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O litígio apreciado esta concatenado com a jurisdição, uma vez que a magistrada
mostra-se imparcial, pois não demonstrou interesses e opiniões pessoais sobre o caso
concreto (união homoafetiva). O que não significa que a mesma foi neutra.
Percebemos que o litígio, aqui analisado, revela os princípios que compõe a jurisdição:
a investidura da juíza com função legítima para o julgamento do caso; aderência territorial,
comarca de Goiânia 3º vara de família sucessões e civil; função jurisdicional indelegável e
indeclinável, não delegou nem se escusou de proferir a decisão e, ágil com imparcialidade e
isonomia.
Após dizer o direito, analisar as provas (fotografias, cartas e outros documento que
confirmam a união entre os dois autores), ouvir as testemunhas, justificar suas argumentações
à luz da doutrina e do ordenamento jurídico; o caso chega a uma decisão (sentença), cuja
finalidade revela-se na busca da paz social (resolução do conflito).
Em linhas gerais com base na acepção moderna sobre jurisdição, o caso litigante de
natureza civil, revela que a magistrada além de declarar (certificar), assegurou e realizou o
direito, de modo que foi efetivada a sentença de reconhecimento de união homoafetiva como
entidade familiar, cabendo aos autores todas as consequências advindas da união estável.
Percebemos que o direito deve acompanhar a evolução social, pois, a cada dia
revelam-se litígios em que o magistrado tem de lança mão da analogia e outras fontes do
direito para suprir as lacunas.
Baseado no princípio indeclinável, o juiz não pode se escusar de proferir decisão, visto
que aos conflitos precisam ser solucionadas, de modo a não protelar situações que demandam
sofrimento das partes envolvidas.