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Milagre Jacinto Cossa

Tipos de gráficos e sua aplicabilidade

(Licenciatura em ensino de matemática)

Universidade Rovuma

Nampula
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2021

Milagre Jacinto Cossa

Tipos de gráficos e sua aplicabilidade

(Licenciatura em ensino de matemática)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de Introdução a Teoria de Probabilidade,
a ser entregue a Faculdade de Ciências
Naturais e Matemática, 3o Ano, 1o
Semestre, a ser leccionada pelo docente:

MSc. Nassone Guambe

Universidade Rovuma

Nampula
3

2021
4

Indice

Introdução...................................................................................................................................4

Conceito de gráfico.....................................................................................................................5

Elementos do gráfico..................................................................................................................5

Representação gráfica de dados..................................................................................................5

Gráfico circular.......................................................................................................................5

gráfico de barras......................................................................................................................6

Gráfico de frequências acumuladas.........................................................................................7

Histograma..............................................................................................................................7

Polígono de frequências..........................................................................................................8

Caixa de bigodes.....................................................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
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Introdução

O presente trabalho de Introdução a Teoria de Probabilidade, que irá se a abordar sobre os


tipos de graficos e sua aplicabilidade, quando se estuda uma variável, o maior interesse é
conhecer o comportamento dessa variável, analisando a ocorrência de suas possíveis
realizações. Isto pode-se conseguir, inicialmente, apresentando os valores das variáveis em
tabelas e gráficos, que irão fornecer informações a respeito das variáveis em estudo,
permitindo determinações administrativas.
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Conceito de gráfico

Gráfico é uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é de produzir, no
investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenómeno em
estudo.

Elementos do gráfico

Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos


que são essenciais para sua melhor compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à
necessidade de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em um
gráfico estatístico, não deve haver muitas informações, devemos colocar nele somente o
necessário.
As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os
resultados finais sejam dados de modo coeso com a finalidade da pesquisa.

Representação gráfica de dados

Os gráficos mais utilizados para representar os dados são:


 Gráfico circular – dados qualitativos;
 Gráfico de barras – dados qualitativos ou quantitativos discretos;
 Gráfico de frequências acumuladas – dados qualitativos na escala ordinal ou
quantitativos discretos;
 Histograma – dados quantitativos contínuos;
 Polígono de frequências – dados quantitativos;
 Polígono de frequências acumuladas – dados quantitativos contínuos;
 Caixa-de-bigodes – dados não agrupados quantitativos.

Gráfico circular

Um gráfico circular é constituído por um círculo dividido em tantas fatias quantas as


categorias da variável. O tamanho das fatias é determinado pelo número ou
percentagem/proporção de observações nas categorias, i. e., pelas frequências absolutas, 𝑛𝑖,
ou pelas relativas, 𝑓𝑖.
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gráfico de barras

Um gráfico de barras é um diagrama de barras (usualmente verticais), sendo cada barra


associada a cada uma das categorias da variável. A altura das barras é determinada pelas
frequências absolutas, 𝑛𝑖, ou as relativas, 𝑓𝑖.
Ex: considere o conjunto de dados relativos ao numero de acidedntes mensais em 30 meses
nacidade de Maputo de janeiro de 2012 a Janeiro de 2013. Número de acidentes nacidade de
Maputo(2012–2014)
Xi Fi
12 3
13 4
14 5
15 3
16 2
18 1
20 1
21 1
23 2
25 2
26 4
34 2
8

14

12

10

8
Series 3
Series 2
6 Series 1

0
A B C D

Gráfico de frequências acumuladas

Um gráfico de frequências acumuladas, ou diagrama integral, é um gráfico de linhas onde


são representadas as frequências absolutas, 𝑁𝑖 , ou relativas, 𝐹𝑖, acumuladas. Este gráfico
apresenta a frequência acumulada até cada uma das categorias/valores, notando que até à
primeira categoria/valor a frequência acumulada é nula. Para categorias/valores superiores
à(ao) última(o) a frequência acumulada toma o valor 𝑛, se forem representadas as frequências
𝑁𝑖 , ou 1, se forem representadas as frequências 𝐹𝑖.

Histograma

Um histograma é um gráfico de barras verticais adjacentes, com uma barra associada a cada
uma das classes da variável. A base de cada barra é proporcional à amplitude da respetiva
classe e a área proporcional às frequências absolutas, 𝑛𝑖, ou relativas, 𝑓𝑖.
Ex: Estatísticas relativas ao peso de 36 crianças da comunidade de Nampipine 2020.

Classes fi
3
¿ 6
¿ 10
¿ 9
¿ 5
9

¿ 3
Total 36

5
4.5
4
3.5
3 Series 1
2.5 Series 2
2
1.5
1
0.5
0

Quando as classes têm amplitudes diferentes é necessário transformar as frequências absolutas


ou relativas, para que se verifique a proporcionalidade entre a altura das barras e a sua base e
se garanta que a área é igual a 𝑛 ou a 1 (com base nas frequências absolutas e relativas,
respetivamente).

Polígono de frequências

Um polígono de frequências é um gráfico de linhas onde são representadas as frequências


absolutas, 𝑛𝑖, ou relativas, 𝑓𝑖, nos pontos médios das classes. Para fechar o polígono é
necessário criar uma classe adicional em cada um dos extremos, com amplitude igual à classe
adjacente e com frequência nula.

A área sob o polígono deverá ser igual à área do histograma, pelo que quando as classes têm
amplitudes diferentes é necessário transformar as frequências absolutas ou relativas conforme
já foi referido anteriormente

Polígono de frequências acumuladas


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Um polígono de frequências acumuladas, ou polígono integral, é um gráfico de linhas onde


são representadas frequências absolutas, 𝑁𝑖 , ou relativas, 𝐹𝑖, acumuladas. A frequência
acumulada para valores inferiores ao limite inferior da primeira classe é nula. A frequência
acumulada para valores superiores ao limite superior da última classe é 𝑛, se forem
representadas as frequências 𝑁𝑖, ou 1, se forem representadas as frequências 𝐹𝑖.

Caixa de bigodes

Da caixa de bigodes (ou diagrama de caixa ou boxplot) podem-se extrair as seguintes


características de um conjunto de dados:
 Localização;
 Dispersão;
 As (simetria);
 Valores atípicos (ou anómalos ou outliers).

Uma caixa de bigodes é um gráfico que contém por um retângulo, dividido em duas partes,
que situa os quartis. Os bigodes da caixa situam os pontos adjacentes inferior e superior, ou
seja, o menor e maior valores observados que ainda não são considerados observações
atípicas. Os asteriscos identificam os valores atípicos, ou seja, os valores observados muito
pequenos e muito grandes (com ordens de grandeza que implicam que sejam classificados
como valores anómalos).
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O ponto adjacente inferior (superior) corresponde ao menor (maior) valor observado que
ainda está dentro da barreira de outliers [𝐵𝐼; 𝐵𝑆]:
Barreira inferior: 𝐵𝐼 = 𝑄1 − 1,5 × (𝑄3 − 𝑄1);
Barreira superior: 𝐵𝑆 = 𝑄3 + 1,5 × (𝑄3 − 𝑄1).
Todos os valores da amostra que não pertencem ao intervalo [𝐵𝐼; 𝐵𝑆] designam-se por
atípicos, e classificam-se em (Murteira et al., 2007)
 Valores atípicos severos inferiores:
Valores inferiores a 𝑄1 − 3 × (𝑄3 − 𝑄1);
 Valores atípicos moderados inferiores:
valores superiores a 𝑄3 − 3 × (𝑄3 − 𝑄1) e inferiores a 𝑄1 − 1,5 × (𝑄3 − 𝑄1);
 Valores atípicos moderados superiores:
valores superiores a 𝑄3 + 1,5 × (𝑄3 − 𝑄1) e inferiores a 𝑄3 + 3 × (𝑄3 − 𝑄1);
 Valores atípicos severos superiores:
valores superiores a 𝑄3 + 3 × (𝑄3 − 𝑄1).
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Conclusão

A partir das metodologias usadas para a elaboração deste trabalho, conclui-se que os graficos
trazem muito mais praticidade, principalmente quando os dados não são discretos, ou seja,
quando são números consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos também apresentam
de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.
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Bibliografia

Costa Neto, Pedro Luiz de Oliveira. Estatística. Editora Edgard Blücher, 2002. Meyer, Paul.
IGNÁCIO, S. A. Importância da Estatística para o Processo de Conhecimento e Tomada de
Decisã. ed. Curitiba, 2010.
LUIZ, Robson. "Gráficos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm. Acesso em 19 de julho de 2021.
Probabilidade: Aplicações à Estatística. Livros Técnicos e Científicos Editora, 2003.

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