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Segundo o Alto Comissariado de Refugiados (ACNUR) para a ONU, em 1950, dois milhões de pessoas se
deslocaram pelo mundo. Já em 2015 foram 53 milhões.
Atualmente, de acordo com o mesmo organismo, 65,6 milhões de pessoas são consideradas refugiadas, o
que possui um impacto em todo planeta.
Refugiado é aquele que deixa seu país de origem e teme voltar ali por causa de suas opiniões políticas,
religiosas ou por pertencer a um grupo social perseguido.
Neste sentido, o refugiado é diferente do imigrante que, geralmente, abandona seu país natal por motivos
econômicos ou desastres naturais. Por isso, dizemos que todo refugiado é um imigrante, mas nem todo
imigrante é refugiado.
Em 1951, uma convenção das Nações Unidas sobre o tema determinou que os refugiados não poderiam
ser devolvidos ao seu lugar de origem.
Então, para garantir este direito, os Estados que recebessem refugiados, deviam assegurar a possibilidade
do refugiado solicitar o direito de asilo. Por isso, deve providenciar condições de comida, assistência
médica e escola para as crianças.
No entanto, esta mesma convenção não determinou nenhuma sanção caso o país de acolhida não
cumprisse estas normas.
A realidade é bem diferente e os refugiados muitas vezes são confinados em centros de detenção que se
assemelham à prisões. Alguns têm a sorte de serem atendidos por ONGs ou ordens religiosas que tentam
integrá-los ao novo país.
Os refugiados vêm, sobretudo, de regiões que estão em guerra ou em situação de pobreza extrema.
Existem diversos tipos de movimentos migratórios que acontecem por motivos distintos. Os principais
deles são:
As principais causas da migração estão relacionadas a fatores econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Fatores econômicos: busca de oportunidades de trabalho.
Fatores sociais: busca de melhores condições de vida.
Fatores culturais: busca de identificação cultural.
Fatores ambientais: busca por locais em que não haja problemas ambientais.
As pessoas que saem de seu lugar de origem são chamadas de migrantes e dentro desse conceito
existem outros dois que irão depender da direção que esse deslocamento acontece.
Assim, os chamados emigrantes são aqueles que saem de sua localidade de origem e se deslocam para
outro local. Já os imigrantes são aqueles que entram em um território diferente do seu de origem.
Em resumo:
A Revolução Inglesa foi um conjunto de guerras civis e mudanças de regime político que ocorreram na
Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1640 e 1688.
Resumo
Como duas revoluções - Puritana e Gloriosa - aconteceram num curto espaço de tempo, esta fase também
é chamada de "Revoluções Inglesas", no plural.
Estas tiveram como objetivos: limitar o poder do rei através do Parlamento, garantir a liberdade religiosa
para os anglicanos e impedir a restauração do catolicismo na Inglaterra.
Durante o reinado de Charles I houve uma disputa acirrada pelo poder entre o rei e o Parlamento.
O monarca julgava que somente o rei deveria dirigir a nação, dispensando a ajuda das câmaras
parlamentárias. Devido a esta briga, o rei Charles I dissolveu o Parlamento três vezes em 4 anos de
reinado.
No entanto, ele tinha o desejo de unificar as igrejas da Escócia e da Inglaterra, impondo aos escoceses
o Book of Common Prayer (Livro de Oração Comum). A igreja da Escócia, contudo, se rebela contra esta
ordem e o rei decide entrar em guerra contra os opositores.
Para isso, ele precisava de dinheiro, e para obtê-lo, queria aumentar os impostos. Isto, no entanto, deveria
ser aprovado pelo Parlamento. Seguiu-se, então, uma disputa sobre quem deveria ter autorização para
aumentar impostos. Deveria ser o rei, que governava segundo o Direito Divino? Ou o Parlamento que
representava os setores da nação?
Após muitas ameaças, o monarca e o Parlamento organizam exércitos que se enfrentam em guerra civil e
culminam na derrota do rei Charles I.
Durante a Guerra Civil surgem no Parlamento vários grupos políticos como os "Levellers" (niveladores)
que reuniam desde pequenos proprietários a pessoas que defendiam o fim da propriedade privada.
Os "levellers" são combatidos pelos conservadores donos de grandes propriedades de terra. Mais tarde
seriam chamados de "diggers" (escavadores) e defenderiam o fim da propriedade privada.
O Parlamento ganha o conflito e Charles I é preso e condenado à morte. Esta sentença abriu espaço para
a primeira e única experiência republicana inglesa.
Embora tenha sido o primeiro rei inglês a ser decapitado por seus compatriotas, Charles I tentou
modernizar o país. Construiu estradas, aterrou pântanos, criou um serviço postal e instituiu um serviço de
ajuda à busca de trabalho.
Igualmente foi patrono das artes e da arquitetura tentando fazer de Londres uma grande capital e trazendo
pintores como Peter Rubens para decorar seus palácios.
República de Oliver Cromwell
Depois da execução do rei Charles I, Oliver Cromwell, antigo membro do Parlamento, assume o governo
britânico e instaura a Commonwealth. Um dos primeiros atos de Cromwell beneficiou diretamente a
burguesia que o apoiava.
Em 1650, ele promulgou os Atos de Navegação, que determinava que os produtos ingleses deveriam ser
transportados somente por navios de bandeira inglesa. Isto dispensava navios de outras nacionalidades e
fomentava a indústria naval interna.
No entanto, o próprio Cromwell sentia-se ameaçado pelo Parlamento e o fecha em 1653. Também manda
prender e executar os chefes do Exército que ele mesmo mandara formar. Ainda consegue colocar seu
filho, Richard, frente ao governo.
Sem o mesmo prestígio do pai, Richard Cromwell não consegue governar e a própria burguesia pede a
volta da monarquia. Em 1660, seu filho ascende ao trono como Charles II e restaura a dinastia Stuart na
Inglaterra.
Com a restauração dos Stuart, os problemas religiosos e políticos da Inglaterra não acabam.
O rei Charles II era abertamente favorável a uma política de tolerância religiosa, mas o Parlamento,
dominado pelos protestantes, era contra. Igualmente, o soberano assina leis que favorecem a Igreja
Anglicana em detrimento de outras correntes do protestantismo e da Igreja Católica.
A disputa entre o Parlamento e o Rei se aprofundou quando se descobriu que o irmão de Charles II,
Jaime, era católico.
Isto fez surgir duas vertentes políticas que existem até hoje na política britânica:
Naturalmente, o rei Charles II se alinhou aos Tories desencadeando uma perseguição aos Whigs. Como
não teve filhos com sua esposa e Jaime o sucederia, as sobrinhas tiveram que ser criadas como
protestantes.
A Revolução Gloriosa foi uma revolução sem sangue ou conflitos e que encerrou um período de
revoluções na Inglaterra iniciado pela Revolução Puritana.
Para entendê-la, precisamos lembrar que religião e política estavam intimamente ligadas nesta época. A
crença do indivíduo determinava a sua posição política e por isso era tão importante definir qual seria a
religião do soberano e, assim, de todo o reino.
Por isso, a burguesia só via com bons olhos o fortalecimento da religião protestante, pois esta defendia a
limitação do poder do monarca através do Parlamento.
Desta maneira, o católico Jaime II sempre foi visto com desconfiança. O Parlamento conspira para que o
trono seja entregue a seu sobrinho Guilherme de Orange que havia se casado com sua filha e herdeira, a
princesa Maria.
Sem apoios na Inglaterra, Jaime II foge para França. Por sua vez, Guilherme e Maria são recebidos como
reis na Inglaterra. Em seguida é instituída a monarquia parlamentarista que limita consideravelmente o
poder do soberano no governo.