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DISCENTE: _______________________________

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TERMO DE AUDIÊNCIA (SENTENÇA)


NATUREZA: Declaratória de União Estável

Ao analisarmos a sentença a luz da teoria geral do processo, quanto à aplicação da


jurisdição e seus princípios, perceberam que tal sentença está coerente com o tema em
estudo.

Considerando os pressupostos do que seja jurisdição, observamos que a magistrada


declara o direito, com base em princípios constitucionais: art. 5º “todos são iguais perante a
lei...”; art.3º, IV que estabelece como objetivo fundamental do Estado “promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ...” entre outros.

A magistrada apropria-se do princípio da dignidade da pessoa humana, do princípio


indeclinável, onde não pode o juiz se escusar de proferir a decisão (art. 126 do CPC e 5º, XXXV
da CF/88) para suprir a lacuna na legislação, em se tratando do tema União Homoafetiva.

O litígio apreciado esta concatenado com a jurisdição, uma vez que a magistrada
mostra-se imparcial, pois não demonstrou interesses e opiniões pessoais sobre o caso
concreto (união homoafetiva). O que não significa que a mesma foi neutra.

Algumas características da jurisdição são visivelmente apreciadas, tais como: o


judiciário teve que ser provocado (sair do estado de inércia), no momento em que o conflito
foi levado ao seu conhecimento. A partir desse momento, o Estado substituiu a atividade dos
que estavam em conflito, com a finalidade de composição da lide, de forma a atuar e aplicar o
direito; para tornar a decisão imutável, após o transito em julgado.

Percebemos que o litígio, aqui analisado, revela os princípios que compõe a jurisdição:
a investidura da juíza com função legítima para o julgamento do caso; aderência territorial,
comarca de Goiânia 3º vara de família sucessões e civil; função jurisdicional indelegável e
indeclinável, não delegou nem se escusou de proferir a decisão e, ágil com imparcialidade e
isonomia.

Após dizer o direito, analisar as provas (fotografias, cartas e outros documento que
confirmam a união entre os dois autores), ouvir as testemunhas, justificar suas argumentações
à luz da doutrina e do ordenamento jurídico; o caso chega a uma decisão (sentença), cuja
finalidade revela-se na busca da paz social (resolução do conflito).
Em linhas gerais com base na acepção moderna sobre jurisdição, o caso litigante de
natureza civil, revela que a magistrada além de declarar (certificar), assegurou e realizou o
direito, de modo que foi efetivada a sentença de reconhecimento de união homoafetiva como
entidade familiar, cabendo aos autores todas as consequências advindas da união estável.

Percebemos que o direito deve acompanhar a evolução social, pois, a cada dia
revelam-se litígios em que o magistrado tem de lança mão da analogia e outras fontes do
direito para suprir as lacunas.

Baseado no princípio indeclinável, o juiz não pode se escusar de proferir decisão, visto
que aos conflitos precisam ser solucionadas, de modo a não protelar situações que demandam
sofrimento das partes envolvidas.

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