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SUPERINTENDENTE CORPORATIVO
Paulo Sérgio de Andrade Bergamini
INSTRUMENTAÇÃO APLICADA
2010
©2010.SENAI.DR.SE
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte
SENAI.DR.SE
Centro de Educação e Tecnologia Albano Franco - Aracaju
Este trabalho foi elaborado por uma equipe cujos nomes estão relacionados na folha
de crédito
Ficha Catalográfica
CDU: 681.2
SENAI.DR.SE
CETAF– AJU - Centro de Educação e Tecnologia “Albano Franco” – Aracaju
Av. Tancredo Neves, 2001 – Inácio Barbosa
49.040-490 – Aracaju – SE
Tel.: 0800-728-0303
E-mail: materialdidatico@se.senai.br
SUMÁRIO
1 INSTRUMENTAÇÃO ...................................................................................................................... 7
2 TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS NA INSTRUMENTAÇÃO ..................................................... 8
3 CLASSES DE INSTRUMENTOS POR FUNÇÃO ........................................................................ 14
4 TAGNAME .................................................................................................................................... 16
4.1 PROCEDIMENTOS PARA FORMAÇÃO DO CÓDIGO ALFA NUMÉRICO ................................ 16
5 SIMBOLOGIA DA INSTRUMENTAÇÃO ...................................................................................... 21
6 TELEMETRIA ............................................................................................................................... 25
6.1 TRANSMISSORES ....................................................................................................................... 25
6.2 TRANSMISSÃO PNEUMÁTICA ................................................................................................... 25
6.3 TRANSMISSÃO ELÉTRICA ......................................................................................................... 26
6.4 TRANSMISSÃO DIGITAL............................................................................................................. 26
6.5 HIDRÁULICO ................................................................................................................................ 28
6.6 VIA RÁDIO .................................................................................................................................... 28
6.7 VIA MODEM ................................................................................................................................. 28
7 INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS ............................................ 29
7.1 TEORIA DE CONTROLE ............................................................................................................. 29
7.2 MALHA DE CONTROLE .............................................................................................................. 29
8 ANÁLISE DE UMA MALHA DE CONTROLE ............................................................................... 31
8.1 DISTÚRBIOS ................................................................................................................................ 33
9 PRESSÃO .................................................................................................................................... 35
9.1 TIPOS DE PRESSÃO................................................................................................................... 35
9.2 UNIDADES PRÁTICAS DE PRESSÃO........................................................................................ 36
9.3 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE PRESSÃO ................................................................................... 37
9.4 ELEMENTOS MECÂNICOS PARA A MEDIÇÃO DE PRESSÃO ................................................ 37
10 TEMPERATURA ........................................................................................................................... 42
10.1 TERMOMETRIA ........................................................................................................................... 42
10.2 ESCALAS DE TEMPERATURA ................................................................................................... 44
10.3 MEDIDORES DE TEMPERATURA .............................................................................................. 46
10.4 TERMORESISTÊNCIAS .............................................................................................................. 46
10.5 SENSORES DE TEMPERATURA TIPO TERMOPAR ................................................................ 49
11 NÍVEL............................................................................................................................................ 53
11.1 MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE NÍVEL LÍQUIDO .......................................................................... 53
11.2 MEDIÇÃO DE NÍVEL DESCONTÍNUA ........................................................................................ 54
12 VAZÃO .......................................................................................................................................... 57
12.1 CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................... 57
12.2 MEDIÇÃO DE VAZÃO .................................................................................................................. 58
12.3 MEDIÇÃO DE VAZÃO POR PRESSÃO DIFERENCIAL VARIÁVEL ........................................... 59
12.4 MEDIDORES POR ULTRASSOM ................................................................................................ 62
13 VÁLVULAS DE CONTROLE ........................................................................................................ 64
13.1 VÁLVULAS DE DESLOCAMENTO LINEAR DA HASTE ............................................................. 64
13.2 VÁLVULAS DE DESLOCAMENTO ROTATIVO DA HASTE ....................................................... 67
14 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL – CLP ................................................................... 69
14.1 SURGIMENTO DO CONTROLADOR PROGRAMÁVEL ............................................................. 69
14.2 DIFERENÇAS ENTRE O PLC E O COMPUTADOR ................................................................... 70
14.3 VISÃO GERAL DE UM SISTEMA LC700 .................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 72
FOLHA DE CRÉDITOS ......................................................................................................................... 73
Instalação e Operação de Sistema a Gás Combustível - Instrumentação Aplicada
1 INSTRUMENTAÇÃO
Instrumentação é a ciência que aplica e desenvolve técnicas para adequação
de instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis
físicas e químicas em equipamentos nos processos industriais.
Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia,
papel, refino etc., a instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um
processo, fazendo com que toda energia cedida seja transformada em trabalho na
elaboração do produto desejado.
As principais grandezas que traduzem
transferências de energia no processo são: Pressão,
Nível, Vazão e Temperatura, as quais se denominam de
variáveis do processo.
O uso de instrumentos em processos industriais
visa, além da otimização na eficiência destes processos,
a obtenção de um produto de melhor qualidade com
menor custo, menor tempo e com qualidade reduzida de
mão-de-obra.
A utilização de instrumentos nos permite:
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EXATIDÃO – Pode ser definida como o maior valor de erro estático que um
instrumento possa ter ao longo de sua faixa de trabalho. Ou ainda, podemos definir
“exatidão” como o grau de concordância entre o resultado de uma medição e o valor
verdadeiro do mensurando.
Pode ser expressa de diversas maneiras:
a) Em porcentagem do alcance (span).
Um instrumento com range de 50 a 150 ºC está indicando 80 ºC e sua
exatidão é de ± 0,5% do span. Sendo ± 0,5% = ± 0,5 = ± 0,005 e o span = 100 ºC,
teremos:0,005. 100 = ± 0,5 ºC 100 Portanto, a temperatura estará entre 79,5 ºC e
80,5 ºC.
b) Em unidades da variável
Um instrumento com range 0 a 200 PSI e exatidão de ± 0,5 PSI indicando 80
PSI terá o valor correto entre 79,5 a 80,5 PSI.
c) Em porcentagem do valor medido
Um instrumento com range de 50 a 150 ºC está indicando 80 ºC e sua
exatidão é de ± 0,5 % do valor medido. Sendo ± 0,5% = ± 0,005 e o valor medido =
80 ºC, teremos 0,005. 80 = ± 0,4 ºC. Portanto, a temperatura estará entre 79,6 ºC e
80,4 ºC.
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ZONA MORTA – É a máxima variação que a variável pode ter sem provocar
variações na indicação ou no sinal de saída de um instrumento ou em valores
absolutos do range do mesmo. Exemplo: Um instrumento com range de 0ºC a 200ºC
possui uma zona morta de ± 0,1% do span. A zona morta do instrumento pode ser
calculada da seguinte forma: Sendo ± 0,1% = ± 0,1 = ± 0,001, teremos: 0,001. 200 =
± 0,2 ºC 100. Portanto, se a variável de processo variar 0,2 ºC, o instrumento não
apresentará resposta alguma.
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4 TAGNAME
As normas de instrumentação estabelecem símbolos, gráficos e codificação
para identificação alfanumérica de instrumentos ou funções programadas que
deverão ser utilizadas nos diagramas e malhas de controle de projetos de
instrumentação.
De acordo com normas pré-estabelecidas, cada instrumento ou função
programada será identificado por um conjunto de letras que o classifica
funcionalmente e um conjunto de algarismos que indica a malha à qual o
instrumento ou função programada pertence: O TAGNAME.
O tagname para instrumentação deve apresentar a mesma filosofia que
aquele para equipamentos, ou seja, identificar a sua função e a localização do
instrumento numa malha de controle e/ou medição.
É formado por um código alfanumérico, onde cada instrumento é identificado
primeiramente por um prefixo de letras, que identifica e classifica intencionalmente o
instrumento. Os dígitos subsequentes localizam o instrumento. Esta localização
deverá ser sempre coerente com a sistemática adotada para o tagname dos
instrumentos, de forma que tanto equipamentos, elementos ou instrumentos da
mesma área recebam igualmente os mesmos dígitos de identificação de área, setor
e grupo.
Identificação do instrumento
P RC 001 002 A
Variável Função Área da Atividade Nº Sequencial da Malha
Identificação Funcional Identificação da Malha Sufixo
Onde:
P – Variável Medida (Pressão);
R – Função Passiva ou de Informação (Registrador);
C – Função ativa ou de saída (controlador);
001 – Área de atividade, onde o instrumento atua;
002 – Número sequencial da malha;
A – Sufixo
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PI Indicador de Pressão
TI Indicador de Temperatura
FI Indicador de Fluxo
LI Indicador de Nível
SI Indicador de Velocidade
RI Indicador de Radioatividade
MI Indicador de Umidade
AI Indicador de pH, O2 etc.
VI Indicador de Vibração
PIC Indicador Controlador de Pressão
TIC Indicador Controlador de Temperatura
LIC Indicador Controlador de Nível
FIC Indicador Controlador de Vazão
SIC Indicador Controlador de Velocidade
BIC Indicador Controlador de Queima ou Chama
LAH Alarme de Nível Alto
TAH Alarme de Temperatura Alta
SAL Alarme de Velocidade Baixa
WAL Alarme de Peso Baixo
HV Válvula de Controle Manual
LCV Válvula de Controle de Nível Auto-Operada
Observação:
A primeira letra sempre indica a variável medida e não a variável manipulada.
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5 SIMBOLOGIA DA INSTRUMENTAÇÃO
Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos
utilizados para representar as configurações utilizadas para representar as
configurações das malhas de instrumentação, normas foram criadas em diversos
países.
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através de
sua norma NBR 8190, apresenta e sugere o uso de símbolos gráficos para
representação dos diversos instrumentos e suas funções ocupadas nas malhas de
instrumentação. No entanto, como é dada a liberdade para cada empresa
estabelecer/escolher a norma a ser seguida na elaboração dos seus diversos
documentos de projeto de instrumentação outras são utilizadas. Assim, devido a sua
maior abrangência e atualização, uma das normas mais utilizadas em projetos
industriais no Brasil é a estabelecida pela ISA (International Society of Automation).
A seguir veremos exemplos de símbolos usados na instrumentação pela
norma ISA 5.1:
Suprimento Sinal
ou não
impulso definido
Sinal Sinal
Pneumático Elétrico
Sinal Tubo
Hidráulico Capilar
Sinal Eletromagnético ou Sinal Eletromagnético
Sônico ou Sônico (transmissão
(transmissão guiada) não guiada)
Ligação Configurada
Ligação
Internamente ao Sistema
Mecânica
(Ligação por Software)
Sinal Sinal
Binário Binário
Pneumático Elétrico
(opcional) (opcional)
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FE
1410
FE FIT
1415 1415 FE
Símbolo Geral para os 1419
Elementos primários de vazão. Placa de orifício com tomada
As palavras laminar, turbulento, no flange ou canto, conectadas
e etc., podem ser utilizadas. a um transmissor indicador de
Tubo Venturi
vazão (pressão diferencial).
FI
2717
FE FQI
2716 2718
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Separador de Óleo
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6 TELEMETRIA
Chamamos de Telemetria a técnica de transportar medições obtidas no
processo a distância, em função de um instrumento transmissor.
A transmissão a distância dos valores medidos está tão intimamente
relacionada com os processos contínuos, que a necessidade e as vantagens da
aplicação da telemetria e do processamento contínuo se entrelaçam.
Um dos fatores que se destacam na utilização da telemetria é a possibilidade
de centralizar instrumentos e controles de um determinado processo em painéis de
controle ou sala de controle.
Teremos, a partir daqui, inúmeras vantagens, as quais não são difíceis de
imaginar:
• Os instrumentos agrupados podem ser consultados mais facilmente e
rapidamente, possibilitando à operação uma visão conjunta do
desempenho da unidade;
• Podemos reduzir o número de operadores com simultâneo aumento da
eficiência do trabalho;
• Cresce consideravelmente a utilidade e a eficiência dos instrumentos face
às possibilidades de pronta consulta, manutenção e inspeção, em situação
mais acessível, mais protegida e mais confortável.
6.1 TRANSMISSORES
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Protocolo Hart
Flexibilidade de Aplicação
Apesar do apoio recebido, o Hart não deve se tornar o padrão Fieldbus devido
à limitação de velocidade.
Fieldbus
6.5 HIDRÁULICO
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Malha Aberta
Malha Fechada
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Se uma válvula for NA: Falta de sinal pneumático ou um sinal de até 0,2
Kgf/cm2 fará com que ela fique totalmente aberta;
O máximo sinal de 1,0 Kgf/cm2 fará com que ela fique totalmente fechada.
Se uma válvula for NF: Falta de sinal pneumático ou um sinal de até 0,2
Kgf/cm2 fará com que ela fique totalmente fechada;
O máximo sinal de 1,0 Kgf/cm2 fará com que ela fique totalmente aberta.
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8.1 DISTÚRBIOS
Alimentação
Demanda
SetPoint
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Exercícios
1) Defina Instrumentação.
a) PI b) LI
c) TT d) TI
e) TIC f) PIC
g) I/P h) TE
a) c)
b) d)
a) c)
b) d)
9) O que é o “zero-vivo”?
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9 PRESSÃO
A pressão é uma grandeza largamente utilizada na medição de vazão por
elementos deprimogênios, de nível, densidade e da própria variável pressão. É
definida como a relação entre a força aplicada (perpendicularmente) a uma
superfície e sua área.
onde:
Pressão Absoluta
Nota:
Embora mm seja unidade de comprimento, a notação em mmHg é uma
unidade de pressão que equivale à exercida em sua base por uma coluna de
mercúrio (Hg) com altura de 760 mm.
Pressão Diferencial
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Diagrama Comparativo
1 mmHg = 133,32 Pa
1 atm = 1,013 . 105 Pa
1 mmH2O = 9,81 Pa
1 kgf/cm2 = 98100 Pa
1 lbf = 4,45 N
1 psi = 6,89 kPa
kgf/cm2 Lbf/pol2 BAR Pol Hg Pol H2O ATM mmHg mmH2O KPa
kgf/cm2 1 14,233 0,9807 26,96 393,83 0,9678 735,58 10003 98,069
Lbf/pol2 0,0703 1 0,0689 2,036 27,689 0,068 51,71 703,29 6,895
BAR 1,0197 14,504 1 29,53 401,6 0,98692 750,06 10200 100
Pol Hg 0,0345 0,4911 0,03386 1 13,599 0,0334 26,399 345,40 3,3863
Pol H2O 0,002537 0,03609 0,00249 0,07348 1 0,002456 1,8665 25,399 0,24884
ATM 1,0332 14,696 1,0133 29,921 406,933 1 760,05 10335 101,325
mmHg 0,00136 0,019337 0,00133 0,03937 0,5354 0,001316 1 13,598 0,13332
mmH2O 0,000099 0,00142 0,000098 0,00289 0,03937 0,00009 0,07353 1 0,0098
KPa 0,010197 0,14504 0,01 0,29539 4,0158 0,009869 7,50062 101,998 1
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Manômetros
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Tubo de Bourdon consiste em um tubo com seção oval, que poderá estar
disposto em forma de “C”, espiral ou helicoidal, tem uma de sua extremidade
fechada, estando a outra aberta à pressão a ser medida. Com a pressão agindo em
seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular resultando um movimento em
sua extremidade fechada. Esse movimento através de engrenagens é transmitido a
um ponteiro que irá indicar uma medida de pressão em uma escala graduada.
Língua de sogra
b) Material de Bourdon
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Quanto à classe de precisão, essa classificação pode ser obtida através das
faixas de erro que cada tipo de manômetro tem de acordo com sua faixa de escala.
É constituído por um disco de material elástico (metálico ou não) fixo por uma
borda. Uma haste fixa ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação.
Quando uma pressão é aplicada, a membrana se desloca e esse
deslocamento é proporcional à pressão aplicada.
O diafragma geralmente é ondulado ou corrugado para aumentar sua área
efetiva.
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Transmissores de pressão
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Exercícios
1) O que é pressão?
5) O que é vácuo?
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10 TEMPERATURA
Temperatura é, sem dúvida, a variável mais importante nos processos
industriais, e sua medição e controle, embora difíceis, são vitais para a qualidade do
produto e a segurança não só das máquinas como também do homem. Não é difícil
de chegar a essa conclusão, pois basta verificar que todas as características físico-
químicas de qualquer substância alteram-se de forma bem definida com a
temperatura.
Assim sendo, uma determinada substância pode ter suas dimensões, seu
estado físico (sólido, líquido, gasoso), sua densidade, sua condutividade etc.,
alterados pela mudança conveniente de seu estado térmico.
Então, qualquer que seja o tipo de processo, a temperatura afeta diretamente
o seu comportamento provocando, por exemplo:
10.1 TERMOMETRIA
Conceito de Temperatura
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• Energia Térmica.
• Calor.
Condução (sólidos):
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Escala Celsius
onde:
t = temperatura em ºC
T = temperatura em K
To = 273,15 K
Escala Fahreinheit
onde:
Tf = temperatura em ºF
T’ = temperatura em
T’o = 459,67
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Escala Rankine
Assim como a escala Kelvin, a escala Rankine é uma escala absoluta, tendo
como zero absoluto, o valor 0 (zero), porém ao ponto de fusão e ao ponto de
ebulição da água foram dados os valores de 491,67 e 671,67, respectivamente.
Conversão de Escalas
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A temperatura não pode ser determinada diretamente, mas deve ser deduzida
a partir de seus efeitos elétricos ou físicos produzidos sobre uma substância, cujas
características são conhecidas. Os medidores de temperatura são construídos
baseados nesses efeitos. Podemos dividir os medidores de temperatura em dois
grandes grupos, conforme abaixo.
O primeiro grupo abrange os medidores nos quais o elemento sensível está
em contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. Já no segundo
grupo estão os medidores nos quais o elemento sensível não está em contato direto
com o material cuja temperatura se deseja medir. A aplicação dos diversos tipos
apresentados depende em cada caso de fatores técnicos e econômicos.
• Termômetro à dilatação
• Termômetro à pressão
Sensores Elétricos
• Termorresistência
• Termistor
• Termopar
• Pirômetro
10.4 TERMORRESISTÊNCIAS
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• Ligação a dois fios: Esse tipo de ligação pode ser usada com relativa
precisão até uma distância do sensor ao aparelho que depende do
comprimento, diâmetro e material do fio de ligação.
• Ligação a três fios: Esse é o método mais utilizado para as
termorresistências na indústria.
• Ligação a quatro fios: Esse tipo de medição é pouco usada em indústria,
tendo sua maior aplicação em laboratórios e sendo usado em sensores
padrões.
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• São mais caros do que os outros sensores utilizados nesta mesma faixa;
• Baixo alcance de medição (máx. 630ºC);
• Deterioram-se com mais facilidade, caso ultrapasse a temperatura máxima de
utilização;
• É necessário todo bulbo estar com a temperatura estabilizada para a correta
indicação;
• Possui um tempo de resposta elevado;
• Mais frágil mecanicamente;
• Autoaquecimento que exige instrumentação sofisticada.
Exatidão
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A medição de temperatura também pode ser feita pela obtenção de uma força
eletromotriz gerada quando dois metais de natureza diferente têm suas
extremidades unidas e submetidas a temperaturas distintas. Isso ocorre devido aos
metais distintos possuírem densidades de elétrons livres específicos e quando
unidos em suas extremidades provocarem migração desses elétrons do lado de
maior densidade para o de menor densidade, ocasionando uma diferença de
potencial entre os dois fios metálicos. Essa diferença de potencial não depende nem
da área de contato e nem de sua forma, mas sim da diferença de temperatura entre
as extremidades denominadas junção quente e fria. Esses sensores são chamados
de termopares.
Construção de Termopares
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• Termopares Básicos
• Termopares Nobres
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Faixa de
Tipo Metais usados Aplicações
temperatura
• Criometria (baixas
temperaturas)
• Indústrias de
T 99% Cobre, Constantan -184 a 370⁰C Refrigeração
• Pesquisas Agronômicas
• Químicas e
Petroquímica
• Centrais de Energia
• Metalúrgia
J 99,5% Ferro, Constantan 0 a 760⁰C
• Química
• Petroquímica
• Química
E Cromo, Constantan 0 a 870⁰C
• Petroquímica
• Metalúrgicas
• Siderúrgicas
• Fundição
K Cromo, Alumel 0 a 1260⁰C
• Usina de cimento e Cal
• Vidros
• Cerâmica
N Nicrosil, Nisil -270 a 1300⁰C • Evolução do tipo K
• Siderúrgica
• Fundição
• Metalúrgica
90% Platina, 10% Rhodio
S 0 a 1480⁰C • Usina de cimento
100% Platina
• Cerâmica
• Vidro
• Pesquisa Científica
87% Platina, 13% Rhodio
R 0 a 1480⁰C • Mesma do tipo S
100% Platina
• Vidro
70% Platina, 30% Rhodio • Siderúrgica
B 0 a 1705⁰C
94% Platina, 6% Rhodio • Alta temperatura em
geral
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Exercício:
b) b)210K para ºc
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11 NÍVEL
Nível é a altura do conteúdo de um reservatório. O conteúdo pode ser líquido
ou sólido. Através da determinação de nível de um reservatório temos condições:
• Direta
o Régua ou Gabarito
o Visores de nível
o Boia ou flutuador
• Indireta
o Medição de nível por Pressão
o Medidor de nível tipo Borbulhador
o Medição de nível por Empuxo
o Medição de nível por Radiação
o Medição de nível Capacitivo
o Medidor de nível por Ultra Som
o Medidor de nível por Radar
o Medição de nível descontínua por condutividade
o Medição de Nível descontínua por bóia
Medição Direta
Régua ou Gabarito
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Visores de Nível
Medição Indireta
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Exercícios
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Instalação e Operação de Sistema a Gás Combustível - Instrumentação Aplicada
12 VAZÃO
Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito
importante efetuar a medição e o controle de fluxo de líquidos, gases e até sólidos
granulados, não só para fins contábeis, como também para a verificação do
rendimento do processo. Assim, estão disponíveis no mercado diversas tecnologias
de medição de vazão cada uma tendo sua aplicação mais adequada conforme as
condições impostas pelo processo.
• Vazão em volume;
• Vazão em massa;
• Vazão em peso.
onde:
Q é a vazão volumétrica do fluido;
V é o volume do fluido;
T é o tempo.
onde:
m é a massa;
T é o tempo
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Unidades de Vazão
Sendo que:
GPM: galão por minuto
IGPM: galão imperial por minuto
SCFM: pés cúbicos “standart por minuto”
As unidades de vazão mássicas mais usadas são: Utm/s, Kg/min, Kg/s, g/s,
etc.
Sendo que:
Utm (unidade técnica de massa) = 9,8 Kg
1 libra = 0,4536 Kg
1 Kg = 2,2046 libras.
- Tubo Pilot
- Tubo de Venturi
I – Perda de Carga Variável - Tubo de Dall
( área constante) - Annubar
• Medidores
Indiretos - Placa de Orifício
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- Disco Nutante
- Pistão flutuante
I – Deslocamento Positivo - Rodas Ovais
Do Fluido - Diafragma
• Medidores
Diretos
- Eletromagnetismo
- Vortex
• Especiais - Ultra-sônico
- Calhas Parshal
- Coriollis
Princípio de Funcionamento
Quando um fluido (líquido ou gás) passa por uma tubulação contendo uma
“Restrição” à passagem do mesmo, ocorre uma perda de carga (diminuição de
pressão).
Exemplo:
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Placa de Orifício
Tipos de Orifícios
Orifício Concêntrico
Esse tipo de placa de orifício é utilizado para líquido, gases e vapor que não
contenham sólidos em suspensão. Podemos ver sua representação a seguir:
A face de entrada deverá ser polida. O ângulo de entrada do orifício deverá
ser de 90° com aresta viva e totalmente isenta de rebarbas e imperfeições.
Observação:
Em fluidos líquidos com possibilidade de vaporização, a placa deve ter um
orifício na parte superior para permitir o arraste do vapor. Em fluidos gasosos com
possibilidade deformação de condensado, o furo deve ser feito na parte inferior para
permitir o dreno.
Orifício Excêntrico
Orifício Segmental
Esse tipo de placa de orifício tem a abertura para passagem do fluido disposta
em forma de segmentos de círculo.
A placa de orifício segmental é destinada para uso em fluidos em regime
laminar e com alta percentagem de sólidos em suspensão.
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Exercícios
a) 10m3 /h → l/h
b) 30 l/h → GPM
c) 2 m3/h → cm3/h
d) 5 c m3/h → m3/s
e) 40Kg/s → lb/h
2) Defina vazão.
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13 VÁLVULAS DE CONTROLE
Uma válvula de controle consiste basicamente de dois conjuntos principais: o
corpo e o atuador.
O corpo é a parte da válvula que executa a ação de controle permitindo maior
ou menor passagem do fluido no seu interior, conforme a necessidade do processo.
O conjunto do corpo divide-se basicamente nos seguintes subconjuntos:
• De deslocamento linear
o Globo convencional
o Globo três vias;
o Globo gaiola;
o Globo angular;
o Diafragma;
o Bipartido;
o Guilhotina.
• De deslocamento rotativo
o Borboleta;
o Esfera;
o Obturador excêntrico.
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Estamos neste item, falando sem dúvida alguma, de uma das válvulas de
controle mais completa e versátil.
A figura mostra várias montagens da denominada válvula globo tipo sede
simples. É fabricada em diâmetros de ½” até 10” e com conexões das
extremidades rosqueadas (até 2”), flangeadas ou soldadas, nas classes de 150,
300, 600, 900 e 1500 lbs.
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Nas figuras seguintes (a) e (b) vemos dois exemplos desse tipo de válvula.
O fluido entra por baixo do anel da sede, passando pelo orifício e pelas janelas da
gaiola.
Apresentando apenas guia na gaiola, trata-se de uma válvula não
balanceada como a globo convencional sede simples, pois a força do líquido
tendendo abrir a válvula não é balanceada e por isso apresenta o mesmo
inconveniente de precisarmos de uma grande força de atuação. Pela figura a
seguir, nota-se também que não sendo uma válvula de corpo reversível com o
deslocamento do obturador de cima para baixo, a válvula fecha, ou seja, desce
para fechar. Se quisermos uma ação desce para abrir teríamos que alterar de
alguma forma o sentido do movimento do obturador. Apresenta um vazamento de
0,01% da sua máxima capacidade de vazão quando totalmente fechada e
conforme a especificação da norma ANSI B16.104 possui um nível de vazamento
classe IV.
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Nos últimos anos, tem-se notado um substancial aumento no uso das válvulas
denominadas de rotativas. Basicamente, esses tipos de válvulas apresentam
vantagens e desvantagens. Nas vantagens podemos considerar baixo peso em
relação aos outros tipos de válvulas, desenho simples, capacidade relativa maior de
fluxo, custo inicial mais baixo etc. Dentre as vantagens, citamos a limitação em
diâmetro inferiores a 1” ou 2” e quedas de pressão limitadas principalmente em
grandes diâmetros.
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• mau contato;
• desgastes dos contatos;
• necessidade de instalação de inúmeros relés, execução de fiação entre
os inúmeros terminais de contatos e de bobinas;
• complexidade na introdução de alteração na sequência;
• necessidade de manutenções periódicas.
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Computator CLP
Sinais de alta tensão
proveniente de:
Sinais de baixa tensão
• Chave de pressão (push
introduzidos através de:
Button SW)
Entradas • Leitor de cartões
• Chave seletora (select
• Leitor de fita magnética
SW)
• Teclado
• Chave limitadora (limit
SW)
Saídas de baixa tensão que Sinais de alta tensão que
aciona os equipamentos aciona os equipamentos de
específicos como: controle como:
Saídas
• Impressora • Motor
• Monitor de TV • Relé eletromagnético
• Perfurador de cartão • Solenóide
Locais de Escritórios e salas Proximidades das máquinas
instalação climatizadas nas estações de trabalho
Estrutura Para sinais de baixa tensão e Para sinais de alta tensão e
construtiva corrente corrente
Objetivo Processamento de dados Operação das máquinas
Pessoal não especializado
Especialistas como como operadores de
Usuário
programadores e operadores máquinas e encarregados
dos locais de trabalho
Linguagem próxima à
Linguagem de Linguagem especifica do seqüência de controle
programação computador constante do circuito de relés,
diagrama de tempos e outros
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CPU LC700
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REFERÊNCIAS
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FOLHA DE CRÉDITOS
SENAI-SE
Diagramação
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