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GLOBALIZAÇÃO E FRAGMENTAÇÃO

A Globalização é um processo muito evidente nos dias atuais, tendo em vista


o rápido desenvolvimento das redes geográficas, a saber: transporte e comunicação.
Sendo que Globalização é o processo de aprofundamento da integração econômica,
social, cultural e política. Ou seja, é um processo de expansão do capitalismo, e
também uma das principais causas do agravamento das desigualdades sociais e
tendências de produção cultural. Mas também possuindo seus aspectos positivos,
como: avanço da tecnologia em escala global, disseminações das informações em
escala global e aumento da produção de bens de serviços. Mas, acompanhado
desse processo, temos também a ocorrência de um fenômeno de fragmentação, isto
é, divisão resultante de conflitos culturais, ideológicos e/ou religiosos. Tendo em
vista a inflamação exacerbada do sentimento nacionalista causando tenções e
embates entre nações que, na maioria das vezes, compõem um mesmo território de
um determinado Estado.
A exemplo de, podemos citar os conflitos étnicos-nacionais, logo também,
separatistas dos catalães e os bascos, contra os espanhóis, todos dispostos nos
mesmos territórios. Ambas as nações desejam a formação de seus respectivos
Estados Nacionais, embora entre os bascos existem ações e programas
separatistas mais radicais. Em 1975, buscando sua independência, foi criado a
organização terrorista ETA (sigla em basco que significa Pátria Basca e Liberdade).
Organização intencionada a combater o ditador espanhol Francisco Franco que
realizou uma violenta repressão sobre os bascos. Sendo que, após a
redemocratização do país, os bascos conquistaram um pouco de autonomia política,
mas não conseguiram se desvincular do território espanhol. Por conseguinte,
mesmos sem apoio da população, o ETA prosseguiu a separação do território
espanhol realizando duros e violentos atentados. Depondo suas armas em 2007,
finalmente.
Pode-se citar também os conflitos na Irlanda do Norte que se entendem
desde o século XX, quando a população da Irlanda iniciou inúmeros protestos contra
a dominação do Reino Unido sobre o país. Sendo assim, a ilha foi dividida em
Irlanda e Irlanda do Norte, a segunda sob o domínio britânico. Na Irlanda do Norte,
58% da população protestante (maioria populacional) se manifesta em apoio à
integração do país à Grã-Bretanha, enquanto a minoria católica defende a
interdependência e a integração com a Irlanda (formada por ampla maioria católica).
Com isso, muitos conflitos, protestos e atentados dos dois lados aconteceram – com
destaque para a organização terrorista católica IRA (Irish Republican Army –
Exército Republicano Irlandês). Em 1999, foi assinado um acordo no qual o IRA
aceitou depor as suas armas. Nesse acordo, a Irlanda do Norte continuou
pertencendo ao Reino Unido, entretanto, seria montado no país um governo
autônomo no qual os católicos teriam direitos a voz.
Em suma, fica claro que estamos vivendo um duplo momento em que por um
lado os países estabelecem uma associação de relações econômicas privilegiadas
entre si, buscando desenvolvimento nas diversas áreas. Mas também, vivemos
conflitos de natureza separatista. Unidos buscando desenvolvimento econômico,
mas separados etnicamente.

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