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Na poesia do ortónimo, por influência da lírica tradicional, existem algumas características tais como:
- Estrofes curtas (quarta e quintilha) e verso curto (redondilha menor e maior);
- Na musicalidade, ritmo embalatório;
- Linguagem simples, mas simbólica e metafórica;
- Uso de repetições, anáforas, antíteses, apóstrofes, gradações, enumerações, oximoros, paradoxos e
personificações;
Fingimento artístico:
O poeta defende que o poema é um produto intelectual, e por isso não acontece no momento da
emoção, mas sim de recordação, ou seja, implica o abandono/intelectualização dos sentimentos. Logo,
ao não ser direto da emoção, mas sim da construção da mesma define-se fingimento artístico
(depende do uso da imaginação). O poeta defende que o que se sente é incomunicável e que
“fingir não é mentir” pois as palavras são meras convencionais. Fingir é um ato que se sente com a
imaginação (razão), e mentir é um ato onde se usa somente o coração (sentimentos). O poeta parte do
que sente, mas recria através da razão.
Dor de pensar:
O poeta defende que o pensamento provoca dor e infelicidade que se relaciona com o uso excessivo e
permanente da inteligência/ intelectualização dos sentimentos, e por isso muitas vezes o poeta refugia-
se na infância ou no desejo de ser instintivo (como o gato) e inconsciente (como a ceifeira). Em suma,
a dor de pensar, que o sujeito poético diz sentir, não pode escapar, por o ser consciente e lúcido que é.
Este defende que ninguém pode ser inconsciente e ter consciência disso. Associa as pessoas
conscientes com o fingimento, e associa as pessoas inconscientes com a sinceridade e espontaneidade.
Nostalgia de infância:
Fernando Pessoa sente nostalgia do tempo em que não tinha deveres, onde tudo parecia possível. Este
deseja viver num estado de pura inocência, liberto do intelecto. Pessoa desejava ter aproveitado mais a
sua infância, onde caracteriza a sua infância como: pureza, inconsciência e felicidade. Assim, o tempo
de infância era um símbolo de pureza, da inconsciência e de felicidade.
Sonho e realidade:
O poeta está entre duas dimensões: sonho e realidade. Pessoa não encontra a felicidade no cotidiano,
então idealiza o sonho onde acredita atingir a felicidade suprema, então sonha como forma de evasão
(fuga) da realidade. No mundo de sonho (onírico) funciona como um lugar onde acredita numa
experiência perdida (infância) ou ser o que não consegue ser no mundo real. No entanto, esta surge
de um projeto falhado, que traz desilusão/inútil devido a impossibilidade da materialização do sonho.
Este sente-se angustiado, desiludido, no tédio e até por a ação real ficar sempre aquém do sonho.
Análise do texto
Esquema rimatico
- Cruzada- ABBA
- Emparelhada- AABB
- Interpolada- ABBA/ ABCA/ABCDA
Gramática
Oração Coordenadas:
● Orações Coordenadas Copulativas (adição)- e, nem,...
● Oração Coordenada Adversativa (oposição)- mas,..
● Oração Coordenada Disjuntiva (alternativa)- ou,..
● Oração Coordenada Conclusiva (conclusão)- logo,…
● Oração Coordenada Explicativa (justificação)- pois, que
Dêiticos:
Coesão Textual:
Coesão Lexical:
● Reiteração- Repetição da mesma palavra/frase;
● Substituição- Substituição de uma palavra/frase por uma semelhante;
Coesão Gramatical:
● Referencial- Substitui um nome por um pronome;
● Frásica- Concordância de dois elementos numa frase.
● Interfrásica- Conectores que servem para ligar frases;
● Temporal- Advérbios temporais, tempos verbais “Hoje”, “Outra vez;
Valor aspectual: