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Antes de mais nada, devemos deixar claro que este despretensioso trabalho não visa responder
todas as perguntas, nem esgotar este assunto, visa tão somente nos levar a meditar imparcialmente, e
dentro da lógica e do bom senso, espírita.
Por se tratar de um estudo espírita, tem como foco, a moral e a evolução do espírito, em seus
aspectos físicos e espirituais, e não a defesa de pontos de vistas exclusivistas de determinados indivíduos,
não sendo, portanto uma teoria, e nem pretendendo entrar no terreno de outras ciências, entretanto lança
uma luz sobre aspectos rudimentares de Psicologia, História, Filosofia, Biologia entre outras.
Não podemos e não devemos nos arrogar em portadores da verdade absoluta, devemos antes,
sermos amantes da verdade, e seus fiéis instrumentos, fazendo de tudo, se não para esclarecer em
definitivo, devido à limitação de nossos conhecimentos, pelo menos, tornarmos o convívio neste mundo
de ignorâncias e conseqüências, menos penoso, se não cheio de total compreensão, pelo menos de
tolerância e respeito, até que por fim o amor de Deus nos tome o coração, e passemos de simples criatura a
Filhos de Deus!
Parte I
Para falar sobre este assunto, devemos retornar ao momento em que, a sexualidade começa a ser
desenvolvida, bem como o papel sexual e as cobranças da sociedade quanto ao mesmo!
Nas cavernas, era papel dos homens: prover o alimento, proteger sua cria e sua mulher de
predadores e possíveis concorrentes.
Vamos dividir e explicar cada uma destas fases.
A: Prover alimentos:
Para isto ele precisava caçar animais muito maiores e mais fortes, o que lhe desenvolveu a
musculatura, pois só conseguiam companheiras, aqueles que pudessem prover alimentos, logo, se
destacavam e passavam seus genes adiante apenas os mais fortes. Para caçar, certos animais, necessitavam
de estratégia e trabalho em grupo, o que os incentivou à vida social e desenvolveu o raciocínio. Estes
mesmos seres com noções rudimentares de sociedade, e capacidade estratégica, passavam seus genes
adiante, como já foi dito. Durante estes milênios de evolução, em que a caça era a principal fonte de
proteínas, eles precisavam ir cada vez mais longe, ficando, ausente do convívio familiar por dias e às
vezes meses, desenvolvendo uma relação com outros machos da tribo, muito estreito.
Como um macho fraco atrapalharia a caça, começaram a perceber padrões que se repetiam em
machos mais aptos, e passaram a buscá-los, antes de colocá-los no grupo. Isto pode ter dado origem aos
famosos rituais de passagem.
Mas como este não é nosso interesse, prossigamos, este afastamento, acabou por determinar,
comportamentos padrões e diferenciados (papel sexual), das fêmeas do bando, que se dedicavam a outros
papéis.
Parte II
Homossexualismo e Reencarnação
A orientação sexual pode ter suas raízes, em experiências e evoluções adquiridas em diversas
encarnações, não sendo em todos os casos, uma escolha do indivíduo, apesar de se dar tal caso.
O homossexualismo e o bissexualismo aparecem em muitos relatos históricos, e estão presentes até
mesmo entre os animais irracionais.
A sexualidade é um instrumento de evolução, e em cada um dos gêneros, macho ou fêmea, se
desenvolvem caracteres diferentes e particularidades inerentes ao sexo biológico, caracterizando estas
experiências como necessárias à evolução do ser espiritual.
A orientação sexual do indivíduo pode se manifestar e se manifesta, desde a infância, porém as
variantes podem, surgir posteriormente, devido ao amadurecimento do indivíduo, seu livre arbítrio, em
conseqüência de sua evolução sexual através das diversas encarnações, ou até influenciados pelo meio
social em que se encontra inserido, eletiva ou obrigatoriamente. Dizemos isto, em função de pessoas que
são induzidas a estes comportamentos por seres degenerados ou violentados anteriormente, por seres em
desequilíbrio, caso comum em prisões e lupanares.
Isto não muda a orientação do indivíduo, bem resolvido e satisfeito com seu gênero sexual, pois se
sabe de indivíduos que depois de submetidos à coação devido ao meio, ao se verem livres da coação,
tornaram a sua orientação sexual normalmente, sem maiores conseqüências além de traumas psicológicos.
A sexualidade do indivíduo, portanto, e um caso complexo, que está longe de uma resolução, e
que tem suas raízes entranhadas, em diversos elementos, psíquicos, sociais, evolucionários e sociais, não
podendo, portanto, se enquadrar como doença, desequilíbrio, perversão, escolha ou qualquer título dado às
pressas e sem profundo conhecimento de todos os fatores desenvolvidos, estando, portanto a ultima
palavra a respeito do assunto, preso as malhas do tempo futuro, momento em que estaremos aptos a dar a
última palavra a seu respeito.
Parte IV
Homossexualismo e os Animais
Foi provado através de estudos, que o comportamento homossexual, se dá mesmo entre os animais;
pessoalmente vimos, este comportamento em cabras, bodes, ovelhas e cavalos. Isto é mais uma prova de
que tal fato não pode ser afirmado como um castigo, uma prova ou punição, pois os animais por não
possuírem livre arbítrio, não se encaixam com estas conseqüências... sim, conseqüências, esta é a palavra,
pois estes atributos requerem escolha e ele não tem consciência de individualidade desenvolvida, e,
portanto, não possuem livre arbítrio. Atribuir a eles um castigo ou conseqüência seria uma incoerência
com a lógica e com o bom senso.
Isto posto, vê-se que o assunto sai do campo das escolhas e da promiscuidade, e nos coloca em um
campo mais abrangente, que não descarta tal possibilidade, mas antes, a torna apenas mais uma das muitas
possíveis.
Nestes estes estudos ficou, costado após autópsia, que o cérebro destes animais tinha a em uma
determinada parte, que determina a sexualidade e a atração sexual, a mesma constituição de um cérebro de
uma fêmea. O que isto quer dizer? Não se sabe ainda! Será que ele tem este comportamento em
conseqüência desta aparente anomalia, ou a anomalia é conseqüências do espírito deste animal, que já era
homossexual?
Nada disto tem coerência se levarmos em conta o fato de que para animais irracionais não pode
existir punição, somente evolução, e como disse Kardec, bastaria que uma borboleta fosse branca, para
que não pudesse se afirmar que todas são pretas, ou pelo menos para provar que existe uma possibilidade!
Trocando em miúdos, isto nos faz pensar e concluir que, estes fenômenos sexuais, sejam normais,
e façam parte de uma fase da evolução de alguns indivíduos, não como regra nem como exceção, mas
como parte integrante e que foge ao nosso conhecimento limitado.
Parte V
Teoria de energias
Para fins de entendimento, vamos determinar que a energia masculina seja ativa (positiva) e a
feminina seja passiva (negativa), sem que isto prejudique ou melhore nenhuma das duas, são apenas
sinais.
Logo, quando um ser biologicamente masculino, ou feminino, busca a satisfação de suas
aspirações, afetivas no mesmo sexo, tem dificuldade em obter satisfação, pois os heteros, não se dispõem
a este tipo de relacionamento, pois são heteros, logo só encontram seus pares, entre indivíduos de mesma
carga energética, ou seja, positivo ou negativo, impossibilitando-os de colocar em regime de equilíbrio
estas cargas e como sabemos que só cargas opostas podem se equilibrar, isto tende a causar uma constante
insatisfação nestes indivíduos na maioria dos casos. Porém, isto não é uma regra e sim uma possibilidade.
Estas energias podem e estão presentes de diversas formas nestes espíritos. Tanto temos
homossexuais, positivos, como negativos bem como bipolares, o que nos mostra a complexidade do
assunto.
Pode em alguns casos, derivar deste fato citado acima, o descontentamento e as frustrações destes
espíritos, que se sentem muitas vezes incompletos, e vivem como que em uma constante busca, o que os
leva “devido à ignorância” ao desespero e em conseqüência disto a atos comprometedores e nefastos e
ainda devem suportar o papel que a sociedade com seus padrões, impõem sobre eles. Isto pode levar ao
desequilíbrio mental ao suicídio, físico e ou moral.
Parte VI
Generalidades
Parte VI
Homossexualismo e Obsessão
Não podemos nos esquecer de citar, o fato de algumas vezes estes “fenômenos” se manifestarem
em virtudes de processos de obsessão espiritual.
Como somos seres em que, existe sempre uma maior ou menor parcela da sexualidade mental
oposta a que hora envergamos e devido a processos de desequilíbrio mental e emocional, podemos abrir
brechas em nosso universo mental, para influências externas, de seres desencarnados que encontram em
nós alguma sintonia, em conformidade com seus pensamentos ou não. Este quadro é demasiado complexo,
para que o tratemos profundamente neste pequeno ensaio, mas para que possamos ter uma idéia, podemos
superficialmente dividir esta influência em duas partes que são:
Vingança: Espíritos que prejudicamos em vidas passadas ou ainda nesta, se aproveitam de nossa
invigilância, decorrente da ignorância do mundo espiritual, para nos impelir a desequilíbrios no campo
sexual, que vão desde a promiscuidade a até mesmo o homossexualismo (circunstancial). Tendo em suas
mentes enfermas, o desejo de nos desmoralizar, perante nós mesmos e perante a sociedade.
Neste caso, com respeito ao homossexualismo e ao bissexualismo, isto não altera a orientação
sexual do indivíduo, apenas o impele a prática de sexo, puramente físico, com outros seres do mesmo
sexo morfológico, criando para estes seres quadros de profunda culpa e dor.
Semelhança: Em virtude de nossos equívocos, de idéias e ideais, que se caracterizam por um total
desconhecimento da realidade espiritual, nos lançamos a aventuras sexuais, de satisfação puramente física,
que nos leva a experiências, neste campo, mais devesas, como por exemplo, sexo grupal, orgias, sexo com
animais, homossexualismo, bissexualismo, voyeurismo, sadomasoquismo, infidelidade conjugal (com e
sem consentimento) entre outros.
Por se tratar de um desregramento próprio de nossa natureza animal, encontra ainda grande
facilidade de acesso a nosso mundo psíquico, principalmente quando não nos policiamos, para evitar dar
vazão a esta natureza. Espíritos afeitos a estas práticas, que encontrem em nós, um parceiro para estas
práticas, ou fonte de satisfação para a mesma, aproximam-se do indivíduo, estimulando-o a estas práticas,
a semelhança de um amigo, que nos convida para um jogo ou uma festa. Nestes casos, a simbiose se
instala, pois tanto um como o outro se satisfazem e se aprisionam, neste universo de sensações e prazeres,
num caso de múltipla obsessão.
Em ambos os casos, vingança e semelhanças, o indivíduo é levado às mesmas práticas sexuais em
desequilíbrio, pois estão claramente visando a imediata satisfação de desejos.
Obs: Devemos ter muito cuidado, ao analisarmos estes casos, para que com isto não
identifiquemos como obsessão, um caso mais complexo, pois temos o mau costume de simplificar tudo,
principalmente nos meios religiosos, onde o preconceito gratuito e a ignorância, ainda imperam. Estes
episódios de confusão, causam grandes prejuízos ao espírito, muitas vezes levando-o a falsas expectativas,
e ao desequilíbrio terríveis, lançando-o muitas vezes em abismos, que durarão encarnações a fio.
Devemos dar a cada caso, um tratamento diferenciado, baseando-se, em reeducação moral,
equilíbrio mental e físico, com a participação de profissionais adequados ao caso, pois estes tratamentos
de “DESGAYFICAÇÃO”, têm quase sempre fins desastrosos, pois mudam o comportamento sexual,
sem tocar mesmo que de leve, a orientação sexual do indivíduo. Estas forças em desalinho acabam por
desequilibrar o ser, lançando-o em abismos de dor, angústia e sofrimento, adiando sua evolução e
complicando casos que poderiam já estar próximos da solução.
Para entendermos os desequilíbrios e desregramentos sexuais, aconselhamos a leitura do livro,
“Reforma Íntima Sem Martírio”, no capítulo intitulado “SENSUALIDADE E HIPNOSE COLETIVA”, do
qual transcrevemos o seguinte item, por acharmos pertinente com este: “Reflexão automática é o hábito
de consumir pensamentos estabelecendo uma rotina mental sem utilização da "consciência crítica",
um processo que funciona por estimulação condicionada sem a participação ativa da vontade e da
inteligência, interligando todas as mentes em todas as esferas de vida. Indução, sugestão e
assimilação são operações psíquicas que respondem por esse quadro que, em sã análise, constitui
uma grave questão social. Fenômenos telepáticos e mediúnicos formam a radiografia básica desse
"ecossistema psíquico". Patologias mentais e orgânicas, obsessões e auto-obsessões surgem nesse
cenário compondo a psicosfera de bairros e cidades, estados e países, continentes e mundos.
Composta de aproximadamente 30 bilhões de almas, a população geral da Terra tem hoje
um contingente de pouco mais de 1/6 de sua totalidade no corpo carnal. Considere-se que nessa
extensa e vigorosa "teia de ondas", mesmo esses 5/6 de criaturas fora da matéria têm como centro
de interesses o planeta das provas e expiações terrenas, influindo, sobremaneira, na economia
psíquica da humanidade em perfeito regime de troca, determinando mais do que imaginais os
rumos coletivos e individuais na dignidade ou na leviandade de propósitos, na paz ou no conflito
armado.”
Parte VII
Mensagens mediúnicas
Este item está reservado a apresentação de mensagens mediúnicas recebidas, após a apresentação
deste ensaio, em reunião mediúnica, no Centro Espírita João Batista, onde inúmeros espíritos ligados a
esta área, disseram ter comparecido, e afirmaram ter tido, forte impacto sobre inúmeros irmãos
desencarnados ali, presentes, em que inclusive, pediram estudar a possibilidade de se aprofundar mais no
assunto.
Preconceito
Quantos dilemas, quantas dúvidas, quantas ingratidões podem ser evitadas diante de preconceitos,
ignorâncias de espíritos deseducados e sem conhecimento do amor maior.
Sabemos que diante do Pai todos são seus filhos, independentes de credo, cor, sexo e poderes.
Irmãos, acreditem mais no ser do seu próximo, ele é um irmão em Cristo e seu semelhante é igual a
você, aceite-o do jeito que ele precisou vir, aceite seu invólucro carnal, pois é um espírito que está
aprisionado igual a vocês!
Preconceitos já mostram para as sombras, para falta de fraternidade e falta de amor com teu irmão.
Aceite seu irmão como sendo parte de você, você é parte de Jesus.
Os que amam e respeitam o seu próximo, amam nosso Mestre Jesus que nunca acusou, nem
desprezou nenhum peregrino em toda a sua caminhada.
Amem, incondicionalmente, esclareçam-se e respeitem sem críticas seu irmão, seja a opção qual
for, não esqueçam do livre- arbítrio, das provas e explicações tão necessárias ao crescimento e evolução
espiritual.
Abraços muita paz e bênçãos. Abram seus corações, suas mentes e recebam dando seu amor ao seu
irmão.
Luz aos irmãos e companheiros de jornada.
Um amigo.
(Mensagem psicografada, no dia 29/05/2007, no CEJB)
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Conclusões
Nós, espíritas, devemos receber em nosso meio, qualquer ser humano que queira se melhorar, e
trabalhar para a Boa Nova do Cristo, sem questionar de suas orientações e preferências, sem questionar de
sua vestimenta ou comportamento, pois como os pais de homossexuais, não são condenados por isto, e
não devem ser culpados por isto, pois ser pai ou mãe de um espírito que passa por este momento
evolutivo, não indica que eles coadunem com comportamentos promíscuos de seus filhos, o Espiritismo
não irá se sujar por recebê-los. Eles não são anormais, nem doentes, cuidemos de nossa vida, e façamos
nossa parte no trabalho, pois a Obra não é nossa, é de Deus e que saibamos, o Sol e a chuva é para todos.
Todos têm o direito a crescer, trabalhar e se integrar à sociedade.
Paremos de ser hipócritas e comentar a boca miúda, sobre se fulano ou cicrana, são ou não
homossexuais, e passemos a amá-los e respeitá-los como seres humanos e nossos irmãos.
Não devemos, impor abstinência a ninguém, nem incentivar a satisfação, devemos sim, amá-los e
respeitá-los, indicando sempre que procurem agir de conformidade com as leis morais. Quanto aos
problemas psicológicos, não nos cabe tratar, para isto existem profissionais.
Aconselhamos a leitura dos livros: “Homossexualidade, Reencarnação e Vida Mental”, de Walter
Barcelos, editora DIDIER e o livro “Além do Rosa e do Azul” (Recortes Terapêuticos sobre
Homossexualidade à Luz da Doutrina Espírita), de Gibson Bastos, editora CELD.