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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS


Curso: Bacharelado em Agroecologia
Disciplina: Controle Biológico de Artrópodes Pragas
Profª Drª Maria José Araújo Wanderley
Aluno (a):GABRYEL CEZAR DA SILVA MARINHO

AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO


_Parasitoides_
1.Com base no texto da Embrapa “Controle Biológico de
Pragas: Princípios e Estratégias de Aplicação em
Ecossistemas Agrícolas”, de autoria de Menezes (2003)
definam (se possível exemplifiquem e ilustrem) os modos
de vida dos parasitoides, listados abaixo:

a) Parasitismo primário
b) Hiperparasitismo (parasitismo secundário)
c) Multiparasitismo
d) Cleptoparasitismo
e) Superparasitismo
f) Adelfoparasitismo
g) Endoparasitoide
h) Ectoparasitoide
i) Parasitoide solitário
j) Parasitoide gregário

2. Ainda, com base em informações no mesmo texto, quais são


as duas principais ordens e suas famílias que
contemplam a maioria dos parasitoides? Procurem
ilustrar as famílias.

3. Conforme descrito no item 7.2.3 por Berti filho e Macedo


(2011) responda:
a) Como as fêmeas de um parasitoide sabem que um hospedeiro
é adequado ou não para ser parasitado?
b)Como uma fêmea marca o hospedeiro que ela ovipositou?

_Predadores_

4. 4. Cite os processos de localização e aceitação das


presas pelo predador (Ver em FONTES e VALADARES-INGLES,
2020 - Capítulo 4).
5. Quando se considera o número de espécies de presas
atacadas os predadores podem ser classificados em
Oligófagos; Estenófagos e Monófagos. Assim, definam
esses termos, exemplifiquem e ilustrem cada um deles.
(Ver BERTI FILHO e MACEDO 2011)

Resposta 1)

a) Pode ser definido como quando uma espécie se


desenvolve em hospedeiros não parasíticos, alguns
exemplos são os saprófagos, poliníferos, ç
fungíferos, etc.
b) Hiperparasitismo é o parasitismo de uma espécie por
uma outra espécie de parasitóide, podendo haver
vários níveis (secundário, terciário, etc). No caso
do hiperparasitismo secundário o parasita se
desenvolve em um parasitoide primário. Exemplos:
Pieris rapae , Lysibia nana.
c) É o parasitismo do mesmo hospedeiro por mais de uma
espécie de parasitóide. Em muitos casos, só uma
espécie sobrevive. Exemplo: Trichogramma
d) É um caso de multiparasitismo no qual um
parasitóide ataca preferencialmente hospedeiros que
já estejam parasitados. O cleptoparasitóide não
parasita a outra espécie de parasitóide que ocorreu
anteriormente a ele e normalmente é quem sobrevive.
Exemplo: pinguim 
e) É o parasitismo no qual vários indivíduos de uma
espécie de parasitóide podem se desenvolver num
único hospedeiro. Neste caso, normalmente, o número
de indivíduos do parasitóide no hospedeiro é maior
do que o número de indivíduos que atingem a
maturidade. Em alguns casos, contudo, o hospedeiro
morre prematuramente, antes que os parasitóides
emirjam, e conseqüentemente todos sucumbem. Algumas
vezes, todos os parasitóides sobrevivem até a
maturidade, mas com tamanho menor do que o dos
adultos normais.
f) Também chamado autoparasitismo, é o fenômeno no
qual uma espécie de parasitóide parasita a si
mesma, geralmente um sexo se desenvolve
parasiticamente no corpo do sexo oposto da mesma
espécie, como ocorre com Coccophagus scutellaris
(Hymenoptera: Aphelinidae), onde o macho parasita
obrigatoriamente a fêmea.
g) É uma espécie que se desenvolve no interior do
corpo do hospedeiro.
h) É uma espécie que se desenvolve externamente ao
corpo do hospedeiro, geralmente se alimentando
através da inserção de suas peças bucais no
tegumento do corpo do hospedeiro.
i) Apenas um único indivíduo da espécie de parasitóide
se desenvolve por hospedeiro. Muitos Ichneumonidae
(Hymenoptera) e Tachinidae (Diptera) são
solitários.
j) Mais de um indivíduo da espécie de parasitóide
(geralmente a progênie é originada de uma mesma
fêmea) se desenvolve por hospedeiro. Muitos
Braconidae e Chalcidoidea (Hymenoptera) são
gregários. Alguns Encyrtidae (Hymenoptera), que
parasitam lagartas, podem produzir mais do que um
indivíduo de um simples ovo fertilizado
(poliembrionia).
2) A maioria dos parasitóides pertence às ordens
Hymenoptera (especialmente, as famílias Ichneumonidae,
Braconidae, Chalcicidae, Encyrtidae, Trichogrammatidae,
Scelionidae e Bethylidae) e Diptera (Tachinidae e
Phoridae). Exemplo figura.
3) a- As fêmeas que colocam ovos sobre ou dentro do
hospedeiro são capazes de saber se este é adequado ou não.
Uma das razões de não ser adequado é já estar parasitado.
Se o parasitoide é solitário e dois ovos são colocados, uma
das larvas ou ambas morrem. Como a fêmea sabe que o
hospedeiro já foi parasitado? Parece que a primeira fêmea
marca o hospedeiro, como ocorre com Telenomus
(Scelionidae), parasito de ovos de Pentatomidae (Ordem
Hemiptera). A fêmea do parasitoide encontra a massa de ovos
do percevejo, examina-a e se adequada oviposita.
b- com a extremidade do abdome ela esfrega a superfície dos
ovos com uma secreção da glândula de Dufour. Uma segunda
fêmea chega, toca os ovos e se retira sem ovipositar.
4) Localização das presas Uma vez no habitat, os
predadores buscam suas presas por meio de sinais
químicos de curta distância, voláteis e não voláteis,
além de padrões visuais preestabelecidos, como
“imagens de procura”. Dessa forma, injúrias na planta
causadas por lagartas ou besouros ao recortar as
folhas, encarquilhamento causado pelas colônias de
pulgões e clorose das folhas, bem como a forma
alongada das lagartas sobre as plantas e a presença de
excrementos, podem criar padrões de imagens
característicos que auxiliam os predadores na
localização de suas presas. Embora em algumas
situações possa parecer que o predador patrulha
aleatoriamente a área de busca por presas, a detecção
de algum dos sinais mencionados anteriormente pode
alterar seu comportamento de caça. Diversas espécies
de predadores podem apresentar diferenças quanto à
estratégia de busca de acordo com o padrão
comportamental de suas presas. Joaninhas
especializadas em alimentarem-se de pulgões e
cochonilhas, por exemplo, tendem a permanecer nos
locais onde esses insetos se localizam, haja vista
apresentarem distribuição espacial agregada e hábito
de formação de colônias. Por sua vez, alguns
predadores, como o percevejo Podisus, que se alimenta
de lagartas, costuma buscar suas presas ao acaso, não
se detendo no mesmo local após consumir uma presa.
Aceitação da presa O encontro de uma presa potencial
pelo predador implica a decisão de atacá-la ou
rejeitá-la. Essa decisão dependerá de fatores
intrínsecos à presa, como sua qualidade como alimento
(ex.: pulgões são relativamente mais ricos em
carboidratos e pobres em proteínas se comparados com
ovos de outros insetos); seu tamanho em relação ao
predador; suas defesas antipredação, como movimentos
rápidos de voo ou corrida; além de substâncias
químicas excretadas ou conspícuas que possam repelir
ou avisar os predadores sobre os riscos do ataque
(ex.: feromônio de alarme de percevejos, compostos
secundários de plantas sequestrados por lagartas que
causam impalatabilidade). Fatores extrínsecos, como a
abundância e a disponibilidade da presa, além de
condições físicas, como luminosidade, temperatura e
umidade, também podem afetar a preferência do predador
em relação a algum tipo de presa. Muitas espécies de
artrópodes predadores tocam suas presas com as antenas
e palpos antes de experimentá-las. O comportamento de
aceitação da presa pelo predador pode ser modificado
pelo seu estado nutricional. Predadores podem aceitar
presas alternativas que não sejam adequadas ao seu
desenvolvimento e reprodução, apenas para sua
sobrevivência, até que encontrem os itens
preferenciais de sua dieta.
5) Oligófagos: quando consomem um número moderado de
espécies. Exemplo: Chrysoperla externa (Neuroptera:
Chrysopidae).

Estenófagos: quando consomem um número restrito de


espécies. Exemplos: Coccinellidae e Syrphidae que
predam pulgões.
Monófagos: apresentam alta especificidade de presa.
Exemplo: Rodolia cardinalis que só preda a cochonilha
Icerya purchasi e espécies afins.

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