As glândulas salivares incluem a parótida, submandibular e sublingual. Elas secretam saliva que ajuda na digestão e lubrificação da boca. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico de doenças das glândulas salivares, como cálculos ou tumores. Biópsias também são usadas para confirmar diagnósticos. A maioria dos procedimentos nas glândulas salivares, como remoções de tumores, é
As glândulas salivares incluem a parótida, submandibular e sublingual. Elas secretam saliva que ajuda na digestão e lubrificação da boca. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico de doenças das glândulas salivares, como cálculos ou tumores. Biópsias também são usadas para confirmar diagnósticos. A maioria dos procedimentos nas glândulas salivares, como remoções de tumores, é
As glândulas salivares incluem a parótida, submandibular e sublingual. Elas secretam saliva que ajuda na digestão e lubrificação da boca. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico de doenças das glândulas salivares, como cálculos ou tumores. Biópsias também são usadas para confirmar diagnósticos. A maioria dos procedimentos nas glândulas salivares, como remoções de tumores, é
Estima-se haver aproximadamente 500 a 1.000 lóbulos de tecido de
glândulas salivares menores dispersos pelas mucosas oral e orofaríngea e pelo tecido submucoso dos lábios, o assoalho da boca, o palato duro e mole, os pilares amigdalianos, a mucosa jugal e a língua. O sistema nervoso autônomo é o responsável pelo controle da secreção salivar pelas glândulas O desenvolvimento das glândulas começa por volta do 35o dia de vida intrauterina, para as maiores, e do 40o dia para as glândulas menores, e a origem é ectodérmica. As secreções das glândulas, em forma de saliva, podem ser mucosa, serosa ou, mais comumente, mista. Especificamente, a secreção da parótida é principalmente serosa (viscosidade = 1,5) e contribui com cerca de 25% da saliva, enquanto a da sublingual e das glândulas salivares menores localizadas na parte posterior da cavidade oral é de natureza mais mucosa (viscosidade = 13,4) e tem apenas uma contribuição pequena para a produção salivar. Da saliva, 71% são produzidos pelas glândulas submandibulares e têm consistência mista, com viscosidade de mais ou menos. Anatomicamente, as parótidas estão localizadas superior e posteriormente ao músculo masseter e ao ramo da mandíbula e são divididas em lóbulos superficial e profundo pelo nervo facial. A saliva passa por um ducto de 6 cm de comprimento por 3 mm de diâmetro, conhecido como ducto de Stensen, que se abre na cavidade oral na região adjacente ao segundo molar. O curso do ducto abrange uma curva pronunciada na borda anterior do músculo masseter, mesialmente, pelo músculo bucinador antes de entrar na cavidade oral (Figura 35.4). As glândulas submandibulares estão localizadas bilateralmente no triângulo submandibular formado pelos dois ventres do músculo digástrico, pelo músculo milo-hióideo e pelo músculo platisma. A glândula se volta para trás do músculo milo-hióideo e se estende para a cavidade oral, e pode estar em relação íntima ou em continuidade com a glândula sublingual, o que requer uma dissecção cortante durante a excisão. O ducto de Wharton tem 5 cm de comprimento por 2 a 4 mm de diâmetro e secreta a saliva da glândula na cavidade oral no ponto localizado na linha média na parte anterior do assoalha da boca. Ao longo de seu curso no assoalho da boca, ele recebe saliva da glândula sublingual pelo ducto de Rivinus e está em íntima associação com o nervo lingual, que dá duas voltas ao redor do ducto de lateral para mesial (Figura 35.6). Finalmente, a glândula sublingual está localizada entre a mucosa do assoalho da boca e o músculo milo-hióideo, no espaço sublingual. A saliva é levada pelo ducto de Bartholin, que começa dentro da glândula e se espalha para formar os ductos de Rivinus que, subsequentemente, secreta no ducto de Wharton, ou por meio de ductos menores que se abrem diretamente na mucosa do assoalho da boca na prega sublingual. Diagnóstico de alterações nas glândulas salivares Os componentes mais importantes para o diagnóstico das alterações das glândulas salivares são o histórico detalhado e o exame clínico minucioso. Radiografias periapicais ou uma oclusal ou, ainda, uma radiografia panorâmica podem ser facilmente obtidas em consultório para uma rápida avaliação da suspeita de sialolito (pedra) no sistema de ductos da glândula mandibular, porque 80 a 85% dessas pedras são radiopacas. A incidência de pedras radiopacas na parótida é de apenas 40%, limitando o valor dos filmes periapicais para a sialolitíase dessa glândula. Os tampões de muco estão mais relacionados com obstruções e estase na parótida. A tomografia computadorizada é muito útil para identificação de pedras radiopacas e oferece informações superiores às obtidas com filmes periapicais, com detalhes sobre a localização exata da pedra e a posição do ducto proximal e distalmente. A melhor imagem do sistema de ductos para o exame de glândula salivar tem sido, tradicionalmente, a sialografia, mas é contraindicada a pessoas alérgicas ao iodo e se houver infecção aguda. Ela oferece informações importantes relacionadas com a localização e a etiologia da obstrução e sobre inflamação e/ou destruição dos ácinos, assim como possibilita a dilatação e a irrigação terapêutica do sistema de ducto no caso de obstrução. Aparecimento de imagem característica do parênquima da glândula e de seu sistema de ductos durante a sialografia é patognomônico para a anatomia normal e o estado funcional e também para entidades patológicas específicas . Pequenas pedras ou tampões de muco, sedimentos ou restos calcificados no sistema de ductos das glândulas podem ser detectados durante a aplicação do contraste. A cintilografia com tecnécio-99m auxilia a avaliação do parênquima da glândula e sua função, além de fornecer informação sobre certos tumores, com base na união do radioisótopo. Aproximadamente 80% das lesões iniciais aparecerão como pontos frios, com exceção do tumor de Warthin e dos oncocitomas, que aparecerão como pontos quentes; os tumores linfáticos surgirão como pontos mornos. Demonstrou-se que, embora a sialografia seja superior para diagnosticar e indicar as condições obstrutivas, a cintilografia é melhor quando há suspeita de neoplasias. A ultrassonografia, como exame auxiliar das doenças de glândulas salivares, tem sido considerada superior à sialografia e, com a imagem de Doppler colorido, melhora-se as limitações na diferenciação entre os tumores malignos e benignos. A distinção entre o preenchimento por fluido ou por massa sólida pode ser fácil e rapidamente feita em razão da posição superficial das glândulas, que possibilita imagem com alta resolução na investigação com ultrassonografia. A natureza não invasiva torna a ultrassonografia uma alternativa atrativa em relação a outras modalidades, especialmente quando contraindicadas, como acontece com pacientes alérgicos ao contraste intravenoso ou claustrofóbicos. Além disso, a aspiração de fluido guiada por ultrassonografia ou a biopsia profunda pode oferecer informações valiosas em mãos experientes. No momento, o principal fator de limitação continua sendo a capacidade de adquirir informações exatas sobre doenças de glândulas salivares menores, inflamação e coexistência de tumores menores com outras condições; nos EUA, pelo menos, há falta de pessoal altamente treinado para interpretação e aquisição de boa informação. A ressonância magnética permanece como o melhor exame para avaliação dos tumores salivares (benignos ou malignos). Ela é superior à tomografia computadorizada para avaliar massas porque oferece excelentes detalhes de tecido mole e o delineamento das margens entre o tumor e o tecido glandular. É superior na detecção de enfermidades das glândulas salivares menores e na detecção de tumores menores dentro de inflamações, por exemplo, a síndrome de Sjögren, e na coexistência de lesões malignas. A ressonância é a única modalidade imagenológica que pode oferecer informação sobre o envolvimento dos nervos cranianos com tumor quando não há achados presentes ou clinicamente evidentes. Recentemente, a ressonância magnética dinâmica foi usada com resultados promissores para avaliação da função das glândulas salivares em pacientes com síndrome de Sjögren. A tomografia por emissão de pósitrons com fluordeoxiglicose pode ter seu papel em achados acidentais de tumores ou doenças benignas, como o tumor de Warthin, quando os achados de outras modalidades de imagem, como a cintilografia, podem ser enganosos. O interesse em usar a saliva como uma ferramenta de diagnóstico em potencial nas últimas décadas se reflete na literatura pela proliferação de informação sobre sialoquímica e estudos de análise da secreção de imunoglobulina pelas glândulas salivares. A coleta da saliva e a análise de sua composição química podem informar sobre o envolvimento das glândulas salivares nos processos das doenças sistêmicas ou em doenças salivares sem manifestação sistêmica, ou avaliar o estado funcional da glândula. As alterações relacionadas com a concentração de sódio e potássio são evidentes nas condições inflamatórias e podem ser demonstradas com estudos sialoquímicos. A biopsia, aberta ou por aspiração com agulha fina, ainda é o padrão de excelência para o diagnóstico dos tumores de glândula salivar. A biopsia aberta para as glândulas maiores tem os problemas de cicatriz facial, lesão do nervo facial ou desenvolvimento de fístula ou sialocele, violação da cápsula tumoral e disseminação tumoral; então, ela é restrita às doenças das glândulas menores. A biopsia por aspiração com agulha fina tem altas especificidade e sensibilidade (> 90%), oferece um diagnóstico exato e é preferível para massas nas glândulas maiores. Com a orientação da tomografia computadorizada, este tipo de biopsia pode ser empregado em acessos profundos ou pequenos tumores que podem estar perdidos por falta de visibilidade. A biopsia aberta das glândulas salivares menores do lábio inferior é a melhor para diagnóstico da síndrome de Sjögren. Cirurgia de glândulas salivares A maioria dos tumores de glândulas salivares são benignos, principalmente quando se encontram em glândulas maiores, mas podem ocorrer tumores malignos também. Podem ser necessárias desde biópsias até a remoção completa da glândula, quando indicado.
AS biópsias podem ser realizadas por agulhas finas ou mais
calibrosas, bem como abertas, com pequenas incisões. Já as ressecções, costumam ser feitas em centro cirúrgico, com anestesia geral e necessidade de cuidados para evitar lesões de nervos e vasos sanguíneos importantes da região.
No caso de cirurgias de parótida (parotidectomias), deve-se
preservar, quando possível, o nervo facial, responsável pelo movimento dos músculos da face, que originam as expressões.
A incisão pode ser feita de diferentes formas, mas a mais
comum é a que se localiza logo à frente da linha da orelha, com extensão para o pescoço. O cirurgião localiza, então, o nervo facial e o preserva, fazendo a remoção de toda a glândula ou de uma parte dela. Dependendo da necessidade, também serão removidas outras estruturas, como por exemplo, linfonodos Na maioria dos casos, o tumor e o tecido normal adjacente são removidos na cirurgia. Caso a doença tenha se espalhado para o gânglios linfáticos, o médico cirurgião faz um esvaziamento cervical. Também é possível que o câncer se desenvolva nas glândulas submandibular ou sublingual. Para essas situações, toda a glândula será retirada e, talvez, uma parte do tecido ou osso adjacente. Como os nervos que controlam o movimento da língua, a parte inferior da face e a sensação do paladar passam próximas dessas glândulas, a cirurgia da glândula submandibular ou sublingual deve ser feita com cuidado, pois dependendo do tamanho e da localização do tumor, alguns destes nervos deverão ser removidos.
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.