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TITULO TRABALHO

O CONGOLÊS MOÏSE KABAGAMBE: XENOFOBIA E RACISMO 

NOME: ANGELO MIGUEL DE SOUZA LIMA

MATRÍCULA: 04114921

CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO

  Moïse Mugenyi Kabagambe, imigrante congolês, foi assassinado no


quiosque Tropicália no Rio de Janeiro, Pau-Brasil. A família só teve
conhecimento da morte de Moïse no dia seguinte. No dia 5 de fevereiro,
após políticos, celebridades, organizações de direitos humanos e o
movimento negro organizados nas redes sociais, protestos ocorreram
em várias cidades do Brasil, além das embaixadas brasileiras em Berlim
(Alemanha) e Londres (Reino Unido).
Os protestos contra a morte de Moïse, e denunciaram o racismo e a
xenofobia. Apesar dos protestos e apoio de diversas organizações e
políticos, a ameaça contra os imigrantes congoleses se intensificou,
levando à fuga deles do Brasil para outros países. O racismo e xenofobia
sendo uma das expressões consustancial à natureza do capitalismo, é
como uma arma usada com a finalidade de divisão dos trabalhadores
para potencializar a sua exploração. A instigação do racismo serve de
instrumento legitimador de um conjunto de práticas, discriminações e
opressões que recusam direitos, visando deixar um conjunto largo de
trabalhadores mais indefesos perante as investidas do patronato.
O preconceito racial ou racismo é outro mal que o mundo moderno ainda
enfrenta e precisa ser detido. Por trás da xenofobia está frequentemente
o racismo implícito. Porque o país de origem de uma pessoa geralmente
significa outra etnia. É difícil determinar até que ponto o preconceito
contra estrangeiros existe sozinho ou é baseado no racismo. Se a
discriminação por ser migrante já é terrível, o acúmulo de preconceitos
piora ainda mais a situação. Apesar da extensão da formação étnica do
Brasil, onde a maioria da população é de ascendência hindu, brancura
europeia e africana, incluindo os descendentes de muçulmanos, judias e
orientais, a xenofobia se desenvolveu em nosso país.
Os ideais de extrema direita, envolvendo racismo e xenofobia, cresceram
e deixaram uma marca xenófoba em um segmento da população
brasileira, particularmente os brancos de ascendência europeia. Na
região sudeste (especialmente em São Paulo) existem grupos
neonazistas como os Skinheads e os Carecas do Á-BÊ-CÊ. Eles se
autodenominam grupos anti-imigrantista e promovem o ódio contra
estrangeiros, nordestinos e nordestinos e pretos. Aborígene, lésbica,
judeu, muçulmano. Quando reconhecemos as décadas de atuação de
grupos como este e as crescentes taxas de imigração no Brasil,
especialmente venezuelanos, africanos e muçulmanos do Oriente Médio,
entendemos o quão preocupante é a situação.

REFERÊNCIAS

CABECINHAS, Rosa. Racismo e xenofobia: a actualidade de uma velha


questão. 2008.
FAUSTINO, Deivison Mendes; OLIVEIRA, Leila Maria de. Xeno-racismo ou
xenofobia racializada? Problematizando a hospitalidade seletiva aos
estrangeiros no Brasil. REMHU: revista interdisciplinar da mobilidade
humana, v. 29, p. 193-210, 2022.
MATTOS, Alice Lopes. Racismo e xenofobia no Brasil: análise dos
intrumentos jurídicos de proteção ao imigrante negro. 2016. CICONELLO,
Alexandre et al. O desafio de eliminar o racismo no Brasil: a nova
institucionalidade no combate à desigualdade racial. From Poverty to
Power: how active citizens and affective states can change the worls.
London: Oxfam, 2008

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