402 de junho de 1981, ela apresenta 54
variáveis do corpo. (tabela 6.2 e fig.6.12).
No Brasil, ainda não existem medidas antropométricas da população, por
isso a ABNT (associação Brasileiras de Normas Técnicas) baseou-se nas
medidas Norte–americanas. (Tabela 6.3)
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Antropometria - Alemã
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Antropometria - Alemã
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Antropometria - Alemã
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Antropometria - Alemã
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Antropometria - Alemã
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Antropometria - Brasileira
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Antropometria - Brasileira
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Antropometria - Brasileira
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3.3 – Tipos de ergonomia

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Ergonomia Física: envolve as relações do trabalho com os
aspectos físicos humanos. Aspectos que concernem a
fisiologia, a anatomia e a biomecânica são considerados. Para
a área do Design Gráfico, a atenção deve estar voltada para
as ações de produtos impressos gráficos bidimensionais ou
tridimensionais (embalagens, revistas, panfletos, etc),
localização de unidades físicas de informação (placas de
sinalização, cartazes, etc.). Os objetivos são os de melhorar a
relação do homem com o produto, máquina ou interface,
mantendo a integridade física humana, a movimentação
adequada no levantamento e manipulação de produtos, no
nosso caso, artefatos gráficos.
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Ergonomia Cognitiva: faz o tratamento dos processos de
memória, atenção, concentração e raciocínio. O designer
gráfico deve estar atento para que estes processos estejam
presentes nos projetos de forma a estarem atentos ao
contexto estético e simbólico que o público-alvo do projeto
possui, bem como seu repertório gráfico e artístico. Estes
procedimentos suscitam uma maior funcionalidade a peça
gráfica. É trabalhando com a ergonomia cognitiva que
podemos influenciar nas respostas mentais e emocionais
dos usuários com o artefato, observando ou promovendo
sua tomada de decisão, ocasionais estresses, esforços
mentais, desempenho, satisfação motivação etc. Seus
objetivos estão pautados na redução do estresse de níveis
informacionais visuais.
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Ergonomia Organizacional: A ergonomia aqui se dedica a
entender como os sistemas de informação podem influenciar
na relação homem com o seu trabalho, ou a máquina. Atenção
a cultura e o ambiente de trabalho (ou de venda, ou uso), as
políticas, processos, modelos de gestão, etc. são primordiais
para entender as necessidades do público-alvo. Esta fatia da
ergonomia preza por deixar as condições de informações
visuais para uma maior segurança do usuário, saúde e bem-
estar, interferindo no modo de gerencia humana sobre os
artefatos.
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Modelo descritivo teórico-metodológico da EAA_QVT: níveis analíticos, fatores estruturadores e métodos.
http://www.scielo.br/pdf/rbso/v40n131/0303-7657-rbso-40-131-18.pdf
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Referências
Livros:

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Ergonomia – Projeto e Produção – Autor: Itiro Lida – ed Edgard Blücher ltda.

Arte de Projetar em Arquitetura – autor: Ernst Neufert – ed Gustavo Gili do Brasil,S.A.

Site:
Fonte pesquisa: http://brazil.skepdic.com/antropometria.html
Artigos:
http://wright.ava.ufsc.br/~grupohipermidia/graphica2013/trabalhos/A%20TIPOGRAFIA%20COMO%20BASE
%20DO%20PROJETO%20GRAFICO%20EDITORIAL.pdf
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/
17387/17387.PDFXXvmi=xTqguIp2gN39F0xJ9JsWvMD2a8z1oxdWSFenn
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http://www.abrale.com.br/wp-content/uploads/legibilidade-visual-grafico-pnld.pdf