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Aumento do preço do feijão

Vitor Diaz Meneghel


DRE: 119057015

Professor: Fabio Krykhtine


Economia B
Trabalho l: Microeconomia
Fato
Para os produtos indispensáveis dentro o prato de qualquer brasileiro,
certamente o feijão é um dos principais. Contudo a população brasileira está sentindo
o preço da mercadoria subindo desde o início da pandemia em 2020, um aumento de
56,16% comparado com preço atual.
As altas expressivas do feijão, na sua maioria produzido na região Sul e Sudeste,
foram fomentadas principalmente pela alta demanda da pandemia junto ao fenômeno
de preços relativos por conta do arroz, por ser um produto internacional, tem maior
demanda e o preço eleva.

Um outro motivo que levou a alta do feijão em 2020, agora natural, se deu à
seca provocada pelo efeito La Niña, principalmente na região do Centro-Oeste. Após
esse efeito o grão teve consecutivas quedas no preço, porém bem mais suaves quando
comparado com as subidas.
As taxas de inflação acumulada no feijão no varejo operam acima da média
com base nos outros alimentos como um todo, com valor de 23,48% em agosto de
2021 com relação a agosto de 2020. Isso pode ser explicado pela continuidade de
inflação no setor atacadista, setor antes do produto chegar na mesa da população, o
que possibilita uma elevação nos preços do varejo, afetando as pessoas que
normalmente não tem meios financeiros de se proteger da inflação, as famílias mais
carentes.
Essa elevação no preço do feijão nesse período leva as famílias mais pobres a
buscar produtos alternativos para suprir a falta, a massa de milho e macarrão foram as
saídas encontradas por essas pessoas. A dúvida familiar da retirada dos grãos da mesa
dos brasileiros mais pobres gera um alerta para fome no país, uma vez que a
combinação de arroz e feijão é responsável por 70% das necessidades nutricionais
diárias.

Opinião
É indiscutível que o feijão é um dos principais produtos da alimentação das
famílias brasileiras e o aumento do seu preço pode trazer preocupações, não só
politicamente como também a saúde das próprias famílias.
Em 2020, tivemos a pandemia do Covid-19 que mexeu com tudo e todos do
planeta Terra, e com a economia não seria diferente. O aumento da procura pelos
produtos com uma queda no plantio, aumento da procura e uma diminuição da oferta,
ocasionou em uma elevação no preço do feijão no primeiro semestre.
A inflação acumulada nos produtos atacados acabou sendo refletida nas
mercadorias de uso diário, impactando, consequentemente, as famílias mais pobres e
dando indícios de mais casos de fome pelo país.
No início de 2021, o preço do feijão se estabiliza em alta comparado ao de 2020
e começa a ter algumas baixas mais leves que a subida, isso se deve a uma exportação
maior do arroz com a baixa do dólar, culminando no reajuste devido ao fenômeno de
preços relativos, em uma maior oferta do produto junto a uma demanda menor
devido ao próprio preço e. A estabilidade do preço se deu também pelo fim da seca
causada pelo efeito La Niña, acumulando uma deflação nesse mesmo período.
A busca por produtos alternativos por conta da alta do feijão trouxe algumas
consequências a economia desses outros produtos, como é o caso da massa de milho e
o macarrão, com a ascensão das comodities, disparada do milho e um reajuste no
macarrão. Outro desses produtos foram a lentilha e a soja, que não tiveram seus
preços elevados no mesmo período do feijão, logo a demanda e a oferta
permaneceram a mesma nesse período.
Referências

[1] https://economia.ig.com.br/2022-05-06/tomate-feijao-batata-sobem-mais-
50-.html

[2] https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/09/28/prato-de-arroz-e-feijao-tem-
alta-mais-longa-em-oito-anos.ghtml

[3] https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/por-que-arroz-e-feijao-
ficaram-ate-67-mais-caros-entenda-os-motivos-1.3101961

[4] https://www.ibrafe.org/artigo/precos-da-lentilha-estaveis-apos-aumentos-
recentes/

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