PRM – Manobras em Mau Tempo
é aquele que a pista e duração são tão
1. Avisos de mau tempo
São disseminados de forma imediata
e incluídos no METEOROMARINHA.
- Vento de força ≥ 7;
- Ondas ≥ 3m;
- Visibilidade restrita a 1km;
- Ressaca ondas ≥ 2,5m.
2. Ondas
- Crista: Parte mais alta das ondas;
- Cavado: Parte mais baixa das ondas;
- Altura: Distância vertical entre uma
crista e um cavado consecutivo;
- Comprimento: Distância horizontal
entre duas cristas sucessivas;
- Período: Intervalo de tempo entre a
passagem de duas cristas consecutivas
por um ponto fixo;
- Vagas: Ondas formadas pela ação
local do vento;
- Marulho: Ondas de outras áreas que
continuam se propagando, sem relação
com os ventos locais.
Em águas profundas, a altura da
onda, comprimento e o período
dependem:
- Intensidade do vento;
- Duração;
- Pista.
À medida que o vento aumenta,
teremos ondas mais rápidas, mais
compridas, maior período e mais altas.
- Mar completamente desenvolvido:
grandes que deixam de ter influência. O
tamanho das ondas é em função
somente da intensidade do vento.
Onda em água rasa é definida
quando a profundidade é menor que a
metade do comprimento de onda,
afetando a altura e a forma da onda.
A parte inferior da onda, que
está mais próxima ao fundo, é mais
desacelerada que a parte superior,
tornando a onda instável e assim a parte
superior movendo mais rápido quebra a
onda, criando uma zona de
arrebentação.
▪ Freak Waves
São ondas anormais ou
extravagantes encontradas na costa
Sudeste da África do Sul. Elas ocorrem
sob determinada condição atmosférica e
podem causar avarias graves.
Em algumas ocasiões surge uma
contracorrente entre a costa e borda
Oeste da Corrente das Agulhas, quando
há um vento forte SW e um centro de
baixa pressão. Esse vento de sudoeste
com força de tempestade, soprando
em direção contrária à da Corrente
das Agulhas, causam ondas muito
altas e escarpadas.
Em síntese, Freak Waves ocorrem
no Sudeste da África do Sul e são
formadas quando um vento de SW
associado a um centro de baixa pressão
cria uma contracorrente indo em direção
a correntes das Agulhas, criando ondas
altas e escarpadas.
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 - Pear os objetos;
- Verificar a amarração de todos os
aparelhos do navio;
3. Efeitos Nocivos das ondas
- Verificar as peias das lanchas e balsas;
- Evitar superfície livre;
a) Jogo violento do navio:
- Fazer uma revisão no compasso.
- Afeta a estabilidade;
- Provoca desconforto;
5. Sincronismo
- Avaria na carga.
- Balanço: É a oscilação transversal
do navio;
b) Vibrações violentas do casco:
- Amplitude do balanço: É o
- Esforços excessivos na estrutura e no ângulo descrito pelo navio em uma
sistema propulsor; oscilação de um bordo a outro;
- Quando o navio arfa, o hélice pode - Período: É o tempo
disparar, imergindo profundamente em correspondente a uma oscilação.
seguida, causando vibrações.
- Caturro: É a oscilação do navio
no sentido longitudinal.

c) Embarque de grandes massas Os navios curtos têm menor

d’água: Afetam a estabilidade e
flutuabilidade;
d) Ondas invadem o castelo e o
convés;
e) Com o navio aproado ao mar,
a proa pode cair no cavado da
seguinte;
f) Velocidade no fundo reduzida;
g) Avaria nas obras mortas
devido aos golpes do mar.
4. Quando houver anúncio de
mau tempo:
- Estabelecer condição de fechamento
rigorosa;
período de oscilação longitudinal e
caturram mais que os navios de
maior comprimento.
Cada navio tem seu período de
oscilação natural, que é o período
despendido para um navio inclinado
retornar, em águas calmas.
Essa oscilação é inversamente
proporcional ao GM e
diretamente proporcional ao I.
Quando o período de oscilação
natural do navio é igual ao
semiperíodo aparente das ondas, o
navio fica em sincronismo. Como
resultado, ocorre balanços de
grande amplitude.
Num mar de través, poderá
resultar em balanço muito forte e
perigoso e num mar de proa, o
caturro severo e rápido, pode
causar disparos frequentes nos

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 hélices e esforços de alquebramento
excessivos.
Quando o período de oscilação do
navio é pequeno, em relação ao período
aparente das ondas, o navio tenderá a
cavalgar as ondas, mantendo o convés
paralelo ao declive da ondulação.
Quando o período de oscilação for
grande em relação ao período aparente
das ondas, com o mar de través o
balanço será fácil e confortável.
Para evitar o sincronismo o
procedimento correto será uma
alteração imediata de rumo,
modificando assim o período de
encontro. Além disso, também pode
ocorrer o caturro sincronizado, quando
o período de encontro é semelhante ao
período de caturro do navio. Nessa
situação, o procedimento para atenuar o
efeito será uma mudança de velocidade.
Resumindo: Para evitar o
sincronismo deve-se alterar a
velocidade e/ou o rumo.
- Aproando o mar: Reduz o
semiperíodo aparente das ondas;
- Dando a popa ao mar: Aumenta o
semiperíodo aparente das ondas.
6. Manobra com Mau Tempo
a) Capear
É manter o navio com a proa
chegada ao vento e ao mar. Essa
manobra reduz o balanço, porém torna o
caturro máximo.
Capear é mais indicada para navios
com proa alta e reforçada, tendo uma
preocupação menor. Em navios que não
possuam essas características, podem
sofrer avarias devido ao choque
contínuo com o mar.
Como regra geral, a potência deve
ser reduzida ao mínimo necessário.
➔ Sinais que o navio está sendo
severamente castigado quando
capeando:
- Forte pancada quando a proa se
choca com uma onda;
- Vibração vertical de baixa
frequência, causada pelo peso de água
embarcado na proa, quando o navio se
inclina na longitudinal.
▪ Conclusões:
- Semiperíodo das ondas diminui à
medida que se aumenta a velocidade.
Todo aumento de velocidade aproxima
o navio do sincronismo. Portanto a
velocidade deve ser reduzida.
- Se o navio estiver sendo muito
castigado, pode-se manter o rumo com
o vento em 30° a 45° com a bochecha
e reduzir a velocidade.
- Não atravessar ao mar.
b) Correr com o Tempo
Consiste em navegar com o mar de
popa, mais lentamente possível. Deve-
se reduzir a velocidade, pois caso ela se
iguale com a velocidade das ondas o
navio perde eficácia no leme
(capacidade de governo). Dessa forma,
é ideal que o navio tenha um pequeno
movimento relativo em relação às
ondas, evitando o movimento instável.
Caso o navio possua más condições
de governo, de forma a ser inviável dar
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a popa ao mar, o navio pode manter o
rumo deixando o vento de 30° a 45°
pela alheta.
▪ Conclusões:
- A velocidade deve ser reduzida;
- Trim de popa é recomendado, pois o
trim influencia no comportamento do
navio;
- Largar âncora flutuante a
barlavento, para manter o rumo.
- Manter-se fora do cavado das ondas.
Sempre deve-se manter o navio
fora do cavado das ondas, pois existe a
tendência do navio atravessar ao mar.
Para sair dessa situação é
necessário dar toda máquina adiante, a
fim de ter melhor eficácia do leme e
preferencialmente guinar para
sotavento, para ter o mar de popa.

▪ Efeitos negativos do mau
tempo sobre o governo –
Correr com o tempo
- Além do mau governo e estabilidade
prejudicada, quando a velocidade do
navio é igual a das ondas, o navio fica
com a proa e popa em uma crista,
podendo alquebrar.
Navegando com a mesma
velocidade das ondas o navio ficará com
uma situação de pouca capacidade de
governo, guinando de maneira que seja
impossível de corrigir, podendo ficar
atravessado ao mar. Essa situação causa
um balanço excessivo e podendo
emborcar um navio se uma outra onda o
atingir. Se o navio estiver avante de
uma onda que se quebra, ela pode
atingi-lo de popa a proa, causando
avarias.
▪ Conclusões Finais
O navio é feito para aguentar o mar
de proa, porém quando capeando, a
velocidade do navio é somada a
velocidade da onda, causando um
impacto maior. Logo, quando capear
deve-se reduzir a velocidade no mínimo
possível em que ainda se possa manter o
governo do navio.
Quando se corre com o tempo a
velocidade relativa é menor, porém a
popa fica exposta às ondas. Mantendo
uma velocidade relativa baixa, de forma
que as ondas não arrebentem na popa,
correr com o tempo pode ser o método
mais indicado para se livrar de uma
tempestade. Contudo, em casos de
furacão, capear é mais indicado.

▪ Sobrevivência do Navio em
Mares tempestuosos
- Manter a propulsão e energia elétrica;
- Manter a flutuabilidade;
- Manter a estabilidade;
- Manter a estanqueidade;

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