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Resumo texto TRABALHO E VIDA – Sônia Viegas

Aluna: Polyana Spinola

Sônia Viegas em sua conferência enfoca-se em explicar a etimologia da


palavra trabalho. Existem dois sentidos dados para o trabalho, um positivo e outro
negativo. O primeiro diz sobre uma ideia de castigo e sofrimento, já o segundo diz
respeito ao cultivo, labor e cultura. O texto trata de temas que são presentes na
existência humana e pode ser que a cultura tenha dado mais ênfase ao sentido
negativo da palavra. A responsabilidade de buscar o sentido positivo do trabalho é
nossa.

Nessa dualidade, a autora questiona porque o trabalho tornou-se negativo, pois


vê-lo desta forma pode colocá-lo na posição que priva o sujeito de aproveitar a sua
vida por inteiro. Já na Bíblia o sentido é outro, a dureza por ser obrigatório e ser por
sobrevivência, que nos impede de ser livres. Então, o sentido negativo que
conhecemos é dado na divisão do trabalho, no trabalho alienado segundo Karl Marx,
que é apenas uma ocupação. O trabalho criativo causa prazer e não sofrimento. O
capitalismo dá um sentido muito específico ao trabalho e é o que o torna torturante e
sofrido: separa o sujeito, como um fenômeno desvinculado do ser que trabalha.

Quando se é citado este trabalho criativo, é ele que não está ligado apenas à
sobrevivência, mas sim pela consolidação da memória – por isso está intimamente
vinculada ao trabalho. Porque segundo Viegas, “a única coisa que pode nos
proporcionar memória é a elaboração do nosso ser”, afinal, a partir dela que
reinventamos nosso ser a partir da reavaliação de acontecimentos e compreensão do
passado.

A partir da reflexão da memória, Viegas faz uma diferenciação desta com a


atenção. Enfatiza que a “atenção é um exercício de sensibilidade e afeto, de amor” e
que a sociedade de consumo trata isso como uma desocupação, como um ócio. A
sociedade separa o inativo do ativo e isso é deturpado, afinal, trabalho não é só
atividade, o momento da introspecção também participa. Nesta questão, é discutido
como fica a situação do mutilado pelo trabalho, que pode ser indenizado
financeiramente, mas é muito difícil que o seja espiritualmente. Com isso, ressalta que
o ócio é uma disposição e que ele é necessário para que as energias sejam
recarregadas para que um indivíduo fluia novamente no trabalho.
Por fim, enfatiza que ligar o trabalho ao dever é liga-lo à culpa, e a partir disso
este vira um castigo. E o que separa o trabalho do prazer é uma dicotomia ideológica,
que é tendenciosa, e atende aos interesses de outros, e não de quem está vivendo
essa separação. Sijfoskdmfods,lfpl,

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