DISCIPLINA: Avaliação Proficiência _Psicologia
QUESTÃO 1
Para Bock, Furtado e Teixeira (2008) a Psicologia, em
seu desenvolvimento histórico como ciência, criou
teorias explicativas da realidade psicológica, ou
descritivas do comportamento, bem como métodos e
técnicas próprias de investigação da vida psicológica e
do comportamento humano. O psicólogo, em seu
trabalho, utiliza o conhecimento científico na
intervenção, dispõe de técnicas e instrumentos
apropriados e cientificamente elaborados, que lhe
possibilitam diagnosticar os problemas.
BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T.
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. Disponível em:
Acesso em 03 de fev. de 2019.
De acordo com o excerto, pode-se afirmar que o
psicólogo, em seu trabalho, procurará sempre
desenvolver o sentido de sua responsabilidade
profissional através
a) de dados coletados por meio de testes, entrevistas
ou observações compreendidas a partir de
modelos médicos e biológicos.
b) da intervenção caracterizada pela cura por meio de
terapia medicamentosa, assim como os psiquiatras.
c) da atuação como terapeuta atendendo em clínicas
dentro das escolas, empresas e hospitais.
d) da intervenção intencional, planejada e feita com a
utilização de conhecimentos específicos do campo
da ciência.
e) do isolamento do mundo psíquico no interior do
indivíduo como determinante do comportamento.
QUESTÃO 2
Gerônimo, psicólogo social na Prefeitura de um
grande município do estado de São Paulo,
preocupado com a relação entre o contexto social e a
saúde, inicia o desenvolvimento de uma pesquisa
científica cuja problemática circunda ambos os
elementos e busca na abordagem da representação
social uma forma de analisar o pensamento dos
usuários do Sistema Único de Saúde sobre doença. A
sua preocupação com o rigor metodológico, com a
validade dos dados de sua pesquisa em se tratando
de um campo em saúde e ciências sociais – por
perpassar a esfera biopsicossocial –, o faz optar por
uma metodologia que combinasse múltiplos métodos.
Em outras palavras, preocupado com as questões
supracitadas e atento às diferenças existentes entre a
pesquisa quantitativa (objetivo) e qualitativa
(subjetivo), Gerônimo optou, como salienta Zappellini
e Feuerschütte (2015), por um “procedimento que
combina diferentes métodos de coleta e de análise de
dados, diferentes populações/sujeitos (ou
amostras/objetos), diferentes perspectivas teóricas e
diferentes momentos no tempo, com o propósito de
consolidar suas conclusões a respeito do fenômeno
que está sendo investigado”. Portanto, para esta
investigação científica, o psicólogo irá adotar uma
metodologia qualitativa – tendo em vista o seu objetivo
principal voltado para as representações sociais –
combinada com o método quantitativo.
ZAPPELLINI, M. B.; FEUERSCHÜTTE, S. G. O uso da
triangulação na pesquisa científica brasileira em
administração. Administração: ensino e pesquisa. Rio
de Janeiro, vol. 16, n. 2, 2015.
Considerando o que foi abordado, a alternativa que se
refere a metodologia acima definida é
a) triangulação.
b) pesquisa longitudinal.
c) estudo de caso.
d) inventário.
e) escala Likert.
QUESTÃO 3
“...há necessidade de uma abordagem multidisciplinar
dos problemas da última fase do desenvolvimento
chamada de Velhice, a fim de atender integralmente a
pessoa idosa com o envolvimento de todos os
profissionais da saúde, dentre eles o psicólogo.
O psicólogo pode trabalhar com os idosos para
incentivar a manutenção de um estilo de vida
saudável, o que reduz a chance de ocorrência de
condições que levam à patologias. Além disso, pode
visar, em seu trabalho com idosos, o reforçamento
dos recursos do próprio indivíduo para a preservação
da saúde mental; estimular a sua participação em
atividades educacionais e sociais, a troca de apoio
social, a criação de novos interesses e o
estabelecimento de laços afetivos; apoiar o
engajamento em atividades que estimulem a
criatividade, a sociabilidade e a participação
comunitária, contribuindo assim para a realização de
metas pessoais e dando um sentido pessoal à vida.
(Neri, 2004)”.
FREIRE, Sueli Aparecida; RESENDE, Marineia Crosara
de. Estudos e intervenções para a promoção da
velhice satisfatória. Psicología para America
Latina, n. 14, p. 0-0, 2008.
“Menninger (1980) também parece encarar a velhice
como mais um processo adaptativo da vida do
indivíduo. Segundo este autor, essa etapa, como as
anteriores, envolveria uma elaboração de perdas, uma
adaptação às mudanças e um reafirmar da identidade,
muito semelhante ao que já ocorreu durante a
adolescência.
Compartilhando essa mesma concepção, Bosi (1983)
avança nessa comparação entre o momento
adolescente e a velhice, afirmando que o que
diferenciará essas duas fases será o sentimento do
indivíduo: o adolescente vive expectativas (no geral
elevadas) em relação a sua etapa de transição,
enquanto o idoso sente-se um indivíduo diminuído em
contato com suas perdas e sua falta de perspectivas.
Para essa autora, a sociedade é que seria a
responsável por essa diferenciação existente entre as
crises, na medida em que impõe a desvalorização
diante do envelhecimento, sofrendo ela própria
perdas neste processo. Em suas palavras:
"Então, a velhice desgostada, ao retrair suas mãos
cheias de dons, torna-se uma ferida no grupo."
(p.41)
Integrando essa vertente de avaliação mais positiva do OLIVEIRA, Érika Arantes de; PASIAN, Sonia Regina;
envelhecer, destaca-se também a concepção de JACQUEMIN, André. A vivência afetiva em
Erikson (1959/1976) que nega a velhice como estágio idosos. Psicologia: ciência e profissão, v. 21, n. 1,
final de vida. Para este autor a crise dos idosos pode p. 68-83, 2001.
ser caracterizada por ganhos fundamentais, em nível
individual e coletivo, enquanto possibilidade de
contribuição através do repasse de experiências
acumuladas.”

Observe a tabela e gráfico:

Um grupo de psicólogos que atuam em instituições
para idosos desenvolveram um estudo para detectar o
funcionamento afetivo e a autoimagem de pessoas de
mais de 60 anos de idade. Foram selecionados
grupos de mulheres nessa faixa etária, sendo um
grupo de idosas institucionalizadas e outro, com as
residentes em suas próprias casas, com 25
elementos cada grupo. Foi elaborada uma entrevista
semiestruturada, feita a seleção das pessoas, o
consentimento pessoal e o contrato de pesquisa. As
entrevistas foram gravadas para posterior análise das
etapas do desenvolvimento de vida dos entrevistados,
com o objetivo de avaliar a possível interferência do
fator ambiental condições de vida em suas vivências
internas. No teste de Pfister verificou-se a inexistência
de diferença significativa quanto à freqüência de
utilização das cores, sugerindo que a afetividade
estaria sendo vivenciada de maneira semelhante pelas
idosas, independentemente de sua condição de
moradia (asilos ou em seus lares).
A partir da leitura do texto e da análise da tabela e
gráfico, assinale a alternativa correta:
a) Na fase atual do desenvolvimento (velhice), os dois
grupos mostraram similaridades, qualificando como
muito negativas as vivências atuais, principalmente
as não asiladas (NA = 44%, A = 72%).
b) No que diz respeito à vida adulta, os dois grupos
valorizaram essa fase da mesma forma,
principalmente nos aspectos negativos.
c) A concordância em relação à infância na
qualificação elaborada pelas idosas asiladas e não
asiladas continua no tocante à juventude, sendo
esta fase avaliada positivamente.
d) Na fase da vida adulta foi que as idosas A e NA mais
se aproximaram em suas avaliações (positivas: NA
= 32%, A = 44%; negativas: NA = 40%, A = 20%).
e) A infância recebeu, em ambos os grupos, um alto
índice de qualificações positivas (NA = A = 44%),
mas também negativas (NA = 40%, A = 44%).
QUESTÃO 4
Considerando o trabalho um elemento instituidor da
condição humana em seus aspectos sociais e
simbólicos, ele pode constituir-se tanto como
possibilidade de saúde quanto de adoecimento. Para
tanto, é importante observar o contexto em que é
desenvolvido, bem refletir sobre as mudanças no
mundo do trabalho e suas consequências para o
sujeito e sua saúde.
I. A noção de grupos focais está apoiada no
desenvolvimento das entrevistas grupais. O
moderador de um grupo focal assume uma posição
de facilitador do processo de discussão e sua ênfase
está nos processos psicossociais que emergem.
PORQUE
II. A unidade de análise do grupo focal é o próprio
grupo. Se uma opinião é expressa, mesmo não sendo
compartilhada por todos, para efeito de análise e
interpretação dos resultados, ela é referida como do
grupo.
BREAKWELL, G. M.; FIFE-SCHAW, C.; HAMMOND, S.;
SMITH, J. A. (2010). Métodos de pesquisa em
psicologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa
correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a
II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 5
“Quando se diz que toda pesquisa tem início com
algum tipo de problema, torna-se conveniente
esclarecer o significado deste termo. Uma acepção
bastante corrente identifica problema com questão
que dá margem a hesitação ou perplexidade, por difícil
de explicar ou resolver. Outra acepção identifica
problema com algo que provoca desequilíbrio, mal-
estar, sofrimento ou constrangimento às pessoas.
Contudo, na acepção científica, problema é qualquer
questão não solvida e que é objeto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento...No processo de
investigação social, a primeira tarefa é escolher o
problema a ser pesquisado. Esta escolha, por sua vez,
conduz a indagações. Por que pesquisar? Qual a
importância do fenômeno a ser pesquisado? Que
pessoas ou grupos se beneficiarão com os seus
resultados?”
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de
pesquisa social. 6. ed. Editora Atlas SA, 2008.

Imagine que você é psicólogo(a) organizacional e do

trabalho de um banco e diante da alta demanda de
depressão dos trabalhadores, reportada direta ou
indiretamente na forma de faltas e atestados, decidiu
implementar um estudo para investigar a ocorrência
desse transtorno mental e o contexto laboral. Para a
coleta dos dados foram realizados dois grupos focais
e entrevistas individuais semi-estruturadas. Após,
ambos foram transcritos e analisados a partir da
orientação metodológica usada na teoria das
representações sociais.
Em um curso de Psicologia, os alunos do oitavo
semestre demonstraram preocupação com a
proximidade do trabalho de final de curso que iriam
fazer, apresentando dificuldade para dar os primeiros
passos para escolher o tema de pesquisa. Um grupo
de professores, diante do problema, propôs a
realização de uma oficina de metodologia de pesquisa
para servir de orientação. Iniciaram assim a abordagem
da formulação do problema de pesquisa, enfocando a
necessidade de clareza e precisão do tema, para que
se pudesse observar a importância da pertinência da
pesquisa. Para tanto, foi necessário que os alunos
formulassem problemas de seu interesse e que
escrevessem as razões de estudar o tema escolhido.
A partir disso, foram incumbidos de ler e analisar o que
já havia de conhecimento sobre o tema para identificar
questões ainda não resolvidas ou que precisam ser
mais aprofundadas.
De acordo com os textos acima apresentados, analise
as afirmações e assinale a alternativa correta:
a) A escolha do problema de pesquisa sempre implica
algum tipo de comprometimento.
b) A preocupação em buscar respostas para
indagações é imune às influências e contradições
sociais.
c) Na escolha do problema de pesquisa não há
necessidade de se verificar muitas implicações, tais
como relevância, oportunidade e criança as razões da anamnese para que ela não
comprometimento.
d) A ideologia do pesquisador não influencia
significativamente na escolha do problema.
e) As entrevistas possibilitam ter um contato com a
realidade vivida pelos atores sociais mas não
ajudam na etapa de formulação do problema.
QUESTÃO 6
“Pesquisas realizadas por Lo Bianco e colegas (1994)
acerca das concepções e tendências atuais em
Psicologia Clínica demonstram o desejo e a
necessidade de se repensar a clínica, a fim de renová-
la e transformá-la, principalmente dentro da
universidade, que é considerada como lócus
privilegiado de produção de conhecimento”.
TEIXEIRA, Rita Petrarca. Repensando a psicologia
clínica. Paidéia (Ribeirão Preto), n. 12-13, p. 51-62,
1997.
“Ética é responsabilidade pelo outro e por seu
sofrimento, afirma Lévinas (1961/1988) ao articular
uma ética em que se deve estar a serviço de Outrem,
sendo esta relação entre o eu e o outro essencial, na
qual implica a formação e instauração da subjetividade,
e sendo também o momento em que se entra em
contato com a alteridade trazida por outro para mim,
sem podermos recusar tal responsabilidade. Para
termos uma verdadeira relação ética com o outro,
temos que encará-lo como alguém que traz consigo a
diferença, considerada um fim em si mesmo (Lévinas,
1961/1988)”.
CARVALHO, Liliane Brandão et al. A ética do cuidado e
o encontro com o outro no contexto de uma clínica-
escola em fortaleza. Revista da Abordagem
Gestáltica: Phenomenological Studies, v. 21, n. 1,
p. 1-12, 2015.
Uma estagiária relata que fez um atendimento de uma
criança de 7 anos de idade que compareceu à clinica
acompanhada de sua mãe. Ao ouvir o relato da
responsável, ela constatou que a criança sofria de
violência e maus tratos em sua residência tanto por
parte dos pais como de seus irmãos. Na escola, de
acordo com o que a professora informou para a mãe, a
criança mantinha-se arredia e tímida, não se
entrosando com o resto da classe e com dificuldades
de aprendizado. No início do atendimento , ela não
quis ficar sozinha na sala com a estagiária dizendo
sentir medo de ficar longe da mãe. A estagiária
continuou então a anamnese e paralelo à entrevista
com a mãe ofereceu jogos e brinquedos para a
criança, com o objetivo de criar vinculo com ela e
facilitar a sua aproximação e aceitação. No final da
consulta, a criança já estava mais descontraída e
sorrindo, disse que voltaria na próxima semana.
Assinale a resposta correta que trata do atendimento
psicológico a crianças e adolescentes:
a) Constitui-se fator importante poder ocultar da
fique tímida ou rejeite o processo.
b) É totalmente necessário do ponto de vista ético
que a criança participe de todas as entrevistas na
presença dos pais ou responsáveis
c) Para que a criança se sinta à vontade, a primeira
tarefa consiste no desenvolvimento de um vínculo,
de maneira que a criança sinta-se confiante.
d) A sala onde será feita a anamnese deve ser bem
espaçosa para que a criança tenha liberdade de
movimentos e que se possa reduzir o contato
íntimo do entrevistador e a criança.
e) A criança deve ser tratada como um adulto em
miniatura pois ela entende todo o processo que
está passando e consegue manifestar os seus
problemas.
QUESTÃO 7
As psicoterapias são métodos de tratamento
realizados por profissionais treinados com o objetivo
de amenizar uma queixa ou um transtorno de um
paciente, para isso, se utilizam de meios psicológicos.
A relação entre paciente e terapeuta é colaborativa e o
elemento central deste processo, além disso, a
comunicação verbal é o principal recurso. As
psicoterapias são um recurso importante para o
tratamento de transtornos mentais e problemas de
ordem emocional. Em algumas situações, os
psicofármacos são empregados para auxiliar como
coadjuvantes no processo terapêutico. Há diversos
estudos sobre os agentes de mudança que tornam a
psicoterapia eficiente. Podemos citar as técnicas
utilizadas e a relação paciente-terapeuta como
exemplos de agentes de mudanças.
A respeito de agentes de mudanças no processo
terapêutico, analise as afirmativas a seguir:
I. O clima favorável para se expressar, compartilhar
emoções, realizar a catarse, pode ser chamado de
experiência afetiva. Este contexto tornaria o paciente
acessível ao mesmo tempo que passível de ser
influenciado pelo terapeuta.
II. O aumento das habilidades cognitivas por meio de
aquisição e integração de novos padrões de
pensamentos e de percepção e ainda, promoção de
maior conhecimento e compreensão de si mesmo
também podem ser considerados agentes de
mudanças.
III. Em algumas psicoterapias específicas haveria a
regulação de comportamento, o que significa que
sempre existe um tipo de aprendizagem de controle
de ações e hábitos e portanto, mudanças de
comportamento.
IV. Os fatores sociais, em maior ou menor grau,
também são agentes de mudança. Visto que diversos
tipos de terapia atuam visando modificar o ambiente
social ou familiar no qual o paciente vive
CORDIOLI, A.V. Psicoterapias. Abordagens atuais.
Porto Alegre: Artes Médicas,2008.
Considerando o contexto apresentado, é correto o
que se afirma em:
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
QUESTÃO 8
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de
Psicologia (CFP) n.007/2003, a avaliação psicológica
deve ser compreendida como um processo técnico-
científico de coleta de dados, estudo e interpretação
de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, que são resultantes da relação do
indivíduo com a sociedade. Para isso, o psicólogo faz
uso de determinadas estratégias, entre elas métodos,
técnicas e instrumentos para realizar tarefas
avaliativas. Por sua vez, os testes psicológicos são,
segundo a Resolução do CFP n.005/2012,
procedimentos sistemáticos de observação e registro
de amostras de comportamentos e respostas de
indivíduos com o objetivo de descrever e/ou mensurar
características e processos psicológicos em
diferentes áreas. Com base nessas observações,
sabe-se que a psicologia educacional faz uso de
diferentes testes psicológicos na avaliação dos
escolares de diferentes idades. Na pesquisa de
Oliveira et al. (2017), as autoras realizaram um estudo
exploratório acerca dos estilos intelectuais utilizados
por estudantes do ensino médio. O objetivo era
averiguar quais desses 13 estilos eram mais utilizados
nessa etapa escolar a fim de descrever o perfil de
estudantes do ensino médio brasileiro. A tabela 1,
apresentada na sequência, indica os principais
resultados encontrados.
DE OLIVEIRA, Katya Luciane et al. Estudo exploratório
sobre os estilos intelectuais no ensino
médio. Argumentos Pró-Educação, v. 2, n. 6, 2017.
Tabela 1. Média de pontos (M), Desvio Padrão ( DP ),
pontuações mínimas e máximas possíveis e obtidas
na amostra geral
 Pontuação Pontuação
QUESTÃO 9
mínima e mínima e
Estilo M DP “Com início na segunda metade do século XX, o
máxima máxima
movimento da Psicologia Humanista surgiu fazendo
possível obtida
uma crítica à Psicanálise e ao Behaviorismo que eram
dominantes na época. A crítica da Psicanálise
Legislativo 23,5 6,2 0-35 8 – 35
centrava-se na visão pessimista, determinista e
psicopatologizante que atribui à teoria de Freud. De
Executivo 21,5 5,3 0-35 7 – 35
acordo com Boainain (2008) a institucionalização e o
rápido desenvolvimento e aceitação da Psicologia
Judicial 22,8 5,9 0-35 5 – 35
Humanista coincidiu, no contexto cultural da década
de 60, com os anos de acentuado questionamento e
Global 19,4 4,9 0-35 5 – 35
mudança nas sociedades ocidentais. Anos de revoltas
políticas e de costumes, sobretudo entre a juventude,
Local 20,6 5,7 0-35 5 – 35
e em que mais do que nunca a contestação ao
Sistema e aos valores estabelecidos esteve na ordem
Liberal 22,6 6,2 0-35 7 – 35
do dia”.
Conservador 19,4 5,9 0-35 5 – 35
O existencialismo é um movimento ligado à Psicologia
Humanista, neste sentido, considere as afirmações no
Hierárquico 23,3 5,8 0-35 7 – 35
que tange às diferenças entre as premissas do
existencialismo frente ao Behaviorismo, considere as
Monárquico 22,5 5,8 0-35 6 – 35
afirmativas:
I. O existencialismo tem como objetivo de estudo o
Oligárquico 19,2 5,9 0-35 5 – 35
que a pessoa faz, ou seja, esse movimento surgiu
com o intuito de, por meio da manipulação das
Anárquico 21,1 5,4 0-35 7 – 35
variáveis ambientais, entender porque as pessoas
agem de determinada maneira.
Interno 20,7 6,0 0-35 5 – 35
II. O behaviorismo se assemelha ao existencialismo.
Ambos buscam conhecer a pessoa pelo o que ela faz.
Externo 23,1 6,4 0-35 5 - 35
A diferença é que os existencialistas acreditam na
centralidade dos sentimentos. Já os behavioristas não
Fonte: http://ojs.univas.edu.br/index.php? acreditam no mundo “dentro da pele”.
journal=argumentosproeducacao&page=article&op= III. A principal crítica dos existencialistas ao
view&path%5B%5D=251 Behaviorismo é que sua visão de homem refletiria um
ser inanimado, um conjunto de respostas a estímulos,
agindo apenas de forma reativa ao ambiente.
Considerando as informações apresentadas, analise IV. Outra crítica que este movimento teceu em seu
as afirmativas a seguir: início ao Behaviorismo refere-se ao uso de animais em
I. Os estilos de maior incidência são o legislativo e pesquisas para a compreensão dos seres humanos.
hierárquico. O comportamento animal não seria complexo
II. O estilo intelectual de menor incidência foi o suficiente para estabelecer relações e compreensão
oligárquico. do comportamento humano.
III. O emprego de testes psicológicos não é indicado SILVA, G. R. de; GAGLIETTI, M. Mediação de Conflitos:
para crianças e idosos. uma Interface com a Psicologia Humanista. Revista de
IV. Com base na tabela, o estilo de maior incidência foi Psicologia da IMED, Jan.-Jun, 2013, num. espec. v. 5, n.
o externo. 1, p. 57-63
Considerando o contexto apresentado, é correto o
Considerando o contexto apresentado, é correto o
que se afirma em:
que se afirma em:
a) I, apenas.
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.

QUESTÃO 10
Observe as imagens abaixo
Imagem 1:

Imagem 2:
Analisando as duas imagens, podemos fazer algumas
especulações sobre o papel social da mulher e seus
desdobramentos. Considerando esse contexto, avalie
as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas.
I. A imagem II indica que a concentração feminina no
mercado de trabalho é significativamente maior nas
áreas de saúde, serviços sociais, educação,
alojamento e alimentação etc., de modo geral, áreas
que envolvem o cuidado com o outro. Analisando o a
imagem I fica claro que essa preocupação e cuidado
inicia-se já na infância, de forma que podemos afirmar
que a situação está relacionada ao papel social
feminino.
PORQUE
II. Como fica evidente na imagem I, desde criança as
mulheres já manifestam sua tendência natural em
exercer o papel que lhe é cabido. O papel social da
mulher deriva de seu instinto materno, o que a leva a
possuir maior capacidade em entender as
necessidades dos outros, paciência e cuidado, além
de executar serviços domésticos e culinários.
VETTORAZZO , L. Presença de mulheres no mercado
de trabalho avança pouco e chega a 43%. Publicado
pela Folha de São Paulo, em 16 de junho de 2015.
Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/164
2780-presenca-de-mulheres-no-mercado-de-trabalho-
avanca-pouco-e-chega-a-43.shtml#article-aside,
acesso em 24/01/2017.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa
correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não justifica a I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a
II justifica a I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II,
falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II,
verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 11
“Sobre a definição da depressão na infância, o Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(American Psychiatric Association – APA, 2000) não
diferencia os critérios diagnósticos dos transtornos
depressivos para crianças, adolescentes ou adultos.
[...] A depressão na infância está aumentando e
ocorrendo cada vez mais cedo. No entanto, muito
embora se reconheça a depressão infantil como uma
patologia, e apesar dela ser avaliada como um dos
problemas mais frequentes na prática clínica
(Rodríguez de Cossío & Granada Jiménez, 2007),
considera-se que ela tem sido pouco diagnosticada e,
em consequência disso, poucos pacientes recebem
tratamento. Scivoletto e Tarelho (2002) referem que o
diagnóstico por vezes é dificultado em função das
comorbidades, muitas vezes presentes nos quadros
depressivos. [...] O diagnóstico implica o uso de
diferentes critérios e a observação do relato da
sintomatologia, conforme o nível de desenvolvimento
da criança [...].” (SCHWAN; RAMIRES, 2011, 458).
Considerando o contexto apresentado, avalie as
seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O embotamento afetivo dos pais; o uso precoce do
uso de álcool; a presença do transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade; o transtorno de ansiedade;
a rejeição dos colegas (bullying) e o abuso físico são
fatores de risco que se apresentam entre as causas
da depressão infantil.
 PORQUE
II. A depressão na infância dispensa tratamento
psicoterápico uma vez que sua causa não diz respeito
a criança. Ao contrário, é um reflexo dos problemas
dos pais, portanto, são os pais quem devem fazer
psicoterapia.
SCHWAN, S.; RAMIRES, V.R.R. Depressão em crianças:
uma breve revisão de literatura. Psicol. Argum. 2011
out./dez., 29(67), 457-468. Disponível em:
. Acesso em: 08 ago. 2018.
A respeito dessas asserções, assinale a opção
correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a
II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é
uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma
proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 12
A avaliação psicológica, desde os primórdios da
psicologia, já no século XIX com a proposta de
Fechner (1860) de métodos para avaliar a intensidade
das sensações, ocupou uma posição central na
afirmação da psicologia como ciência. Mas foi
principalmente nos primeiros decênios do século XX,
até à década de 30, que se constata o sucesso da
avaliação psicológica, principalmente da avaliação da
inteligência na sociedade norte americana,
nomeadamente na seleção de candidatos para a
Primeira Grande Guerra Mundial. Hoje, em parte pelo
desenvolvimento dos computadores e dos programas
estatísticos, parece haver um abuso do enfoque na
pontuação dada pelos instrumentos de avaliação. É
fortemente questionável se a avaliação psicológica se
esgota numa pontuação e, mais importante, se a
avaliação da qualidade destes instrumentos são
melhor apreciados por uma abordagem matemática.
Salienta-se que a validade de todo e qualquer
instrumento não se expressa por um número: ela
requer uma análise complexa que relacione vários
aspetos, nomeadamente, objetivos da avaliação,
contexto, variáveis a avaliar, sujeito ou população
avaliada e, essencialmente, os resultados e
consequências da avaliação.
PAIS-RIBEIRO, José Luis. Medida na avaliação
psicológica. Psic., Saúde & Doenças, v. 14, n. 1, p.
245-263, 2013.
Com base nisso, analise as sentenças abaixo e
assinale aquela que apresenta uma afirmativa correta
acerca das especificidades da avaliação psicológica e
dos processos de validade e fidedignidade de um
teste.
a) A medida de validade possui uma única forma para
busca responder se um teste está medindo aquilo
a que se propõe.
b) Quando um teste produz os mesmos resultados
em sucessivas aplicações sobre um mesmo sujeito
ou objeto pode-se dizer que este é válido.
c) Os testes psicológicos podem ser aplicados por
qualquer profissional qualificado, enquanto a
avaliação psicológica só pode ser realizada por
psicólogos.
d) Nem todos os testes psicológicos precisam
necessariamente apresentar medidas de validade e
fidedignidade, sendo estes, adicionais.
e) Quando um teste produz os mesmos resultados
em sucessivas aplicações sobre um mesmo sujeito
ou objeto pode-se dizer que este é fidedigno.
QUESTÃO 13
No processo psicodiagnóstico de crianças ou
adolescentes, a coleta de informações divide-se em
duas modalidades principais: autorrelato e
heterorrelato. O autorrelato ocorre quando a própria
criança fornece as informações. Para isso, pode-se
utilizar entrevistas, desenhos, questionários, escalas
ou narrativas. Já no heterorrelato, a coleta das
informações ocorre principalmente por meio dos pais
e de outros membros da família, professores,
médicos, fonoaudiólogos, etc.
GIACOMONI, C. H.; BANDEIRA, C. M. Entrevista com
pais e demais fontes de informação. Em:
Psicodiagnóstico. (Orgs. HUTZ, C. S. et al.). Porto
Alegre: Artmed, 2016.
No que tange às vantagens e desvantagens da coleta
de dados na modalidade de autorrelato, pode-se
afirmar que:
a) a vantagem consiste na possibilidade de acessar
diretamente a percepção do sujeito sobre um
determinado fenômeno e a desvantagem encontra-
se na possível limitação de dados decorrentes da
falta de conhecimentos do mesmo sobre sua
condição.
b) a vantagem decorre da possibilidade de se obter
dados verdadeiros sobre a real situação do sujeito,
haja vista que os familiares e profissionais podem
fornecer falsas informações. Assim, não é possível
afirmar que existam desvantagens.
c) as vantagens são o acesso a própria percepção do
sujeito sobre os fatos e a criação de vínculos com o
profissional. Enquanto isso, a desvantagem
consiste na desconfiança que esse vínculo causa
nos familiares do paciente atendido, principalmente
quando trata-se de crianças.
d) não existem vantagens na coleta de informações
por meio de autorrelato e a desvantagem é a
dificuldade em coletar informações verdadeiras
oriundas de crianças e adolescentes, haja vista que
estes pouco podem contribuir ao falar sobre sua
condição.
e) a vantagem consiste na ampliação do número de
sessões para o psicólogo e a desvantagem
consiste na falta de informações que podem ser
fornecidas por meio do autorrelato.
 “Durante o desenvolvimento da personalidade, as
QUESTÃO 14 diferentes influências ambientais terão repercussões
Observe a figura: ímpares conforme o momento cronológico da vida.
Essa é uma constatação básica dos estudos da
psicologia do desenvolvimento e da psicopatologia...
As experiências infantis têm um papel fundamental na
gênese da personalidade normal ou patológica, já que
possibilitarão ou não o preenchimento das
necessidades emocionais básicas da criança... os
cuidadores de um indivíduo assumem papel
imprescindível sobre sua capacidade de desenvolver
altos níveis de resiliência para lidar com as demandas
da vida. Pais e cuidadores que forneçam doses boas
(ou pelo menos satisfatórias) de apego, carinho,
segurança, conforto emocional e capacidade de
acalmar as ansiedades e impulsividades da criança
representam uma diferença significativa em sua
estabilidade emocional, e ela levará essa “base
segura” para toda sua vida.”
WAINER, Ricardo et al. Terapia Cognitiva Focada
em Esquemas. Artmed Editora, 2015.

Um grupo de psicólogos de uma Organização não-

Disponível em
http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/lega
do/W/WAINER_Ricardo/Terapia_Cognitiva_Focada_Esq
uemas/Lib/Amostra.pdf. Acesso em 23 jan 2019
governamental, desenvolveu um estudo realizado em
um bairro da periferia de baixa renda de uma cidade
para avaliar os efeitos de um programa de intervenção
precoce para as famílias com o objetivo de prevenção
de problemas de comportamento em crianças pré-
escolares. Durante o trabalho procuraram aprimorar as
práticas educativas dos pais. Foram coletados dados
de cinco famílias, com filhos de 6 meses a 3 anos de
idade, através de entrevistas com os pais e aplicação
de testes, além da observação da interação da família.
As famílias viviam em contexto de alto risco para o
desenvolvimento de problemas de comportamento
em crianças como baixa escolaridade, desemprego,
baixo nível socioeconômico, violência doméstica,
maus tratos e abuso de drogas e álcool. O grupo
adotou várias técnicas para abordar temas relevantes,
como dinâmicas, vídeos, relaxamento, solução de
problemas, atividades de casa, discussões, manejo de
raiva, role-play, etc.
CAPRETZ BATISTA DA SILVA, Nancy et al. Variáveis da
família e seu impacto sobre o desenvolvimento
infantil. Temas em Psicologia, v. 16, n. 2, 2008.
Dado o exposto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.

I. É muito importante a relação entre o suprimento das

necessidades emocionais básicas de cada ser
humano e o papel dos pais e da cultura.

PORQUE

II. Quanto maiores forem os cuidados amorosos dos

pais e o enriquecimento do ambiente para a criança,
melhores serão as habilidades de conexão e
autocuidado do indivíduo ao enfrentar estresses na
vida adulta.
Wainer, R. O Desenvolvimento da personalidade e
suas tarefas evolutivas. In Wainer, Paim, Erdos &
Andriola (Orgs.). Terapia cognitiva focada em
esquemas.
http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/lega
do/W/WAINER_Ricardo/Terapia_Cognitiva_Focada_Esq
uemas/Lib/Amostra.pdf SILVA, Nancy Capretz Batista
da et al . Variáveis da família e seu impacto sobre o
desenvolvimento infantil. Temas psicol., Ribeirão Preto
, v. 16, n. 2, p. 215-229, 2008 . Disponível em
. acessos em 23 jan. 2019
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa
correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a
II justifica a I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras,
mas a II não justifica a I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II,
falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II,
verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 15
Leia os trechos abaixo:
Trecho I: “(...) eu já escutei tantos relatos de culpa, de
autopunição. (...) Ele bateu, porque eu mereci. Eu não
fiz a comida na hora certa ou eu não sei ser uma boa
esposa. (...)em alguns casos seria muito mais a
tentativa de se encaixar dentro de um padrão do que
é ser mulher (...) se sentir aceita. Se sentir aceita,
principalmente dentro da religião. Acho muitas quando
tem a religião muito forte, a questão da submissão
que é... Acreditam que elas têm que aprender a ser
submissas, aprender a aceitar aquilo que e imposto,
aquilo que é... Que é colocado. (Malva)”
Fonte: Psic.: PORTO, M.; BUCHER-MALUSCHKE, J. S. N.
F. A Permanência de Mulheres em Situações de
Violência: Considerações de Psicólogas. Teor. e
Pesq., Brasília, Jul - Set 2014, Vol. 30 n. 3, pp. 267-276.
Trecho II: “A partir da Pesquisa sobre as Práticas da(o)
Psicóloga(o) em Programas de Atenção às Mulheres
em Situação de Violência, realizada em 2008 pelo
Crepop, de modo geral, as (os) participantes dos
grupos realizados nas diferentes unidades regionais
descreveram as ações da Psicologia como voltadas
principalmente para o acolhimento, a avaliação, a
elaboração de laudos e pareceres, os atendimentos
individuais e grupais e o encaminhamento da mulher
aos demais serviços da rede. Esses profissionais
atendem mulheres em situação de violência nos seus
diversos tipos – violência sexual, doméstica, física e
psicológica, por exemplo. Também atendem o autor
da violência, dependendo da especificidade de
atendimento do local onde trabalham. É comum ainda
atenderem uma população que não se restringe às
mulheres, mas também outras vítimas de violência em
função das demandas do serviço ou das próprias
escolhas e concepções dos profissionais. [...] A
notificação representa um dado epidemiológico
relevante para compreensão das violências e suas
repercussões, mostra de que forma as políticas
públicas deverão organizar seus investimentos para o
enfrentamento da questão. Assim, a notificação pode
muitas vezes ser vista apenas como um instrumento
frio, para cumprir uma finalidade estatística, na verdade
este é um instrumento de pressão política do
movimento de mulheres, que serve como reforço,
com dados e informações para que o Estado assuma
e construa ações efetivas de enfrentamento. O
documento estabelece que os profissionais de saúde
e do ensino públicos devem, obrigatoriamente,
notificar as Secretarias Municipais e Estaduais de
Saúde sobre os casos de violência sexual e de
violência doméstica que venham a atender ou
identificar.(Diário Oficial da União a Portaria n° 104 do
Ministério da Saúde, que estabelece a nova Lista de
Notificação Compulsória (LNC).) Estabelece a
notificação compulsória, no território nacional, do caso
de violência contra a mulher que for atendida em
serviços de saúde públicos ou privados. (BRASIL,
2003)”.
Considerando o exposto, reflita sobre as
possibilidades de ação de psicólogos/as em situações
de violência contra a mulher.
I. O/A psicólogo/a precisa atentar-se para qualquer
sinal de violência, física, psicológica ou sexual
denunciar internamente de caráter interno ao sistema
de saúde, antes que a vítima fique exposta a uma
situação de risco maior, por exemplo, ao feminícidio.
II. O/A psicóloga deve realizar uma notificação
compulsória, ou mesmo tratar a questão como
violência, no caso da violência sexual, apenas após a
comprovação do fato, por meio de boletim de
ocorrência e exame de corpo de delito.
III. A prática psicológica compreende atuar na
prevenção da violência por meio de ações e eventos
que questionem o machismo presente na estrutura
social, com intuito de fortalecer a autonomia das
mulheres, em especial combater a ideia de que a
violência é natural, ou merecida.
IV. Nos casos de risco de feminícidio, o profissional
psicólogo deve quebrar o sigilo profissional e realizar a
comunicação externa, bem como acessar os serviços
disponíveis na rede para dar suporte a esta mulher,
tendo como propósito maior preservar e proteger sua
vida.
V. O/A psicólogo/a deve levar em consideração em
sua avaliação, aspectos individuais e da relação da
mulher, afinal, talvez a violência por parte por parceiro
tenha uma justificativa no comportamento da parceira
atendida.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências
técnicas para atuação de psicólogas (os) em
Programas de Atenção à Mulher em situação de
Violência / Conselho Federal de Psicologia. - Brasília:
CFP, 2012. 82 p.
Considerando as informações apresentadas, analise
as afirmativas a seguir:
a) II, III e IV, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.