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INCIDÊNCIA DE ANSIEDADE EM
PACIENTES CIRÚRGICOS
Cecil A. Poole
3
vida.
AGRADECIMENTOS
Aos meus irmãos, Marcos e Mauro, pela força mesmo que distantes.
pesquisa.
5
SUMÁRIO
RESUMO ...................................................................................................................... 6
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
7 APÊNDICES ............................................................................................................ 48
7.1Questionário .......................................................................................................... 49
7.2 Autorização ........................................................................................................... 50
7.3 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................................................... 51
6
Resumo: A ansiedade é um fenômeno adaptativo com duração e intensidade apropriadas e necessárias ao ser
humano no enfrentamento das situações que lhe são impostas pela vida. Quando a situação refere-se a uma
internação hospitalar para a realização de uma cirurgia, a ansiedade pode elevar-se e somar-se a tensão, estresse e
outras condições adversas ao estado emocional, influenciando ou prejudicando este momento. A presente pesquisa
teve como objetivo identificar a incidência de ansiedade em pacientes cirúrgicos submetidos a diferentes
procedimentos. Participaram da pesquisa 20 pacientes, internados em um hospital localizado na cidade de Balneário
Camboriú (SC). Foram utilizados como instrumentos: um questionário contendo dados de identificação, dados sobre
a cirurgia e dados a respeito de experiências prévias e o Inventário de Ansiedade Beck (BAI). Os resultados obtidos
através da aplicação do BAI foram relacionados com os dados obtidos através do questionário, estes indicaram que
10 participantes apresentaram um nível mínimo de ansiedade, 5 um nível leve, 3 um nível moderado e 2 um nível
grave. Com relação ao conhecimento sobre o procedimento cirúrgico, 9 participantes receberam informações
repassadas pelos seus médicos, ou por outras pessoas que já haviam feito o mesmo tipo de cirurgia e 11 participantes
não receberam nenhum tipo de informação. Experiências prévias das mais variadas foram relatadas por 14
participantes e 6 afirmaram nunca ter tido nenhum tipo de experiência. Porém, neste estudo, o conhecimento acerca
do procedimento e as experiências prévias não foram fatores considerados desencadeantes para a ansiedade.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
características próprias, por isso o estar doente é sentido de forma única por cada
expressão “não há doenças, mas doentes”, alertando que uma doença produz efeitos
essas manifestações tanto da saúde como da doença do ser humano refletem algo do
personalidade. Bem como, tem que se adaptar ao ambiente hospitalar, que muitas
vezes é tido como desumanizador, uma vez que, trata os pacientes não pelos seus
nomes, mas sim pelo número de seu leito, pelo nome da sua enfermidade, acarretando,
processo de hospitalização como uma forma de agressão (CASATE & CORRÊA, 2005).
ser humano, pois lhe impõe uma nova realidade abruptamente imposta. O desestrutura
ao ponto em que se sente atingido em sua auto-imagem, e também por ficar a mercê
DANTAS, 2006).
9
de diversas maneiras a isso, sendo uma delas a recusa, de certas técnicas anestésicas,
como também referente ao que a equipe médica solicita a ele. Se não tratado, pode
influenciar negativamente no processo cirúrgico, bem como a sua não colaboração com
a equipe cirúrgica pode trazer complicações para seu pós-operatório (BOTEGA, 2002).
existência humana, ou seja, é necessário para a condição do ser humano. Além de ser
de uma ameaça interna ou externa, pode ter uma função defensiva diante dos perigos
contribuir para que o paciente passe a interagir com medos, dores e solidão,
manifestando diferentes formas de defesa para lidar com a situação, tais como, ficar
deprimido, irritado, exigente, sensível, angustiado, dormir pouco, tornar-se mais quieto,
indivíduos, quer pela expectativa, pelo medo, pela dor, pela cirurgia em si ou por
2005).
Com base na literatura pesquisada sobre o tema, acredita-se que estudos como
este, podem também contribuir para que o papel do psicólogo no contexto hospitalar
seja ainda mais reconhecido, na medida em que é um profissional com formação para
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
desejos e alegrias. Demonstra também a fragilidade física do homem, bem como, sua
busca incessante dos meios e recursos para a luta contra seus males (CAMPOS,
1995).
um jogo de forças, em que o poder está de um lado e a submissão do outro. Isso faz
hospitalização pode ser sentido como agressão, pois a instituição reforça a condição de
paciente.
hospitalização afeta todo o seu sistema de vida. Também se pode alegar que a
como as cirurgias e a sensação de que o seu corpo esta sendo manipulado por outros
internado já implica por si só uma quebra no domínio sobre si mesmo, pois, passará de
uma situação de vida de agente, para a de paciente, tanto no sentido psicológico como
no orgânico.
Mas, Melho Filho (2002) afirma que no período de internação a situação de cada
e está num momento de vulnerabilidade onde a sua vida pode estar ameaçada
A saúde é a harmonia do ser humano com o seu meio físico e social, contudo a
ruptura dessa harmonia conduz à doença que pode levar a um desequilíbrio total
(ROMANO, 1994).
Entende-se que a doença é uma agressão que gera um abalo em sua condição
de ser, o que faz com que seu futuro se torne incerto. Este futuro incerto provoca
insegurança e ansiedade, pois o que havia planejado pode não ocorrer devido ao
Isso pode ser percebido em pacientes cirúrgicos, uma vez que a necessidade
de uma cirurgia é sentida pelo paciente e seus familiares como uma situação
família, tendo um significado ímpar, pois, as modificações que serão realizadas em seu
corpo precisarão ser adaptadas para que o mesmo possa retornar a sua vida
normalmente.
Pode-se dizer que frente à cirurgia o paciente apresenta várias reações como,
limitam suas percepções e sentimentos, negam o perigo e até mesmo conseguem uma
aparência de satisfação. Com sua própria ajuda o paciente não apenas se protege
14
Esse mesmo autor relata que, ao dar entrada no hospital, instala-se de início no
reflexões. Ele tem que se adaptar a realidade institucional e a sua doença, o que faz
com que essa situação se torne invasiva e abusiva, na medida em que não se respeita
arriscado, bem como o medo de que a cirurgia e/ou a anestesia dêem problemas.
mudanças na sua imagem corporal. Bem como, sente ameaçada a sua integridade
sobre os acontecimentos que irá vivenciar. Ele estará num ambiente estranho, com
pessoas desconhecidas, longe de sua família e amigos, e o seu corpo será “agredido,
cortado e mutilado”.
importante na vida de uma pessoa, pois através dessa ela espera viver uma vida mais
saudável. Mas sabe-se que a cirurgia não é uma ocorrência rotineira na vida dos
indivíduos, ela requer um preparo prévio dessa pessoa e de seus familiares, além de
15
que essas necessitam mobilizar recursos físicos, emocionais e até financeiros para
realizada, como também pela forma com que o paciente elabora a situação vivida. Os
cosmética. Porém, qualquer ato cirúrgico por menor que seja sua extensão
sente em relação à mesma, alteram seu estado fisiológico, podendo assim influenciar
no procedimento cirúrgico.
mostrar o medo, medo de mil e uma coisas, e sobretudo, tem medo da morte.
Partindo disto, a forma de freio que o paciente utiliza sobre seu medo faz muita
diferença em relação ao seu bem estar. Alguns o têm firme, relativamente inquebrável e
muito útil. Outros o têm muito frágil precisando de um reforço, em geral, com o uso de
métodos especiais para controlar a ansiedade, como é o caso daqueles que a desviam
No entanto, por mais que a cirurgia seja um ataque benéfico, ela pode causar
violentados uma vez que são cortados e sentem dor. Desta forma, resistem a tudo que
é feito e dito pelos médicos e enfermeiros, e insistem em fazer o que pensam ser
Com base nisso, Angelotti (2001) relata que a ansiedade aumenta o estado da
dor, desde que o paciente não seja informado sobre seu estado atual. Como também,
pode baixar o limiar da dor, causando algumas sensações que são interpretadas pelo
paciente como se fossem dor e vistas como um dos problemas que restringe a
2.3 Ansiedade
perigo com sensação de estar desprotegido. Esse autor faz alusão à ansiedade como
sendo um medo sem objetivo, uma situação ou uma imagem mental e, o indivíduo que
Dessa forma a ansiedade acompanha a maior parte das pessoas em seu processo
acumular-se no atual. É deste modo que cada pessoa gradualmente constrói sua
virtude da ligação da ansiedade com o passado, é útil pensar que a reação atual do
pacientes que nunca tiveram experiências prévias e que nunca foram submetidos a
acompanhada por uma ou mais sensações corporais, como por exemplo, sensação de
essencial ao homem, pois sem esta o ser humano perderia o estímulo que o faz e o
estimula a agir, sendo então necessária num estado normal para a sobrevivência
humana.
Integrando essa idéia Vargas, Maia e Dantas (2006) acreditam que existe uma
faixa de ansiedade que deve ser considerada desejável, pois impulsionara o paciente a
ansiedade pode denotar uma ausência de introversão, tendo como conseqüência igual
disfarces a simples troca de nomes, como por exemplo, “sinto-me nervoso, tenso, fraco,
fico acordado de noite, não consigo comer, dormir, ou tomar uma decisão”. Em geral, o
como a irritação, a agressividade, que agem como uma situação subjacente geradora
situações ansiogênicas.
adoecer e cada paciente tem uma maneira de representar sua doença. Isso porque as
reações de cada um são ditadas pelo seu mundo interno, pela sua história psicossocial
local, regional ou geral, aumentando assim o grau de ansiedade. Isto, portanto, causa
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
visando um maior controle sobre os possíveis resultados. Tais critérios foram: não
estar orientado no tempo e no espaço, não ter sido submetido a nenhum tipo de cirurgia
3.2 Instrumentos
sintomas de ansiedade” (BECK & STEER, 1993a, p.2, citado por CUNHA, 2001), sendo
estes avaliados pelo próprio sujeito, numa escala de 4 pontos, que refletem níveis de
de calor, tremores nas pernas, incapaz de relaxar, medo que aconteça o pior,
cidade de Balneário Camboriú (SC), que assinou uma autorização (Apêndice 02) para
que a coleta de dados pudesse ser realizada. Manteve-se contato com a equipe
cirúrgica, com o intuito de obter informações a respeito do horário e dia das cirurgias.
23
contato diário com os responsáveis pelo setor de cirurgia do referido hospital tomando
analisados a partir dos escores totais que refletem níveis de gravidade da ansiedade: 0-
10, mínimo; 11-19, leve; 20-30, moderado; 31-63, grave, e relacionados com as
respostas do questionário.
Esta pesquisa foi realizada dentro das normas do conselho de Ética e Pesquisa,
informados que os procedimentos éticos são de vital importância para o sucesso desse
trabalho. Diante disso, esta pesquisa foi orientada pelas resoluções CNS - 196/96 e
17-29 2 10
(S4, S14)
30-39 6 30
Grau de Instrução
Participantes (completo ou Estado Civil
incompleto)
S1 Ensino Fundamental Casada
S2 Ensino Fundamental Casada
S3 Ensino Fundamental Casada
S4 Ensino Fundamental Solteira
S5 Ensino Fundamental Solteira
S6 Ensino Fundamental Casado
S7 Ensino Fundamental Divorciada
S8 Ensino Médio Casado
S9 Ensino Médio Casado
S10 Ensino Médio Casado
S11 Ensino Fundamental Solteira
S12 Ensino Fundamental Separado
S13 Ensino Fundamental Solteira
S14 Ensino Médio Separada
S15 Ensino Médio Separada
S16 Ensino Fundamental Solteiro
S17 Ensino Superior Separado
S18 Ensino Médio Viúva
S19 Ensino Fundamental Viúva
S20 Ensino Fundamental Viúva
participantes são solteiros (as), 4 participantes são separados (as), 4 participantes são
Balneário Camboriú 12 60
Porto Belo 1 5
Bombinhas 1 5
Penha 1 5
Brusque 1 5
Itapema 1 5
Camboriú 3 15
TOTAL 20 100
cirurgia.
HISTERECTOMIA 3 15
(S1, S13, S15)
CIRURGIA VASCULAR 2 10
(S2, S3)
CIRURGIA ORTOPÉDICA 10 50
(S4, S5, S6, S7, S8, S10, S11,
S12, S16, S17)
CIRURGIA FACIAL 1 5
(S9)
CIRURGIA DO APARELHO 1 5
DIGESTIVO
(S14)
CIRURGIA OCULAR 3 15
(S18, S19, S20)
TOTAL 20 100
esquerdo.
apêndice).
envolve uma carga emocional característica. A forma como cada um enfrenta esse tipo
A forma como cada paciente enfrenta o processo cirúrgico, pode ou não ser
“[...] não gosto de ficar no hospital, porque tenho medo de pegar alguma
infecção” (S5).
“[...] nunca é bom parar no hospital, pois significa que algo não esta bom” (S10).
frio, impessoal e ameaçador. Muitas vezes é uma opção feita por necessidade e que
implica sempre em uma ruptura do ritmo comum de vida, seja por curto ou longo prazo.
escala.
experiência:
“[...] não me lembro muito de quando fiquei internada, eu era pequena” (S4).
“[...] faz muitos anos que fiquei internada.... Mas agora creio estar sendo muito
diferente” (S11).
“[...] minhas experiências hospitalares foram boas, pois todas foram para ter
“[...] quando me internei foi para ter meu filho, que é uma coisa muito boa” (S3).
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O que pode ser percebido através dos relatos é que as experiências prévias
internado já uma vez que não vou ficar nervoso agora” (S6).
“[...] nunca fiquei internada antes, mas posso garantir que também ficaria
ansiosa” (S14).
“[...] nunca fiquei internado, mas acho que me sentiria como me sinto agora,
tranqüilo” (S8).
“[...] vim ao hospital várias vezes, mas nunca por nada sério, sempre uma gripe.
Mas agora estou aqui por algo muito sério minha visão” (S19).
Cosmo e Carvalho (apud FIGHERA & VIERO, 2005) comentam sobre esse
dramática, não importando o tipo de cirurgia a qual o paciente será submetido, mas sim
o modo como o paciente vivencia esse momento. Para eles, o estado emocional no pré-
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operatório atua diretamente sobre suas reações, tanto durante a cirurgia quanto no pós-
operatório.
Com isso, percebe-se que toda hospitalização vai marcar a vida da pessoa,
independente dessa ter tido ou não vivências anteriores de internação, bem como
SAWADA, 2002).
1997).
10 0-10 MÍNIMO
(S2, S3, S5, S8, S10, S12,
S13, S15, S16, S17)
5 11-19 LEVE
(S1, S7, S9, S11, S18)
3 20-30 MODERADO
(S14, S19, S20)
2 31-63 GRAVE
(S4, S6)
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pois ela é experimentada por cada um de maneira particular e de acordo com sua
eletivas, em que a mesma é uma opção do próprio paciente, como por exemplo, alguns
participantes não interpretam a cirurgia como algo ameaçador. S10 teve necessidade
dor”. Também S12, teve necessidade da cirurgia devido a uma fratura e mesmo não
ansiedade, “gostaria de ter conhecimento de como a cirurgia será feita, não para ficar
das situações que lhe são impostas pela vida, sendo uma relação existente entre a
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relação.
DO PRÉVIA
PROCEDIMENTO
mesmo, também não obteve conhecimento acerca do procedimento “queria saber o que
vão fazer comigo” (SIC), mesmo assim se sentia tranqüilo e aliviado, pois com a cirurgia
voltaria a enxergar.
35
Já S1 relata ter tido conhecimento através de pessoas que já haviam feito essa
mesma cirurgia “me informei com outras mulheres que já fizeram essa cirurgia, como
também pesquisei muito na internet, e o médico também me explicou, por isso estou
(SIC).
ambos relatam que gostariam de obter esse conhecimento para se sentirem mais
“Gostaria de saber para ficar mais calma, estou com medo por não saber como
“Gostaria de ter esse conhecimento para ficar mais calmo, ainda mais por se
corpo é de suma importância para uma cirurgia, pois, o paciente sentindo-se mais
domínio sobre o que se quer falar, a intenção, a emoção do que o médico quer ao se
aproximar do paciente. Vale ressaltar que essa comunicação não é somente a verbal,
mas também a não-verbal, dita não usando as palavras, mas sim as ações, sinais
realizados pelos profissionais de saúde, que possui um grande valor, pois permite que o
patológico, mas algo inerente à condição humana. Até determinado ponto pode ser
sinal de vitalidade servindo para despertar e motivar o organismo, sendo sua função útil
BIANCHI, 2004).
CIRURGIA DO PREVIA
PROCEDIMENTO
DIGESTIVO
S14 apresentou o nível moderado de ansiedade, relata nunca ter passado por
bem informada do procedimento através do meu médico” (SIC). Tal participante relata
não ter dormido a noite anterior a entrevista e que estava com muitas dificuldades para
relaxar, mas afirmava estar muito tranqüila, “estou calma, apesar de a cirurgia ter me
pego de surpresa” (SIC). A paciente relata que tais sintomas: a sensação de calor, a
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contra a dor, na tentativa de evitar uma verdade que trará muito sofrimento, podendo
anteriores, “já fiquei internada várias vezes, mas nunca nada sério, sempre por causa
de uma gripe, e da última vez por causa de uma pneumonia” (SIC). Obteve
esse tipo de cirurgia “as meninas que trabalham aqui explicaram” (SIC). Os sintomas
por nenhum tipo de experiência prévia e também não recebeu informações acerca do
procedimento, mas diz que gostaria de ter informações, “sempre é bom saber, ainda
mais porque são meus olhos” (SIC). A cirurgia era necessária, uma vez que, sua visão
intervenção cirúrgica diz: “me senti bem, preciso fazer logo, não enxergo mais” (SIC).
Em relação aos sintomas os que mais gravemente sente são: a sensação de calor, a
sua realidade, como uma ameaça a sua vida. A falta de informações sobre as razões
CIRURGIA DO PREVIA
PROCEDIMENTO
paciente não conversava muito, só respondia o que era questionado. Segundo seu
relato não recebeu informações o que a deixava mais nervosa: “gostaria de saber o que
o médico vai fazer comigo, queria ficar mais segura” (SIC). Em relação a experiência
prévia, não se lembrava muito, uma vez que, foi internada quando ainda era pequena.
dificilmente podia suportar eram: a incapacidade para relaxar, o medo que acontecesse
explica ao paciente o que esta fazendo, utilizando uma linguagem a qual o paciente
entenda, bem como identificar-se, através de crachás, e vale ressaltar que chamar o
paciente pelo seu próprio nome, faz este se sentir mais seguro.
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medida em que demorava sua transferência para o quarto, enquanto isso aguardava
em cima de uma maca no meio do corredor. Também relata estar muito preocupado,
pois não sabia nada a respeito da cirurgia e nem conhecia o médico: “Gostaria de ter o
conhecimento, ainda mais porque quem vai me opera hoje é outro médico, não o que
submissão a que o paciente tem que se expor, desde o enfrentar filas, aceitar a rotina e
os tratamentos impostos. Bem como, o paciente e seus familiares têm que se sujeitar
com seu corpo, qual tratamento esta sendo feito, sendo muitas vezes o último, a saber,
pois nem sempre o indivíduo dispõe de auxílios que o ajudem a atuar sem aumento de
tensão. Dessa forma, é possível que a ansiedade esteja presente nesses momentos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
participantes.
informações repassadas pelos seus médicos, ou por outras pessoas que já haviam feito
pode contribuir para a elevação do grau de ansiedade na medida em que a mesma está
intercorrência emocional.
- alguns fatores que podem ter influenciado para o aparecimento da ansiedade nos
tremores nas mãos, estar trêmulo, o medo de perder o controle, o medo de morrer,
et al, 2001).
Contudo, sabe-se que a maneira como cada ser humano reage aos seus
profissionais de saúde devem dar aos seus pacientes sempre deve preconizar um
respeito ao ser humano, com o intuito de fazer com que o mesmo possa reagir a tudo
pode ter as mais variadas explicações: seja por experiências prévias negativas, por falta
relacionados à cirurgia, como por exemplo, a preocupação com a família que está em
casa, ou com o trabalho que foi interrompido, ou com a quebra do domínio sobre si
mesmo.
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6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CONCEIÇÃO, D. B. da. et al. A pressão arterial e a freqüência cardíaca não são bons
parâmetros para avaliação do nível de ansiedade pré-operatória. Revista Brasileira de
Anestesiologia. Campinas, v.54, n.6, p. 769-773, nov./dez. 2004.
CUNHA, J. A. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2001.
Disponível em:
http://www.aguaviva.mus.br/enfermateca/Trabalhos/VisitaPreOperatoria.htm
Acesso em: 16 novembro 2006.
7 APÊNDICES
49
7.1 APÊNDICE 01
QUESTIONÁRIO
1. Dados de identificação
Nome:
Idade:
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Profissão:
Procedência:
7.2 APÊNDICE 02
7.3 APÊNDICE 03
IDENTIFICAÇÃO E CONSENTIMENTO
Eu________________________________________________________________
_________________________________
Declaro estar ciente dos propósitos da pesquisa e da maneira como será realizada e no
que consiste minha participação. Diante dessas informações aceito participar da
pesquisa.
Assinatura: ________________________________________________________
RG: ________________
Assinatura: ____________________________________
Assinatura: ____________________________________
E-mail: giovanads@univali.br