Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dígrafo:
O dígrafo (do grego di, "dois", e grafo, "escrever") ocorre quando duas letras são
usadas para representar um único fonema. Diferentes idiomas contêm diferentes
dígrafos, e, o inglês, em específico, implica neles uma importante carga para o
melhor entendimento da pronúncia de muitas palavras. Vejamos os motivos.
Reformas ortográficas:
Reformas ortográficas são grandes mudanças em um idioma para a uniformização e
padronização do mesmo. O português, por exemplo, teve sua primeira grande
reforma ortográfica em 1911, tentando normatizar e simplificar a escrita da língua
portuguesa, em Portugal.
Até ao início do século XX, tanto em Portugal como no mundo da leitura seguia-se
uma ortografia que, por regra, se baseava nos étimos latino ou grego para escrever
cada palavra — phosphoro (fósforo), lyrio (lírio), orthographia(ortografia), phleugma
(fleuma), exhausto (exausto), estylo (estilo), prompto (pronto), diphthongo (ditongo),
psalmo (salmo), etc.
Esse último item nos é o de maior importância. Note que palavras (especialmente as
proparoxítonas), receberam acentos gráficos para sua pronúncia, o que modifica
sua pronúncia e cadência.
A reforma ortográfica inglesa de 1582
A língua inglesa, como se sabe, não se utiliza de tais acentos gráficos, e isso
também é fruto de uma reforma ortográfica. Richard Mulcaster escreveu, em 1582,
um protótipo de dicionário de como palavras deveriam ser escritas na língua inglesa,
chamado Elementarie, no qual constam milhares de palavras em um padrão
regularizado de escrita. Mais da metade das palavras listadas por ele ainda mantém
a forma sugerida por ele.
Por que isso era necessário? O inglês antigo era irregular demais para uma escrita
consistente e para que fosse aprendido pela população geral, sofrendo ainda muitas
influências do grego, latin e francês. Com isso, as escritas e pronúncias não tinham
consistência alguma. E é aqui que encontramos uma característica que nos será
crucial para o entendimento da língua inglesa moderna.
Perceba então que o nome Silent E pode ser enganador, considerando que o “e”
não é mudo, de fato. E que, justamente nas exceções desta regra, o “e”, sim, se
torna mudo, como em “Come” e “Have”.
Essa lógica também pode ajudar na escrita e na adição de sufixos com a seguinte
dica; geralmente, sufixos que começam com vogais retiram o “e” do fim da palavra,
exs; Like - Liking, Bake - Baking, Hope - Hoping
Já se seu sufixo começar com uma consoante, o E permanece na palavra, exs;
Wise - Wisely, Hope - Hopeless.
CUIDADO:
Como você viu acima, a história do inglês é a de uma língua bastante irregular e
acidentada, que foi simplificada e padronizada até certo ponto, portanto, suas regras
de escrita, gramática e pronúncia são bastante falhas. Essa lógica do “E” funciona
na maioria das vezes e ajuda na dedução de palavras desconhecidas, mas, como
quase toda regra da língua inglesa, tem exceções.