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Russo e New
Criticism
Arnaldo Franco Júnior
Mais ou menos contemporâneos:
Formalismo (Rússia): 1915-17 e 1923-30
Nova crítica (América do Norte) 1940-50
Rupturas radicais com a herança da
tradição da crítica e da historiografia
literárias do século XIX
Introdução (impressionista, psicologismo
biografista, rigidez retoricista)
Base positivista de investigação:
hipóteses precisam ser empiricamente
comprovadas e demonstradas.
Teorias vão para o segundo plano: em
primeiro plano, o texto literário.
Entre 1914 e 1917 (Rússia): Círculo
Formalismo Linguístico de Moscou e Associação para o
Estudo da Linguagem Poética
Russo – Instituiu um campo de estudos de língua e
Precedentes literatura desatrelados da tradição
Entusiasmo com o cientificismo
de Josef Stalin ao poder a
partir
2ª fase dode 1924,
Formalismo a
1ª fase do Formalismo consolidação
Russo do
Russo (1917-1923) stalinismo e a extensão
(1923-25 e 1930)
SOCIEDADE: “Forte turbulência
de seus efeitos a todas as
social ligada à crise do regime instituições da então
czarista e à emergência da URSS (1924-1953)
revolução russa, que projetava a significou [...] a distorção
utopia de uma sociedade livre de e o dilaceramento de boa
Formalismo classes sociais, capaz de abolir a
propriedade privada e as
parte das utopias
projetadas como ideais
Russo – limitações, estruturas
hierarquias comprometidas com
e
durante a fase heroica”
Fases a velha ordem econômica,
sociocultural e política”.
ESTUDO: “radicalização
dos conflitos entre os
ESTUDO: “Afirmação agressiva partidários de uma
de novas ideias em relação à abordagem sociológica da
abordagem científica da
literatura (e
literatura diante de uma tradição
acadêmica conservadora e ideologicamente
resistente comprometida com os
ideais da revolução [...]) e
os membros do grupo
formalista, que recusavam
Preocupação com a “materialidade do texto
literário, que recusa, num primeiro momento,
às explicações de base extraliterária”, como
Formalismo filosofia, sociologia, psicologia, etc. – o foco
Russo – deveria ser no procedimento artístico.
Princípios “O objeto do estudo literário não é a literatura,
Fundament mas a literariedade, isto é, aquilo que torna
determinada obra uma obra literária”.
ais
Distingue-se entre a natureza da linguagem
poética (língua poética) e a natureza da
linguagem cotidiana (língua prosaica).
“A linguagem poética se caracterizaria exatamente
pela ênfase na desautomatização da percepção que
se encontra como que adormecida pelo hábito e
pela economia e pragmatismo que caracterizam a
linguagem cotidiana” – singularização
Reconhecimento x visão = automatismo x
Linguagem percepção desautomatizada
poética; “A arte se caracteriza por procedimentos de
Reconhecime construção que visam, por meio da
nto e visão; desautomatização da percepção adormecida pelos
hábitos cotidianos, oferecer ao seu destinatário
singularizaçã uma percepção mais rica em informações sobre os
o temas ou assuntos de que trata. Tal visão é
construída pelo artista por meio de recursos de
linguagem que se constituem em procedimentos de
singularização cuja função é oferecer novas
informações sobre temas e objetos que integram a
experiência cotidiana, mas se encontram como que
“Os procedimentos de singularização
promovem algo como uma ‘crise’ nos
hábitos que regulam o comportamento
humano regido pelas leis da linguagem
cotidiana, dificultando, deslocando ou
Singularizaç transtornando tais hábitos de modo que o
ão receptor da obra seja obrigado a rever as
suas expectativas e pré-conceitos e,
também, a sua própria percepção do
mundo”.
Meio-dia na Sé
Alessanda P. Caramori
Ainda me lembro Nossas bocas unidas
daquele beijo em plena
Singularizaç praça central da cidade Nossas línguas