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Este texto apresenta os termos mais usuais relacionados com descontinuidades em juntas

soldadas, com base na norma PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas


Soldadas, fundidos, forjados e laminados (Terminologia).

Abertura de arco - Imperfeição local na superfície do metal de base resultante da


abertura do arco elétrico.

Abertura de Arco

Abertura de Arco

Abertura de Arco

Figura 1: Abertura de Arco.

Ângulo excessivo de reforço - Ângulo excessivo entre o plano da superfície do metal de


base e o plano tangente ao reforço de solda, traçado a partir da margem da solda. (Figura
2).

Figura 2: Ângulo excessivo de reforço.

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Concavidade - Reentrância na raiz da solda, podendo ser:
a) central, situada ao longo do centro do cordão (Figura 3a);
b) lateral, situada nas laterais do cordão (Figura 3b).

Concavidade Concavidade
Concavidade

Figura 3: Concavidade.

Cavidade alongada: Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da
solda, podendo estar localizado: (a) na solda (Figura 4a); (b) na raiz da solda (Figura 4b).

Figura 4: Cavidade alongada.

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Concavidade excessiva: Solda em ângulo com a face excessivamente côncava (Figura
5a).

Figura 5a: Concavidade excessiva.

Convexidade excessiva: Solda em ângulo com a face excessivamente convexa (Figura


5b).

Figura 5b: Convexidade excessiva.

Deformação angular: Distorção angular da junta soldada em relação à configuração de


projeto (Figura 6), exceto para junta soldada de topo (ver embicamento).

Figura 6: Deformação angular

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Deposição insuficiente: Insuficiência de metal na face da solda (Figura 7).

Deposição Insuficiente

Deposição Insuficiente

Figura 7: Deposição insuficiente.

Desalinhamento: Junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas,
apresentam-se desalinhadas, excedendo à configuração de projeto (Figura 8).

Figura 8: Desalinhamento.

Embicamento: Deformação angular da junta soldada de topo (Figura 9).

Figura 9: Embicamento.

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Falta de Fusão: Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre
passes da zona fundida, podendo estar localizada, (Figura 10a,b,c,d). (a) na zona de
ligação (Figura 10a); (b) entre os passes (Figura 10b); (c) na raiz da solda (Figura 10c e
10d).

Falta de Fusão

Falta de Fusão

Figura 10: Falta de fusão.

Figura 10a: Falta de fusão (entre passes).

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Figura 10b: Falta de fusão.

Falta de Penetração: Insuficiência de metal na raiz da solda (Figura 11 e 11a).

Falta de Penetração
Falta de Penetração

Figura 11: Falta de penetração.

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Figura 11a: Falta de penetração.

Fissura: Ver termo preferencial: trinca.

Inclusão de escória: Material sólido não metálico retido no metal de solda ou entre o
metal de solda e o metal de base podendo ser, (Figura 12a,b,c,d,e): (a) alinhada (Figura
12a e 12b); (c) isolada (Figura 12c); agrupada (Figura 12d)

Figura 12: Inclusão de escória.

Figura 12e: Inclusão de escória.

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Inclusão metálica: Metal estranho retido na zona fundida (Figura 13).

Figura 13: Inclusão de tungstênio.

Mordedura: Depressão sob a forma de entalhe, no metal de base acompanhando a


margem da solda (Figura 14).

Mordedura Mordedura

Figura 14: Mordedura.

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Mordedura na raiz: Mordedura localizada na margem da raiz da solda (Figura 14a).

Mordedura na
Raiz

Mordedura na
Raiz

Figura 14a: Mordedura na raiz.

Penetração excessiva: Metal da zona fundida em excesso na raiz da solda (Figura 15).

Penetração Excessiva

Figura 15 – Penetração excessiva

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Perfuração: Furo na solda (Figura 16a) ou penetração excessiva localizada (Figura 16b)
resultante da perfuração do banho de fusão durante a soldagem.

Perfuração

Figura 16: Perfuração.

Poro: Vazio arredondado, isolado e interno à solda. Poro superficial: Poro que emerge à
superfície da solda.

Porosidade: Conjunto de poros distribuídos de maneira uniforme, entretanto não alinhado


(Figura 17), (Figura 17a) e (Figura 17b).

Porosidade Poro

Porosidade

Figura 17: Poro / Porosidade.


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Figura 17a: Porosidade.

Figura 17b: Porosidade.

Porosidade agrupada: Conjunto de poros agrupados (Figura 18).

Figura 18: Porosidade agrupada.

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Porosidade alinhada: Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção
paralela ao eixo longitudinal da solda (Figura 19).

Figura 19: Porosidade alinhada.

Porosidade vermiforme: Conjunto de poros alongados ou em forma de espinha de peixe


situados na zona fundida (Figura 20).

Figura 20: Porosidade vermiforme.

Rachadura: Ver termo preferencial: trinca.

Rechupe de cratera: Falta de metal resultante da contração da zona fundida, localizada


na cratera do cordão de solda. (Figura 21).

Figura 21: Rechupe de cratera.

Rechupe interdendrítico: Vazio alongado situado entre dendritas da zona fundida.


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Reforço excessivo: Excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (Figura
22 e 22a).

Figura 22: Reforço excessivo.

Valor encontrado superior


ao permitido no critério de
aceitação.
Figura 22a: Reforço excessivo – medição com calibre de solda.

Respingos: Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à


superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada (Figura 23).

Respingo

Respingos

Figura 23: Respingos.

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Sobreposição: Excesso de metal da zona fundida sobreposto ao metal de base na
margem da solda, sem estar fundido ao metal de base (Figura 24).

Figura 24: Sobreposição.

Solda em ângulo assimétrica: Solda em ângulo, cujas pernas são significativamente


desiguais em desacordo com a configuração de projeto (Figura 25).

Figura 25: Solda em ângulo assimétrica.

Trinca: Tipo de descontinuidade planar caracterizada por uma ponta aguda e uma alta
razão comprimento e largura.

Trinca de cratera: Trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser, (Figura
26a, b, c).
a. longitudinal (Figura 26a);
b. transversal (Figura 26b);
c. em estrela (Figura 26c).

Figura 26 a, b e c: Trinca de cratera.

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Trinca em estrela: Trinca irradiante de tamanho inferior à largura de um passe da solda
considerada (ver trinca irradiante).

Trinca interlamelar: Trinca em forma de degraus, situados em planos paralelos à direção


de laminação, localizada no metal de base, próxima à zona fundida (Figura 27 e 27a).

Figura 27: Trinca interlamelar.

Figura 27a: Trinca interlamelar.

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Trinca irradiante: Conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar
localizada: (a) na zona fundida (Figura 28a); (b) na zona afetada termicamente (Figura
28b); (c) no metal de base (Figura 28c).

Figura 28: Trinca irradiante.

Trinca longitudinal: Trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal


do cordão de solda, podendo estar localizada: (a) na zona fundida (Figura 29a); (b) na
zona de ligação (Figura 29b); (c) na zona afetada termicamente (Figura 29c); (d) no metal
de base (Figura 29d).

Figura 29: Trinca longitudinal.

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Figura 29b: Trinca longitudinal (zona de ligação).

Trinca na margem: Trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na


zona afetada termicamente (Figura 30 e 30a).

Figura 30: Trinca na margem.

Figura 30a: Trinca na margem.

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Trinca na raiz: Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada: (a) na
zona fundida (Figuras 31 e 32); (b) na zona afetada termicamente (Figura 31).

Figura 31: Trinca na raiz.

Figura 32: Trinca na raiz.

Trinca ramificada: Conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar
localizada: (a) na zona fundida (Figura 33a); (b) na zona afetada termicamente (Figura
33b); (c) no metal de base (Figura 33c).

Trinca Ramificada

Trinca Ramificada

Figura 33: Trinca ramificada.

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Trinca sob cordão: Também conhecida como trinca a frio, é uma trinca localizada na
zona afetada termicamente não se estendendo à superfície da peça (Figura 34 e 34a).

Figura 34: Trinca sob cordão.

Figura 34a: Trinca sob o cordão.

Trinca transversal: Trinca com direção aproximadamente perpendicular ao eixo


longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada:
a) na zona fundida (Figura 35a);
b) na zona afetada termicamente (Figura 35b);
c) no metal de base (Figura 35c).

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Trinca Transversal

Figura 35: Trinca transversal.

Você estudou neste texto a nomenclatura referente às descontinuidades

que ocorrem na estrutura típica de juntas soldadas. A classificação e a

definição desses termos segue o parâmetro da Norma N-1738 (07/97)

que mostra os tipos de falhas que ocorrem em juntas soldadas.

Caso seja necessário releia o texto e/ou recorra aos tutores para resolver

suas dúvidas.

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