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Universidade Estadual de Ponta Grossa

Departamento de Engenharia de Alimentos

DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL


Curso: Engenharia de Alimentos

PRÁTICA 5 – DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO VINAGRE

Discentes: Isabela Dias – RA:21003725


Mikael Douglas de O. de Siqueira – RA: 22007225
Vanessa Z. de Oliveira Illa Font – RA: 21207725

Docente: Glaucio Regis Nagurniak

Ponta Grossa, 07 de Julho de 2022.


Isabela Dias
Mikael Douglas de O. de Siqueira
Vanessa Z. de Oliveira Illa Font

PRÁTICA 5 – DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO VINAGRE

Relatório da aula prática da disciplina de


Química Analítica Experimental.

Ponta Grossa
2022
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SUMÁRIO

1 – Introdução.............................................................................................................4
2 –
Objetivos................................................................................................................5
3 – Materiais................................................................................................................5
4 – Parte
Experimental................................................................................................5
5 – Resultados e
discussões......................................................................................6
6 –
Conclusão..............................................................................................................9
7 – Bibliografia............................................................................................................9

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PRÁTICA 5 – DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO VINAGRE

1. Introdução

Tem-se conhecimento do vinagre aproximadamente 8.000 anos a.C. Era utilizado


devido às propriedades benéficas ao organismo humano e à sua importância na
alimentação. Conforme informações da EMBRAPA o vinagre foi muito utilizado como
bebida refrescante, diluído na água e também como medicamento. Foi
recomendado, também, para tratar de disfunções respiratórias, feridas e úlceras,
devido às suas propriedades desinfetantes e anti-inflamatórias. Nas guerras, o
vinagre era recomendado aos soldados, principalmente quando atuavam em
ambientes úmidos, fazendo parte da alimentação diária, para prevenir possíveis
contaminações microbiológicas, para desinfetar e temperar os alimentos.
No Brasil os tipos de vinagres mais usados é o de vinho, maçã e álcool. Mais no
mercado hoje em dia existem vários tipos de todo lugar do mundo, como:
 De vinho:
 Tinto e branco: os mais comuns no mercado são elaborados a partir da
fermentação de vinhos feitos com uvas abundantes no Sul do Brasil, caso da
Isabel e da Bordeaux.
 Xerez: originário de um vinho da Andaluzia, na Espanha, esse vinagre
tempera receitas como o gaspacho, sopa com tomate e pimentão.
 Balsâmico: o legítimo é feito em Módena, na Itália. A classe é envelhecida em
barris de madeira e tem cor escura e sabor adocicado.
 De maçã: Como ela é corriqueira no Hemisfério Norte, o vinagre dessa fruta é
um dos mais estudados. Aromático e de sabor suave, vai bem em molhos e
receitas agridoces.
 De arroz: Extremamente popular em países asiáticos, caso do Japão e da
China, onde há grande cultivo desse cereal. Faz sucesso na culinária como
ingrediente em sushis e conservas.
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 De álcool: No Brasil, é elaborado a partir da cana-de-açúcar e costuma ter um
preço mais baixo. Pode ser aromatizado com limão e ervas. Bastante usado
na fabricação de picles.
 De outras frutas: Jabuticaba, carambola, kiwi e abacaxi viram vinagre em
países tropicais. Já figo, framboesa e tamarindo são matéria-prima em
nações mais ao norte.
 De hortaliças: Tomate, cenoura, pepino e outros vegetais também servem
como base para o vinagre. Os antigos até usavam esse preparo quando a
colheita era farta para evitar desperdícios.
O vinagre é uma solução diluída com teor de acidez entre 4% a 6% obtida da
oxidação do álcool procedente da fermentação.

2. Objetivos

Determinar a concentração de ácido acético no vinagre comercial através da


titulação.

3. Materiais

- Ácido acético da marca Chemim;


- Hidróxido de sódio (NaOH);
- Pipeta volumétrica;
- Balão volumétrico de 10 mL;
- Bureta;
- Suporte universal;
- 3 Erlenmeyers;
- Água destilada;
- Fenolftaleína;e
- Conta gotas.

4. Parte Experimental
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1. Mede-se 10 mL de vinagre Chemim com a pipeta volumétrica e transfere-
se para o balão volumétrico.
2. Acrescenta-se água destilada até o menisco.
3. Pega-se 3 erlenmeyers limpos e secos e acrescente 10 mL (medidos na
pipeta volumétrica) da solução de vinagre diluída em cada um deles.
4. Adiciona-se 3 gotas de fenolftaleína em cada erlenmeyer.
5. Na bureta adiciona-se a solução com o Hidróxido de sódio.
6. Coloca-se o erlenmeyer com a solução sob a torneira e inicie a titulação
deixando gotejar lentamente a solução ácida, ao mesmo tempo em que o
erlenmeyer é agitado com movimentos circulares.
7. Observa-se até atingir o ponto da viragem do indicador. Anota-se o volume
gasto de Hidróxido de sódio.

5. Resultados e discussão

Para a determinação da concentração de ácido acético no vinagre Chemim foi feito a


titulação de neutralização com a solução de Hidróxido de sódio (NaOH). O processo
de titulação é descrito pela reação:

C H 3 COO H (aq) + NaO H (aq) → NaC H 3 CO O (aq) + H 2 O(l)

Para cada titulação feita anotou-se os resultados obtidos. Observou-se o volume de


solução de Hidróxido de sódio usado em cada umas das cinco amostras. Com os
valores anotados pôde-se calcular o teor de acidez. Obteve-se o ponto de viragem
conforme valores abaixo:

Tabela 1. Determinação do ponto de viragem.


1ª Amostra 2ª Amostra 3ª Amostra
6,5 ml 6,6 ml 6,0 ml

Para a análise do ponto de viragem utiliza-se um indicador. Conforme VOGEL


(1981), pág.65 e 67.

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O indicador é uma substância que varia de cor conforme a concentração
hidrogeniônica. Normalmente, é um ácido orgânico fraco ou uma base fraca
em solução muito diluída. O indicador, ácido ou base, não dissociado
apresenta uma cor diferente do produto dissociado.

Nesta experiência utilizou-se a fenolftaleína para fazer o ponto de viragem. Ela


adquire coloração avermelhada ou rosa bem intensa em meios básicos e em meios
ácidos poderá ficar incolor.

Figura 1. Determinação do ponto de viragem.

Repetiu-se cinco vezes a titulação pois as duas primeiras passaram o ponto de


viragem do indicador. De acordo com SKOOG, pág. 6 e 7, definição de réplicas de
amostras:
A maioria das análises químicas é realizada em réplicas de amostras cujas
massas ou volumes tenham sido determinados cuidadosamente por
medições feitas com uma balança analítica ou com um dispositivo
volumétrico preciso. As réplicas melhoram a qualidade dos resultados e
fornecem uma medida da confiabilidade. As medidas quantitativas em
réplicas são geralmente expressas em termos da média e vários testes
estatísticos são executados para estabelecer a confiabilidade.

Para a análise e comparação da acidez do vinagre da marca Chemim utilizou-se a


média aritmética conforme dados apresentados na tabela 1.

6,5+6,6+6,0
Média Aritmética: = 6,37 ml NaOH
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Achando a concentração do ácido acético:


 1º encontra-se a quantidade de mols que tem em 10 ml de vinagre:

1 mol 1L
x 0,01L
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x = 0,01mol C H 3 COO H (aq)

 2º encontra-se a concentração de mols do ácido acético:

C H 3 COO H (aq)=NaO H(aq)


C x 0,01mol = 0,00637L
C = 0,637 mol/L C H 3 COO H (aq)

Para o cálculo da concentração em grama por litro para poder fazer o cálculo do
título:

1mol/L 60g
0,637mol/L x
x = 38,22 g/L ácido acético

Cálculo do título:

C 38,22
Título = → = 0,03822 ácido acético
d /1000 1000

Cálculo do título em percentual:

% = Título x 100 → 0,03822 x 100 = 3,8% ácido acético

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Figura 2. Vinagre Chemim. A figura que está à direita é o zoom do rótulo da figura à esquerda.

Comparação da concentração de ácido acético no vinagre feito no laboratório com o


do fabricante.

4,2/60
C= = 0,7 mol/L do fabricante.
1/ 10

3,8/60
C= = 0,63 mol/L da análise.
1/10

Erro % do valor apresentado: 0,07% menor que o do fabricante.


Obteve-se um resultado um pouco abaixo conforme padrão estabelecido pela
legislação brasileira onde indica como teor mínimo de 4 % o ácido acético em
vinagre comercial.

6. Conclusão

De acordo com os resultados obtidos e a comparação com a literatura concluiu-se


que o vinagre comercial submetido à titulação contém uma concentração de Ácido
Acético um pouco abaixo das especificações de qualidade pois o teor obtido foi de
3,8%.

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7. Bibliografia

1 - Batista, Carolina. INDICADORES ÁCIDO-BASE. Toda Matéria. Disponível em: <


https://www.todamateria.com.br/indicadores-acido-base/>. Acesso em: 11/07/2022.

2 - Pereira, Regina Célia. 6 TIPOS DE VINAGRE E SEUS BENEFÍCIOS PARA A


SAÚDE. Veja Saúde. Atualizado em 14 fevereiro de 2020, 18h22 - Publicado em 26
novovembro 2017, 09h33. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/alimentacao/6-
tipos-de-vinagre-e-seus-beneficios-para-a-saude/>. Acesso em: 09/07/2022.

3 - Rizzon, Luiz Antenor. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE VINAGRE. Embrapa. O


vinagre na história. Disponível
em:<https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Vinagre/
SistemaProducaoVinagre/historia.htm#:~:text=O%20vinagre%20%C3%A9%20um
%20produto,%C3%A0%20sua%20import%C3%A2ncia%20na%20alimenta
%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso em: 08/07/2022.

4 - SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. FUNDAMENTOS DE QUÍMICA


ANALÍTICA. Tradução da 8ª edição norte americana. Editora Thomson. Página 6 e
7.

5 - VOGEL, Arthur Israel. QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA. Editora Mestre Jou.


5ª edição. São Paulo. 1981. Páginas 65 e 67.

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