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https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/pierre-bourdieu.htm
Inicia trazendo três modos de conhecimento que tem em comum a oposição ao conhecimento
pratico:
1. Conhecimento fenomenológico – a que advém da familiaridade da interação social - “relação de
familiaridade com o meio familiar”.
2. conhecimento objetivista – rompe com a evidência prática primeira do contato com o mundo.
Apenas com esse rompimento da experiência primeira é que mediado pelas relações o objetivas
(linguísticas ou econômicas) é que se pode obter a verdade objetiva da experiência.
3, Conhecimento praxiológico - que além de partir da objetividade concreta tenta incorporar
também o movimento (as relações dialéticas) das estruturas e como elas se reproduzem – ‘a
interiozação da estrutura e exteriozação da estrutura’.
Sobre o conhecimento objetivista – traz a linguagem e a semiótica (?) como mediações – como
exemplo, coloca a língua e não o discurso como estrutura capaz de fazer essa mediação. E o ícones
(imagens). Se as cifras tiveram o mesmo sentido para o emissor e o receptor a “decifração” pode ser
imediata. Caso contrário, há o riscos de incompreensões parciais ou total ou falsas compreensões
pautadas no etonocentrismo.
Coloca uma dependência teórica em relação a língua. A de que ela esconde ou apaga a consequência
epistemológica do conteúdo – “esquecimento dos atos pelos quais a linguística construiu objetos
próprios”.
Ressalta que a o conhecimento objetivista não desconsidera o fenomenológico na compreensão
primeira de mundo mediado por linguagem, apenas redefine esse conhecimento a depender dos
limites na correspondência dos signos mediadores, “estabelecendo condições particulares nas quais
ela é possível”.
Ainda como exemplo – falando da ciência – que só pode existir com métodos próprios a parir da
formação de uma cultura e língua pré constituída dentro de uma particularidade. A partir da sua
existência – da ciência – ela ganha autonomia e se “apaga” ou se torna inconsciente as condições
gerais e particulares que possibilitaram sua constituição.
Na origem a palavra vem antes da língua, mas na compreensão intelectiva, a palavra não existe sem
a linguagem, que dá sentido à palavra. Mas ao contrário do estruturalismo de Saussure (?), a
comunicação não é apenas uma ponte entre o que se quer dizer e o para quem mas (comunicaçao
pela comunicação) mas um constitutivo que do modificar o conteúdo a se comuniciar: “Daí resulta
que, pelo fato de constituir-se do ponto de vista estritamente intelectualista que é o da decifração, a
linguística sussuriana privilegia a estrutura dos signos, as relaçãoes que eles mantêm entre si em
detrimento de suas funções práticas, que não se reduzem jamais (como supõe tacitamente o
estruturalismo) às funções de comunicçao ou de conhecimento. As práticas mais estritamente
voltadas na aparência para as funções de comunicação pela comunicação (função fática) ou de
comunicação para o conhecimento – como as festas e as cerimônias, as trocas rituais ou, em outro
campo, a circulação de informaçoes científicas – estao sempre orientadas também para as funções
políticas e econômicas.”
As transmissões entre emissor e receptor e interações funcionam como sistema dentro do grupo
(sociedade) e dependem da “psicologia social” e estrutura deste grupo.
Se se analisa do ponto de vista da função que a língua possui no grupo e não da estrutura, se
percebe que o conhecimento do ‘código’ permite no máximo uma interação imperfeita. O sentido da
interação depende de fatores linguísticos e extra linguístico, e de outras relaçoes de poder no grupo.
O objetivismo por “não construir a prática se não de maneira negativa” está condenado a “reificar
abstrações”, a tomar conceitos como por exemplo, cultura, estrutura, classes sociais, etc, como
autônomas. Recupera Dhurkhein e a norma (regra) vazia, destituída do porque mas estruturada pela
obediência a norma “moral” ou “jurídica”: texto prescritivo, operado pela repetição e pelo costume.
Conclui que a lógica da linguagem ao reificar conceitos históricos, concedem-lhe status de sujeitos:
“Tudo concorre, com efeito, para encorajar a reificação dos conceitos, começando pela lógica da
linguagem ordinária, que se inclina a inferir a substância do substantivo ou a conceder aos conceitos
o poder de agir na história como agem nas frases dos discursos históricos as palavras que os
designam, isto é, como sujeitos históricos.”
(tem uma tiração de sarro quando se exemplifica ironicamente que a linguagem permite usos do
tipo “a classe operária pensa que…”, de que isso não existe e no máximo pode se manifestar
individualmente ainda que em coletivo, mas se coloca como o exemplo dessa lógica de linguagem
que permite o conteúdo da palavra como sujeito histórico).
Para que determinado grupo supere o aprendizado mediado apenas pela primeira experiência e
acesso o construído para além da história do indivíduo, é preciso superar a produção de
conhecimento empírico que produz o habitus.
“As estruturas constitutivas de um tipo particular de meio (as condições materiais de existência
características de uma condição de classe), que podem ser apreendidas empiricamente sob a forma
de regularidades associadas a um meio socialmente estruturado, produzem habitus, sistemas de
disposições duráveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes,
isto é, como princípio gerador e estruturador das práticas e das representações que podem ser
objetivamente adaptadas a seu fim sem supor a intenção consciente dos fins e o domínio expresso
das operações necessárias para antigi-los e coletivametne orquestadas, sem ser o produto da ação
organizadora de um regente.”
Ainda que habitus, não se pode dizer que a cada reação à reação tenha-se resultados
milimetricamente orquestrados. A partir de dado o primeiro passo, os demais ocorrem na
objetividade como possibilidades diversas (probabilidades objetivas).
Divagando sobre essas probabilidades objetivas, o autor coloca que muitas vezes, a possibilidade
dentro de vida real (objetiva) de tal fato ocorrer, já refaz o cálculo anterior de esta coisa acontecer.
Por exemplo, se não tenho dinheiro para viajar no concreto, a probabilidade de eu viajar já se
desvanece, já é bem menor. Se eu não tenho dinheiro para estudar, a probabilidade de passar no
vestibular já é bem menor do que uma possibilidade abstrata. Sendo já a probabilidade impossível
eliminada.
Aprendemos (Aprende-se) por repetição:
“(…) as avaliações práticas conferem um peso desmesurado às primeiras experiências, na medida
em que as estruturas características de um tipo determinado de condiçoes de existência é que (…)
produzem as estruturas do habitus que estão, por sua vez, no princípio da percepção e da apreciação
de toda a experiência ulterior.”
O que se falou antes das palavras que escondem o processo de seu conteúdo, neste momento do
texto, se diz que o inconsciente é a história acumulada em nós que está esquecida (e existentes no
habitus) necessário inclusive para incorporar outros modos ainda novos e portanto ainda
conscientes:
“Com efeito, o ‘inconsciente’ não é mais que o esquecimento da história que a própria história
produz ao incorporar as estruturas objetivas que ela gera nessas quase-naturezas que são os
habitus.”
“A harmonização mais objetiva do habitus de grupo ou de classe é o que faz que as práticas possam
ser objetivamente afinadas na ausência de qualquer interação direta e, a fortiori, de qualquer
articulação explícita.”
As atuações do “líder carismático” e dos liderados, numa situação de grupo pressupõem códigos e
condutas em comum, previamente absorvidos a indicar a coordenação de atuações, inclusive
independentes de vontades – ex. Da carta quando coloco no correio das diversas ações das várias
pessoas anônimas sem intenção específica do emitente até que chegue ao destinatário. (ainda
falando do habitus)
“O habitus é a mediação universalizante que faz que as práticas sem razão explícita e sem intenção
significantes de um agente singular sejam, no entanto, sensatas, razoáveis e objetivamente
orquestradas.”
Os habitus são produtos das objetivaçoes estruturadas mas não conscientes ou subjetivas, entretanto,
os próprios agentes agem e estão em condições de agir nessa estrutura pela condição em que foram
colocadas nela e assim produzem a disposição para agir. Rejeita portanto explicações tomadas das
interações meramente de indivíduo a indivíduo trazendo a noção de que “É a posiçao presente e
passada na estrutura social que os indivíduos, entendidos como pessoas físicas, transportam
com eles em todo o tempo e lugar, sob a forma de habitus.” (67)
“É tão verdadeiro quanto falso dizer que as ações coletivas produzem o acontecimento ou que são
seu produto.” Insere o elemento dialético para entender que acontecimentos e açoes coordenadas
dependem também de necessidades idênticas que são também objetivas dentro de uma conjuntura.
As ações ainda não coordenadas são oriundas de uma mesma base social e econômicas, das mesmas
estruturas objetivas. As ações perdidas num momento de crise dependem … “A histerese dos
habitus, inerente às condições sociais de reprodução das estruturas nos habitus, é um dos
fundamentos do desacordo estrutural entre as ocasiões e as disposições para aproveitá-las que gera
as ocasições peridas e, em particular, a impotência, fuquentemente observada, em pensar as
crises(…..)”
Após o autor chama a atenção para que não se considere apenas as estruturas objetivas ou apenas o
subjetivismo individual mas a conexão dialética entre os dois “métodos”. Ele advoga as relações
múltiplas interagindo entre si:
“Ignorar as estruturas dialéticas entre as estruturas objetivas e as esturuturas coginitivas que estas
produzem e tendem a reproduzir, esquecer que essas estruturas objetivas são o produto,
incessantemente reproduzido ou transformado de práticas históricas e que por sua vez, o próprio
princípio produtor dessas práticas é produto das estruturas que ele tende, por isso, a reproduzir, é
reduzir a relação entre as diferentes instâncias” (69)
O autor faz o seguinte comparativo – assim como a oposiçao entre língua e palavra faz desaparecer
a relação objetiva entre a estrutura da língua e “as disposições constitutivas da competência
linguística”, a contraposição não dialética entre estrutura e indivíduo dificulta a construção dialética
entre a estrutura e a “disposição constitutiva do habitus”.
“Ser que se reduz a um ter, a um ter sido e a um ter feito ser, o habitus é o produto do trabalho de
inculcação e de apropriação necessário para que produtos da história coletiva, que são as estruturas
objetivas (da língua, da economia) consigam reproduzir-se, sob a forma de disposições duráveis, em
todos os organismos (os ‘indivíduos’) duravelmente submetidos aos mesmos condicionamentos,
portanto, colocados nas mesmas condições materiais de existência.”
“Não sendo a história do indivíduo mais do que uma especificação da história coletiva de seu grupo
ou de sua classe, podemos ver nos sistemas de disposições individuais variantes estruturais do
habitus de grupo ou de classe ou fora dela”
Max Weber
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/max-weber.htm
Teoria da ação social – vem daí a neutralidade axiológica como método em que o pesquisador deve
ter um distanciamento, imparcialidade e neutralidade do objeto de estudo. (divergência com
Durkhein)
Weber tem influência de Kant na elaboração dos tipos ideiais:
- Ação social racional relativa a financeira
- Ação social racional relativa a valores
- Ação social tradicional
- Ação social afetiva
Teoria da dominação:
- Dominação legal
- Dominação tradicional
- Dominação carismática
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/introducao-teoria-max-weber.htm
Para Weber, as ideias, valores e crenças são os principais vetores das mudanças sociais (isso porque
Weber acreditava que as situações mais próximas ao indivíduo eram os vetores e não as
transformações econômicas ou estruturais)
https://www.youtube.com/watch?v=b8qf1pZBlmc
O Weber compreende a sociologia por meio da história, por isso o conceito fundamental é o de açao
social, visa a compreender a sociedade pelo processo e ação do agente.
Ação social é açao com significado com motivação na ação.
As vezes essa açao é motivada pela religião, mas gera consequência não intencional na economia
por exmplo. Quatro tipos ideais de ação social:
- ação racional com direção a fins
- ação racional com direçao a valores
- ação afetiva
- ação tradicional
O protestante não está buscando o sucesso para si mas para deus porque é um predestinado e
consequentemente contribui para o desenvolvimento do capitalismo. É uma ação social com direção
a valores mas que gera por consequência o desenvolvimento do capitalismo (aqui tem uma
diferença de marx que entende a estrutura econômica influenciando toda a superestrutura social,
para weber o contrário e as múltiplas determinações são possíveis e neste caso, a religião
impulsiona/influencia o desenvolvimento econômica capitalista)
https://www.youtube.com/watch?v=cCqwh-oxEMk
https://www.youtube.com/watch?v=aFY4K9rE_P0
Weber x durkhein
Durkhein – fato social como coisa, objetiva que condiciona o indivíduo em sociedade + modelos de
solidariedade, para ele o foco está no todo e das funções que os indivíduos devem exercer na
sociedade. Caso o indivíduo não exerça essa função – antinomia. É sociologia prescritiva.
Weber não faz sociologia prescritiva, mas compreensiva. Não busca tratamento para mal
funcionamento. Visa compreender não prescrever como deve funcionar.
para D a verdade é única verdade e é impositiva – fato social. Para W como a sociedade é composta
por inúmeros indivíduos e com diferentes intencionalidades não há verdade única, o mesmo fato se
apresenta para um e para outro de maneira distinta (mas não é pós moderno, quebra com a
objetividade total de durkhein, mas não é pós moderno)
O capitalismo visa através de cálculo minimizar os riscos, maximizar o lucro...prever o que vai
acontecer, esse é o sentido do mundo contemporâneo. Isso vem derivando desde o séc XVII,
desencantamento do mundo.
Começa-se a haver uma separação entre ambientes onde se permite a racionalidade e outra onde se
prevalece a emotividade (família por ex).
Dominação legal - Racionalidade burocrática – as mudanças ocorrem também dentro das regras
racionais e burocrática.
(as dominções por serem ideais não são as únicas em uma situação)
Dominação tradicional – ex – familiares
Dominaçao carismática
A conduta daquele que trabalha duro, que paga no prazo aquilo que emprestou, da retidão como
uma ética do capitalismo moderno e do empreendedor (o que antes era visto como aventura que deu
certo, arrojamento, é visto como o espírito do capitalismo moderno)
“O ganho do dinheiro na moderno ordem econômica é, desde que feito largamente, o resultado e a
expressão da virtude e da eficiência em certo caminho”
“Contudo, tal atitude não é produto da natureza. Não pode ser estimulada apenas por baixos ou altos
salários, mas só pode ser produzida por um longo e árduo processo educativo.”
Reflexão: esse processo “educativo” parece ter chego hoje no auge, com a ideologia neoliberal –
individualista, de competição e meritocracia mesmo entre os trabalhadores.
Entre os empresários – destaca os novos ricos (industriais) e não os comerciantes que já são
provenientes de grandes fortunas através dos monopólios e privilégios legais que classifica como
forma tradicionalista.
Para ele:
“A questão das forças que motivaram a expansão do moderno capitalismo não é, em primeira
instância, uma questão sobre as origens dos montantes de capital disponibilizados para os usos
capitalísticos mas bem acima disso, a origem do espírito do capitalismo. (…) além da clareza de
visão e da habilidade para agir, foi só pela virtude de qualidades éticas bem definidas e altamente
desenvolvidas que foi possível merecer a confiança, absolutamente indispensável de seus clientes e
trabalhadores. Nada além disso poderia ter lhe dado o vigor para superar os inúmeros obstáculos, e
acima de tudo o trabalho muito mais intenso exigido do moderno empreendedor. Mas essas são
qualidade éticas de um tipo bem diferentes daquela adaptadas ao tradicionalismo do passado.” (29)
Pela primeira vez na história, ganhar dinheiro como um fim em si mesmo, ou como uma vocação,
encontra lugar (que doidera). Isso sempre foi “contrário ao sentimento ético de todas as épocas”.
É palavra que, nesta concepção de campo de trabalho a se dedicar a vida, de chamado (calling),
tarefa confiada por Deus, sentido que não existia antes dos protestantes.
“O único modo de vida aceitável por Deus não era o superar a moralidade mundana pelo ascetismo
monástico [como para o catolicismo], mas unicamente o cumprimento das obrigações impostas ao
indivíduo pela sua posição no mundo. Esta era sua vocação.”
“Para Lutero, pois, o conceito de vocação permaneceu tradicionalista. Sua vocação é algo que o
homem deve aceitar como uma ordem divina, à qual deve se adaptar. Este aspecto é mais
importante que a outra idéia, também presente, de que o trabalho vocacional era uma, ou melhor, a
tarefa confiada por Deus.”
Embora tenha dado importante pontapé, não é em Lutero e talvez nem em uma outra doutrina
protestante (apesar de Calvino já ter maior aproximação) que se derivará diretamente a ideia de
vocação como trabalho e o sucesso no trabalho como tarefa confiada por deus.
“Adotaremos pois, como ponto de partida na investigação das relações entre a velha ética
protestante e o capitalismo, o trabalho de Calvino, o Calvinismo e outras seitas puritanas. Não deve
porém ser entendido que devemos ter a esperança de encontrar nos fundadores ou nos
representantes de tais movimentos religiosos os promotores daquilo que chamamos de espírito do
capitalismo, com o sentido de finalidade de vida.”
“Neste estudo, podemos deixar claro de uma vez por todas, não se faz tentativas de avaliar as idéias
da Reforma, nem no sentido social nem no religioso. Lidamos continuamente com aspectos da
Reforma que poderão parecer, para a consciência religiosa verdadeira, incidentais ou até
superficiais. Estaremos apenas tentando tornar claro o papel que foi desempenhado pelas forças
religiosas no desenvolvimento da teia de nossa cultura secular moderna, na complexa interação dos
inúmeros e diversos fatores históricos. Perguntamo-nos apenas em que medida certas características
dessa cultura podem ser atribuídas à influência da Reforma. Ao mesmo tempo, devemos nos libertar
da idéia de que seja possível reduzir a Reforma a um resultado histórico necessário de certas
mudanças econômicas. Incontáveis circunstância históricas, que não podem ser atribuídas a
qualquer lei econômica nem são susceptíveis de explicação econômica de qualquer espécie,
especialmente processos puramente políticos, devem ter contribuído para que as Igrejas recém
criadas pudessem ao menos sobreviver.” (39)
Primeiro dialoga com a Igreja e depois, no fim do parágrafo, com Marx.
“Por outro lado, contudo, não temos qualquer intenção de sustentar uma tese tola e doutrinária”,
pela qual o espírito do capitalismo (no sentido provisório do termo acima citado) possa ter surgido
apenas como resultado de certos efeitos da Reforma, ou mesmo que o capitalismo, como sistema
econômico, seja efeito da Reforma.”
Emile Durkhein
Diferente de Comte, que prescrevia como deveria ser a sociedade industrial. Durkein parte da
diferença da sociedade mecânica (Comte) para a sociedade orgânica.
Como explicar as mudanças de transformação tão intensa da sociedade industrial.
Conceito de fato social:
é a matéria-prima da sociologia, aquilo que a sociologia estuda.
O fato social deve ser analisado como coisa, que é externa aos indivíduos, não estudada a partir da
perspectiva subjetiva. Necessidade de entender o fato social como objeto de estudo. Paixões,
opiniões, não devem influenciar. Um fato social não acontece pela vontade de um indivíduo.
Quanto mais forte for o êxito da instituição, mais forte a consciência social formada por ela,
mantendo o “tecido social” coeso, funcional. Por isso há a dimensão do funcionalismo em
Dhurkhein.
Essa consciência coletiva depende de valores (aquilo q a sociedade entende como correto) que
chegam através das instituições - família, religião, escola...
Essas “funções” chegam através da coerção ou de recompensas. Se isso funciona as instituições
funcionam, os indivíduos tem sentimento de pertencimento, e geram solidariedade social.
A consciência coletiva atua sobre todos os indivíduos da sociedade (não importa a condição de
classe, família… os indivíduos passam e a consciência social fica, não muda em cada geração, mas
liga as gerações). Qdo pensamos nos conflitos entre gerações… (conflitos entre geração não estão
ligadas a mudanças)
embora a consciência coletiva aconteça através dos indivíduos, os indivíduos não são suficientes
para o entedimento dessa consciência.
Nessa sociedade orgânica, entede que deve deixar claro para os indivíduos o papel de cada um e
assim deixar claro uma “divisão social do trabalho”.
Na sociedade complexa aumenta-se a diversidae de pessoas, e se não houver boa comunicaçao,
pode haver divergência entre as pessoas da vantagem do funcionamento da sociedade. Alta
“densidade moral” não são suficientes para garantir essa coesão, regras puramente religiosas e
tradicionais não funcionam tão bem, essas regras perdem eficiência e é preciso encontrar outras
regras para esta coesão.
Ainda, a consciência de q há muito mais gente concorrendo comigo para a sobrevivência isso
aumenta as tensões sociais (durwinismo). O q tá mudando não é o indivíduo para durkhein, mas
uma configuração social derivada de uma rev industrial, reconfiguraçao material e da comunicação
q cria uma nova consciência – mais pessoas disputando a sobrevivênica. Gerando maior
preocupação com a “minha” sobrevivência e gerando mais tensão no tecido social. Gradativamente,
a solidaderiedade orgânica deteriora-se. Isso demanda um novo conjunto de instituições para
retomar a solidar org.
O livro é de 1897, objetivo de demonstrar que a sua sociologia tem o valor de ciência para estudar a
sociedade. Realiza estudo de suicídio para comprovar suas teses.
Levanta a hipótese – suicídio é o ápice do individualismo, mas o indivíduo dentro de uma
consciência coletiva. Quanto menor o sentimento de pertencimento a sociedade, maior a anomia.
As causas do suicídio na sua visão é a sociedade como um todo e não as causas psicológicas.
Objetiva provar que os fatos sociais independem dos elementos subjetivos ou pelo menos q
acontecem de forma autônoma dos fatos subjetivos (aquilo q está determinado pelas leis sociais
acontecerá independentemente de nossas opiniões e paixões).
A metodologia adotada – parte da definição do fenômeno a ser estudado – o suicídio. O próximo
ponto é definir as hipóteses anteriores e refutá-las. Objetiva estudar o suicídio sem se pautar estudos
religiosos ou subjetivas. Próximo pnto – define tipologias de suicídios. E por último, define um
teoria geral – engloba todas os suicídios. Parte de dados...interpretação sobre.
Ao longo da história sempre tivemos suicídio, mas com uma taxa constante. Mas a partir da rev
industrial (segunda metade do sex XVIII), sociedade de massas, a tx tem aumentado, fato social a
ser estudado, porque é algo novo.
As causas individuais, para a sua sociologia, é irrelevante. Ele aborda o problema da predisposição
individual e da determinação social. A predisposição individual pode ser catalisador mas não
determina. A predisposiçao é apenas causa conjuntural. A determinação social seria estrutura e a
predisposição, conjuntura.
Tipos de suicídios:
- suicídio egoísta: indivíduos q não aceitam os imperativos da sociedade – ou porque se acha
superior a sociedade ou de indiferença (tanto faz). É ato individual mas com perspectiva social
(pode acontecer em qualquer sociedade – o indivíduo não se encaixa e não quer se encaixar na
sociedade)
- suicídio altruísta - fusão tão bem feita com a sociedade. A consciência individual é tão bem
socializada q a coletiva tão importante quanto a individual, dá sentido a vida- ex. Bombeiro que
entra em prédio de chamas. A eficiência da consciência coletiva é proporcional ao sentimento de
justiça: recompesa (se tornar herói) ou punição (não entrar no prédio). É suicídio porque sei q
conscientemente o resultado provável é morte. A sociedade vem antes da vida individual. Este tipo
de suicídio sempre existiu, não é fenômeno destoante das leis sociais. Tá dentro da constância das
leis sociais.
- suicídio anômico – responsável pelo aumento da tx de suicídio na história. Os outros dois
suicídios são normais, diferente deste. Este (o anômico) coloca em risco a consciência coletiva da
sociedade, coloca em risco a sociedade, fragmenta o tecido social. Não quer dizer q este suicida não
quer participar da sociedade (como no egótico/egoista). No anômico, ele não consegue, não se sente
recompensado. Começa a se sentir frustrado e injustiçado, tenta e não consegue se encaixar. Aí a
falha é da sociedade, q não está conseguindo educar e demonstrar para este indiv´duo quais as
demandas e as recompesas dessa sociedade. São individuio q demandam mais do que a funçao
social pode dar. D não focou as falhas no indivíduo, mas na sociedade q não consegue socializá-lo.
(estudar a vida de D)
(neutralidade axiológica)