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PRINCÍPIOS PARA A REABILITAÇÃO

AQUÁTICA NAS DISFUNÇÕES


MUSCULOESQUELÉTICAS

Profa. Maria Solange Magnani


PACIENTES
• Limitações ou restrições de sustentação de peso

• Uso progressivo da imersão a pequenas profundidades


(avançar na sustentação de peso)

• ERP – ADM total + uso de turbulência

• Padrões de movimento auxiliados em bipedestação (auxílio


nos movimentos dolorosos)

• Variedade de direções
BENEFÍCIOS
• Aumento da mobilidade
• Nutrição articular
• Controle muscular e resistência.
INDICAÇÕES

Dor e espasmo
• Calor relaxará os músculos por meio do início de uma
vasodilatação periférica

• Flutuabilidade diminuirá a carga sobre as articulações


sustentadoras, auxiliando na diminuição da dor

• Sistema nervoso simpático é suprimido pela imersão e,


consequentemente diminuirá a percepção da dor

OBS: Há a necessidade de imersão completa.


Edema
• Pressão hidrostática – diferença no gradiente de pressão na
posição vertical precipitará um movimento dos fluidos corporais da
região distal para a proximal - uma reação diurética ocorrerá
durante a imersão em decorrência da expansão do volume central
que suprimirá o hormônio antidiurético.

OBS: Combinação de pressão hidrostática e exercícios apropriados


aumentarão a circulação e, redução do edema.
Amplitude diminuída de movimento:
• Dor
• Edema
• Rigidez

Atenuados pelo calor da água - vasodilatação e aumento da


temperatura da pele.
Flutuação auxilia o movimento das articulações rígidas.
Fraqueza muscular: necessário alterar a posição do paciente
para uma posição de resistência a flutuabilidade.
Equilíbrio deficitário: repouso ou imobilização prolongada,
sem sustentação de peso, altera os mecanorreceptores
(proprioceptores), alterando o equilíbrio.

OBS: A água proporciona períodos maiores de reação antes que


percam o equilíbrio.
OBJETIVOS FINAIS

• Funcional para vida diária

• Trabalho

• Esportes.
ÁGUA
• Flutuação (utilizada na facilitação, assistência e resistência do
movimento) + relaxamento = aumento de ADM (efeito desejado
sobre movimento).

• Diferença da mobilidade do solo.

• Presença de dor (fator negativo) na terapia.

• Presença de dor após terapia.

• Direção do movimento desejado.

• Uso de flutuadores.
• MOVIMENTOS DE AMPLITUDE: auxiliados pela
flutuação na posição ereta com ou sem aparelho de flutuação.
POSIÇÃO ERETA
• Quadril: flexão, extensão, abdução, rotação interna e rotação externa

• Joelho: flexão, extensão

• Tornozelo: dorsiflexão e plantiflexão

• Ombro: flexão, extensão, abdução

• Cotovelo: flexão

• Punho: flexão, extensão

• Antebraço: supinação
• MOVIMENTOS DE AMPLITUDE: apoiados (assistidos)
pela flutuação (com ou sem aparelhos de flutuação).
DECÚBITO LATERAL

• Quadril: flexão, extensão.

• Joelho: flexão, extensão.

• Tornozelo: dorsiflexão, plantiflexão.

• Ombro: flexão, extensão.

• Cotovelo: flexão, extensão.

• Punho: flexão, extensão.


DECÚBITO SUPINO
• Quadril: abdução, adução, rotação interna, rotação externa.

• Tornozelo: inversão, eversão.

• Ombro: abdução, adução, rotação interna, rotação externa.

• Antebraço: pronação, supinação.


MAXIMIZAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
PRINCÍPIOS DA ERP
• Solo: peso corporal + ação gravitacional.

• Água: flutuação + turbulência, influenciada pela área de


superfície, velocidade do movimento e pelo arrasto.

• Exercícios: calistenia, fortalecimento com ERP e controle motor,


atividades de cadeia cinética fechada e aberta, treinamento de
marcha e atividades funcionais adaptáveis à água; sustentação
reduzida de peso a ser considerada.

• Indicações: exercício resistivo em terra contra-indicado.


• Estratégias: aumento de séries ou repetições; acréscimo de
equipamentos; aumento da velocidade do exercício; mudança de
posição do paciente; alteração na profundidade de imersão.

• Incapacidade para produzir torque: dor, problemas musculares,


lesão neurológica, compressão de tecido inerte, fatores
psicológicos.

• Resistência muscular: trotar, bater os pés verticalmente para MMII.

• Exercícios assistidos por flutuação


• Fortalecimento para MMSS: incluir ações musculares isoladas
específicas para padrões funcionais de movimento, podem ser
precocemente introduzidos em virtude da sustentação da água:
marcha para frente, trás, lateral, cruzada. Adição de equipamentos
(pás, luvas, pesos e flutuadores).

OBS: acompanhar o paciente assegura que os exercícios estejam


sendo feitos apropriadamente, sem substituição de determinados
músculos ou compensações de um movimento por outro.
ORIENTAÇÕES PARA PROGRESSÃO

• Sustentação de peso – diminuição da profundidade + velocidade.


• Impactos – movimentos rápidos e energéticos com alteração na
direção do movimento com velocidade e força – salto curto +fácil
com imersão em C7.
• Comprimento de alavanca - quanto maior a alavanca maior a
resistência.
• Turbulência: criada pelo membro em movimento, pelo paciente
ou fisioterapeuta. Usada para criar resistência por meio de
trabalho contra a turbulência.

• OBS: Progressão descrita para ser utilizada individualmente.


DISFUNÇÕES DE TECIDOS MOLES:
• Fibrose
• Encurtamento muscular,
• Fraqueza muscular,
• Imobilização auto-imposta,
• Hipomobilidade,
• Instabilidade articular,
• Alterações proprioceptivas,
• Edema
• Alterações funcionais.
PLANO DE TRATAMENTO

• Avaliações completas terrestre, determinando metas e


objetivos específicos.

• Avaliação aquática: forma, densidade, equilíbrio na imersão.

• Contra-indicações.

• Tempo de terapia: 20 a 45 minutos.


Estágios de tratamento:

• Aquecimento: exercícios de amplitude geral de movimento


para membros afetados.

• Alongamentos: específicos para regiões afetadas.

• Fortalecimento: específico à doença.


• Atividades funcionais: tentar na água atividades que o
paciente não realize no solo.

• Resfriamento: exercícios de amplitude de movimentos.

• Relaxamento: realizado pelo paciente ou fisioterapeuta. Há a


necessidade do paciente estar em posição completamente
relaxada e imersa, para beneficiar-se do calor e flutuabilidade.
CONCLUSÃO

• A reabilitação aquática fornece oportunidade para treinar em


ambiente com gravidade minimizada, enquanto imerso em
um meio que oferece resistência.

• O movimento pode ser resistivo se forem proporcionadas


área de superfície e velocidade de movimento adequados.

• O movimento pode ser facilitado, assistido ou resistido por


flutuação.

• A escolha de exercício específico é baseada na lesão ou


doença, na avaliação física e nos objetivos do paciente.
• Os exercícios devem ser coordenados com o programa
terrestre e progredir simultaneamente.

• Sustentação de peso, resistência, repetições e complexidade


do padrão de movimento podem ser aumentados facilmente
na piscina.

• A piscina fornece um ambiente rico para técnicas de


reabilitação primária e serve como complemento para um
programa de exercícios em terra.
Fim

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