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INTEGRAIS DUPLAS – TÓPICO 4

Cálculo de Volumes
por
Integrais Duplas
RESULTADO
Se 𝑓 é uma função contínua e
não-negativa, definida para (𝑥, 𝑦)
em uma região fechada, limitada
e conexa D ⊂ ℝ 2 , 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦)
corresponde, graficamente, a uma
superfície situada acima de D.
Supondo que a fronteira de D seja
erguida até a superfície S e,
assim, passe a constituir a(s)
face(s) lateral(is) do sólido ℒ
limitado superiormente por S e
inferiormente por D, então

Volume (ℒ) = ඵ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 .


𝐷
EXEMPLOS
1) Vamos calcular o volume do
sólido do primeiro octante,
delimitado pelos três planos
coordenados e pelo plano de
equação 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1.

O sólido descrito no enunciado


é limitado superiormente pela
plano 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1 , ou seja,
𝑧 = 𝑓 𝑥, 𝑦 = 1 − 𝑥 − 𝑦, e a
região D que o delimita
inferiormente possui fronteira
constituída pelas retas 𝑥 = 0,
𝑦 = 0 e 𝑥 + 𝑦 = 1.
Temos, portanto,

1 1−𝑥 1 1−𝑥 1−𝑥


Volume(ℒ) = ඵ 1 − 𝑥 − 𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 = න( න 1 − 𝑥 − 𝑦 𝑑𝑦) 𝑑𝑥 = න[(1 − 𝑥) න 𝑑𝑦 − න 𝑦 𝑑𝑦] 𝑑𝑥
𝐷 0 0 0 0 0

1
2
2
1−𝑥
= න 1−𝑥 − 𝑑𝑥
2
0

1
(1 − 𝑥)2
= න 𝑑𝑥
2
0

1
1 1 .
= න 1 − 2𝑥 + 𝑥 2 𝑑𝑥 =
2 6
0
2) Calculemos, agora, o volume do sólido do primeiro octante, delimitado pelos planos 𝑥 = 0, 𝑧 = 0,
𝑦 = 𝑥 e pelo cilindro parabólico 𝑧 = 1 − 𝑦 2 .
A análise das figuras apresentadas na página anterior nos leva a concluir que

1 1 1
2 2
1 𝑥3
Volume(ℒ) = ඵ 1 − 𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 = න(න 1 − 𝑦 𝑑𝑦) 𝑑𝑥 = න 1 − 𝑥 − − 𝑑𝑥
3 3
𝐷 0 𝑥 0

1
𝑥3 2 1
= න −𝑥+ 𝑑𝑥 = .
3 3 4
0

3) Para concluir, vamos determinar o volume do cilindro 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4, limitado inferiormente pelo


plano 𝑧 = 0 e superiormente pelo plano 𝑦 + 𝑧 = 4.

Fazendo uso da mudança para coordenadas polares, vemos que


2𝜋 2

Volume(ℒ) = ඵ 4 − 𝑦 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ඵ 4 − 𝑟𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜃 = න (න 4𝑟 − 𝑟 2 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝑟) 𝑑𝜃


𝐷 𝐷 0 0
2𝜋 2
𝑟2 𝑟3
= න 4 − 𝑠𝑒𝑛𝜃 อ 𝑑𝜃
2 3
0 0

2𝜋
8
= න 8 − 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 = 16𝜋 .
3
0

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