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FISIOTERAPIA AQUÁTICA

PROF. LEANDRO REGINATO DE OLIVEIRA GALVÃO

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,
“A partir do momento em que o fisioterapeuta
e o paciente entram na piscina, deve acontecer
um “ajuste mental”, ou seja, deste momento
em diante devemos lembrar que no ambiente
aquático existem outras forças agindo no
nosso corpo e do paciente”
“A imersão promove uma experiência única e
permite uma ampliação de conhecimentos das
habilidades, tanto física e mental, quanto
psicológicas, em qualquer indivíduo (pediátrico,
adulto, idoso).”

(Fornazari, Lorena Pohl)


“FISIOTERAPIA AQUÁTICA FUNCIONAL é a
terapia de reabilitação física que se utiliza de
exercícios, manuseios e técnicas específicas
fundamentalmente associadas às propriedades do
meio líquido, com o objetivo de promover
ganhos específicos que possam ser
transferidos para o solo e, portanto, traduzidos
em ganhos aplicáveis à vida diária de cada
paciente”

(SILVA, BRANCO, 2011)


VANTAGENS DOS PROGRAMAS DE FISIOTERAPIA
AQUÁTICA EM NEUROLOGIA

  espasticidade
  quadro álgico
 Equilíbrio e estabilidade
 Liberdade de movimentos
 Independência / função
  sobrecarga articular
 Melhora do
condicionamento físico e
cardiovascular
 Socialização
 Bem estar físico e mental
VANTAGENS
• Adesão ao tratamento

• Trabalho em grupo

• Socialização

• Facilitação dos movimentos

• Efeito analgésico

• Relaxamento muscular

• Redução da sobrecarga articular

• Baixo risco de lesões


musculoesqueléticas
DESVANTAGENS

• Alto custo da infraestrutura


e manutenção
• Dificuldade na fixação e no
posicionamento
• Adaptação ao meio líquido
(hidrofobia)
• Incontinências
• PO imediato
HIDROSTÁTICA E HIDRODINÂMICA

Hidrostática: área da física que estuda os fluídos


em REPOUSO.

Hidrodinâmica: área da física que estuda os


fluídos em MOVIMENTO.
• HIDROSTÁTICA : estudo da água em repouso

• Empuxo ou flutuação

• Densidade relativa

• Pressão hidrostática

• Tensão superficial

• Refração

• TERMODINÂMICA: troca de calor entre dois corpos

• Temperatura (termodinâmica)

• HIDRODINÂMICA: estudo da água em movimento

• Turbulência
PRESSÃO HIDROSTÁTICA (Lei de Pascal)

É a pressão exercida, tridimensionalmente, sobre objetos ou


corpos em imersão. Esta pressão aumenta à proporção que a
profundidade aumenta.

Importância clínica:

• Aumento do retorno venoso e linfático (redução de edema)

• Melhora a estabilidade e suporte do paciente (apoio


tridimensional)
Aplicabilidade

Redução de edema de MMII (associado com exercícios


metabólicos)

Auxilio para o treino de marcha (suporte)

Negativo:

Tomar cuidado com edema de MMII (deslocamento de trombo)

OBS: Paciente com edema de MMII indefinidos, é contra


indicada a hidroterapia.
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EMPUXO – Princípio de Arquimedes

Diminui a sobrecarga articular


EMPUXO (Princípio de Arquimedes)

O princípio de Arquimedes (282-212 a.C.) define que todo corpo


parcial ou totalmente imerso em um fluido sofre uma força igual
ao peso do volume de líquido deslocado por esse fluido, com
sentido contrário à força gravitacional da Terra

• É uma força realizada de baixo para cima, em um corpo em


imersão. Esta força é igual ao peso do líquido deslocada.

• Também pode ser chamada FLUTUAÇÃO


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EMPUXO

Importância clínica
• Redução do peso suporte (redução da sobrecarga articular)
• Ausência relativa de peso
• Promove descarga de peso “controlada”
• Realização de movimentos com maior facilidade/liberdade
Aplicabilidade
• Pós operatório de MMII (artroplastia, ligamentos, fraturas)
• Atividade em flutuação (relaxamento, Bad Ragaz, Halliwich)
• Facilita o treino de marcha (cadeirantes e dependentes)
Negativos
• Gera instabilidade no paciente, devido á redução do peso suporte
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REDUÇÃO DA SOBRECARGA ARTICULAR
(PORCENTAGEM DO PESO REAL)
TURBULÊNCIA

É um termo utilizado para descrever os redemoinhos que


acompanham os objetos em deslocamento pela água

Esta relacionado com movimento e velocidade (causa um fluxo


turbulento).

Importância clínica

Facilitação do movimento (vácuo)

Dificuldade no movimento
FLUXO LAMINAR E FLUXO TURBULENTO
TURBULÊNCIA

Aplicabilidade

• Treino de marcha

• Propriocepção

• Treino de equilíbrio

Negativos:

• Pode causar queda do paciente

• Dificuldade na marcha ou movimentos


VISCOSIDADE

Resistência da H2O é 800 X maior que a do ar


VISCOSIDADE
• É a atração que ocorre entre as moléculas de um líquido,
resultando em resistência ao fluxo e ao movimento.

• A fricção da pele na água é em torno de 760 vezes maior que no


ar.

• O aumento da resistência é proporcional à velocidade do


movimento e a área de contato com o líquido.

• Quando um objeto move-se em relação à um líquido é chamado


FORÇA DE ARRASTO 22
VISCOSIDADE

Importância clínica

• A viscosidade cria resistência em todas as direções de


movimento (movimento tridimensional)

• Promove fortalecimento muscular (depende da velocidade)

• Aumentando a superfície do membro, aumenta-se a


resistência.

• Promove feedback proprioceptivo

• Promove sensibilidade tátil


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DENSIDADE RELATIVA

• “Se a densidade do corpo for menor que a densidade


do fluído, o corpo flutuará, caso contrário ele afundará”

• “Quanto menor a densidade do corpo, mais facilmente


ele flutuará”

• D = M (g/cm3)
V
DENSIDADE RELATIVA

Importância clínica
• Flutuabilidade do paciente

Ar 0,00125
Aplicabilidade
• Atividades em flutuação Músculo 1,158
• Relaxamento
Osso 1.383
• Associada com o empuxo
Gordura 0,973

Negativos:
• Causa instabilidade
• Perda de equilíbrio
Por que é mais fácil flutuar em água salgada que doce?

Quanto maior a densidade, maior o empuxo

• Água doce (D = 1 g/cm3)

• Água salgada (D = 1,03 g/cm3) ≠ 3%

• Mar Morto (D = 1,35 g/cm3) ≠ 30%


TEMPERATURA

Importância clínica

Promover relaxamento muscular

Reduzir quadro álgico

Reduzir espasticidade (neurológicos)

Promover conforto.
Atividade aeróbia intensa 24 – 26

Atividade aeróbia moderada 27 – 29


Negativos:
Relaxamento muscular 32 – 34
Pode causar hipotensão Espasticidade 34 – 36

Pode causar fadiga


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TEMPERATURA

“Quanto maior a temperatura, menor será a


intensidade dos exercícios”

“Quanto menor a temperatura, o tempo de


aquecimento deverá ser prolongado e as
atividades mais dinâmicas”
METACENTRO

Definição: Equilíbrio na água provocado por duas forças opostas em


EQUILÍBRIO

Forças: Gravidade e flutuabilidade

•Forças iguais e opostas: corpo em equilíbrio (sem movimento)

•Forças diferentes, desalinhadas, mas opostas: corpo em movimento


(rotacional)

•Se uma parte do corpo for colocada para fora da superfície da água, o
equílibrio estaria perturbado, à medida que as forças de gravidade e
flutuação estariam diferentes.

CENTRO DE GRAVIDADE: SACRO E UMBIGO


CENTRO DE FLUTUABILIDADE: NO MEIO DO TÓRAX 30
CENTROS DE GRAVIDADE E FLUTUABILIDADE

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METACENTRO

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Como podemos aplicar as
propriedades físicas da água para
aumentar gradualmente a
resistência ao movimento?
Continuum de Progressão
• Equipamentos de resistência + alavancas longas
+ velocidade

• Alavancas longas + velocidade

• Alavancas longas + baixa velocidade

• Alavancas curtas + velocidade

• Alavancas curtas + baixa velocidade

(KOURY, 2000)
Efeitos Fisiológicos da Imersão

• Temperatura
• Profundidade
• Duração da terapia
• Tipo e intensidade do exercício
• Condição de saúde do paciente
• Postura
Modificações no Sistema Termorregulador
Imersão em água aquecida

HIPOTÁLAMO

Controle da temperatura
corporal

0,01oC

Exercício Físico Aquático  Atividade das glândulas


sudoríparas e sebáceas

 Aquecimento central

Ineficiência no resfriamento
corporal
Orientações de temperaturas para
fisioterapia aquática em neurologia

•  25ºC • desconfortáveis, podendo


causar vasoconstrição e
 PA,  espasticidade
•  34ºC • desconfortáveis, podendo
causar fadiga e náusea
• 26ºC à 30ºC • indicada para programas
de exercícios de
condicionamento físico e
cardiovascular
• 32º à 34°C • Indicada para exercícios
passivos e relaxamento,
 espasticidade

(RUOTI et al, 2000; SACCHELLI et al, 2007)


Modificações Hemodinâmicas Durante Imersão
Imersão

 Retorno Venoso

Hipervolemia Central

 Volume Atrial

 Débito Cardíaco

Água Tépida  Frequência Cardíaca

 Resistência Vascular


Periférica

 Pressão Arterial

(ARCA et al., 2012)


Modificações Sistema Respiratório

Hipervolemia Central

 Preenchimento dos vasos


pulmonares

 pressão do tórax

 Circunferência torácica  Compressão abdominal

 Resistência vias aéreas  Altura do diafragma

 Trabalho respiratório 60%  Volume pulmonar


Modificações Renais e Hormonais Durante Imersão
Imersão

 Retorno Venoso

Hipervolemia Central

 Volume Atrial

Modificações Hormonais Modificações Renais

 PNA Diurese

 Renina  ADH  Potassiurese

 Angiotensina e aldosterona  Natriurese


IMERSÃO – PACIENTES NEUROLÓGICOS

TÔNUS

• Provocada por inibição dos mecanorreceptores;


• Facilidade de movimento ;
• Aumento do estímulo tátil (pele), provoca desorganização dos
impulsos aferentes;
• Aumento da circulação sanguínea (promove relaxamento);
• Alteração no sistema vestibular (balanço da água)
IMERSÃO – PACIENTES NEUROLÓGICOS

MUSCULOESQUELÉTICO

• Relaxamento muscular;
• Aumento da amplitude de movimento;
• Redução da sensação de dor (alongamento);
• Reaprender movimentos
IMERSÃO – PACIENTES NEUROLÓGICOS

EQUILÍBRIO

• Suporte provocado pelo pressão hidrostática;


• Estímulo do sistema vestibular;
• Liberdade de movimento (treino de tronco);
• Reaprender movimentos;
• Facilidade na marcha
TERAPIA MANUAL

É uma área da fisioterapia onde o fisioterapeuta avalia o paciente


como um todo, detectando disfunções, anormalidades dos
movimentos e testando tecidos estruturais. Para isso, utiliza-se de
profundos conhecimentos fisiológicos, anotômicos e biomecânicos.

Mobilização articular refere-se à técnicas de fisioterapia manual


usadas para modular a dor e tratar disfunções articulares que limitam
a amplitude de movimento, abordando especificamente a mecânica
da articulação que está alterada.

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TÉCNICAS

• Tração/decoaptação;
• Liberação de fáscia;
• Stretching;
• Mobilização articular de baixa amplitude;
• Liberação de pontos gatilhos (trigger);
• Mobilização neural
TIPOS DE LESÕES

TRAUMÁTICA SOBRECARGA

diretas; secundárias;
trauma; espasmo;
queda, impacto; hipomobilidade articular;
alterações estruturais. desequilíbrios biomecânicos;
lesão oculta;
relação meio ambiente
LESÕES DE SOBRECARGA

• Desequilíbrio antagonista e agonista;


• Hipomobilidade - hipermobilidade reacional;
• Lesão somática (biomecânica);
• Trás implícita lesão tecidual (degeneração);
• Tratamento através da biomecânica.

Estrutura governa a função


Função determina a qualidade da estrutura
Conceitos

• Disfunção somática/lesão osteopática

É uma restrição da mobilidade da articulação, devido à


ausência de mobilidade de um tecido conjuntivo.

São lesões fisiológicas, pois se tratam de uma


limitação do movimento de um segmento ósseo, e se
relacionam com outros tecidos ou órgãos.

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DISFUNÇÃO SOMÁTICA
TIPOS DE MOVIMENTOS

Movimentos fisiológicos - Gestos

Tipo Movimentos componentes

Movimentos acessórios

Movimentos intra-articulares

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Tipos de movimentos

• Fisiológico: são movimentos que o paciente pode fazer voluntariamente.


São os movimentos OSTEOCINEMÁTICOS: Flexão, extensão, adução,
abdução, rotações.

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• Acessórios: são os movimentos intra-articulares e tecidos adjacentes
necessários para uma ADM normal, mas não são realizados ativamente pelo
paciente (ARTROCINEMÁTICOS):
• Componentes: acompanham os movimentos ativos, mas sem controle
voluntário (escápula) – sinergista;

• Intra-articulares: movimento que ocorre entre as superfícies


articulares. São necessários para uma perfeita amplitude de movimento.
(deslizamento, rolamento, separação, giros).
ARTROCINEMÁTICA

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GRAUS DE AMPLITUDE INTRA-ARTICULAR

• Grau 1: Pequena amplitude, no início da amplitude de movimento


• Grau 2: Grande amplitude, no meio da amplitude de movimento, não
atingindo o limite.
• Grau 3: Grande amplitude, no limite da amplitude existente.
• Grau 4: Pequena amplitude, no limite da amplitude existente, forçada na
resistência.
• Grau 5: Pequena amplitude, além do limite da resistência.

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HIPOMOBILIDADE ARTICULAR

• Bloqueios artrocinemáticos;
• Causados por espasmos dos músculos intrínsecos ou
estruturas periarticulares;
• Causam hipermobilidade reacional (sobrecarga);

• Consequência: hipermobilidade reacional,


artrose,
hérnia de disco,
lesões tecidos moles (tendinite),
DOR.
Hipermobilidade X Hipomobilidade

• Movimento excessivo; • Fixação articular;


• Consequência da • Lesão oculta;
hipomobilidade; • Assintomática;
• Compensação; • Gera hipermobilidade
• Sintomática; reacional;
• Desordem articular; • Causada por espasmos;
• Causa de lesões
articulares (artrose);
MOBILIZAÇÃO X MANIPULAÇÃO

• MOBILIZAÇÃO: utiliza movimentos repetitivos, oscilatórios, de


alavanca longa, baixa velocidade e alta amplitude passiva.
A articulação é movida de modo rítmico dentro da amplitude normal de
movimentos ou em seu limite.

• MANIPULAÇÃO: é uma técnica de movimentação passiva de alta


velocidade, de alavanca curta, curta duração e pequena amplitude.
É quando a articulação é movida com um movimento súbito ou uma
compressão além da amplitude normal.

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HIPOMOBILIDADE x HIPERMOBILIDADE

• Hipomobilidade articular: perda ou redução dos movimentos


acessórios das articulações. Podem ocorrer por espamos muscular,
retração capsular, redução do volume do líquido sinovial. Apresenta dor
á palpação.

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• Hipermobilidade: Aumento dos movimentos intra-articulares.
Reacional e compensatória à hipomobilidade. Apresenta dor ao
movimento.
HIPOMOBILIDADE HIPERMOBILIDADE

Redução do jogo articular Aumento do jogo articular

Presença de cordões miálgicos Ausência de cordões miálgicos

Teste do mobilidade positivo Teste de mobilidade negativo

Espasmos e hipertonias Hipotonia seguida de flacidez


• A Fáscia é o elemento de unificação do corpo.

• É o único tecido que está presente por todo o corpo,


envolvendo de uma única célula, a tecidos e órgãos

• CONTINUIDADE

• É rede de conexões tensionais e bioquímicas, cria uma


arquitetura tecidual que organiza e direciona a força muscular,
bem como regenera tecidos e mantem o corpo em estado de
fluidez
A FÁSCIA
• FÁSCIA SUPERFICIAL: trata-se da camada mais externa, em contato direto
com a pele e permite sua movimentação em várias direções. É na fáscia
superficial onde se acumulam fluidos e metabólitos, que podem causar
alterações de textura notáveis à palpação. Esta contém tecido adiposo, vasos
sanguíneos e linfáticos e tecidos nervosos, dos quais se destacam os
receptores da pele

• FÁSCIA PROFUNDA: essa é a camada que envolve e separa os músculos. É


uma das estruturas responsáveis para a função e contorno corporal. É a
camada que compartimenta o corpo. A sua malha é firme e compacta, com
alguma rigidez.

• FÁSCIA SUB-SEROSA: essa fáscia reveste os órgãos viscerais internos. É


constituída por tecido conjuntivo de malha laxa de fibras entrelaçadas e
possui numerosos canais circulatórios que lubrificam as superfícies das
vísceras internas.
• OBJETIVOS DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL

• Melhorar a circulação sanguínea;

• Reduzir aderências;

• Melhorar a flexibilidade;

• Reduzir gasto energético;

• Reduzir quadro álgico.


INTERRUPÇÃO DO CICLO DA DOR
AVALIAÇÃO NO SOLO
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO

• Obter informações (objetivas e subjetivas) relativas


ao cliente (aspectos físicos, cognitivos e
comportamentais).

• Coletar informações prévias a imersão, que irão


contribuir na avaliação aquática e no plano de
intervenção ou programa de exercicíos aquáticos.
Avaliação

• Anamnse;

• Teste de mobilidade global;

• Dor no início do movimento: lesão estruturas contráteis;

• Dor no final do movimento: lesão estruturas não contráteis;

• Testes específicos (Mitchel, quick scanning, polegar ascendente);

• Palpação (dor, ADM, tônus, assimetrias) DATA

• Palpação: vertebral (hipomobilidades e pontos de dor);

muscular (espasmos, pontos gatilho, aderências);

viceral (espasmos, pontos doloridos);

• Exames articulares (hipomobilidades)

• Cadeia lesional. 66
AVALIAÇÃO (teste de mobilidade global)

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CADEIA LESIONAL
Manifestação clínica dos tecidos

•Dor articular: dor localizada, aumenta com o movimento

•Dor discal: dor aguda, se manisfesta principalmente quando o corpo


está sobre pressão da gravidade.

•Dor miofascial: dor ao longo do tecido acometido em forma de


“repuxe”, palpação (ponto gatilho), espasmo (aumento do tônus)

•Dor neural: dor irradiada ao longo do trajeto nervoso, em forma de


queimação ou parestesia.
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CONTRAINDICAÇÕES GERAIS

 Lesões Cutâneas  Coronariopatias instáveis com


 Escara crises de angina
 Micose  Insuficiência cardíaca sem
 Infecção urinária acompanhamento médico
 Conjuntivite  HAS estágio III
 Insuficiência respiratória grave  Hipotensão arterial
 Otite  Incontinência fecal e/ou urinária
 Gripe e febre  Sensibilidade ao cloro
 Câncer (pele e/ou mucosa)  Epilepsia
 Queimaduras graves  Perfuração timpânica
 Hidrofobia  Estado geral muito debilitado

(FIORELLI; ARCA , 2002)


AVALIAÇÃO AQUÁTICA
OBJETIVOS

• Verificar o comportamento do paciente no meio


líquido.

• Analisar a adaptação do paciente no ambiente


aquático.

• Avaliar o controle da respiração.


PLANO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA
EM NEUROLOGIA
METAS
Curto Prazo

Objetivos imediatos
Médio Prazo

Objetivos
intermediários
Longo Prazo

Objetivos tardios
OBJETIVOS CONDUTA

• Reduzir tônus muscular • Relaxamento (temperatura),


atividades em flutuação
(inibição proprioceptores)

• Melhorar equilíbrio e marcha • Halliwick, treino de marcha


(pressão hidrostática, empuxo,
turbulência)
• Manter ou ganhar mobilidade • Exercícios de mobilizações e
articular alongamentos
• Melhorar controle de tronco • Halliwick - rotações

• Aliviar as dores •Manipulações aquáticas e


musculoesqueléticas técnicas de relaxamento em
flutuação
•Watsu
Contra indicações e Cuidados

• Incontinência urinária e intestinal;

• Hipertensão não controlada;

• Ferimentos (idoso);

• Doença infecciosa;

• Convulsão;

• Insulficiência respiratória

• Labirintite
Orientações Gerais para o Programa de
Exercícios Aquáticos em Neurologia

• Adequar a temperatura da água


• Monitorar a FC do paciente
• Orientar a ingestão de líquidos (antes e após a hidro)
• Manter acompanhamento médico regularmente
• Verificar a PA (antes e após a hidro)
• Integrar o atendimento aquático com a fisioterapia
no solo
REFERÊNCIAS
BATES A, HANSON N. Exercícios Aquáticos Terapêuticos. São Paulo: Manole, 1998.

BECKER BE, COLE AJ. Terapia Aquática Moderna. São Paulo: Manole, 2000.

CAMPION, M. R. Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo: Manole, 2000.

FIORELLI, A., ARCA E. A. Hidrocinesioterapia: princípios e técnicas terapêuticas. Bauru: EDUSC;


São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2002.

KOURY, J. M. Programa de Fisioterapia Aquática: um guia para a reabilitação ortopédica. São


Paulo: Manole, 2000.

RUOTI, R. G. MORRIS, DM. COLE, AJ. Reabilitação Aquática. São Paulo: Manole, 2000.

SACCHELLI, T., ACCACIO, L. M. P., RADL, A. L. M. Fisioterapia Aquática. São Paulo: Manole, 2007.

GABRIEL, M. R. S., PETIT, J. D., CARRIL, M. L. S. Fisioterapia em traumatologia ortopedia e


reumatologia Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano, 2. ed, São Paulo:
Manole, 2008.

KENDALL, F. P., MCCREARY, E. K., PROVANCE, P.G. Musculos provas e funções 4.ed São Paulo:
Manole

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