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A chegada ao Brasil não causou tanta comoção em Portugal como quando alcançaram
a Índia. O desinteresse português foi demonstrado pela política adotada em relação ao Brasil:
assim como na costa africana, os portugueses incentivaram a construção de feitorias, para a
exploração das terras descobertas que eram o objetivo central dos portugueses. Foi diante
desse fato que o processo de colonização do Brasil foi realizado num sistema de colonialismo
denominado de “Colônia de Exploração. Feitorias eram basicamente entrepostos comerciais
portugueses onde se concentravam as atividades mercantis de Portugal. Essas feitorias eram,
em uma definição simples, locais onde a madeira extraída era armazenada. Essas feitorias, na
maior parte do ano, eram ocupadas por pouquíssimas pessoas e, por questões de segurança,
eram cercadas por paliçadas de madeira. Essa cerca protegia a feitoria de ataques de indígenas
e de estrangeiros, como os franceses. É importante considerarmos que o continente
americano havia sido dividido entre portugueses e espanhóis a partir do Tratado de
Tordesilhas. No entanto, alguns países, como a França, não aceitavam ter sido excluídos da
divisão territorial e, assim, não respeitavam os domínios espanhóis e portugueses.
Nos três primeiros anos, essa função de controle da exploração do
litoral Brasileiro foi entregue a Fernão de Noronha, porém, a partir de 1505, Portugal passou a
controlar diretamente a instalação de feitorias. Como o Brasil era uma terra de possibilidades
desconhecidas e como o comércio na Índia era altamente lucrativo, Portugal optou por
explorar a única mercadoria que parecia ser lucrativa de início: o pau-brasil. Foi diante desse
fato que o processo de colonização do Brasil foi realizado num sistema de colonialismo
denominado de “Colônia de Exploração. Durante os primeiros trinta anos (1500-1530), desde
que chegaram no território brasileiro, eles descobriram o pau-brasil, uma madeira nativa da
Mata Atlântica, que tinha sucesso no mercado consumidor europeu. Foi então realizado o
primeiro ciclo econômico do Brasil: o ciclo do pau-brasil. Essa espécie de madeira era utilizada,
já pelos índios para o tingimento de tecidos. A madeira do pau-brasil apresentava uma
coloração vermelha, que era utilizada na produção de tinta para tecidos. Além disso, a madeira
era considerada de boa qualidade e era utilizada na construção de caravelas. Essa exploração
foi realizada em parceria com os nativos, que extraíam o pau-brasil e eram pagos pelos
portugueses. Esse processo era o escambo ou seja, a troca com
quinquilharias: tecido, facas, espelhos e outros objetos que não possuíam valor para os
portugueses, mas que eram novidades para os indígenas. Entretanto, com o passar do tempo
eles começaram a explorar a população indígena que chegou a ser escravizada durante anos
no Brasil. Assim, os índios eram obrigados a cortarem a madeira que depois era enviada para a
comercialização em continente europeu. Após esse período inicial, e visto a extinção da
madeira que já estava sendo explorada durante anos, os portugueses já não conseguiam
enriquecer. Foi nesse contexto que as primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao Brasil,
em 1530. Era o fim do período pré-colonial e o início do segundo ciclo econômico do país: o
ciclo da cana-de-açúcar.
ATIVIDADES
a) 1530
b) 1500
c) 1600
d) 1589
Lenda da vitória-régia – Origem e
história da lenda popular
A lenda da vitória-régia conta a história de como uma bela índia, apaixonada
pelo deus lua se torna uma planta aquática símbolo da Amazônia.
Por isso, todas as noites, a índia Naiá saia de casa e ficava contemplando o
deus lua, na esperança que ele a escolhesse. Porém, certo dia, Naiá viu o
reflexo de Jaci nas águas do rio Igarapé.
Então, pulou no rio e mergulhou tentando alcançar o deus lua, mas, Naiá acaba
se afogando. Jaci, comovido por sua morte, a transforma em uma bela e
perfumada flor, que abre somente ao luar, chamada de vitória-régia.
Imagem: Xapuri
De acordo com a lenda, havia uma jovem e bela índia guerreira chamada Naiá,
nascida e criada em uma aldeia tupi-guarani. Sua beleza encantava a todos
que a conhecia, mas, Naiá não queria saber de nenhum dos índios da tribo.
Pois, havia se apaixonado pelo deus lua, Jaci, e queria ir embora para o céu
morar com ele.
Desde criança, Naiá sempre ouvia histórias de seu povo, que contavam como o
deus lua se enamorava pelas mais belas índias da tribo e as transformava em
estrelas.
Assim, já adulta, todas as noites, quando todos estavam dormindo, Naiá subia
até as colinas na esperança de que Jaci a notasse. E mesmo que todos na
tribo a alertasse que se Jaci a levasse, ela deixaria de ser índia, porém, ela se
apaixonava cada vez mais por ele.
No entanto, quanto mais Naiá se apaixonava, menos o deus lua percebia seu
interesse. Então, a paixão virou obsessão e a índia já não comia e nem bebia,
ficava apenas admirando Jaci.
Até que em uma noite linda de luar, Naiá percebeu que a luz da lua se refletia
nas águas do rio, pensando que era Jaci que ali tomava banho, mergulhou
atrás dele.
Embora lutasse contra as correntezas, Naiá não conseguiu sair das águas, se
afogando no rio. Entretanto, Jaci, comovido pela morte da bela índia, quis
homenageia-la e a transformou em uma estrela.
Porém, era uma estrela diferente, pois não brilhava no céu, Naiá virava a planta
aquática vitória-régia, conhecida como a estrela das águas.
Cuja flor perfumada abria somente a luz do luar. Hoje, a vitória-régia é a flor
símbolo da Amazônia.
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O folclore brasileiro é muito rico em lendas, que, assim como a lenda da vitória-
régia, são consideradas como patrimônio cultural e histórico. Afinal, através das
lendas, elementos da sabedoria popular são passados de geração para
geração.