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RESUMO
A pornografia é caracteriza pela exibição de conteúdos explícitos seja por meio de imagens ou
por reprodução cinematográfica. Os materiais são destinados ao público adulto. Devido à falta
de segurança na internet e o fácil acesso, pessoas menores de 18 anos conseguem burlar os
sites. O objetivo do estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura acerca da
pornografia e sua relação com a saúde mental nos últimos 6 anos. Foram encontrados e
analisados 32 artigos de (2016-2021), dentre esses, foram utilizados 10 trabalhos para o
desenvolvimento dos resultados e discussão. As implicações obtidas apresentaram uma
constante relação na influência da pornografia na saúde mental, podendo causar:
agressividade, compulsão em masturbação, sintomas psicossomáticos, como dor de cabeça,
dor no estômago; estresse; nervosismo, dificuldade para dormir; e irritação, maior índice
depressão, ansiedade, Compulsividade sexual, sensações de vergonha e vazio existencial.
Verificam-se que existe necessidade de obter novos dados científicos no campo da saúde
mental sobre os efeitos que os conteúdos pornográficos desenvolvem na saúde mental das
pessoas, especialmente no Brasil.
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¹ Aluno da Graduação em Psicologia - UNIESP
² Professora orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso em Psicologia - UNIESP
INSTITUTO KINSEY: É responsável por realizar pesquisas no campo da interdisciplinaridade e escolaridade nos
campos da sexualidade, gênero e reprodução humana.
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1 INTRODUÇÃO
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campos da sexualidade, gênero e reprodução humana.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Não é de hoje que a exposição corporal está presente no meio social, historicamente
sabe-se que desde os primórdios a exibição sexual sempre esteve presente no
desenvolvimento das espécies humanas, sendo comprovado através de pinturas com
inspirações eróticas, bem presente na sociedade dos primeiros séculos, sendo até hoje algo
muito presente no contexto social do atual século. Todo esse desenvolvimento permitiu e vem
permitindo uma maior liberdade de produção dos conteúdos que diz respeito à sexualidade
através de representações, imagens e vídeos eróticos (PATZDORF, 2018).
Contudo, após todo o desenvolvimento tecnológico das redes de informações, a
facilidade para se buscar tais conteúdos aumentaram. À medida que a internet e os seus meios
de comunicação desenvolveram-se, os indivíduos passaram a ter uma nova forma de se
comunicar com o mundo e as pessoas. A pornografia tem sido tratada como um caminho que
permite aos sujeitos fugirem de sua realidade, sendo esta fuga em decorrência de tensões
psicológicas, tensões físicas e muitas apresentações de pensamentos ansiosos (MAYER,
2017).
Nesse período de desenvolvimento das mídias sociais como televisão, internet e outros
meios, houve um acréscimo gigantesco no que diz respeito à produção de conteúdos
pornográficos. A facilidade ofereceu às pessoas essa acessibilidade na procura de tais
conteúdos. Sendo importante descrever que os sites não exigem dos usuários uma
confirmação de que eles (as) são maiores de idade, antes, permitem que as pessoas acessem
livremente tais conteúdo sem o mínimo de preocupação com quem acessa (LUSCOMBE,
2016).
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Uma questão importante a ser mencionada também diz respeito ao fato do conteúdo
especificado tem uma classificação de idade definida que permite ser acessados por pessoas
maiores de 18 anos, contudo, crianças e adolescentes acessam tais conteúdos burlando o que a
página da web exige dos usuários, a fim de obter prazer. Além disso, a pornografia está
interligada a atitudes e a crenças que são atribuídas de geração como método pecaminoso
(religiões e famílias), diante da fase do autodesenvolvimento do adolescente o seu
comportamento sexual encontra-se afluído pelos desejos e fantasias sexuais por meio da
explosão de hormônios atribuídos durante a fase de Tanner (PETER; VALKENBURG, 2016).
2.1 O uso da internet e as suas influências na pornografia
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uso da internet ao exercer um poder nas ações dos indivíduos poderá desencadear pontos que
possam ser positivos ou negativos (BAUMEL; et al, 2019).
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A religião hoje ocupa muitos lugares no mundo, sendo ela, considerada o caminho
para desempenho da espiritualidade/fé na vida de muitos sujeitos, para isso, faz-se necessário
destacar a importância que a espiritualidade/religião tem na vida das pessoas. Contudo, ao
analisar-se a relação entre pornografia, religiosidade moral e a auto cobrança, deve-se levar
em consideração que devido a inflexibilidade religiosa, moral, o acesso a pornografia é por
vezes considerado como pecado em alguns grupos religiosos, com isso, por haver
comportamentos rígidos, acessar aos conteúdos pornográficos pode ser o caminho para se
considerar um caminho de imoralidade sexual (KENT; et al, 2019).
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A sexualidade é sem dúvidas, algo que faz parte das necessidades básicas dos seres
humanos, estando presente no instinto animal racional e não racional, para tanto, a procura
pelos conteúdos pornográficos vai de encontro ao sexo não real, não palpável, não sentido
com outra pessoa. Contudo, surgem questionamentos ao que levam as pessoas a procurarem
tais conteúdos pornográficos, a dispensarem um gasto de energia sexual assistindo aos vídeos
e/ou visualizando imagens eróticas. Diante disto, os estudos vêm investigando grupos alvos
que estão se sentindo prejudicados pelos conteúdos pornográficos, em partes porque acessam
e consomem tais conteúdos, em parte por adotarem comportamentos rígidos, inflexíveis e
auto conservador, onde considera-se a pornografia como uma imoralidade sexual (GRUBBS;
et al, 2019).
3 METODOLOGIA
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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DWULIT, RZMSKI
Analise dos efeitos
6.463 estudantes Baixo nível de
(2019)
do uso da
18-26 anos. agressividade e
pornografia em
2.633 (H) aumento do
estudantes
3.830 (M) sentimento de
universitários
vergonha.
Poloneses.
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saúde mental.
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Em contrapartida, dois estudos realizados nos anos de (2019) e (2020) por Raine et al,
e Alarcon et al, com mesma metodologia de análise utilizando como instrumento avaliativo a
investigação de artigos já publicados para analisar as consequências causadas pela pornografia
na saúde mental, os dados não apontaram efeitos diretamente associados ao uso dos conteúdos
pornográficos com a saúde mental, porém, observou a presença de vício hipersexual. Obteve
como conclusão que os dados eram inconsistentes e apresentavam lacunas em aberto em
relação a associação da pornografia os seus efeitos na saúde mental necessitando de estudos
quantitativos mais rigorosos e uma maior utilização de métodos qualitativos.
Um estudo realizado no ano de (2018) por Leonhardt; Willoughby e Petersen para
verificar a correlação da pornografia, religiosidade e a saúde mental dos usuários que
consomem conteúdos pornográficos. Foi utilizado como instrumento avaliativo um
questionário investigativo ao qual 686 pessoas adultas foram submetidas a entrevistas e o uso
da pornografia e a religiosidade teve efeito fracamente associado à saúde mental, porém, de
forma isolada apresentou associação com sintomas de ansiedade.
Dessa forma, em junção dos estudos que analisaram o efeito da pornografia na vida
dos estudantes e do público em geral pode-se observar que em sua maioria, as investigações
foram voltadas a pesquisas internacionais com baixo índice de estudos longitudinais
desenvolvidos no Brasil sobre a temática, apesentando uma lacuna visível. No geral, se fez
possível verificar que a pornografia em si própria causa efeitos adversos nos consumidores
alterando seu comportamento psicossocial e sua vida sexual, presença de vícios, alteração
comportamental, ansiedade e aumento na dependência sexual, possuindo efeito diretamente
na saúde mental dos usuários.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
DWULIT, A.D. RZYMSKI, P. The Potential Associations of Pornography Use with Sexual
Dysfunctions: An Integrative Literature Review of Observational Studies. 2019.
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KENT, B.V. STROOPE, S. KANAYA, A.M. ZHANG, Y. KANDULA, N.R. SHIELDS, A.E.
“Religião privada / espiritualidade, saúde autoavaliada e saúde mental entre os sul-asiáticos
dos EUA na coorte MASALA: descobertas do estudo sobre estresse, espiritualidade e saúde”.
2019.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PORTAL G1. 22 milhões de brasileiros assumem consumir pornografia e 76% são homens,
diz pesquisa. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/22-milhoes-de-
brasileiros-assumem-consumir-pornografia-e-76-sao-homens-diz-pesquisa.ghtml. Acesso em:
22/11/2021.
GILBERT, P. Psicoterapia para o século 21: uma abordagem integrativa, evolutiva, contextual
e biopsicossocial. 2019.
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PARK, B. Y, et al. A pornografia na Internet está causando disfunções sexuais? Uma revisão
com relatórios clínicos. 2016.
PATZDORF, D. Corpo, mídia e sexo no século XXI: da pornotopia para a atopia sexual.
2018.
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