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2º Ano - Romantismo
2º Ano - Romantismo
• Nacionalismo;
• Presença do índio como herói nacional;
• Descrição do encontro entre índios e europeus como representação do
mito da criação do Brasil;
• Natureza brasileira exaltada como exuberante e confidente do sujeito lírico
dos poemas;
• Egocentrismo;
• Idealização do amor e da mulher.
Segunda geração
romantismo
Isso ocorreu porque houve uma consonância de sentimentos e perspectivas de vida entre esses
jovens e as personagens retratadas nos romances e novelas românticos. O exagero
sentimental, o egocentrismo, a idealização da mulher, o pessimismo diante da existência e a
vontade de fugir são marcas tanto da ficção do período quanto da própria vida dessa parcela da
sociedade.
De fato, por exemplo, após a publicação da narrativa “Os sofrimentos do jovem Werther”, de
Goethe, muitos jovens suicidaram-se, imitando o destino final do protagonista do livro. Esse fato
histórico representa muito bem como os autores da geração byroniana conseguiram representar
o espírito de uma parcela da juventude do período.
Características
Algumas das principais características da segunda geração romântica são:
Egocentrismo: Nas obras ultrarromânticas, é notável um claro enfoque no sujeito em
detrimento do mundo. Em muitas obras, inclusive, o espaço externo ao “eu” é apenas
cenário para a existência da personagem. Em geral, questões de ordem social – tensões
do mundo lá fora – não costumam ser abordadas pelos escritores dessa geração.
Sentimentalismo exagerado: A idealização amorosa e a projeção de uma mulher
perfeita são comuns nas obras da segunda geração romântica. O amor e a amada são
quase sempre utopias inatingíveis e, por isso, as personagens e os sujeitos líricos
sofrem demasiadamente.
Forte tom depressivo: A depressão – ou “mal do século”, como era chamada – era
claramente perceptível no discurso presente nas prosas e poemas ultrarromânticos.
Tendência a fugas da realidade: Diante de um presente desastroso, marcado pela
solidão e pela desilusão amorosa, as personagens e sujeitos líricos da segunda geração
romântica apresentavam discursos em que exaltavam o desejo de fugir da realidade.
Essa fuga mostrava-se de diversas formas, como mediante o desejo de morrer, por meio
da exaltação da boemia desregrada, ou ainda fugindo para a infância.
Gosto pelo delírio e pelo macabro: A tematização do grotesco, do macabro e de
situações de delírio são comuns em narrativas ultrarromânticas.
Ironia romântica: Trata-se de um conceito utilizado para definir um certo
comportamento comum entre os autores da segunda geração romântica. Tal
comportamento resume-se em apresentar um alto grau de criticidade em relação às
próprias produções ultrarromânticas.
Principais autores
Álvares de Azevedo (1831- 1852)
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 12 de setembro de 1831, em São
Paulo. Foi escritor contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro. Destacam-se
as obras publicadas postumamente: Três Liras (1853) e Noite na Taverna (1855).
Álvares de Azevedo teve tuberculose, e por influência do conhecimento da
doença que possuía, Álvares de Azevedo desenvolveu uma verdadeira obsessão
pela temática da morte, evidente nas cartas à família e aos amigos. Além de um
sentimento melancólico e do desencanto pela vida, Álvares de Azevedo também
incorpora o sarcasmo, a ironia e a autodestruição de Musset.
O poeta do Romantismo tem poucas publicações, apesar de muito conhecidas,
pelo fato de morrer ainda jovem, aos 21 anos, em 25 de abril de 1852.
A LAGARTIXA
Posso agora viver: para coroas
A lagartixa ao sol ardente vive
Não preciso no prado colher flores;
E fazendo verão o corpo espicha:
Engrinaldo melhor a minha fronte
O clarão de teus olhos me dá vida,
Nas rosas mais gentis de teus amores
Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
Amo-te como o vinho e como o sono, Vale todo um harém a minha bela,
Mas teu néctar de amor jamais se esgota, Vivo ao sol de seus olhos namorados,
(Álvares de Azevedo)
LEMBRANÇA DE MORRER
Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Eu deixo a vida como deixa o tédio
Não derramem por mim nenhuma lágrima ... Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Em pálpebra demente.
Que por minha tristeza te definhas! Aos lábios me encostou a face linda!
Pouco - bem poucos... e que não zombavam Do pálido poeta deste flores...