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Variedade Temporal do Latim ao

Espanhol da Espanha
Para entender melhor essa variação temporal é preciso conhecer es-
ses dois idiomas primeiramente até a evolução do latim que gerou o espanhol
da Espanha que também tem muitas variações.

O Latim é uma língua morta indo-europeia originada do itálico que era


falada pelos romanos e originou todas as línguas neolatinas como o espanhol
da Espanha.

Atualmente o idioma oficial da Espanha é o castellano (um dialeto do


latim que se desenvolveu na parte central do norte da península Ibérica), tam-
bém conhecido popularmente como espanhol, que diferente do espanhol das
outras regiões demonstra uma diferença entre o Z (com um som parecido do -
th em inglês) e o S (com o mesmo som do S no Brasil).

Com essas informações dá para ter uma noção de que o espa-


nhol/castellano surgiu por influência do latim e através de suas variações que
serão estudadas ao longo do texto.

O quadro vocálico do espanhol é muito simples com apenas 5 (cinco)


fonemas. Não existem no espanhol vogais abertas com distinção fonológica,
embora haja com maior ou menor abertura vocálica. Os fonemas vocálicos
abertos provenientes do latim vulgar ditongaram-se em espanhol:

• Petra > piedra; • Forte > fuerte.

O mesmo quadro vocálico mantém-se em posição átona, pois não há


elevação vocálica nem mesmo em posição final: leche [´letfe], dedo [´dedo]. A
nasalização de vogais tampouco ocorre em espanhol, ao menos com valor fo-
nológico.

Observa-se no espanhol grande número de ditongos IE e UE, da diton-


gação das vogais E e O abertas do latim vulgar: hierro, cielo, diente, rueda,
cuerda, etc. Em espanhol, este ditongo logo se monotongou: tauru > toro; alte-
ru > otro; saltu > soto.
Algumas mudanças que ocorreram do latim para o espanhol foi a reti-
rada do M e o S no final das palavras como por exemplo: ‘advocatus’ virou
‘abogado’; ‘corpus’ virou ‘cuerpo’; ‘delictum’ virou ‘delito’; ‘comodatum’ virou
‘commodat’.

Obs.: O masculino troca UM por O e o feminino troca AM por A.

Nos verbos no infinitivo também tirou o E do final, como verá agora:


‘admitire’ virou ‘admitir’; ‘nutrire’ virou ‘nutrir’; ‘recuperare’ virou ‘recuperar’.

Os dias da semana também mudaram! De segunda a sexta tinha “dies”


antes e foi retirado no castellano além dos finais de cada palavra a não ser na
quinta que em latim é lovis e em espanhol é jueves.

Tendo também a mudança de ter para dre como em madre e padre


que antes eram mater e pater. Também foi notado que o CT foi substituído por
CH, exemplos: facto, hecho; lacte, lecho; nocte, noche; octo, ocho; dicto, dicho.

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