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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS PROF ANTÔNIA GARCIA FILHO – CAMPUS LAGARTO


DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA – DFOL

DALVA LARISSA CRUZ CARVALHO

SÍNTESE DE CASO

LAGARTO, SE
2022
O paciente João Victor Araújo Andrade (J.V.A.A), 11 anos de idade, sexo
masculino, reside em Lagarto e chegou ao ambulatório em 2018, encaminhado
pelo médico, com queixa principal de “cortar letras”. Após a triagem
fonoaudiológica, foram detectados processos fonológicos como, substituição de
líquida, redução de encontro consonantal e apagamento de líquida, tendo uma
hipótese fonoaudiológica de distúrbio fonológico. Além disso, ele possui
diagnóstico de transtorno de hiperatividade e faz uso de medicamento
controlado, a mãe não soube informar o nome do medicamento.

João também apresentou ceceio lateral, que pode ser justificado pela
ausência de cinco dentes, sendo três do lado esquerdo (primeiro molar
superior, canino inferior e primeiro molar inferior) e dois do lado direito (primeiro
pré molar inferior e primeiro molar inferior), e articulação travada. O paciente foi
encaminhado para serviços da Odontologia por possuir condições dentárias
precárias.

Os dois terapeutas anteriores realizaram automatização dos fonemas que


havia processos, como também trabalharam a articulação e a mobilidade da
musculatura do masseter, orbicular da boca e bucinador, com intuito de
melhorar a articulação travada. Em meio a terapia, a mãe trouxe uma nova
queixa, “a professora disse que a letra dele é muito bagunçada”, trazendo mais
um objetivo a ser trabalhado.

O estagiário, Josenias Nolasco, aplicou o PROLEC, que tem como objetivo


avaliar os processos de leitura e traçar uma linha de raciocínio sobre qual rota
o paciente utiliza. Nas provas de Decisão Léxica, Leitura de
palavras/pseudopalavras, Estruturas gramaticais, Sinais de pontuação,
Compreensão de orações e principalmente na prova de Compreensão de
textos, o paciente apresentou dificuldade, classificada de leve a significativa.
Além disso, o paciente levou para terapia seu material escolar e foi observado
que ele apresentava alguns erros como, organização espacial, forma,
regularidade das letras, simetria, pontuação e letras ilegíveis. Com isso, é
notório que, mesmo que o paciente não possua dificuldade muito expressiva
dentro dos processos de leitura e escrita, se faz necessário estratégias que
possam melhorar o desempenho nas características que o mesmo apresenta
dificuldade.
Segundo os relatórios, o paciente possui uma boa evolução clínica,
superando os processos que tinha ao adentrar na clínica, como também
ganhos perceptíveis na mobilidade da musculatura e da articulação.
Apresentou melhora no quesito de noção espacial e legibilidade da escrita. Se
mostra sempre colaborativo, comunicativo, realiza as atividades propostas
tanto na clínica, quanto em casa e a mãe está sempre engajada, demonstrando
interesse no tratamento do filho.

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