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Licenciatura em Enfermagem

Ano Letivo 2015/2016


3º Ano - 1º Semestre
Investigação II

Projeto de Investigação
Qualidade de Vida em doentes sujeitos a Diálise Peritoneal vs
Hemodiálise

Discentes:

Iara Proença (20131088)


Joana Laires (20130305)

Orientador:

Professor Carlos Chaves

Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Saúde Doutor Lopes Dias do Instituto
Politécnico de Castelo Branco, realizado sob a orientação científica do Professor Carlos Chaves, do
Instituto Politécnico de Castelo Branco.

janeiro 2016
Iara Solange Gonçalves Proença, 20131088

Joana Filipa Pereira Laires, 20130305

Projeto de Investigação
Qualidade de Vida em doentes sujeitos a Diálise Peritoneal vs
Hemodiálise

Trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular Investigação II

Professor Carlos Chaves

Castelo Branco

janeiro

2016

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Iara Proença e Joana Laires
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 4
2. Enquadramento teórico ........................................................................................................ 5
2.1 Revisão Anatomofisiológica do Aparelho Renal.................................................................. 5
2.2 Insuficiência Renal ............................................................................................................... 6
2.3 Tratamento.......................................................................................................................... 7
2.4 Diálise .................................................................................................................................. 8
2.4.1 Diálise Peritoneal (DP) .................................................................................................. 8
2.4.2 Hemodiálise .................................................................................................................. 9
2.5 Qualidade de Vida em doentes sujeitos a Diálise ............................................................. 10
3. Fase Concetual .................................................................................................................... 11
4. Fase Metodológica .............................................................................................................. 11
4.1 Hipóteses de investigação ........................................................................................... 11
4.2 Variáveis ...................................................................................................................... 12
4.3 População .......................................................................................................................... 14
4.4 Amostra ............................................................................................................................. 14
4.5 Método de Colheita de Dados .......................................................................................... 14
4.6 Previsão do Processamento de Dados .............................................................................. 15
4.7 Considerações Éticas ......................................................................................................... 15
5. Cronograma de Atividades .................................................................................................. 16
6. Considerações Finais ........................................................................................................... 17
7. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 18

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Iara Proença e Joana Laires
1. Introdução

Este projeto foi realizado no âmbito da unidade curricular de Investigação II, no


decurso do primeiro semestre do terceiro ano, do décimo quinto Curso de
Licenciatura em Enfermagem, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, sob
orientação do Professor Carlos Chaves.
A insuficiência renal é a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou
crónica, os rins tornam-se incapazes de proceder à eliminação de certos resíduos
produzidos pelo organismo. Quando a função renal é de apenas 10 a 15% da
função considerada normal, não é possível viver sem um tratamento de
substituição desta – diálise (Hemodiálise e Diálise Peritoneal) ou um transplante
renal, que são os métodos de tratamento para esta patologia. (Diálise, s.d)
O ponto de partida de qualquer investigação é a definição do problema, ou seja,
situação
“(…) que causa um mal-estar, uma irritação, uma inquietação e que,
por consequência, exige uma explicação ou, pelo menos, uma melhor
compreensão do fenómeno observado. Um problema de investigação
é uma situação que necessita de uma solução, de um melhoramento
ou de uma modificação (Adebo, 1974) ou é ainda um desvio entre a
situação actual e a situação tal como deveria ser (Diers, 1979)”
(Fortin, 1999, p. 48).

Com a realização deste projecto de investigação pretendemos demonstrar que a


Insuficiência Renal Crónica Terminal (IRCT) é uma patologia muito prevalente, não
só em Portugal, como noutras partes do mundo, contudo atualmente o avanço
tecnológico tem possibilitado vários tratamentos que irão proporcionar uma maior
esperança e melhor qualidade de vida. No ano de 2014 em Portugal existiam cerca
de 234,86 pmp a realizar diálise, dos quais 214,15 pmp realizavam Hemodiálise e
20,71pmp realizavam Diálise Peritoneal (Macário, 2015). Estes dados numéricos
são de todo preocupantes, e necessitam de uma reflexão e avaliação por parte da
comunidade.
A unidade curricular de Enfermagem Médico-Cirúrgica – Nefrologia, foi
pioneira na selecção da questão de investigação, assim “A Qualidade de Vida em
doentes sujeitos a Diálise Peritoneal vs Hemodiálise” foi o tema de investigação que
despertou interesse para este projecto.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua Qualidade de Vida como a
“perceção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas
de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações” o que nos fez formular a seguinte questão:
Até que ponto estes doentes têm qualidade de vida? Já que a saúde é uma dimensão
da nossa qualidade de vida.

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Iara Proença e Joana Laires
Relativamente à questão de investigação, trata-se de um “Enunciado
interrogativo claro e não equívoco que precisa os conceitos-chave, específica a
população alvo e sugere uma investigação empírica.” (Fortin, 1999, p. 51)
Assim a nossa questão é a seguinte “Que tipo de Qualidade de Vida têm os
doentes sujeitos a Diálise Peritoneal vs Hemodiálise?”
Após o exposto anteriormente, delimitamos o domínio da nossa investigação ao
serviço de Nefrologia da ULS de Castelo-Branco.
Em termos de ordem de trabalho, assumimos a seguinte:
 Enquadramento teórico:
 Fase concetual:
 Fase metodológica:
Quanto à metodologia de trabalho vamos proceder à revisão de literatura e uso
de fontes bibliográficas fidedignas nomeadamente livro, artigos científicos e bases
de dados.
Este projeto de investigação tem como objetivo:
Avaliar a qualidade de vida em doentes sujeitos a diálise peritoneal e
hemodiálise.

2. Enquadramento teórico

2.1 Revisão Anatomofisiológica do Aparelho Renal

A Nefrologia é uma especialidade médica que se ocupa do estudo da estrutura e


da função renal, incluindo o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças dos
rins.
O aparelho urinário tem como funções: filtrar o sangue; regular o volume
sanguíneo e a concentração de solutos no sangue como é o caso do sódio, potássio,
cloro, cálcio, magnésio, fósforo e ferro; regular o pH do líquido extracelular;
regular a síntese de glóbulos vermelhos; síntese de vitamina D e eliminar, através
de urina, resíduos que não são utilizados pelo organismo (Baxter Médico -
Farmacêutica, Lda, 2008).
O aparelho urinário é constituído por dois rins, dois ureteres, pela bexiga e por
uma uretra.
Os rins são órgãos pares, têm forma de feijão, localizam-se junto à parede
posterior do abdómen, por detrás do peritoneu, de cada lado da coluna vertebral e
“cada rim tem cerca de 10-12cm de comprimento e pesa cerca de 160 gramas”
(Seeley, Stephens, & Tate, 2003, p. 961).

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Iara Proença e Joana Laires
Cada rim encontra-se protegido por uma cápsula renal (camada de tecido
conjuntivo fibroso) estando esta também revestida por gordura peri-renal
(camada densa de tecido adiposo). Os rins e os tecidos mencionados anteriormente
encontram-se fixos junto à parede abdominal devido à fáscia renal (bainha de
tecido conjuntivo laxo) (Seeley, Stephens, & Tate, 2003, p. 961).
A ligação funcional do rim ao restante organismo é feita através do hilo, local
por entram a artéria e os nevos renais e saem a veia renal e os ureteres. O hilo
abre-se numa cavidade designada seio renal.
Observando a secção frontal do rim podem visualizar-se duas camadas
distintas: o córtex (região externa) e a medula (região interna). A medula divide-se
em pirâmides separadas por colunas renais que irão terminar na papila renal. As
papilas projetam-se para estruturas afuniladas formando os pequenos cálices. A
junção dos pequenos cálices origina os grandes cálices que por sua vez, irão
originar o bacinete rodeado pelo seio renal. O bacinete vai sofrendo um
estreitamento dando origem ao uréter, que conduz a urina até à bexiga.
O nefrónio é a unidade funcional do rim sendo constituído por um glomérulo
(componente vascular) e por um túbulo associado. Este pode ser classificado em
Nefrónio Cortical (glomérulos situam-se no córtex externo e as ansas de Henle
não penetram profundamente na medula) e Nefrónio Justamedular (longas ansas
de Henle que penetram profundamente na medula renal).
Na unidade funcional do rim podem diferenciar-se as seguintes estruturas:
Cápsula de Bowman (parte mais proximal do túbulo que faz o contacto com o
glomérulo), Túbulo Contornado Proximal, Ansa de Henle (constituída pelos
ramos descendente e ascendente), Túbulo Contornado Distal e Ducto Coletor
(onde se faz a junção dos vários túbulos distais dos diferentes nefrónios) (Seeley,
Stephens, & Tate, 2003, p. 964).

2.2 Insuficiência Renal

“A insuficiência Renal é uma das principais causas de morte e incapacidade em


todo o mundo” (Frances Donavan Monahan, 2010, p. 1031).
Existem dois tipos de Insuficiência Renal – Insuficiência Renal Aguda (IRA) e
Insuficiência Renal Crónica (IRC).
A IRA é a perda súbita e quase total da função do rim causada por falência da
circulação renal ou alteração glomerular ou tubular. Ocorre quando os rins são
incapazes de remover os detritos metabólicos do organismo ou de realizar as suas
funções homeostáticas, endócrinas e metabólicas. O tratamento desta passa por

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corrigir a causa (Pré-renais1, Renais2 e Pós-renais3), promover a regeneração da
capacidade renal e prevenir futuras complicações (Manual Merck, 1997).
Quando os rins já não são capazes de manter um meio interno compatível com
a vida e a lesão renal é insidiosa e irreversível, estamos perante a IRC.
A atividade do rim mantém-se sob o controlo de um conjunto de sistemas
biológicos que regulam a eliminação urinária e levarão à hipertrofia dos restantes
nefrónios, o que significa que irão aumentar a sua atividade para assegurar a
função renal. Esta hipertrofia leva a um aumento da taxa de perfusão e filtração
renal, e do tamanho do rim o que levará a um aumento glomerular e do sistema
tubular. Este mecanismo de adaptação renal é altamente prejudicial ao rim,
contribuindo para a falência renal (Frances Donavan Monahan, 2010).
As causas mais frequentes de IRC são: glomerulonefrite, Pielonefrite, Litíase
renal, Glomerulopatias secundárias, Nefropatias por doenças metabólicas
(diabetes), Poliquistose renal, Linfadenopatia, Nefropatias tóxicas e congénitas.
A IRC pode manifestar-se por nictúria, urémia e creatinémia elevadas, astenia,
artralgias, desequilíbrios hidroeletrolíticos4, retenção de produtos tóxicos5 e
alteração dos mecanismos reguladores6 (Frances Donavan Monahan, 2010).

2.3 Tratamento

No mercado não se encontra medicação que possa levar ao funcionamento


normal do rim, isto é que leve à cura, contudo o tratamento inicial destes doentes
focaliza-se no controlo de sintomas, na prevenção de complicações e em impedir a
progressão da insuficiência renal.
Quando o rim entra em falência, os rins deixam de conseguir exercer as suas
funções e o organismo começa a estar sobrecarregado de metabolitos cujo rim não
consegue eliminar, sendo necessário recorrer a tratamentos que substituem a
função renal.
As colheitas de sangue são um método de controlo eletrolítico que permitem ao
médico especialista de Nefrologia entender qual o tratamento que melhor se
adequa à pessoa. A partir do momento que é diagnosticada uma IRC o utente deve
reduzir a ingestão de sódio e potássio, controlar os valores de tensão arterial e a
ingestão de açúcar e evitar o consumo de medicamentos nefrotóxicos. A dieta deve
ser adequada a cada paciente, tendo em conta a idade, sexo, peso e atividade física.
Posteriormente, com a evolução da doença o utente terá que optar pelo tratamento
de seleção neste tipo de patologia: Diálise ou Transplante Renal. A escolha, que é

1 Causam diminuição da perfusão vascular - Choque hipovolémico, hipoxia, queimaduras e traumatismos


2 Causam agressão do tecido renal – Ingestão de produtos tóxicos, metais, corantes e pesticidas, transfusões e neoplasias,
entre outras.
3 Causam alteração na eliminação renal – Cálculos renais, hipertrofia prostática e tumores)
4 Exemplos: Hipertensão arterial e convulsões.
5 Exemplos: Halitose, anorexia, náuseas, vómitos, fadiga, cefaleias, pele seca e descamada.
6 Exemplos: Anemia, intolerância à glicose e disfunção sexual.

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feita juntamente com o médico, dependerá do estado de saúde de cada paciente, do
seu estilo de vida e também das suas preferências, sendo, por isso, de cariz pessoal
e intransmissível (Baxter Médico - Farmacêutica, Lda, 2008).

2.4 Diálise

A diálise é uma técnica que realiza algumas das funções do rim e, à exceção da
transplantação renal, não existe nenhuma outra alternativa para atingir os mesmos
fins.
Segundo a norma nº 017/2011 da DGS
“Consiste em colocar o sangue do doente (com carência de bicarbonato e
elevado teor de substâncias nocivas), uma solução de água e diversas
substâncias em adequada concentração separados por uma membrana de
poros minúsculos. É através destes poros que vai ocorrer a troca de
substâncias entre o sangue e a solução preparada - dialisante. Enquanto
que os elementos figurados do sangue e as substâncias constituídas por
grandes moléculas não conseguem atravessar a membrana, as moléculas
de dimensão inferior à dos micróporos passarão, através da membrana,
do lado de maior concentração para o de menor concentração”
permitindo que o sangue do doente vá perdendo as substâncias nocivas dialisáveis
e ganhando as que se encontram em falta. A diálise baseia-se em três princípios:
Difusão, osmose e ultrafiltração.
A diálise proporciona ao utente um aumento da esperança de vida, contudo é
importante ter em conta que não substitui na totalidade a função dos rins,
sobretudo na produção das substâncias essenciais – eritropoietina e vitamina D
ativa. A diálise apresenta duas modalidades: Diálise peritoneal e a hemodiálise
(DGS, 2011).

2.4.1 Diálise Peritoneal (DP)

A DP pode ser dividida em DPCA – Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória ou


DPA – Diálise Peritoneal Automatizada. As trocas da solução dialisante são
processadas por um dispositivo automático, designado cicladora, durante a
totalidade do tratamento ou na sua maior parte, geralmente durante o período de
repouso.
Tanto na DPCA como na DPA a membrana utilizada é designada por peritoneu.
A diferença entre estas é que na DPA as trocas da solução dialisante é processada
por um dispositivo automático – cicladora, geralmente durante o repouso e na
DPCA é realizada de forma manual.
Ambos os processos consistem em introduzir um dialisante através de um tubo
inserido na parede do abdómen – cateter peritoneal. Através deste é introduzido o

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Iara Proença e Joana Laires
dialisante na cavidade abdominal, onde permanecerá durante um período que
permita que haja a passagem do excesso de água e de substâncias tóxicas do
sangue para o dialisante. Após a realização deste processo o dialisado/efluente é
drenado. (DGS, 2011)

Figura 1: Técnica de DPCA

Fonte: Adaptado (DGS, 2011)

Figura 2: Técnica de DPA

Fonte: Adaptado (DGS, 2011) (Baxter Médico - Farmacêutica, Lda, 2008)

2.4.2 Hemodiálise

“A hemodiálise envolve o desvio de sangue do organismo do doente para o


dialisador no qual o corre a difusão e a ultrafiltração e depois reencaminhá-lo-á para
a circulação do doente” (Frances Donavan Monahan, 2010, p. 1049), permitindo a
eliminação de produtos tóxicos no sangue tais como o potássio, sódio e fósforo e
ainda a reposição de elementos em défice como o bicarbonato e o cálcio.
Nesta modalidade é utilizada uma máquina chamada de monitor de
hemodiálise que irá bombear o sangue do utente ao longo de um sistema de tubos

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Iara Proença e Joana Laires
que vai desde uma veia até ao dialisador onde é depurado numa membrana
artificial (que é separada do dialisante) e retornando de seguida, ao corpo (DGS,
2011).
Para a realização deste processo é necessário estabelecer vias de acesso à
circulação sanguínea, capazes de satisfazer as necessidades do tratamento
hemodialítico – é o chamado acesso vascular.
O acesso vascular de eleição é designado por fístula artério-venosa7.

Figura 3: Técnica de Hemodiálise Figura 4: Fístula artério-venosa

Fonte: Adaptado (DGS, 2011) Fonte: Adaptado (DGS, 2011)

2.5 Qualidade de Vida em doentes sujeitos a Diálise

Qualquer tratamento exige uma adaptação, a diálise não é exceção. Um


doente ligado a uma máquina durante quatro a seis horas, pelo menos três vezes
por semana, é um processo complexo, pois afecta indubitavelmente o seu
quotidiano.
“O seu mundo modifica-se, a sua autonomia abate-se e com um
futuro sempre incerto, o seu presente passa inevitavelmente a ser
condicionado pela doença e pelas exigências do tratamento, as
quais vão interferir nas diversas esferas da sua vida psicológica,
familiar, social, profissional, no modo como se vê a si próprio e na
forma como é visto pelos outros” (Figueiredo, 2011, p. 31).

Sendo a Qualidade de Vida uma entidade multidimensional, a sua avaliação


não se pode restringir à mensuração dos resultados obtidos com tratamentos e
intervenções médicas, mas ter em conta o impacto que a doença e o tratamento
representam nas várias dimensões do indivíduo.
Respondendo à questão de investigação, a Diálise Peritoneal (DP) é uma
técnica que permite ao utente realizar as suas atividades de vida diárias normais,
nomeadamente em termos profissionais, pois é realizada no domicílio. A liberdade

7União de uma veia a uma artéria, o tão próximo quanto possível da mão e preferivelmente no membro superior não-
dominante.

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está presente na medida em que o utente adapta o horário ao seu quotidiano e
possa usufruir de um período fora da sua residência, desde que haja um local limpo
para realização da técnica. Para além disto, é uma modalidade que exige menores
restrições dietéticas não comprometendo os valores analíticos do doente com esta
patologia. É uma técnica que fomenta a independência e cuja responsabilidade do
doente/e ou do seu parceiro devem estar em paralelo para que a execução da
técnica seja elaborada de forma correta e segura com as condições de higiene
asseguradas, sendo necessárias várias sessões de treino no hospital/visita
domiciliária.
Relativamente à Hemodiálise é uma modalidade cujo tratamento é mais eficaz
que na DP para eliminar substâncias de baixo peso molecular. Contudo, requer o
acesso ao sistema circulatório. A disciplina alimentar e o cumprimento de
medicação são outras das desvantagens presentes (Baxter Médico - Farmacêutica,
Lda, 2008).

3. Fase Concetual

A fase concetual é a primeira fase de qualquer processo de investigação e inicia-


se “(…) quando o investigador trabalha uma ideia para orientar a sua investigação.
A ideia pode resultar de uma observação, da literatura, de uma irritação em relação
com um domínio particular, ou ainda de um conceito” (Fortin, 1999, p.39).
Esta fase é crucial, na medida em que “fornece à investigação as suas bases, a sua
perspectiva e a sua força” (Fortin, 1999, p. 39).
Esta fase já foi descrita no ponto 1 do projecto.

4. Fase Metodológica

Em relação à nossa questão de investigação – “Que tipo de Qualidade de Vida


têm os doentes sujeitos a Diálise Peritoneal vs Hemodiálise?”
O tipo de estudo usado foi o descritivo-correlacional em que o “(…) investigador
explora e determina a existência de relações entres variáveis com vista a descrever
essas relações” (Fortin, 1999, p. 174).

4.1 Hipóteses de investigação

A formulação de hipóteses é a etapa que se segue à elaboração do quadro de


referência. Assim sendo, pode definir-se uma hipótese como sendo uma previsão
experimental, ou uma explicação da relação entre duas ou mais variáveis.

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Ao formular uma hipótese é necessário ter em conta as variáveis em estudo, a
população alvo e o tipo de investigação a realizar, tal como acontece na formulação
da questão de investigação. No entanto, a hipótese diferencia-se da questão de
investigação “ (…) pelo facto de que prediz os resultados do estudo, os quais indicam
se a hipótese é confirmada ou informada” (Fortin, 1999, p. 102).
Um investigador pode formular hipóteses através do Método Indutivo ou do
Método Dedutivo. Neste projeto de investigação, vamos usar o Método Indutivo
que diz respeito a uma “(…) generalização a partir de relações precisas observadas
na realidade” (Fortin, 1999, p. 102). Assim, as “(…) hipóteses indutivas partem de
observações precisas e evoluem para generalizações”(Fortin, 1999, p. 102).
No final deve proceder-se à verificação da hipótese. Assim, a “Hipótese é
verificada com a ajuda de análises estatísticas e os resultados finais indicam se a
hipótese nula é confirmada ou informada” (Fortin, 1999, p. 105).
Assim sendo, podemos considerar as seguintes hipóteses como sendo as
adequadas ao nosso projeto de investigação:
 H1: Há correlação significativa entre o tipo de diálise e a
percepção da Qualidade de Vida dos doentes nas diferentes
modalidades;
 H2: Há correlação entre a variável clínica, tempo de diálise, e
Qualidade de Vida dos indivíduos que realizam estas
modalidades;
 H3: Há correlação entre a variável sociodemográfica, idade, e a
Qualidade de Vida dos indivíduos que efectuam diálise.
A fase metodológica surge no decurso das diferentes etapas de investigação. É
nesta fase que são importantes as decisões da escolha: da população, do tipo de
estudo, dos instrumentos para a colheita de dados; para assegurar a viabilidade da
investigação (Fortin, 1999).

4.2 Variáveis

A variável é um conceito operacional e classificatório, que através da partição


de um conjunto teoricamente relevante pode assumir vários valores.
As variáveis classificam-se em dependentes e independentes, consoante a
função e o papel que têm numa determinada investigação.
Variáveis independentes são aquelas em que o “(…) investigador manipula num
estudo experimental para medir o seu efeito na variável dependente” (Fortin, 1999,
p. 37).

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Iara Proença e Joana Laires
No nosso projeto de investigação existem várias variáveis independentes, tais
como: variáveis sociodemográficas, clínicas e sociofamiliares. Nas variáveis
sociodemográficas inclui-se: idade, sexo, estado civil, residência, habilitações
literárias e rendimento mensal. Nas variáveis clínicas englobam o tempo de
diálise, a escolha do método de tratamento e a admissão ao tratamento. Por fim as
variáveis sociofamiliares dizem respeito à funcionalidade da família, com quem
vive e o tipo de apoio que dispõe (Figueiredo, 2011).
Considera-se variável dependente “(…) o comportamento, a resposta ou
resultado observado que é devido à presença da variável independente” (Fortin,
1999, p. 37).
Neste caso, a variável dependente é a qualidade de vida dos doentes sujeitos a
DP vs hemodiálise no serviço de Nefrologia da ULS de Castelo Branco.
Em Portugal o instrumento específico de avaliação da qualidade de vida em
doentes com insuficiência renal em diálise é o KDQOL-SF (Kidney Disease Quality
of Life Instrument). Este instrumento possui 43 perguntas específicas da doença
renal.
Sobre a doença renal inclui itens divididos em 11 dimensões:
 Sintomas/problemas (12 itens);
 Efeitos da doença renal sobre a vida diária (8 itens);
 Sobrecarga imposta pela doença renal (4 itens);
 Condição de trabalho (2 itens);
 Função cognitiva (3 itens);
 Qualidade das interacções sociais (3 itens);
 Função sexual (2 itens);
 Sono (4 itens).
O SF-36 é composto de 36 itens, divididos em oito dimensões:
 Funcionamento físico (10 itens);
 Limitações causadas por problemas da saúde física (4 itens);
 Limitações causadas por problemas da saúde emocional (3 itens);
 Funcionamento social (2 itens);
 Saúde mental (5 itens);
 Dor (2 itens);
 Vitalidade (energia/fadiga), (quatro itens);
 Perceções da saúde geral (5 itens);
 Estado de saúde actual comparado há um ano atrás (1 item).
O formato de resposta mais frequente é a escala de Likert com três, quatro,
cinco, seis ou sete pontos (Ferreira & Anes, 2010).
Ver apêndice II.

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Iara Proença e Joana Laires
4.3 População

População corresponde a uma coleção de elementos ou sujeitos que partilham


características comuns, definidas por um conjunto de critérios.
A população alvo é então constituída pelos elementos que satisfazem os
critérios de seleção definidos antecipadamente e para os quais o investigador
deseja fazer generalizações. Assim, a população alvo do nosso estudo serão os
indivíduos que realizam estas modalidades (DP – 40 indivíduos e Hemodiálise – 62
indivíduos) no serviço de Nefrologia da ULS de Castelo Branco. De toda a
população alvo apenas uma parte é passível de ser investigada.

4.4 Amostra

Amostra é um subconjunto da população ou de um grupo de sujeitos que fazem


parte da mesma população. Representatividade e significância são dois conceitos
de extrema importância quando se fala numa amostra. Uma amostra é dita
representativa se as suas caraterísticas se assemelham o mais possível às da
população alvo enquanto significância relaciona-se com o tamanho da amostra.
Neste caso, a representatividade é mais importante, uma vez que se pretende
generalizar os resultados obtidos para a população.
Para que a seleção da amostra seja fidedigna e isenta de juízos de valor
recorreremos a uma técnica de amostragem não aleatória, tendo por base um
processo de selecção de mostra baseado em métodos não probabilísticos, ou seja
ocasional. Estas amostras não permitem o controlo da variabilidade amostral.
No nosso projeto consideramos 60 indivíduos como amostra, tendo em conta
que serão selecionados 30 indivíduos que realizam DP e 30 que realizam
hemodiálise.

4.5 Método de Colheita de Dados

Antes de proceder à colheita de dados propriamente dita, o investigador deve


selecionar um mecanismo de recolha da informação adequado à situação
problema, de modo a que ele possa recolher todos os dados necessários para
responder aos objetivos propostos.
Em relação ao nosso estudo, pensamos ser mais vantajosa e pertinente a
utilização de um questionário de aplicação indireta, para recolhermos dados junto
dos sujeitos, visto que estamos perante uma amostra heterogenia.
(Fortin, 1999, p. 249) Define questionário como “(…) o método de colheita dos
dados” em que o investigador “(…) necessita das respostas escritas a um conjunto de

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Iara Proença e Joana Laires
questões por parte dos sujeitos” questão, garantir o anonimato e fornecer respostas
verdadeiras, mais preciso e com mais tempo para responder.

4.6 Previsão do Processamento de Dados

Após a conclusão e recolha de todos os questionários, segue-se a sua leitura e


análise para posteriormente responder à questão em estudo.
A leitura atenta dos questionários permite um contacto com as opiniões e
pareceres dos indivíduos. A leitura deve ser precisa e deve ser atribuída maior
importância a questões relacionadas com as hipóteses anteriormente formuladas.
Posteriormente, a análise detalhada dos dados, na qual incluímos a organização
dos mesmos, após o cálculo da frequência absoluta relativa, da moda, da mediana e
do desvio-padrão. Em suma, será mais fácil perceber quais os indivíduos que
apresentam melhor qualidade de vida.
No relacionamento das variáveis foi usado um coeficiente de correlação através
do SPSS versão 22.

4.7 Considerações Éticas

Em investigações ou projetos de investigação como este, são utilizados seres


humanos/sujeitos como alvo/centro da investigação. Sem eles seria impossível
ocorrer processo de investigação mas, uma vez que estamos a lidar com seres
humanos, há inúmeros cuidados que o investigador deve ter em conta,
nomeadamente, os aspetos ético-legais no decorrer da pesquisa.
Segundo o código de ética há cinco princípios ou direitos fundamentais que são
aplicados ao ser humano tais como: o direito à autodeterminação, o direito à
intimidade, o direito ao anonimato e à confidencialidade, o direito à proteção
contra o desconforto e o prejuízo e o direito a um tratamento justo e leal.
Segundo a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) entende-se por “(…)
consentimento informado a autorização esclarecida prestada pelo utente antes da
submissão a determinado ato médico, qualquer ato integrado na prestação de
cuidados de saúde, participação em investigação ou ensaio clínico.” Esta autorização
pressupõe uma explicação e respetiva compreensão quanto ao que se pretende
fazer, o modo de atuar, razão e resultado esperado da intervenção consentida.
No final, o projeto de investigação irá ser enviado com o pedido de autorização
à administração da ULS de Castelo-Branco

Ver apêndice I.

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Iara Proença e Joana Laires
5. Cronograma de Atividades

out. nov. dez. abril maio


Atividades Espaço Temporal (meses)
(2015) (2015) (2015) (2016) (2016)

Introdução 
Enquadramento Teórico 
Escolha do Problema de
Investigação 
Fase concetual
Revisão da Literatura 
Quadro de Referência 
Hipóteses de Investigação 
Tipo de Estudo 
Variáveis 
População 
Fase Metodológica Amostra 
Métodos de Colheita de Dados 
Previsão do Processamento de
Dados 
Considerações Éticas 
Análise Estatística dos Dados 
Métodos de Análises dos dados
em Investigação Qualitativa
Fase Empírica8
Apresentação e Interpretação
dos Resultados
Comunicação dos Resultados

Considerações Finais 
8
Os meses escolhidos para a realização da Fase Empírica são meramente provisórios.

16
Iara Proença e Joana Laires
6. Considerações Finais

Tendo em conta que este projeto de investigação é apenas um começo, é


importante recorrer a fontes fidedignas.
Ao longo deste trabalho pretendemos demonstrar que a IRCT é uma
patologia muito prevalente, não só em Portugal, como noutras partes do mundo,
mas atualmente o avanço tecnológico possibilita vários tratamentos que irão
proporcionar uma maior esperança e melhor qualidade de vida.
Os diversos tipos de tratamentos que substituem a função renal são de igual
modo eficazes, pelo que o doente pode a qualquer momento, alterar o caminho do
tratamento atualmente utilizado de modo a otimizar o seu bem-estar ou caso o
médico considere que não se está a obter o resultado pretendido com a
modalidade terapêutica em questão.
Foi um desafio escrever acerca deste tema, mas ao mesmo tempo foi
gratificante e enriquecedor pela quantidade de saberes que adquirimos. O final de
um ciclo implica uma avaliação reflexiva sobre a concretização do objetivo
demarcado, mas sobretudo uma reflexão acerca da aprendizagem que resultou
dessa experiência.
Após análise dos questionários e por sua vez a possível conclusão e resposta
à pergunta de investigação será possível apercebermo-nos o impacto que estes
tratamentos apresentam na vida das pessoas, bem como a atuação ao nível do
desempenho profissional e na qualidade de vida.
É imprescindível a introdução da qualidade de vida como indicador positivo
dos cuidados de saúde.

17
Iara Proença e Joana Laires
7. Referências Bibliográficas

ARS Norte. (s.d.). Administração Regional de Saúde do Norte. Obtido em 17 de


Novembro de 2015, de http://portal.arsnorte.min-
saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Comiss%C3%A3o%20de%20%C3
%89tica/Instru%C3%A7%C3%A3o%20Pedido%20Parecer/Consentiment
o%20Informado

Baxter Médico - Farmacêutica, Lda. (2008). Pré-Diálise Programa Educativo para o


Doente e a sua Família. Sintra.

DGS, N. d. (28 de Setembro de 2011). Tratamento Conservador Médico da


Insuficiência Renal Crónica Estádio 5. Lisboa.

Diálise, P. d. (s.d). Portal da Diálise - Educar para Prevenir. Obtido em 24 de


Novembro de 2015, de
http://www.portaldadialise.com/portal/insuficiencia-renal

Ferreira, P. L., & Anes, E. J. (Janeiro/Junho de 2010). Medição da Qualidade de Vida


de insuficientes renais crónicos: criação da versão portuguesa do KDQOL-
SF. Portugal.

Figueiredo, S. F. (Dezembro de 2011). Qualidade de Vida no doente em diálise .


Viseu, Viseu, Portugal.

Fortin, M.-F. (1999). O Processo de Investigação da concepção à realização. Loures:


Lusociência.

Frances Donavan Monahan, J. K. (2010). Phipps - Enfermagem Médico-Cirúgica.


Loures: Lusodidacta.

Macário, F. (2015). Tratamento Substitutiva Renal da Doença Renal Crónica Estadio


V em Portugal . Vilamoura.

Manual Merck. (1997). Saúde para a Família. Oceano.

Seeley, R. R., Stephens, T. D., & Tate, P. (2003). Fisiologia & Anatomia. Loures:
Lusociência.

18
Iara Proença e Joana Laires
APÊNDICES
APÊNDICE I – Consentimento informado para colheita de dados

CONSENTIMENTO INFORMADO, LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO EM INVESTIGAÇÃO


de acordo com a Declaração de Helsínquia e a Convenção de Oviedo

Por favor, leia com atenção a seguinte informação. Se achar que algo está incorreto ou que não está claro, não hesite em solicitar mais
informações. Se concorda com a proposta que lhe foi feita, queira assinar este documento.

Título do estudo: Qualidade de Vida em doentes sujeitos a Diálise Peritoneal (DP) vs Hemodiálise.
Enquadramento: Realizado no âmbito de uma unidade curricular - investigação II na Escola Superior de Saúde Dr.
Lopes Dias com a orientação do Professor Carlos Chaves.

Explicação do estudo: Será fornecido ao público alvo um questionário com o intuito de avaliar a qualidade de vida
dos doentes sujeitos a DP vs Hemodiálise. Para que a seleção da amostra seja fidedigna e isenta de juízos de valor
recorreremos a uma técnica de amostragem probabilística, uma vez que qualquer elemento da população tem igual
probabilidade de estar incluído na amostra em estudo. Este questionário tem como destinatários os indivíduos que
realizam estas modalidades no serviço de Nefrologia da ULS de Castelo Branco.

Condições e financiamento: A participação neste estudo é de caráter voluntário e ausente de prejuízos. Sem
ajudas monetárias.

Confidencialidade e anonimato: Este questionário segue o código de ética contendo os cinco princípios ou
direitos fundamentais que são aplicados ao ser humano - o direito à autodeterminação, o direito à intimidade, o direito
ao anonimato e à confidencialidade, o direito à proteção contra o desconforto e o prejuízo e o direito a um tratamento
justo e leal.
Agradecemos desde já a sua disponibilidade. O seu contributo é uma mais-valia para a elaboração deste projeto.
Iara Proença, estudante, ESALD, iara.proenca@ipcbcampus.pt
Joana Laires, estudante, ESALD, jlaires@ipcbcampus.pt

Assinaturas: … … … … … … … … … ... … … … …... … … … … … … … … … … … …


… … … … … … … … …... … … … …... … … … … … … … … … … … …
Declaro ter lido e compreendido este documento, bem como as informações verbais que me foram fornecidas
pelas pessoas que acima assinam. Foi-me garantida a possibilidade de, em qualquer altura, recusar participar neste
estudo sem qualquer tipo de consequências. Desta forma, aceito participar neste estudo e permito a utilização dos dados
que de forma voluntária forneço, confiando em que apenas serão utilizados para esta investigação e nas garantias de
confidencialidade e anonimato que me são dadas pelas investigadoras.

Nome: … … … … … … … …... … … … …... … … … … … … … … … … … …

Assinatura: … … … … … … … …... … … … … ... … … … … … … … … … … … … Data: …… /……


/………..

Se não for o próprio a assinar por idade ou incapacidade

(se o menor tiver discernimento deve também assinar em cima, se consentir)

Nome: … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … …
BI/CD Nº:........................................... Data ou Validade ….. /..… /….....

Grau de parentesco ou tipo de representação:.....................................................

Assinatura … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … …

Este documento é composto por 2 páginas e feito em duplicado:

Uma Via Para as Investigadoras, outra para a pessoa que consente

ARS Norte. (s.d.). Administração Regional de Saúde do Norte. Obtido em 17 de Novembro de 2015, de
http://portal.arsnorte.minsaude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Comiss%C3%A3o%20de%20%C3%89tica/Instru%
C3%A7%C3%A3o%20Pedido%20Parecer/Consentimento%20Informado
APÊNDICE II - Questionário aplicado na colheita dos dados

I – CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA

1. Idade: anos

2. Sexo: Masculino Feminino

3. Estado Civil: Solteiro Casado Divorciado Viúvo União de


facto

4.Residência: Aldeia Vila Cidade

4. Habilitações literárias: Não sabe ler nem escrever


Ensino primário
Ensino básico
Ensino secundário
Ensino superior

5. Rendimento mensal (ilíquido): Inferior a 485 € (ordenado mínimo)


Entre 485 e 970 €

Entre 970 e 1455 €

entre 1455 e 1940 €


Superior a 1940 €

6. Situação Profissional: Qual a profissão?


Antes de iniciar diálise Depois de iniciar diálise
Empregado(a) a tempo inteiro  
Empregado(a) a tempo parcial  
Desempregado(a)  
Baixa médica  
Reformado(a)  
Estudante  

II – VARIAVEIS SOCIOFAMILIAR E SOCIAL


1. Com quem
vive:
Com o cônjuge/companheiro(a)

Com a família restrita (marido, esposa e filhos)

Com a família alargada (filhos, marido, esposa, pais,


sogros)
Sozinho(a)

Num lar

2. Tipo de Apoio que recebe


Nenhum
Familiar
Amigos
Centro de dia
Centro paroquial
Segurança social
Outros :

3. Escala de Apgar Familiar - SMILKSTEIN (1978) cit. in AZEREDO e MATOS Quase Algumas Quase
(1989) sempre vezes nunca
1) Está satisfeito com a ajuda que recebe da família, sempre que alguma coisa o preocupa?
2) Está satisfeito com a forma como a sua família discute assuntos?
3) Acha que a sua família concorda com o seu desejo de encetar (iniciar) novas actividades ou
de modificar o seu estilo de vida?
4) Está satisfeito com o modo como a sua família manifesta a sua afeição e reage aos seus sen-
timentos, tais como irritação, pesar e amor?
5) Está satisfeito com o tempo que passa com a sua família?
III - CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA

1. Tempo de diálise: anos e meses

2. Tipo de tratamento:  Hemodiálise  Diálise peritoneal

3. Como é que iniciou o tratamento?  Consulta externa  Urgência

4. Sofre de outras doenças associadas?


a. Não
b. Sim. Qual(ais):  HTA  Diabetes  Anemia  Outra. Qual?

5. Qual das seguintes afirmações descreve melhor o processo de escolha do seu método de tratamento?
a. O meu médico decidiu.
b. Eu decidi após informado pelo meu médico.
c. Eu decidi após consulta Com médico e enfermeiro que me informaram das alternativas.

Hemodiálise Diálise Peritoneal


6. Frequência de diálise: vezes/semana 10. Já teve necessidade de recorrer ao hospital
por problemas com o orifício ou peritonite?
7. Duração da sessão de diálise: h/sessão
a. Não
b. Sim. Quantas vezes?
8. Qual o acesso vascular que tem para fazer
hemo- diálise?
11. Que modalidade de tratamento efectua
a. Fistula artério-venosa.
b. Prótese vascular. Diálise Peritoneal
c. Cateter venoso central. a. Diálise Peritoneal Continua
9. Já teve necessidade de recorrer ao Ambulatória.(DPCA) nº tratamentos /dia
hospital por problemas com o seu acesso
vascular? b. Diálise Peritoneal Automática (DPA)
a. Não
b. Sim. Quantas vezes?

IV – QUALIDADE DE VIDA

A sua saúde

1. Em geral, diria que a sua saúde é: [Marque um no quadrado que melhor descreve a sua saúde.]

Excelente Muito Boa Boa Razoável Fraca


    

2. Comparando com o que acontecia há um ano, como descreve o seu estado geral actual?

Muito melhor agora Um pouco melhor Aproximadamente Um pouco pior ago- Muito pior agora do
do que há um ano agora do que há um igual há um ano ra do que há um ano que há um ano atrás
atrás ano atrás atrás atrás
    
3. As perguntas que se seguem são sobre actividades que executa no seu dia-a-dia. Será que a sua saúde o/a
limita nestas actividades? Se sim, quanto? [Marque um em X cada linha.]
Sim, um
Não, nada pouco Sim, muito
limitado limitado limitado
Actividades violentas, tais como correr, levantar pesos, participar em despor-
tos extenuantes
Actividades moderadas, tais como deslocar uma mesa ou aspirar a casa
Levantar ou pegar nas compras de mercearia
Subir vários lanços de escada
Subir um lanço de escadas
Inclinar-se, ajoelhar-se ou baixar-se
Andar mais de 1 Km
Andar várias centenas de metros
Andar uma centena de metros
Tomar banho ou vestir-se sozinho/a

4. Durante as últimas 4 semanas teve, no seu trabalho ou actividades diárias, algum dos problemas apre-
sentados a seguir como consequência do seu estado de saúde físico?
A maior Algum Pouco
Quanto tempo, nas últimas quatro semanas Sempre parte do tempo tempo Nunca
Diminuiu o tempo gasto a trabalhar ou noutras actividades? tempo
Fez menos do que queria?
Sentiu-se limitado/a no tipo de trabalho ou outras actividades?
Teve dificuldade em executar o seu trabalho ou outras actividades
(por exemplo, foi preciso mais esforço?

5. Durante as últimas 4 semanas, teve com o seu trabalho ou com as suas actividades diárias, algum dos
problemas apresentados a seguir devido a quaisquer problemas emocionais (tal como sentir-se deprimi- do/a
ou ansioso/a)?
A maior
Quanto tempo, nas últimas quatro semanas parte do
Algum Pouco
Sempre tempo tempo Nunca
tempo
Diminuiu o tempo gasto a trabalhar ou noutras actividades?
Fez menos do que queria?
Executou o seu trabalho ou outras actividades menos cuidadosa-
mente do que era costume

6. Durante as últimas 4 semanas, em que medida é que a sua saúde física ou problemas emocionais inter-
feriram no seu relacionamento social normal com a família, amigos, vizinhos ou outras pessoas?

Nada Um pouco Moderadamente Bastante Imenso


    

7. Durante as últimas 4 semanas teve dores?

Nenhumas Muito fracas Ligeiras Moderadas Fortes Muito Fortes


     

8. Durante as últimas 4 semanas, de que forma é que a dor interferiu com o seu trabalho normal (tanto o
trabalho fora de casa como o trabalho doméstico)?

Nada Um pouco Moderadamente Bastante Imenso


    

9. As perguntas que se seguem pretendem avaliar a forma como se sentiu e como lhe correram as coisas nas
últimas quatro semanas.
A maior Algum Pouco
Quanto tempo, nas últimas quatro semanas Sempre parte do tempo Nunca
tempo tempo
Se sentiu cheio/a de vitalidade?
Se sentiu muito nervoso/a?
Se sentiu tão deprimido/a que nada o/a animava?
Se sentiu calmo/a e tranquilo/a?
Se sentiu com muita energia?
Se sentiu deprimido/a?
Se sentiu estafado/a?
Se sentiu feliz?
Se sentiu cansado/a?

10.Durante as últimas quatro semanas, até que ponto é que a sua saúde física ou problemas emocionais
limitaram a sua actividade social (tal como visitar amigos ou familiares próximos)?

Sempre A maior parte do Algum tempo Pouco tempo Nunca


tempo
    

11. Por favor, diga em que medida são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações.
Absolutamente Verdade Não Falso Absolutamente
verdade sei falso
Parece que adoeço mais facilmente do que os outros

Sou tão saudável como qualquer outra pessoa


Estou convencido/a
que a minha saúde vai piorar
A minha saúde é óptima

A sua doença renal

12. Até que ponto é que cada uma das seguintes afirmações é verdadeira ou falsa para si?
Completamente Quase toda Não Quase to- Completamente
verdadeira verdadeira sei da falsa falsa
A minha doença renal interfere demasiado
na minha vida
Passo demasiado tempo a tratar da minha
doença renal
Sinto-me desanimado/a com a minha doen-
ça renal
Sinto-me um peso para a minha família

13. Estas perguntas são sobre como se sente e como têm corrido as últimas 4 semanas. Para cada pergun-
ta, dê a resposta que mais se aproxima da forma como se tem sentido.
Quantas vezes nas últimas 4 semanas …
Nunca Poucas Algumas Bastantes Quase Sempre
vezes vezes vezes Sempre
Se isolou das outras pessoas à sua volta?
Demorou a reagir a coisas que foram ditas ou feitas?
Se mostrou irritável com os que o/a rodeavam?
Teve dificuldades em se concentrar ou pensar?
Se deu bem com as outras pessoas?
Se sentiu confuso/a?

14. Nas últimas 4 semanas, até que ponto se sentiu incomodado/a por cada uma das seguintes situações?
Nada Um pouco Moderadamente Muito Extremamente
Incomodado Incomodado Incomodado Incomodado incomodado
Dores musculares?
Dor no peito?
Cãibras?
Comichão?
Pele seca?
Falta de ar?
Sensação de desmaio e tonturas?
Falta de apetite?
Esgotado/a ou sem forças?
Mãos ou pés dormentes?
Náusea ou indisposição

(Apenas para doentes em hemodiálise)


Problemas com a fístula?

(Apenas para doentes em diálise peritoneal)


Problemas com seu cateter?

Efeitos da doença renal no seu dia-a-dia

15. Algumas pessoas sentem-se incomodadas com os efeitos da doença renal no seu dia-a-dia, enquanto ou-
tras não. Até que ponto é que a doença renal o/a incomoda em cada uma das seguintes áreas?
Nada Um pouco Moderadamente Muito Extremamente
Incomodado Incomodado Incomodado Incomodado Incomodado
Restrição de líquidos?
Restrição dietética?
Capacidade para fazer os trabalhos
domésticos?
Capacidade para viajar?
Dependência de médicos e outro
pessoal clínico?
Stresse ou preocupações causadas
pela doença renal?
Vida sexual?
Aparência física?

As três perguntas que se seguem são pessoais e dizem respeito à sua actividade sexual, mas as suas respos- tas
são importantes para compreendermos de que forma é que a doença renal interfere na vida das pesso- as.

16. Teve actividade sexual nas últimas 4 semanas? (Faça um círculo à volta de um número)
Não .............................. 1
Se respondeu não, por favor salte para a Pergunta 17
Sim ................................ 2

Até que ponto cada uma das seguintes situações constituiu um problema nas últimas 4 semanas
Sem pro- Um pequeno Algum Um grande Um pro-
blema problema problema problema blema grave
Ter prazer sexual?
Ficar excitado/a sexualmente?

17. Para a pergunta seguinte, classifique o seu sono usando uma escala de 0 a 10 em que 0 representa
“muito mau” e 10 “muito bom”.

Se acha que o seu sono fica entre o “muito mau” e o “muito bom”, faça uma cruz no quadrado por baixo do
número 5. Se acha que o seu sono é um nível melhor do que 5, faça uma cruz no quadrado por baixo de

6. Se acha que o seu sono é um nível pior do que 5, faça uma cruz no quadrado por baixo do 4 (e assim por
diante).

Numa escala de 0 a 10, como classificaria o seu sono em geral? [Faça uma cruz no quadrado.]

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

          

18. Com que frequência é que nas últimas 4 semanas...


Poucas Algumas Bastantes Quase
Nunca Sempre
Vezes vezes vezes sempre
Acordou durante a noite e teve dificuldades em voltar a
adormecer?
Dormiu o tempo suficiente?
Teve dificuldade em se manter acordado/a durante o dia?

19. Relativamente à sua família e aos seus amigos, qual o seu grau de satisfação com…
Muito insa- Um pouco Um pouco Muito sa-
tisfeito insatisfeito satisfeito tisfeito
A quantidade de tempo que consegue passar com a família e
com os amigos?
O apoio que recebe da família e dos amigos?

20. Nas últimas 4 semanas, teve um trabalho remunerado?


Sim Não
 
21. A sua saúde impossibilita-o/a de ter um trabalho remunerado?
Sim Não
 

22. Em geral, como classificaria a sua saúde?


A pior possível
Nem muito
(tão má ou pior A melhor
boa nem mui-
do que estar possível
to má
morto(a)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
          
Satisfação com os cuidados prestados

23. Pense nos cuidados que recebe na diálise renal. Em termos da sua satisfação, como classificaria a ama-
bilidade e o interesse que tiveram consigo como pessoa?

Muito mau Mau Suficiente Bom Muito bom Excelente O melhor possível
      

24. Até que ponto é que cada uma das seguintes afirmações é verdadeira ou falsa?

Completamente Quase toda Quase toda Completamente


Não sei
verdadeira verdadeira falsa falsa
O pessoal da diálise incita-me a ser tão in-
dependente quanto possível
O pessoal da diálise ajuda-me a lidar com a
minha doença renal

Retirado de: Figueiredo, S. F. (Dezembro de 2011). Qualidade de Vida no doente em diálise . Viseu, Portugal.

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